MST - Movimento dos sem terra

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#376 Mensagem por Tiozinho50 » 08 Out 2009, 17:58

Dizem que o prejuízo deixado nesta última fazenda invadida beira 1 milhão de Reais....tratores destruidos, sede destruida, materiais roubados, e próximo a 10 mil pés de laranjas destruidos...
Da próxima vez eles vão pensar duas vezes antes de invadir terras publicas.

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srmadruga
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#377 Mensagem por srmadruga » 08 Out 2009, 18:41

::ok::

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Tricampeão
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#378 Mensagem por Tricampeão » 08 Out 2009, 20:15

Dr. Jalim Rabei escreveu:Pelo menos a Cutrale gera empregos e gera recursos para o país....e o MST faz o que????
O crime organizado também gera empregos e movimenta a economia, e nem por isso deve ser tolerado.
Além do mais, a agricultura familiar gera muito mais empregos que a monocultura mecanizada.
Dr. Jalim Rabei escreveu:Dizem que o prejuízo deixado nesta última fazenda invadida beira 1 milhão de Reais....tratores destruidos, sede destruida, materiais roubados, e próximo a 10 mil pés de laranjas destruidos...

Se isso não é crime, não sei mais o que é então.....
Se a plantação fosse de maconha, ninguém estaria reclamando do prejuízo. No entanto, a situação é a mesma, no meu entender. Infelizmente, ainda não tivemos aqui o pronunciamento de um expert em legislação.
Dr. Jalim Rabei escreveu:Aí vem os caras e "colam" um monte de matérias de revistas com ideologias baratas.....
Quem está patrocinando matéria é a Cutrale. Já está claro que se trata de uma grande armação midiática, orquestrada com o intuito de fazer da Cutrale, que é a infratora, parecer a vítima.
Dr. Jalim Rabei escreveu:O que está faltando neste país é berço. É noção de valores. Não é porque o cara é pobre que tem que ser vagabundo, ladrão....
Rico também não pode ser ladrão.
O que a Cutrale fez foi roubar terra.
O que a Cutrale fez foi passar por cima da lei, plantando laranjas em área sob litígio.
O que a Cutrale fez foi tentar enganar a população, passando-se por legítima dona da propriedade.
Se isso não é crime, não sei mais o que é então.....

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Tricampeão
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#379 Mensagem por Tricampeão » 08 Out 2009, 20:22

Roy Kalifa escreveu:O MST chega, destroi quase tudo e rouba e furta o que pode ser aproveitado. Eu já não vejo isto como uma luta por direito a terra.
Concordo. Sou mais a linha maoísta. Se deu certo na China, por que não daria aqui também, que é um país muito menor?

O MST quer ser moderninho e andar dentro da lei. Eventos como este mostram que não é o caminho certo, porque o agronegócio pode pagar os meios de comunicação para veicular notícias favoráveis a ele o tempo todo. Sempre vão existir os mal informados que engolirão acriticamente as histórias, sem nem ao menos procurar na Internet pelas montanhas de evidência que houver contra elas.

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Nazrudin
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#380 Mensagem por Nazrudin » 08 Out 2009, 20:34

Tricampeão escreveu:
Roy Kalifa escreveu:O MST chega, destroi quase tudo e rouba e furta o que pode ser aproveitado. Eu já não vejo isto como uma luta por direito a terra.
Concordo. Sou mais a linha maoísta. Se deu certo na China, por que não daria aqui também, que é um país muito menor?

O MST quer ser moderninho e andar dentro da lei. Eventos como este mostram que não é o caminho certo, porque o agronegócio pode pagar os meios de comunicação para veicular notícias favoráveis a ele o tempo todo. Sempre vão existir os mal informados que engolirão acriticamente as histórias, sem nem ao menos procurar na Internet pelas montanhas de evidência que houver contra elas.
Trica, pode explicar o que quer dizer com isso? Pesquisei no Google sobre reforma agraria na China, e o resumo seria "o sangue tem que correr", é isso?

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#381 Mensagem por FMT » 09 Out 2009, 10:04

Vejo que nenhum dos senhores citou que o MST, nunca é responsabilizado por nenhum crime que comete, isto porque é um movimento nao registrado. Seus diretores,cordenadores,lideres, só passam estimativas aos orgaos competentes, e mesmo assim sao aceitos como uma associaçao, que recebe verbas do governo que nao precisam prestar contas, para ninguem.
Quanto existem casos de invasoes que terminam em destruiçao, os indiciados pela policia sao sempre alguns integrantes do movimento que sao identificados, nunca o movimento inteiro( porque nao existe,nao é pessoa juridica).
Para o MST começar a conquistar algo realmente, eles precisam se organizar e mostrar que sao responsaveis pelos seus atos!
A reforma agraria é uma coisa que para entrar em pauta muita coisa tera que ser mudada. No atual governo, a reforma agraria iria causar muito desconforto,isto porque os ruralistas sao governo e oposiçao.
E pelo jeito a CPMI, do MST será instaurada!

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#382 Mensagem por Roy Kalifa » 09 Out 2009, 10:06

Sim, muitos do MST acham e pensam que o sanque tem que correr....

Agora, quando é o sangue deles (Eldorado dos Carajas) a gritaria é geral...

Quando o MST faz e acontece, trata-se de luta pela terra.

Quando toma porrada, é massacre, força desproporcional etc.

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#383 Mensagem por Dr. Jalim Rabei » 09 Out 2009, 12:12

Pra mim vocês podem escrever o que quiserem por aqui, mas o MST não vai deixar de ser um grupo de guerrilheiros, terroristas, cambada de vagabundos, que só querem conseguir as coisas na moleza...CRIMINOSOS!!!!!

E não falo isso dos coitados que são feitos de massa de manobra, falo dos líderes deste movimento que é um CANCER ao nosso pretenso estado democrático...

fui...

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#384 Mensagem por Carnage » 11 Out 2009, 21:06

Tiozinho50 escreveu:Outro dia assisti pela TV uma reintegração de posse de um terreno em SP onde habitavam centenas de famílias, depois de desocupado o terreno, tratores destruíram todas as habitações, isso porque quem constrói irregularmente em cima de terreno alheio não tem nenhum direito, porque no caso da Cutrale seria diferente?
Que pese o fato de eu já ter me declarado contra a atitude do MST no caso, mas eu acho a analogia do Tiozinho perfeita!

A Cutrale não é dona da terra, portanto, a destruição das árvores plantadas por ela seria a mesma coisa da destruição das habitações construídas irregularmente em terro de outros por invasores feita pela prefeitura.

O problema é que o MST já tem uma imagem muito ruim perante uma boa parte da opinião pública, e a destruição no exemplo do Tiozinho foi feita pelos órgãos oficiais. O MST não pode se dar ao luxo de agir desta forma. Uma invasão pacífica, sem destruição, serve enquanto forma de protesto, da mesma forma que uma passeata de grevistas. Mas sair por aí tomando a lei em suas mãos, aí já é demais e contra producente para o movimento.

Critico sim os excessos do MST, mas também as pessoas sempre vão para o lado de quem tem mais grana e que, mesmo comentendo crimes, pode se dar ao luxo de comprar matérias na televisão e simpatia nos tribunais e no legislativo. É uma luta muito desigual, por isso o MST acaba cometendo excessos.

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Roy Kalifa
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#385 Mensagem por Roy Kalifa » 12 Out 2009, 12:07

Vou discordar das opiniões do Tiozinho e Carnarge.

Não podemos comparar a desocupação de uma favela com a Cutrale.

A Cutrale gera empregos, divisas para o país e impostos para o governo.

Uma favela gera marginalidade, ocupação desordenada da área, sujeira, esgosto a céu aberto, gato na rede elétrica, violencia nas cercanias, lixo espalhado, poluição visual, disseminação de pragas como ratos e baratas etc, etc.

Não sou contra o favelado e sim contra o governo que tudo permite e nada faz. Sou a favor da remoação da favela para que os mesmos tenham mais dignidade para morar.

Com o dinheiro das Olimpiadas daria para remover e assentar quantos milhares de favelados ?

Voltando a Cutrale. Desapropriar a empresa para que a terra seja distribuida, degradada e vendida na primeira oportunidade pelo "agricultor" contemplado. Não vale a pena. Desta forma teríamos uma baixa produtividade.

O ideal para conter o problema, é o controle de natalidade. É preciso conter, que familias sem condições continuem a botar filho no mundo.

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ussama
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#386 Mensagem por ussama » 12 Out 2009, 12:22

Voltando a Cutrale. Desapropriar a empresa para que a terra seja distribuida, degradada e vendida na primeira oportunidade pelo "agricultor" contemplado. Não vale a pena. Desta forma teríamos uma baixa produtividade.







desapropriar o que? as terras são da união. essa cu-trale transnacional é uma grande grileira isto sim. fora gringos picaretas.

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#387 Mensagem por Carnage » 12 Out 2009, 14:42

Roy Kalifa escreveu:A Cutrale gera empregos, divisas para o país e impostos para o governo.
Novamente, a Cutrale cometeu crime ao invadir primeiro um terreno que não era dela. Ela também é errada no assunto. Ela se apropriou indevidamente de terras públicas, ela responde inúmeros processos de dano ambiental, trabalhistas e outras coisas mais. Como falaram aí atrás, o crime organizado também gera renda e emprego, nem por isso deve ser defendido. Não que seja a mesma coisa, mas a Cutrale é um a empresa criminosa que usa de vários subterfúgios pra se dar bem.
Na analogia, a Cutrale não tem nenhum direito sobre os pés de laranja que plantou irregularmente num terro que não era seu, simplesmente como um subterfúgio para tentar atrasar o processo contra ela, da mesma forma que os moradores que invadiram um terreno não tiveram nenhum direito sobre as casas que construíram irregularmente num terreno que não era deles. Ambos fizeram isso por sua conta e risco. Se os moradores não tiveram direito, porque a Cutrale deve ter?
Roy Kalifa escreveu:Uma favela gera marginalidade,
Isso é preconceito seu, e feio.
Roy Kalifa escreveu:Voltando a Cutrale. Desapropriar a empresa para que a terra seja distribuida, degradada e vendida na primeira oportunidade pelo "agricultor" contemplado. Não vale a pena. Desta forma teríamos uma baixa produtividade.
Novamente, a terra não é da Cutrale. Não sei qual o melhor destino pra ela, mas com certeza ficar do jeito que está não é.
E a segunda parte da sua afirmação não é verdadeira, pois como já foi mostrado neste tópico, segundo o censo feito as pequenas propriedades e a agricultura familiar produzem muito mais com muito menos que o agronegócio, portanto isso é uma falácia.
Roy Kalifa escreveu:O ideal para conter o problema, é o controle de natalidade. É preciso conter, que familias sem condições continuem a botar filho no mundo.
Concordo, até certo ponto. Mas aí você vai mexer com direitos e liberdades individuais das pessoas, que eu acho que até o Peter vai concordar que não é um caminho fácil, já que ele é defensor das liberdades individuais a qualquer custo.

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florestal
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MST

#388 Mensagem por florestal » 12 Out 2009, 18:17

O grande problema do MST é que ele é um movimento cuja direção é ligada a Igreja Católica, em aliança com o grupo trotskista Democracia Socialista.

Vamos analisar primeiramente o trotskismo. Quem gosta de teoria política, como eu sempre gostei, e vem acompanhando os acontecimentos, sabe que o trotskismo é falso. Eles são considerados de extrema-esquerda, na França ninguém os leva a sério. Extrema-esquerda significa pessoas que não assimilaram completamente o conhecimento teórico e, portanto, cometem vários erros que invalidam qualquer movimento. Algumas figuras ilustres, como os ex-presidentes franceses Leonel Jospin e François Mitterand foram trotskistas quando adolescentes, mas amadureceram politicamente e evoluíram para a social-democracia. O ex-presidente Leonel Jospin retirou de sua biografia sua condição de trotskista quando adolescente, pois se envergonhava disso. Os jornalistas descobriram e fizeram uma gozação com a cara dele.

A extinta URSS sempre denunciou (existia uma revistinha que eu gostava de ler) através da sua Academia de Ciências e com informações do seu serviços secreto, a KGB, que a CIA na América Latina estimulava, durante o período da guerra fria, as igrejas de culto evangélico e os trotskistas. Diziam os ideólogos da extinta URSS que essas eram medidas que visavam impedir a formação de movimentos sociais de esquerda nesses países latino-americanos. Informavam ainda que o movimento trotskista era totalmente diferente das teorias apresentadas por aquele revolucionário russo, insinuando assim que a teoria era manipulada pelos agentes do serviço secreto norte-americano. De minha parte, desejo dizer que eu não tenho porquê duvidar dessas acusações, para mim são verdadeiras.

Já com relação a Igreja, devemos reconhecer que ela carece de uma teoria política para dirigir esses movimentos. O discurso cristão de fome, miséria, pobreza, de caridade, não é transformador da realidade. A Igreja fracassou em toda a AL quando se dispôs a dirigir movimentos sociais, foi assim na Guatemala (existe um livro interessante escrito por um professor norte-americano, A Revolução Guatemalteca, Editora UNESP), foi assim na Nicarágua com os Sandinistas, foi asssim no Haiti, com o pe. Jean Batiste Aristide. Nesses dois últimos movimentos, seus militantes perseguiram o enriquecimento pessoal quando constataram a falsidade de suas propostas.

Os trotskistas no Brasil também perseguiram o enriquecimento pessoal ou a corrupção quando viram que suas teses eram falsas. Palocci e Gushiken, ambos da antiga Libelu, um grupo trotskista, cairam na corrupção; o primeiro através de diversos contratos à época em que era prefeito de Ribeirão, o segundo foi o mentor do mensalão na VISA do BB, muito embora não existam provas concretas contra ele. Existem vários outros exemplos: Josimar Melo era um trotskista radical e hoje é comentarista gastronômico de restaurantes de luxo, sorte nossa que não estivesse em nenhum cargo público.

Vejam só que estranho, colocaram no Ministério do Desenvolvimento Agrário um burocrata sem antecedentes políticos, um tal de Guilherme Cassel. Esse cara é um laranja, está lá como pau mandado. O antigo ministro, Miguel Rosseto, ligado a Igreja Católica, estranhamente pulou fora. Como pode um partido político lutar tanto para chegar ao poder e entregá-lo a um burocrata? Tem coisa aí!

O melhor que podemos fazer, já que todos os indícios são muito fortes, é prestigiar uma CPI que o Congresso está prestes a instalar. Essa CPI pode ter revelações de muita corrupção.
CPI aprova quebra de sigilo de ONGs ligadas ao MST

Quatro entidades terão dados bancários e telefônicos divulgados

...conseguiu aprovar ontem na CPI das ONGs requerimentos autorizando a quebra dos sigilos bancários e telefônicos de quatro entidades ligadas ao Movimento dos Sem Terra (MST): o Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac), o Centro de Formação e Pesquisa Contestado (Cepatec), a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab) e a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca).

A Anca é apontada pelo site Contas Abertas como a entidade ligada ao MST que mais recebeu recursos do governo federal. Desde 2002, teria recebido R$22,3 milhões. A Concrab aparece logo atrás, tendo recebido R$14,8 milhões. No caso do Itac, Heráclito argumentou que a entidade, criada em 2006, conseguiu fechar naquele ano "convênios milionários" com os ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário. No ano seguinte, teria conquistado a liderança na captação de verbas federais entre entidades que prestam serviço ao MST.
http://portal.pps.org.br/portal/showData/147405
PF investiga suposto desvio por entidades ligadas ao MST

A Polícia Federal em Presidente Prudente abriu inquérito para investigar suposto desvio de verbas federais repassadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário a entidades ligadas a sem-terra que atuam no Pontal do Paranapanema --oeste do Estado de São Paulo.

Segundo o procurador da República Luiz Roberto Gomes, uma denúncia anônima aponta suposto uso de notas fiscais falsas para justificar os gastos irregulares. O recurso era destinado para viabilizar a produção de biodiesel em assentamentos rurais em São Paulo.
.....
A investigação da PF vai se concentrar em dois convênios firmados entre 2006 e 2007 que juntos somam cerca de R$ 3 milhões em repasses.
.....
http://portal.pps.org.br/portal/showData/144348
Raul Jungamnn - MST, 25 anos

O MST teve o mérito de colocar a reforma agrária na ordem do dia no governo Fernando Henrique e o demérito de retirá-la no governo Lula.

FHC prometeu assentar 280 mil famílias em quatro anos. Cumpriu. Em oito, foram mais de 600 mil famílias e 22 milhões de hectares de terra distribuídos. Para se ter um parâmetro, Cuba tem 11 e o estado de São Paulo, 24 milhões de hectares. Fez mais.

Criou o ministério do Desenvolvimento Agrário, o Banco da Terra e o PRONAF, maior programa de alívio da pobreza rural existente. Realizou a mais extensa mudança legislativa na área fundiária desde o Estatuto da Terra de 64. Instituiu o rito sumário nas desapropriações, reformou o ITR e editou uma Lei de Terras, ferindo de morte o latifúndio.

Cassou o registro administrativo de todos os grande latifúndios do país, algo em torno de 3 mil propriedades, totalizando 93 milhões de hectares. Em seguida, ingressou na justiça e retomou mais de 60 milhões, destinando, destes, mais de 25 milhões de hectares para unidades de conservação na Amazônia, na maior transferência de terras para preservação da nossa história – e a custo zero para o meio ambiente. Jóia da coroa desse processo, o parque nacional de Tumucumaque, no Amapá, é a maior unidade de conservação de floresta tropical do mundo.

Ao final dos meus seis anos à frente do MDA, nenhum superintendente do INCRA nos estados era nomeado por indicação política, apenas por mérito. E todos, no ministério e no Instituto, abriam mão dos respectivos sigilos fiscal e bancário ao assumirem cargos de chefia. De quebra, extinguiram-se as nomeações de parentes, antecipando em alguns anos o fim do nepotismo. O mesmo se dando com o início de uma política de gênero e raça no âmbito do MDA e dos assentamentos.

Em seis anos, nenhum massacre de sem terra tornou a acontecer, após Eldorado dos Carajás, de tristíssima memória. Nenhum escândalo de desapropriação fraudulenta de terras ou corrupção pipocara. As invasões de propriedades foram caindo até alcançarem o seu mais baixo nível em décadas, idem os conflitos e assassinatos. Em parte, a redução dos conflitos deveu-se à MP conhecida como das invasões de terra, a qual determinava a retirada do programa de reforma agrária, por dois anos, de qualquer área que fosse invadida.

E o governo Lula, o que fez e faz?
Comecemos por antes do PT chegar ao poder. Lembro-me precisamente o dia e a hora em que li uma entrevista de Lula de página inteira na Folha, a dizer que, eleito, “faria a reforma agrária de uma canetada só”. Sorri e tive raiva, ao mesmo tempo, da evidente demagogia.

Bom, até agora, a reforma agrária do sr. Lula tem seguido, em linhas gerais, a do governo FHC - embora menor, menos criativa e republicana.

Em primeiro lugar, não se mudou uma vírgula na legislação agrária herdada, acidamente criticada durante anos a fio. Nem tão pouco na estrutura executiva e operacional – o MDA e o INCRA. E, aonde mudou, foi para pior. Não se falou mais em combater o nepotismo e todos os cargos comissionados do MDA e do INCRA, sem exceção, voltaram a ser preenchidos por indicação política dos movimentos sociais ou partidos da base do governo e ninguém precisa abrir mão de sigilo algum.

Os números de assentamentos e hectares de terra distribuídos são claramente inferiores, ainda que o volume permaneça razoável. Já os conflitos e assassinatos por terra explodiram no início do atual governo, fruto da expectativa, frustrada, da reforma de uma canetada só. Para, em seguida, se estabilizarem em patamares mais baixos, sem chegar ao nível dos anos finais do governo FHC.

O Banco da Terra, que motivara uma campanha de desqualificação em nível mundial por parte do MST, foi rebatizado de “crédito fundiário” e prossegue ativo, embora dele não se fale ou faça propaganda.

No nordeste, berço das ligas camponesas e da CONTAG, o grande programa de assentamentos, resultante da transposição do São Francisco, não será implantado – ao menos no atual governo.

A MP das invasões teve um fim bem ao feitio da atual administração: não foi revogada, mas também não é cumprida.

Sempre haverá algum governista a bradar que os recursos destinados à reforma agrária são maiores no governo Lula que no anterior. Sem dúvida, e por um bom motivo. O país cresceu, idem a arrecadação de impostos e o orçamento global.

Por fim, a questão da produtividade da terra. O governo Lula assumiu compromisso solene com o MST que reveria os índices que medem a produtividade agrária, de modo a ampliar o estoque de áreas improdutivas. Quando me contaram isso, tive um acesso de riso e disse ser mais fácil um raio em céu azul. Sabíamos, por experiência própria, que o empresariado rural vai à guerra antes de admitir tal mudança, a qual incendiaria, de verdade, o país. Resultado: perdi a conta das vezes que foi anunciada a mudança nos índices e nada, absolutamente nada, aconteceu.

E o MST diante desse quadro?
Perdeu o rumo, o prumo e a razão de ser: derrotar e, se possível, derrubar o governo Fernando Henrique. O que é cristalino quando se comparam os dois governos e a atuação do Movimento. Fosse razão de ser real do MST a reforma agrária, o desempenho do governo Lula deveria motivar agressividade e pressão maiores que as exercitadas contra FHC. Isso não ocorre, antes pelo contrário. E por três motivos.

Primeiro motivo, este governo é do MST, que o ajudou a “chegar lá”. E o MST é parte do governo, como se verá adiante. Ainda que verbalize, aqui e acolá, contrariedade e críticas periódicas ao programa de reforma agrária, tudo é muito “bem comportado” e dentro de limites traçados no Planalto pelo Ministro Dulci. Pois sabem os sem terra que a alternativa real a Lula é o PSDB. Ou seja, não possuem alternativa política ao que “aí está”, gostem ou não. E o governo, claro, sabe e joga com isso.

Em segundo lugar, o governo fez o MST “governo” através de uma ampla cooptação, via aparelhamento do INCRA e suas superintendências e do Ministério do Desenvolvimento Agrário. De quebra, abriu como nunca as burras do tesouro para o Movimento, através de praticamente todos os seus ministérios, autarquias e estatais. Resultado, grande parte das lideranças intermediárias e superiores do MST foi cooptada, tem cargo comissionado e, anátema, virou chapa branca, aburguesou-se…

Por fim, os programas sociais de transferência de renda, tipo Bolsa Família, criados no governo anterior e ampliados no atual, possuem o condão de secar as fontes de recrutamento do MST.

Moral da história e ironia do destino, o presidente que ia fazer a reforma agrária de uma canetada só, não o fez. Mas tem tudo para passar à história como o verdugo, ainda que não intencional, do Movimento dos Sem Terra…

Já o João Pedro Stédile, quem diria, de incendiário e revolucionário no governo FHC, virou barnabé no governo camarada do camarada Lula.
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#389 Mensagem por Tricampeão » 12 Out 2009, 21:07

Nazrudin escreveu:
Tricampeão escreveu:
Roy Kalifa escreveu:O MST chega, destroi quase tudo e rouba e furta o que pode ser aproveitado. Eu já não vejo isto como uma luta por direito a terra.
Concordo. Sou mais a linha maoísta. Se deu certo na China, por que não daria aqui também, que é um país muito menor?

O MST quer ser moderninho e andar dentro da lei. Eventos como este mostram que não é o caminho certo, porque o agronegócio pode pagar os meios de comunicação para veicular notícias favoráveis a ele o tempo todo. Sempre vão existir os mal informados que engolirão acriticamente as histórias, sem nem ao menos procurar na Internet pelas montanhas de evidência que houver contra elas.
Trica, pode explicar o que quer dizer com isso? Pesquisei no Google sobre reforma agraria na China, e o resumo seria "o sangue tem que correr", é isso?
Roy Kalifa escreveu:Sim, muitos do MST acham e pensam que o sanque tem que correr....

Agora, quando é o sangue deles (Eldorado dos Carajas) a gritaria é geral...

Quando o MST faz e acontece, trata-se de luta pela terra.

Quando toma porrada, é massacre, força desproporcional etc.
Carnage escreveu:O problema é que o MST já tem uma imagem muito ruim perante uma boa parte da opinião pública, e a destruição no exemplo do Tiozinho foi feita pelos órgãos oficiais. O MST não pode se dar ao luxo de agir desta forma. Uma invasão pacífica, sem destruição, serve enquanto forma de protesto, da mesma forma que uma passeata de grevistas. Mas sair por aí tomando a lei em suas mãos, aí já é demais e contra producente para o movimento.
É muito fácil entender a evolução do MST.
No início, era um movimento pacífico a favor da reforma agrária. Limitavam-se a pedir e protestar. O que acontecia então? Os órgãos da repressão massacravam e os meios de comunicação falavam mal de qualquer forma. Quem viveu essa época certamente se lembra perfeitamente disso. Depois de tomar muita paulada, experimentaram ser um pouco mais agressivos, pois não tinham nada a perder. Passaram a ocupar terras devolutas e a destruir colheitas irregulares. Com isso, conseguiram mais resultados. Agora, não tem mais volta.
A prática dos movimentos sociais sempre aponta na mesma direção. Quem espera, nunca alcança. Na Europa também aconteceu, não foi só aqui no Brasil. E na Europa, não são apenas os camponeses que estão abandonando a via contemplativa; outros movimentos sociais já passaram à ação, como os ecologistas, por exemplo.
No caso do MST, ou melhor, dos movimentos camponeses mundiais, existe ainda um outro componente. Já se viu que a reforma agrária não é suficiente. Não adianta conseguir terra; não adianta nem mesmo conseguir terra com crédito com tecnologia com meios de distribuição adequados. O que se busca hoje é uma revolução agrária, uma mudança profunda das estruturas, porque é preciso derrotar o grande inimigo da humanidade que é o agronegócio.

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kank
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#390 Mensagem por kank » 13 Out 2009, 12:41

Tiozinho50 escreveu:
Outro dia assisti pela TV uma reintegração de posse de um terreno em SP onde habitavam centenas de famílias, depois de desocupado o terreno, tratores destruíram todas as habitações, isso porque quem constrói irregularmente em cima de terreno alheio não tem nenhum direito, porque no caso da Cutrale seria diferente?

carnage:
Que pese o fato de eu já ter me declarado contra a atitude do MST no caso, mas eu acho a analogia do Tiozinho perfeita!
sinto dizer mas ha um erro obvio nesta analogia, a policia quando faz a desocupação do terreno derruba as moradias que la estão, mas não coloca fogo nos carros na garagem, não joga a televisão no chão ou seja so é destruido o que é impossivel de ser retirado.
as construções são derrubadas por diversos fatores
1 e mais obvio não da pra levar pra outro lugar
2 não tem habitse
3 não tem alvara
4 não tem planta assinada por engenheiro e demais tecnicos
5 todas as anteriores e mais algumas
6 não precisa de autorização de orgão ambiental pra derrubar uma casa ja uma arvore

esta analogia de casa com arvore pra mim so coincide em não dar pra levar pra outro lugar de resto ela precisa de muito menos documentação que uma casa pra estar regular.

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