Roy Kalifa escreveu:O rastro de destruição deixado pelo MST após as invasões, é algo assustador. Prova cabal que existem no grupo pessoas que tem outras intenções além da reforma agrária.
Acho que em breve, muito breve o Brasil também terá o seu grupo terrorista.
Furacão que nunca tivemos, já aconteceu em SC.
Agora outro fator inédito, terrorismo, estamos aptos a conceber.
Até Olimpiadas nós teremos.
Culpa do mundo globalizado.
Caro Roy Kalifa, talvez voce seja muito jovem, ou já tenha esquecido dos atos terroristas praticados pela ditadura militar no Brasil, tais como o Atentado do Riocentro entre outros:
Atentado do Riocentro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O chamado atentado do Riocentro foi um frustrado ataque a bomba que seria perpetrado no Pavilhão Riocentro na noite de 30 de abril de 1981, por volta das 21 horas, quando ali se realizava um show comemorativo do Dia do Trabalhador.
As bombas seriam plantadas pelo sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo então capitão Wilson Dias Machado, hoje coronel, atuando como educador no Colégio Militar de Brasília. Por volta das 21h00min, com o evento já em andamento, uma das bombas explodiu dentro do carro onde estavam os dois militares, no estacionamento do Riocentro. O artefato, que seria instalada no edifício, explodiu antes da hora, matando o sargento e ferindo gravemente o capitão Machado.
Na ocasião o governo culpou radicais da esquerda pelo atentado. Essa hipótese já não tinha sustentação na época e atualmente já se comprovou, inclusive por confissão, que o atentado no Riocentro foi uma tentativa de setores mais radicais do governo (principalmente do CIE e o SNI) de convencer os setores mais moderados do governo de que era necessária uma nova onda de repressão de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento.
Uma segunda explosão ocorreu a alguns quilômetros de distância, na miniestação elétrica responsável pelo fornecimento de energia do Riocentro. A bomba foi jogada por cima do muro da miniestação, mas explodiu em seu pátio e a eletricidade do pavilhão não chegou a ser interrompida.Esse episódio é um dos que marcam a decadência do regime militar no Brasil, que daria lugar dali a quatro anos ao restabelecimento da democracia.
BOMBA DO TERROR CAUSA MORTE NO RIO; OAB, CÂMARA MUNICIPAL E JORNAL SÃO ATACADOS
Publicado na Folha de S.Paulo - quinta-feira, 28 de agosto de 1980
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Duas bombas de alto teor explosivo provocaram a morte de uma senhora e ferimentos em outras seis pessoas, ontem, no Rio, em dois atentados ocorridos no início da tarde: um, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil e outro na Câmara dos Vereadores. Num terceiro atentado, de madrugada, uma bomba de pouca potência destruiu parcialmente a sala do jornal "Tribuna da Luta Operária", não fazendo vítimas.
A bomba colocada na sede da OAB atingiu a secretária da entidade, Lida Monteiro da Silva, que teve o braço decepado, vindo a morrer minutos após ter dado entrada no hospital. No atentado na Câmara dos Vereadores, o sr. José Ribamar de Freitas, tio e assessor do vereador Antônio Carlos de Carvalho, do PMDB, perdeu um braço e uma vista, encontrando-se até a noite de ontem em estado grave. Outras cinco pessoas que estavam no local foram feridas.
Em Brasília, o ministro da Justiça, Abi Ackel, comunicou, em nota oficial, que, por determinação do presidente Figueiredo, o Departamento de Polícia Federal foi encarregado de dirigir o inquérito destinado à apuração desses atentados, "que configuram crime contra a segurança nacional e a ordem política e social".
Por seu lado, os trinta mil homens das polícias civil e militar do Rio entraram em prontidão. O secretário da Segurança Pública, general Edmundo Murgel, após despachar com o governador Chagas Freitas, divulgou nota oficial considerando os atentados "repugnantes e totalmente injustificáveis".
Depois de discutir os atentados com o chefe do Gabinete Civil da Presidência, general Golberi do Couto e Silva, o líder do governo no Senado, Jarbas Passarinho, declarou: "É uma tentativa para desestabilizar o próprio presidente da República", referindo-se à onda terrorista.
No início da noite, o Conselho Federal da OAB enviou telegrama ao presidente da República comunicando que aguarda providências. O Conselho resolveu proclamar a data de hoje como Dia Nacional de Luto dos Advogados.
Em Brasília, o presidente nacional do PMDB, deputado Ulisses Guimarães, afirmou que "a impotência do governo mergulhará o País no caos e na anarquia".
A CNBB, através do bispo d. Cláudio Hummes, afirmou que os atentados intranquilizam a Nação, "sobretudo porque não se enxerga uma saída que faça cessar os atos de terrorismo".
http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil_28ago1980.htm