Programa FX e a força militar Brasileira

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#151 Mensagem por Tricampeão » 23 Nov 2009, 18:01

Peter_North escreveu:
Tricampeão escreveu:A Constituição japonesa não defende a escravidão, por exemplo, como o faz a Constituição americana.
Bzzzt, errado. Bastou uma rápida pesquisa para ver que isso não é verdade desde 1865, antes da abolição no Brasil e muito antes de copiarem a constituição para usar no Japão.
É mesmo? Quer dizer que o artigo seguinte não faz mais parte da Constituição americana?
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição por um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.
A escravidão é possível, bem como os trabalhos forçados, como punição para determinados crimes. É isso que diz o artigo XIII, não é? Ou interpretei errado?

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#152 Mensagem por Peter_North » 25 Nov 2009, 09:28

Tricampeão escreveu:
Peter_North escreveu:
Tricampeão escreveu:A Constituição japonesa não defende a escravidão, por exemplo, como o faz a Constituição americana.
Bzzzt, errado. Bastou uma rápida pesquisa para ver que isso não é verdade desde 1865, antes da abolição no Brasil e muito antes de copiarem a constituição para usar no Japão.
É mesmo? Quer dizer que o artigo seguinte não faz mais parte da Constituição americana?
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição por um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.
A escravidão é possível, bem como os trabalhos forçados, como punição para determinados crimes. É isso que diz o artigo XIII, não é? Ou interpretei errado?
Mais ou menos errado, mais ou menos certo. Esse texto foi criado assim para garantir duas instituições: a do serviço militar, que na época era obrigatório (hoje em dia é 100% voluntário, infelizmente no Brasil ainda não se acabou com o ridículo serviço militar obrigatório) e também para garantir a continuidade dos trabalhos forçados em prisões (outra coisa que para mim deveria ser adotada no Brasil).

Como em ambos os casos (tanto o serviço militar como o trabalho forçado para presidiários) as pessoas estariam trabalhando contra a sua vontade, fez-se o texto desse jeito.

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#153 Mensagem por Peter_North » 25 Nov 2009, 10:02

Tricampeão escreveu:
Peter_North escreveu:Então, já que eu postei uma prova de um pedido de rendição feito ao Japão pelos EUA e negado, por favor poste uma prova de um pedido de rendição feito pelo Japão e negado pelos EUA.
Você postou a negativa do Japão? Não vi. Posta de novo, por favor.
Não houve essa negativa, a resposta do Japão foi um "sem comentários", que obviamente quer dizer "não vamos nos render". E agora, posso ver o pedido de rendição japonês que foi negado pelos EUA? Ou será que esse pedido de rendição negado nunca aconteceu?
Tricampeão escreveu:Aquele almirante americano a soldo do PT, William Daniel Leahy, em suas memórias, escreveu:
“Os japoneses já estavam vencidos e prontos para capitular [...] a utilização em Hiroshima e Nagasaki dessa arma bárbara não nos ajudou a ganhar a guerra. [...] sendo o primeiro país a utilizar a bomba atômica, adotamos [...] a regra ética dos bárbaros da Idade das Trevas”
Bom, ele está se colocando contra o uso da bomba e isso é direito dele, se ele preferia matar milhões em uma invasão terrestre, tudo bem, ele tem direito de pensar assim. Agora, veja que ele apenas dá sua OPINIÃO de que o Japão ia se render. Muita gente pensava que ia, mas não se rendia, o governo da época não queria perder a boquinha de jeito nenhum. Governo é uma merda mesmo. Aliás, sempre é bom lembrar, esse é o mesmíssimo governo e mesmíssimo exército que haviam uma noa antes INVADIDO a China e feito um dos episódios mais horrendos da humanidade, o Estupro de Nanquim (leiam sobre isso, Google é seu amigo) , e o mesmo governo e o mesmo exército que havia atacado os aliados)
Tricampeão escreveu:Aquele outro general americano a soldo do PT, Dwight Eisenhower, em suas memórias, escreveu:
Em [julho] de 1945, [...] o Secretário de guerra Stimsom, em visita a meu quartel-general na Alemanha, informou-me que nosso governo estava preparado para lançar a bomba atômica no Japão. Eu era um daqueles que sentiam que havia um conjunto de razões conclusivas para questionar a sabedoria de um tal ato. […] o Secretário, após me informar do sucesso do teste da bomba no Novo México e do plano de usá-la, perguntou-me da minha reação, aparentemente à espera de um vigoroso assentimento. [...] Durante seu relato dos fatos relevantes, eu tive a consciência de um sentimento de depressão e assim comuniquei-lhe a gravidade das minhas dúvidas. De início, com base em minha convicção de que o Japão já estava derrotado e que a utilização da bomba era desnecessária. Em seguida, porque acreditava que o nosso país devia evitar chocar a opinião mundial utilizando uma arma cujo emprego não era mais obrigatório como medida para salvar a vida dos norte-americanos. Eu tinha a convicção de que o Japão estava, naquele momento [agosto de 1945], procurando algum modo de capitular salvando um pouco do seu orgulho.
O Eisenhower está apenas mostrando sua opinião de que o Japão iria se render, como está claro no texto. Contrariando o bom senso e a expectativa, o governo do Japão não se rendeu nem quis se render.
Tricampeão escreveu:Ao passo que o presidente a soldo do PSDB, Harry Truman, escreve em suas memórias que:
“é o maior acontecimento da história”
Você está distorcendo, ele não falou que era o melhor acontecimento da história. Ele estava se referindo ao acontecimento que encerrou a segunda guerra mundial e selou a derrota do trio Japão Imperialista, Alemanha Nazista e Itália Fascista. Nesse sentido, o de encerrar a segunda guerra, foi mesmo provavelmente o maior acontecimento da história à época. Sabe Trica, quem te lê pode pensar que o teu anti-americanismo é tão grande que preferias ver os aliados (basicamente UK, URSS e EUA) derrotados. Querias mesmo que os japoneses, junto com os nazistas e os fascistas, não tivessem sido derrotados?
Tricampeão escreveu:Os japoneses já estavam derrotados. Bastava fazer uma proposta de paz decente e eles aceitariam. Foi exatamente o que os Estados Unidos não fizeram.
Uma proposta foi enviada, o Japão não respondeu e muito menos enviou uma contra-proposta de paz. Aliás, mesmo se sua afirmação fosse verdade (e não é), mesmo assim me parece que tem muito mais razão o país que deixa de enviar uma proposta de paz "decente" (seja lá o que isso quer dizer) do que o país que ataca e invade outro.
Tricampeão escreveu: jogaram a bomba em 6 de agosto. E uma outra em 9 de agosto, apenas 3 dias depois, para não dar tempo ao Japão de capitular antes de terem conseguido testar a segunda bomba.
Que ridículo. O verdadeiro crime aqui é que o governo do Japão, mesmo após uma bomba, não se rendeu mesmo três dias depois! Três dias inteiros para se render e não se renderam. O apego ao poder é algo incrível mesmo.

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#154 Mensagem por Peter_North » 25 Nov 2009, 10:04

Ah, e não te esquece de postar o pedido de rendição japonês que foi negado pelos EUA. Para evitar que pareça que estavas falando coisas que simplesmente não são verdadeiras.

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#155 Mensagem por Tricampeão » 25 Nov 2009, 19:19

Peter_North escreveu:
Tricampeão escreveu:
Peter_North escreveu:
Tricampeão escreveu:A Constituição japonesa não defende a escravidão, por exemplo, como o faz a Constituição americana.
Bzzzt, errado. Bastou uma rápida pesquisa para ver que isso não é verdade desde 1865, antes da abolição no Brasil e muito antes de copiarem a constituição para usar no Japão.
É mesmo? Quer dizer que o artigo seguinte não faz mais parte da Constituição americana?
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição por um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.
A escravidão é possível, bem como os trabalhos forçados, como punição para determinados crimes. É isso que diz o artigo XIII, não é? Ou interpretei errado?
Mais ou menos errado, mais ou menos certo. Esse texto foi criado assim para garantir duas instituições: a do serviço militar, que na época era obrigatório (hoje em dia é 100% voluntário, infelizmente no Brasil ainda não se acabou com o ridículo serviço militar obrigatório) e também para garantir a continuidade dos trabalhos forçados em prisões (outra coisa que para mim deveria ser adotada no Brasil).

Como em ambos os casos (tanto o serviço militar como o trabalho forçado para presidiários) as pessoas estariam trabalhando contra a sua vontade, fez-se o texto desse jeito.
Bzzzzzzt, errado. Um sujeito submetido a serviço militar obrigatório não foi "devidamente condenado por um crime", como está mais do que claro no texto. Chama seu amigo metido a jurista pra ver se ele consegue enrolar melhor que você.

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#156 Mensagem por Tricampeão » 25 Nov 2009, 19:46

Peter_North escreveu:
Tricampeão escreveu:Aquele almirante americano a soldo do PT, William Daniel Leahy, em suas memórias, escreveu:
“Os japoneses já estavam vencidos e prontos para capitular [...] a utilização em Hiroshima e Nagasaki dessa arma bárbara não nos ajudou a ganhar a guerra. [...] sendo o primeiro país a utilizar a bomba atômica, adotamos [...] a regra ética dos bárbaros da Idade das Trevas”
Bom, ele está se colocando contra o uso da bomba e isso é direito dele, se ele preferia matar milhões em uma invasão terrestre, tudo bem, ele tem direito de pensar assim. Agora, veja que ele apenas dá sua OPINIÃO de que o Japão ia se render.
É a opinião de um almirante que participou da guerra, não do Peter North. O Peter North apenas dá sua OPINIÃO de que o Japão não ia se render. Em defesa do seu argumento, o que ele fala? Ah, tinha os kamikazes, bzzzzzzzt, os kamikazes eram militares, ahh, o governo não queria perder a boquinha, bzzzzt, o governo não perdeu a boquinha ahhh, o Japão atacou primeiro, tinha mais é que se fuder, bzzzzt, civis não podem ser incinerados só porque os militares de seu país gostam de atacar os outros, ahhhh, esses foram os que massacraram os chineses, bzzzzt, o que tem uma coisa a ver com a outra?
Se você não fosse tão pro-americano, já teria examinado o argumento ridículo de que a bomba foi jogada para poupar vidas que seriam perdidas numa invasão americana.
Os americanos não ligam para as vidas dos inimigos. Mataram 4 milhões no Vietnã. Ahhhhh, é claro que estamos falando de vidas americanas, não de gooks, pois bem, se fosse isso, bastava não invadir. Deixassem os chineses invadir o Japão. Deixassem os soviéticos invadir o Japão. Ou não invadissem, apenas impusessem um bloqueio naval. Quanto tempo os japoneses iam conseguir sobreviver isolados?

Eu não sou antiamericano. Apenas enxergo os fatos.
É claro que, quando falo de americanos no texto, estou falando dos militares americanos. Não falo de todos os americanos, mesmo porque muitos deles sempre foram contra massacrar outros povos. Aliás, citei dois no post.
É o mesmo que acontece com os japoneses. Os militares japoneses massacraram chineses (e outros povos). Mas os civis japoneses não tinham que pagar por isso.

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#157 Mensagem por Peter_North » 25 Nov 2009, 20:46

Se eu digo que o Japão não ia se render é porque me baseio não na minha opinião ou no que um general pensou à época que ia ocorrer, mas na existência de uma oferta de rendição que foi negada pelo Japão, ao fato de que mesmo com uma bomba o governo japonês não se rendeu,
Tricampeão escreveu:É a opinião de um almirante que participou da guerra
Em um exército tão grande com certeza existirão as mais variadas opiniões, algumas erradas. Por exemplo, esse almirante achou que o Japão ia se render mas ele estava enganado e o Japão não se rendeu.
Tricampeão escreveu:o governo não queria perder a boquinha, bzzzzt, o governo não perdeu a boquinha ahhh
Isso é verdade. O governo não queria perder a boquinha, tanto que mesmo no tratado final deu um jeito de manter o status oficial da casa imperial, mesmo sem exercer o poder. Governo detesta perder boquinha. Me diga, não é verdade que apesar de perder o poder mantiveram o luxo a fleuma, paga pelo contribuinte é claro?
Tricampeão escreveu:o Japão atacou primeiro
E isso não é verdade? É claro que é verdade. E quem ataca tem que saber que corre riscos. Como o de perder, por exemplo.
Tricampeão escreveu:civis não podem ser incinerados só porque os militares de seu país gostam de atacar os outros
Civis morreriam em número ainda maior em caso de invasão por terra.
Tricampeão escreveu:esses foram os que massacraram os chineses, bzzzzt, o que tem uma coisa a ver com a outra?
Tem tudo a ver. Estou mostrando que esse governo e esse exército eram capazes de atrocidades imensas como o Estupro de Nanquim. Nem te vi comentar esse episódio, foi um ano apenas antes do começo da segunda guerra. Mesmo governo, mesmos generais, mesmo exército. São fatos.
Tricampeão escreveu:o argumento ridículo de que a bomba foi jogada para poupar vidas que seriam perdidas numa invasão americana.
Já provamos que o Japão, ao contrário do que um ou outro militar chegou a cogitar, não ia se render. Faltou você me dizer quantas pessoas você acha que morreriam em caso de invasão terrestre do Japão.
Tricampeão escreveu:Os americanos não ligam para as vidas dos inimigos
Em uma guerra, nenhum país liga. Falando em guerra, se o governo e os militares do Japão ligassem para a vida de seus compatriotas (nem se fala em inimigos) talvez não devesse ter começado uam guerra. Porque quando se manda o seu país à guerra, corre-se o risco de causar mortes de seus compatriotas.
Tricampeão escreveu:Mataram 4 milhões no Vietnã
A guerra do Vietnã é um absurdo indefensãvel, um horror monumental e um erro sem tamanhos. Mas não tem absolutamente nada a ver com o assunto em pauta.
Tricampeão escreveu:Deixassem os chineses invadir o Japão. Deixassem os soviéticos invadir o Japão.
Daí morreriam milhões de chineses, russos e japoneses. Que diferença faz a nacionalidade de quem morre?
Tricampeão escreveu:Ou não invadissem, apenas impusessem um bloqueio naval. Quanto tempo os japoneses iam conseguir sobreviver isolados?
Quanto tempo os japoneses iam conseguir sobreviver isolados? Que tal mais de dois séculos? http://pt.wikipedia.org/wiki/Sakoku http://en.wikipedia.org/wiki/Closure_of_Japan
Tricampeão escreveu:Eu não sou antiamericano. Apenas enxergo os fatos.
Claro, claro. Falando em fatos, não te esquece de postar o pedido de rendição japonês que foi negado pelos EUA. Para evitar que pareça que estavas falando coisas que simplesmente não são verdadeiras.

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Tricampeão
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#158 Mensagem por Tricampeão » 26 Nov 2009, 16:56

Peter_North escreveu:
Tricampeão escreveu:Ou não invadissem, apenas impusessem um bloqueio naval. Quanto tempo os japoneses iam conseguir sobreviver isolados?
Quanto tempo os japoneses iam conseguir sobreviver isolados? Que tal mais de dois séculos?
Aí você facilita demais as coisas para mim. Você está dizendo que o Japão conseguiria passar duzentos anos sob bloqueio? Você leu o link que postou?
Japan was far from being completely isolated under the sakoku policy. Rather, it was a system in which strict regulations were applied to commerce and foreign relations by the shogunate, and by certain feudal domains (han).
Peter_North escreveu:Falando em fatos, não te esquece de postar o pedido de rendição japonês que foi negado pelos EUA.
Vamos lá:
http://www.airpower.maxwell.af.mil/airc ... /capio.htm
Japan had been subjected to overwhelming aerial bombardment, including firebombing and carpet bombing of most of its cities and civilian population, as well as devastating naval blockades by long-range submarines and surface vessels. Consequently, despite opposition from the imperial army, Japan began to realize that it had lost the war. Clearly defeated, the Japanese made peace overtures through the Russians, who had not yet entered the Pacific war. Their only request was that they be allowed to keep their emperor.
The Japanese were ready to surrender. However, they hesitated in accepting Truman's Potsdam Declaration because it was silent-or, at least, ambiguous-on the subject of the emperor's status.
Essas propostas foram desconsideradas pelos americanos.

Um interessante relatório do governo americano, publicado em 1946, conta mais detalhes da história:
http://ibiblio.org/hyperwar/AAF/USSBS/J ... index.html
Although considerable pessimism had prevailed regarding the outcome of the negotiations, the Government was not prepared for war with the Soviets, nor the military capable of any effective counter-plan. Suzuki calculated that he had a choice of resigning or taking immediate positive action, which could be either declaring war on Russia and continuing until the whole Nation was destroyed or accepting the Potsdam Declaration. He conferred with the Emperor around 0700 and after a couple of hours decided to accept the Potsdam terms, with which decision the Emperor agreed.
Como eu havia escrito, foi a declaração de guerra pelos soviéticos que decidiu a parada. Continuando:
Immediately thereafter the full Cabinet resumed its meeting and ratified unanimously a decision to accept the Potsdam terms provided they did not alter the Emperor's prerogatives. This was cabled to the United States through the Swiss around 0700 the 10th.
Rendição, pelos termos de Potsdam, contanto que o imperador mantivesse sua condição, coisa que não estava clara na Declaração.
Os japoneses por duas vezes, uma através dos soviéticos, quando estes ainda não haviam declarado guerra a eles, outra através dos suíços, ofereceram a rendição, tentando apenas manter a figura do Imperador. Os americanos podiam ter aceito a rendição em ambas as ocasiões, uma vez que, após o lançamento das bombas, o Imperador acabou sendo mantido. A Declaração de Postdam era ambígua a esse respeito.
Conclui o relatório:
6. The Hiroshima and Nagasaki atomic bombs did not defeat Japan, nor by the testimony of the enemy leaders who ended the war did they persuade Japan to accept unconditional surrender. The Emperor, the Lord Privy Seal, the Prime Minister, the Foreign Minister, and the Navy Minister had decided as early as May of 1945 that the war should be ended even if it meant acceptance of defeat on allied terms. The War Minister and the two chiefs of staff opposed unconditional surrender.
Mais claro, impossível.
Todos os líderes japoneses já haviam decidido render-se. Alguns, minoritários, apenas opunham-se a uma rendição incondicional. Os termos da Declaração de Postdam nunca foram rejeitados. Os japoneses precisavam apenas que a situação futura do Imperador fosse esclarecida.

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#159 Mensagem por bullitt » 26 Nov 2009, 22:48

Enfim, voltando ao programa FX, tudo indica que os franceses irão ganhar mais por critérios políticos do que técnicos.

http://portalexame.abril.com.br/blogs/p ... ink=209594

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Carnage
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#160 Mensagem por Carnage » 28 Nov 2009, 02:34

Desculpa bullitt, mas o papo sobre os EEUU está bastante interessante.

Eu acredito que as evidências apresentadas pelo Tricampeão são mais do que suficientes pra atestar que os americanos não conseguiram a rendição dos japoneses antes de jogar as bombas simplesmente porque não quiseram. Bastava terem deixado claro a condição que ficaria o imperador após a rendição, como estava explícito por parte dos japoneses, que eles teriam se rendido.

Não foi apego ao poder, mas simples apego à tradição do Imperador. E as bombas foram sim jogadas desnecessariamente.

Outro fato é de que não havia a menor necessidade de se invadir as ilha principal do Japão por terra para acabar com a guerra. Um bloqueio naval total os faria capitular rapidamente. É ridículo pensar que a vida no Japão moderno como era nos anos 40 permitira ao povo japonês resistir resignadamente por tempo demais. Sem falar que seria óbvio que bombardeios convencionais de infraestrutura abreviariam isso ainda mais.

O fato é que os americanos cometeram um crime enorme, tanto quanto o crime que cometeram nos bombardeios feitos na Alemanha no final da guerra junto com os ingleses. Somente nos últimos dois meses da guerra mais de 130 mil civis foram mortos pelas bombas. Pra se ter uma idéia, os bombardeios Alemães à Inglaterra durante a guerra toda mataram menos de 52 mil civis.
Ao final da guerra mais de 635 mil civis alemães tinham sido mortos.

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Carnage
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#161 Mensagem por Carnage » 28 Nov 2009, 02:40

http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3979/9/
Bases americanas na Colômbia visam bloquear projeto de América Latina auto-determinada
Escrito por Pietro Alarcón
18-Nov-2009

Pietro Alarcón é professor da PUC/SP, assessor do convênio Cáritas-ACNUR para refugiados e membro da CEBRAPAZ.



1) Acordo Complementário para a Defesa e a Segurança (...): "O governo da Colômbia, de conformidade com sua legislação interna, cooperará com os Estados Unidos para levar a cabo atividades mutuamente acordadas no marco do presente Acordo e continuará permitindo o acesso e uso das instalações da Base Aérea de Palenquero e de Malambo; os fortes militares de Tolemaida e Larandia; a Base Aérea de Apiay; a Base Naval de Cartagena e a Base Naval de Baia Málaga (...)".



Do ponto de vista político, o Acordo Complementário para a Defesa e a Segurança assinado entre os governos dos Estados Unidos e Colômbia introduz um lamentável novo componente na caracterização das relações internacionais da região. O acordo reproduz cabalmente, sob a forma de documento jurídico, os interesses e objetivos das transnacionais ligadas à produção de armas e as aspirações de uma cobertura militar expansionista dos Estados Unidos, a serviço de uma recomposição nos estratos do poder nos Estados da América Latina. É dizer, a serviço de um retrocesso nas possibilidades de desenvolvimento autônomo e solidário entre os países da área.



Que a construção de um horizonte de integração é uma tarefa titânica não é nenhum segredo. Há interesses contrapostos, visões diversas, ritmos de integração e movimentos em velocidades e dimensões diferentes. Contudo, ninguém pode negar que o diálogo entre os latino-americanos tem sido mais freqüente, fluido, propositivo e intenso, além de consolidado através de constituições, documentos, adesões e novos cenários nos últimos dez anos.



E é precisamente em função de iniciativas diplomáticas e ações conjuntas que não lhes são propícias em termos econômicos e políticos que os Estados Unidos, como em outras oportunidades fizeram, desenharam um projeto, seu projeto, estratégico e fundamentado no potencial bélico que possui, objetivando o incremento de seu poder, influência e gerenciamento das possíveis situações que lhe impediriam seu agir de potência hegemônica.



Não é preciso ter voz de profeta para enxergar que se trata de uma perspectiva onívora, que continua atemporalmente a sustentar, sobre bases geopolíticas, que a guerra é um fato e a paz apenas algo desejável. E nessa lógica de pensamento e ação, toda a atividade psicológica, financeira, política e militar empreendida pela política externa americana para suas finalidades não pode ser considerada surpreendente. Daí que não tenha nada de estranho que o documento enviado pelo Pentágono ao Congresso dos Estados Unidos contenha o já aguardado e diagnosticado até pelos mais desavisados observadores: que a utilização das bases militares da Colômbia não será apenas para um polêmico e até hoje pouco frutífero combate ao narcotráfico, mas para assegurar a presença militar dos Estados Unidos e sua projeção vigilante.


2. Acordo de (...)



"3.1. (...) realizar exercícios combinados e outras atividades acordadas mutuamente, e para enfrentar ameaças comuns à paz, à estabilidade, à liberdade e à democracia".



Ao lado da proclamação dos direitos humanos, uma das maiores conquistas da humanidade consiste na proibição da guerra, é dizer, a paz, a estabilidade, a liberdade e a democracia são legítimas aspirações humanas.



Nesse sentido, um âmbito propositalmente proibitivo do uso da força nas relações entre os Estados tem sido construído. Entretanto, no ambiente político e militar criado pelos Estados Unidos não há disciplina nem semântica nem sintática, pois as palavras freqüentemente designam meras representações. O esvaziamento do conteúdo real desses objetivos serve para sustentar teses como a de que a legítima defesa preventiva é plenamente justificável quando na interpretação de quem ostenta a defesa dos valores cristãos e democráticos do mundo ocidental, e esses elementos se encontrem ameaçados.



A interpretação do texto do Acordo será feita, obviamente, por quem assinou e, especialmente, por quem o fez em condições de subordinante. De maneira que a dinâmica das relações internacionais na região fica sujeita a um exercício hermenêutico: afetam ou não a estabilidade, a liberdade e a democracia as atividades de um governo que se oponha a um neoliberalizante TLC (tratado de livre comércio) com os Estados Unidos, por exemplo?


3. Acordo de (...)



Artigo 4.2. "As Autoridades da Colômbia, sem cobrança de aluguel e custos semelhantes, permitirão aos Estados Unidos o acesso e uso das instalações conveniadas e às servidões e direitos de passagem sobre bens de propriedade da Colômbia que sejam necessários para levar a cabo as atividades (...)".



No transfundo do processo histórico de dependência da América Latina com relação aos chamados Estados centrais - processo com raízes nas bases organizativas e estruturais da economia, da política, da cultura e do Direito -, não há como negar a presença, influência e pressões do capital estrangeiro. Contudo, há que apontar também a uma constelação de beneficiários nos Estados periféricos que lucraram, e lucram ainda, com o favorecimento à inserção das potências dominantes nos seus espaços territoriais.



A Colômbia assume hoje um generoso papel instrumental, somente explicável em função de algumas reflexões sobre sua conjuntura interna e, logicamente, sobre sua política externa na região.



Há de se considerar, de início e genericamente, que os supostos benefícios da interdependência e da globalização nunca foram evidentes na América Latina. Muito pelo contrário, a especulação financeira e o abandono dos investimentos na produção originaram um empobrecimento maior ainda da imensa maioria da população, que pagou os custos do fracasso das teses do Estado mínimo e da redução orçamentária no social. Estabeleceu-se um padrão privatizador dos serviços públicos e da diminuição do espaço público, com a conseqüente renúncia ao conceito de interesse público para, em contrapartida, ampliar a rentabilidade do capital privado.



Nesse contexto, os movimentos sociais cresceram em resistência e, particularmente, a luta de caráter econômico adquiriu níveis de luta pelo poder estatal, é dizer, de uma exigência por conquistar espaços governamentais que redundassem na execução de programas de novo tipo, de resgate da efetividade dos direitos sociais e recondução das finanças públicas.



As vitórias de programas eleitorais renovadores, executados com maior ou menor sucesso e no meio de contradições internas nos diversos Estados da área latino-americana, servem para constatar uma evolução onde, com certeza, é possível fazer balanços para encarar o positivo e o negativo. E onde certamente haverá também pontos importantes como a tentativa de superar a fragilidade das relações econômicas, políticas e comerciais dos Estados da região.



Nas relações internacionais da América Latina, ao produzir-se esta mudança, modificou-se a tradicional subordinação do interesse nacional de cada país a um interesse predefinido pela potência hegemônica e, simultaneamente, se promoveu uma ampla discussão sobre um interesse regional. Os pontos nevrálgicos dessa possível unidade sobre novas bases implicam o reconhecimento da autodeterminação de cada Estado; da coexistência pacífica das sociedades nacionais no intuito de fomentar a segurança e impedir aventuras militares ultrapassadas; de uma democracia participativa, em lugar de um arremedo democrático de convite às urnas a cada dois ou quatro anos; e da elaboração de projetos conjuntos, com capital nacional, nos marcos de um plano de desenvolvimento econômico-social que se torne objetivo nos salários, na saúde, na educação e na agricultura.


Entretanto, na Colômbia, com 31 sindicalistas assassinados no ano de 2009, segundo o Departamento de Direitos Humanos da CUT-Colômbia no seu mais recente informe, no meio do silêncio, impunidade e mais de um milhão de deslocados internos, importa anotar que a classe no poder governamental não tem a mesma força de outrora. Verificam-se sérios fracionamentos. Obviamente, pesa muito dentro do processo de desgaste o fracasso da denominada segurança democrática, é dizer, o esquema de denúncias, recompensas e conversão de civis em militares para auxiliar no combate às guerrilhas, que deixou como saldo a condenação internacional pelos falsos resultados positivos. E pesam também os escândalos financeiros do agro-seguro, das prisões dos seus aliados no Congresso pelos seus vínculos com o paramilitarismo, dentre outras questões que não têm repercussão internacional porque a operação abafa é um costume internacional, perigoso, mas infelizmente um costume que se sobrepõe ao direito à informação.


Em tais condições, internamente, para a Colômbia, o Acordo cumpre duas funções: a primeira, de introduzir um elemento político-militar novo dentro de estrutura para o exercício do poder, na perspectiva de um assentamento a longo prazo do grupo dominante encabeçado pela presidência. Assim, do intervencionismo vedado passou-se ao descarado, e com ares de legalidade. A segunda, que implica a postura em matéria de política externa, a de ratificar o papel do governo colombiano como instrumento geopolítico, numa lógica de subordinação muito parecida à de metrópole-colônia, um esquema de retorno ao que parecia superado ou, pelo menos, dissimulado.


O imediato objetivo do Acordo é claro: permitir a presença de tropas e o posicionamento de aeronaves de guerra em 7 bases militares na Colômbia, consideradas estratégicas para qualquer possibilidade de incursão militar em Estados da região. Vale a pena ressaltar que o tipo de aviões que terão pouso nas bases são os conhecidos Orion, Awad e C-17, que podem conduzir toneladas de material bélico e realizam operações de inteligência e monitoramento.


Ninguém, em sã consciência, acha que quem se preocupa tanto com instalar suas tropas na região o faça para mantê-las cuidadosamente dispostas para limpar os aviões, caçar borboletas ou colecionar as belas lendas dos camponeses da região. Vão usar as bases para o que elas servem, é dizer, para fins militares, e projetadas em raios de ação muito amplos, como, aliás, alerta o ex-presidente colombiano Ernesto Samper em artigo publicado no El Pais da Espanha há alguns dias.


Não existe, desde nosso ponto de vista, até o momento, uma reavaliação, como sugerem alguns analistas, do tratamento e das relações dos Estados Unidos na região. Muito pelo contrário, está em curso uma estratégia político-militar de contenção dos processos de unidade regional e de desenvolvimento de alternativas ao modelo econômico predador. E não é mais possível minimizar a importância para qualquer cálculo ou diagnóstico em matéria de relações internacionais de algo tão ousado, drástico, irresponsável e deplorável, como o Acordo – Acordo complementar para a Cooperação e Assistência Técnica em Defesa e Segurança - assinado pelo governo colombiano e os Estados Unidos no dia 30 de outubro.


4. Artigo 150, 16, da Constituição da Colômbia: "Corresponde ao Congresso (...): aprovar ou desaprovar os tratados que o governo celebre com outros estados ou entidades de direito internacional (...)".


A incapacidade de persuadir desde o poder implica que sejam questionados os baluartes da própria institucionalidade estatal e os fundamentos basilares do historicamente denominado Estado de Direito, abrindo-se passo a um Estado de fato ou de não direito. Destarte, a assinatura do Acordo entranha um vício de inconstitucionalidade que acarreta sua nulidade, posto que a separação de funções violentou-se gravemente quando o Congresso Nacional, sendo este impedido de discutir o assunto. Isto é, não houve controle prévio. Por outro lado, fazendo caso omisso ao Conselho de Estado, o governo não submeteu o tratado ao exame de constitucionalidade da Corte Constitucional colombiana. Obviamente, os reparos esperados com relação a um Acordo que atenta contra a integridade territorial do país e contradiz as bases constitucionais – a soberania, os fins do Estado, a paz como direito fundamental - não tiveram espaço político e jurídico para serem argüidos. A arbitrariedade fez do Estado de Direito o boneco à luz da qual passou o autoritarismo presidencial.


Advirta-se, entretanto, que nenhum Estado do mundo pode invocar uma situação de guerra imaginária para a prática de atos bélicos não justificáveis como se fosse uma situação efetiva de ataque ou, pelo menos, de situações paralelas que tornem permissível a ação de defesa. Mas precisamente nisso reside a fragilidade provocada nas relações internacionais da região pelas bases militares. A legítima defesa, algo que pode resultar difuso em termos concretos, subordina a segurança de todos à lógica de quem atira a primeira pedra. Esse é um fator de constante preocupação.


Na Colômbia, o resgate da democracia, da pluralidade e do respeito pela vida e as liberdades passa por uma estratégia anti-reeleição, com um programa de governo que abra o diálogo para a paz, que construa um arco de alianças suficientemente amplo para gerar as condições de canalizar as exigências de renovação econômica e política. Nesse sentido, o Pólo Democrático que elegeu como seu candidato presidencial o senador Gustavo Petro deve promover a unidade com setores democráticos e dispostos a contribuir com as mudanças.

Contra o Acordo, uma severa ação diplomática e jurídica pode e deve ser empreendida, com o objetivo de contribuir para a estabilização, superando-se as fragilidades e as ameaças à paz. O que está em jogo não é, apenas, a crítica situação da Colômbia ou suas possibilidades de abrir espaços à troca humanitária, ou um diálogo frutífero que seja capaz de puxar reformas estruturais. Esforços para essas finalidades devem ser objetivos de todos, tanto colombianos quanto vizinhos. Mas também existe outra dimensão, que entranha a estabilidade de toda a região, os avanços políticos, as possibilidades de respeito à autodeterminação. A Organização das Nações Unidas, por meio das suas agências, em especial o ACNUR, tem o dever de manifestar-se com mensagens claras contra a guerra, requerendo o reforço das garantias para a paz como única medida aceitável para qualquer contradição na região e condenando iniciativas bélicas, intimidações e constrangimentos aos direitos humanos, promovendo o amplo desenvolvimento econômico e social.

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#162 Mensagem por Carnage » 28 Nov 2009, 02:58

http://www.novae.inf.br/site/modules.ph ... o&pid=1386
Estados Unidos fascistas: Já chegamos lá?

As elites conservadoras dos Estados Unidos jogaram abertamente seu futuro com o das legiões de descontentes da extrema-direita. Elas deram apoio explícito e poder às legiões para que ajam como um braço político nas ruas americanas, apoiando ameaças físicas e a intimidação de trabalhadores, liberais e autoridades que se neguem a defender seus [das elites] interesses políticos e econômicos. Chegamos. Estamos estacionados exatamente no lugar onde nossos melhores especialistas dizem que o fascismo nasce. O artigo é de Sara Robinson, do blog For Our Future.

Sara Robinson - Blog For Our Future


Clique aqui para conhecer o blog For our Future

Através da escuridão dos anos do governo Bush, os progressistas assistiram horrorizados ao sumiço das proteções constitucionais, à retórica nativista, ao uso do discurso de ódio transformado em intimidação e violência e a um presidente dos Estados Unidos que assumiu poderes só exigidos pelos piores ditadores da história. Com cada novo ultraje, o punhado de nós que tinha se tornado expert na cultura e na política da extrema-direita ouvia de novos leitores preocupados: Chegamos lá? Já nos tornamos um estado fascista? Quando vamos chegar lá?

E cada vez que essa pergunta era feita, gente como Chip Berlet e Dave Neiwert e Fred Clarkson e eu mesma olhava para o mapa como o pai que faz uma longa viagem e respondia com um sorriso confortador. "Bem... estamos numa estrada ruim, se não mudarmos de caminho poderíamos acabar lá em breve. Mas há muito tempo e oportunidades para voltar. Fique de olho, mas não se preocupe. Pode parecer ruim, mas não, ainda não chegamos lá".

Ao investigar a quilometragem nesse caminho para a perdição, muitos de nós nos baseávamos no trabalho do historiador Robert Paxton, que é provavelmente o estudioso mais importante na questão de como os países adotam o fascismo. Em um trabalho publicado em 1998 no Jornal da História Moderna, Paxton argumentou que a melhor forma de reconhecer a emergência de movimentos fascistas não é pela retórica, pela política ou pela estética. Em vez disso, ele afirmou, as democracias se tornam fascistas por um processo reconhecível, um grupo de cinco estágios que identificam toda a família de "fascismos" do século 20. De acordo com nossa leitura de Paxton, ainda não estávamos lá. Havia certos sinais -- um, em particular -- em que estávamos de olho, e ainda não o reconhecíamos.

E agora o reconhecemos. Na verdade, se você sabe o que procura, repentinamente vê isso em todo lugar. É estranho que eu não tenha ouvido a pergunta por um bom tempo; mas se você me fizer a pergunta hoje, eu diria que ainda não chegamos, mas que já entramos no estacionamento e estamos procurando uma vaga. De qualquer forma, o futuro fascista dos Estados Unidos aparece bem grande diante do vidro do automóvel -- e os que dão valor à democracia dos Estados Unidos precisam entender como chegamos aqui, o que está mudando e o que está em jogo no futuro próximo se permitirmos a essa gente vencer -- ou mesmo manter o território.

O que é fascismo?

A palavra tem sido usada por tanta gente, tão erroneamente, por tanto tempo que, como disse Paxton, "todo mundo é o fascista de alguém". Dado isso, sempre gosto de começar a conversa revisitando a definição essencial de Paxton:

"Fascismo é um sistema de autoridade política e ordem social que tem o objetivo de reforçar a unidade, a energia e a pureza de comunidades nas quais a democracia liberal é acusada de produzir divisão e declínio".

Em outro lugar, ele refina o termo como "uma forma de comportamento político marcado pela preocupação obsessiva com o declínio da comunidade, com a humilhação e a vitimização e pelo culto compensatório da unidade, energia e pureza, na qual um partido de massas de militantes nacionalistas, trabalhando em colaboração desconfortável mas efetiva com as elites tradicionais, abandona as liberdades democráticas e busca através de violência redentora e sem controles éticos ou legais objetivos de limpeza interna e expansão externa".

Não considerando Jonah Goldberg, é uma definição básica com a qual a maioria dos estudiosos concorda e é a que usarei como referência

Do proto-fascismo ao momento-chave

De acordo com Paxton, o fascismo surge em cinco estágios. Os dois primeiros estão solidamente atrás de nós - e o terceiro deveria ser de particular interesse para os progressistas nesse momento.

No primeiro estágio, um movimento rural emerge em busca de algum tipo de renovação nacionalista (o que Roger Griffin chama de palingenesis, o renascimento das cinzas, como a de fênix). Eles se reúnem para restaurar uma ordem social rompida, como sempre usando temas como unidade, ordem e pureza. A razão é rejeitada em favor da emoção passional. A maneira como a história é contada muda de país para país; mas ela sempre tem raiz na restauração do orgulho nacional perdido pela ressureição dos mitos e valores tradicionais da cultura e na purificação da sociedade das influências tóxicas de estrangeiros e de intelectuais, aos quais cabe o papel de culpados pela miséria atual.

O fascismo somente cresce no solo revolto de uma democracia madura em crise. Paxton sugere que a Ku Klux Klan, que se formou em reação à Restauração pós-Guerra Civil, pode ser o primeiro movimento autenticamente fascista dos tempos modernos. Quase todo país da Europa teve um movimento proto-fascista nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial (quando o Klan experimentou um ressurgimento nos Estados Unidos), mas a maior parte deles empacou no primeiro estágio -- ou no próximo.

Como Rick Perlstein documentou em seus dois livros sobre Barry Goldwater e Richard Nixon, o conservadorismo moderno dos Estados Unidos foi construído sobre esses mesmos temas. Do "Despertar nos Estados Unidos" [tema de campanha de Ronald Reagan] aos grupos religiosos prontos para a Ruptura [os milenaristas], ao nacionalismo branco promovido pelo Partido Republicano através de grupos racistas de vários graus, é fácil identificar como o proto-fascismo americano ofereceu a redenção dos turbulentos anos 60 ao promover a restauração da inocência dos Estados Unidos tradicionais, brancos, cristãos e patriarcais.

Essa visão foi abraçada tão completamente que todo o Partido Republicano agora se define nessa linha. Nesse estágio, é abertamente racista, sexista, repressor, excludente e permanentemente viciado na política do medo e do ódio. Pior: não se envergonha disso. Não se desculpa para ninguém. Essas linhas se teceram em todo movimento fascista da História.

Em um segundo estágio, os movimentos fascistas ganham raízes, se tornam partidos políticos reais e ganham um lugar na mesa do poder.

Interessantemente, em todo caso citado por Paxton a base política veio do mundo rural, das partes menos educadas do país; e quase todos chegaram ao poder se oferecendo especificamente como esquadrões informais organizados para intimidar pequenos proprietários em nome dos latifundiários.

A KKK lutava contra os pequenos agricultores negros [do sul dos Estados Unidos] e se organizou como o braço armado de Jim Crow. Os "squadristi" italianos e os camisas-marrom da Alemanha reprimiam greves rurais. E nos dias de hoje os grupos anti-imigração apoiados pelo Partido Republicano tornam a vida dos trabalhadores rurais hispânicos nos Estados Unidos um inferno. Enquanto a violência contra hispânicos aumenta (cidadãos americanos ou não), os esquadrões da direita estão obtendo treinamento básico que, se o padrão se confirmar, poderão eventualmente usar para nos intimidar.

Paxton escreveu que o sucesso no segundo estágio "depende de certas condições relativamente precisas: a fraqueza do estado liberal, cujas inadequações condenam a nação à desordem, declínio ou humilhação; e a falta de consenso político, quando a direita, herdeira do poder mas incapaz de usá-lo sozinha, se nega a aceitar a esquerda como parceira legítima".

Paxton notou que Hitler e Mussolini assumiram o poder sob essas mesmas circunstâncias: "Paralisia do governo constitucional (produzida em parte pela polarização promovida pelos fascistas); líderes conservadores que se sentiram ameaçados pela perda de capacidade para manter a população sob controle num momento de mobilização popular maciça; o avanço da esquerda; e líderes conservadores que se negaram a trabalhar com a esquerda e que se sentiram incapazes de continuar no governo contra a esquerda sem um reforço de seus poderes".

E, mais perigosamente: "A variável mais importante é aceitação, pela elite conservadora, de trabalhar com os fascistas (com uma flexibilidade recríproca dos líderes fascistas) e a profundidade da crise que os induz a cooperar".

Essa descrição parece muito com a situação difícil em que os congressistas republicanos estão nesse momento. Apesar do partido ter sido humilhado, rejeitado e reduzido a um status terminal por uma série de catástrofes nacionais, a maior parte produzida pelo próprio partido, sua liderança não pode nem imaginar governar cooperativamente com os democratas em ascensão. Sem rotas legítimas para voltar ao poder, sua última esperança é investir no que restou de sua "base dura", dando a ela uma legitimidade que não tem, recrutá-la como tropa de choque e derrubar a democracia americana pela força. Se eles não podem vencer eleições, estão dispostos a levar a disputa política para as ruas e assumir o poder intimidando os americanos a se manterem silenciosos e cúmplices.

Quanto esta aliança "não santa" é feita, o terceiro estágio -- a transição para um governo abertamente fascista -- começa.

O terceiro estágio: chegando lá

Durante os anos do governo Bush, os analistas progressistas da direita se negaram a chamar o que viam de "fascismo" porque, apesar de estarmos de olho, nunca vimos sinais claros e deliberados de uma parceria institucional comprometida entre as elites conservadoras dos Estados Unidos e a horda nacional de camisas-marrom. Vimos sinais de flertes breves - algumas alianças políticas, apoio financeiro, palavras-de-ordem doidas da direita na boca de líderes conservadores tradicionais. Mas era tudo circunstancial e transitório. Os dois lados mantiveram uma distância discreta um do outro, pelo menos em público. O que acontecia por trás das portas, só dá para imaginar. Eles com certeza não agiam como um casal.

Agora, o jogo de advinhação acabou. Nós sabemos sem qualquer dúvida que o movimento do Teabag foi criado por grupos como o FreedomWorks do Dick Armey e o Americans for Prosperity do Tim Phillips, com ajuda maciça de mídia da Fox News [a TV de Rupert Murdoch, o magnata da mídia, é porta-voz da extrema-direita dos Estados Unidos].

Site da FreedomWorks

Site do Americans For Prosperity

[Nota do Viomundo: O movimento do Teabag foi um protesto em escala nacional, organizado pelos republicanos, com ampla cobertura da Fox, em que eleitores protestaram contra a cobrança de impostos e o tamanho do governo federal. Uma tentativa de trazer de volta a rebelião contra a cobrança de impostos que esteve na origem do movimento de independência dos Estados Unidos. Ver Boston Tea Party]

Vimos a questão dos birther [aqueles que acreditam que Barack Obama não nasceu nos Estados Unidos, mas no Quênia] -- o tipo de lenda urbana que nunca deveria ter saído da capa do [jornal sensacionalista] National Enquirer -- sendo ratificada por congressistas republicanos.

Vimos os manuais produzidos profissionalmente por Armey que instruem grupos de eleitores republicanos na arte de causar distúrbios no processo de governo democrático - e as imagens de autoridades públicas aterrorizadas e ameaçadas a ponto de requererem guarda-costas armados para sair de prédios [os protestos aconteceram durante audiências públicas para debater o novo sistema de saúde].

Um dos protestos aparece aqui

Vimos o líder da minoria republicana John Boehner aplaudindo e promovendo um vídeo de manifestantes e esperando por "um longo e quente agosto para os democratas no Congresso".

Este é o sinal pelo qual estávamos esperando -- o que nos diria que sim, crianças, chegamos. As elites conservadoras dos Estados Unidos jogaram abertamente seu futuro com o das legiões de descontentes da extrema-direita. Elas deram apoio explícito e poder às legiões para que ajam como um braço político nas ruas americanas, apoiando ameaças físicas e a intimidação de trabalhadores, liberais e autoridades que se neguem a defender seus [das elites] interesses políticos e econômicos.

Este é o momento catalisador em que o fascismo honesto, de Hitler, começa. É nossa última chance de brecá-lo.

O ponto decisivo

De acordo com Paxton, esse momento da aliança do terceiro estágio é decisivo - e o pior é que quando se chega a esse ponto, é provavelmente tarde para pará-lo. Daqui, há uma escalada, quando pequenos protestos se tornam espancamentos, mortes e a aplicação de rótulos em certos grupos para eliminação, tudo dirigido por pessoas no topo da estrutura de poder. Depois do Dia do Trabalho [Labor Day], quando senadores e deputados democratas voltarem a Washington, grupos organizados para intimidá-los vão permanecer na cidade e usar a mesma tática - aumentada e aperfeiçoada a cada uso - contra qualquer pessoa cuja cor, religião ou inclinação política eles não aceitem. Em alguns lugares, eles já estão tomando nota e preparando listas de nomes.

Qual é a linha do perigo? Paxton oferece três rápidas perguntas que nos ajudam a identificar:

1. Estão os neo ou proto-fascistas se tornando arraigados em partidos que representam grandes interesses e sentimentos e conseguem ampla influência na cena política?

2. O sistema econômico ou constitucional está congestionado, de forma aparentemente insuperável, pelas autoridades atuais?

3. A mobilização política rápida está ameaçando sair do controle das elites tradicionais, ao ponto que elas poderiam buscar ajuda para manter o controle?

Pela minha avaliação, a resposta é sim. Estamos muito perto. Muito perto.

O caminho adiante
A História nos diz que uma vez essa aliança [entre a elite e a tropa de choque] é formada, catalisada e tem sucesso em busca do poder, não há mais como pará-la. Como Dave Neiwert escreveu em seu livro recente, The Eliminationists, "se apenas podemos identificar o fascismo em sua forma madura - os camisas-marrom com passos de ganso, o uso de táticas de intimidação e violência, os comícios de massa - então será muito tarde para enfrentá-lo".

Paxton (que anteviu que "um autêntico fascismo popular nos Estados Unidos será crente e anti-negros") concorda que se uma aliança entre as corporações e os camisas-marrom tiver uma conquista - como a nossa aliança tenta agora [barrando a reforma do sistema de saúde proposta por Barack Obama] - pode rapidamente ascender ao poder e destruir os últimos vestígios de um governo democrático. Assim que ela conseguir algumas vitórias, o país estará condenado a fazer a feia viagem através dos dois últimos estágios, sem saída ou paradas entre agora e o fim.

O que nos espera? No estágio quatro, quando o dueto assumir o controle completo do país, lutas políticas vão emergir entre os crentes do partido - os camisas-marrom e as instituições da elite conservadora - igreja, militares, profissionais e empresários. O caráter do regime será determinado por quem vencer a disputa. Se os membros do partido (que chegaram ao poder através da força bruta) vencerem, um estado policial autoritário seguirá. Se os conservadores conseguirem controlá-los, um teocracia tradicional, uma corporocracia ou um regime militar podem emergir com o tempo. Mas em nenhum caso o resultado lembrará a democracia que a aliança derrubou.

Paxton caracteriza o estágio cinco como "radicalização ou entropia". Radicalização é provável se o novo regime conseguir um grande vitória militar [Nota do Azenha: sobre a Venezuela, por exemplo], o que consolida seu poder e dá apetite para expansão e uma reengenharia social em grande escala (Veja a Alemanha). Na ausência do evento radicalizador, podemos ter a entropia, com a perda pelo estado de seus objetivos, o que degenera em incoerência política (Ver a Itália).

É fácil neste momento olhar para a confusão na direita e dizer que é puro teatro político do tipo mais absurdamente ridículo. Que é um show patético de marionetes. Que esse povo não pode ser levado a sério. Com certeza, eles estão com raiva -- mas eles são minoria, fora do poder e reduzida a ataques de nervos. Os crescidos devem se preocupar com eles tanto quanto se preocupam com uma menina de cinco anos, furiosa, que ameaça segurar a respiração até ficar azul.

Infelizmente, todo o barulho e as ameaças obscurecem o perigo. Essa gente é tão séria quanto uma multidão linchadora e eles já deram os primeiros passos para se tornar uma. Eles vão se sentir mais altos e mais orgulhosos agora que suas tentativas de desobediência civil estão contando com apoio integral das pessoas mais poderosas do país, que cinicamente os usam numa última tentativa de garantir suas posições de lucro e prestígio.

Chegamos. Estamos estacionados exatamente no lugar onde nossos melhores especialistas dizem que o fascismo nasce. Todos os dias que os conservadores no Congresso, os comentaristas de extrema-direita e seus barulhentos seguidores conseguem segurar nossa capacidade de governar o país, é mais um dia em que caminhamos em direção à linha final, da qual nenhum país, mostra a História, conseguiu retornar.

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#163 Mensagem por Tricampeão » 28 Nov 2009, 12:03

Carnage escreveu:Não foi apego ao poder, mas simples apego à tradição do Imperador.
Não acredito que tenha sido apenas apego à tradição.
Os Estados Unidos, afinal de contas, aceitaram manter o Imperador após o final da guerra.
E não ligaram nem um pouco para o monte de outras tradições que o Japão cultivava.
Manter o Imperador foi importantíssimo para os Estados Unidos, pois permitiu manter o regime autoritário na ilha, como desejavam.

Uma pergunta que deixarei no ar:
Por que o Japão "não estava preparado para uma guerra com a União Soviética"? Os Estados Unidos não eram militarmente muito mais poderosos? Por que a bomba atirada em Hiroshima não teve nenhum efeito de convencimento sobre as lideranças japonesas, mas a declaração de guerra dos soviéticos teve?

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#164 Mensagem por Carnage » 29 Nov 2009, 15:51

Acho que a tradição da importâcia do Imperador era muito importante pra eles. Foi o que quis dizer. Pois era uma preocupação tão importante que os impediu de ceder à demanda dos EEUU pela sua rendição. As outras tradições não seriam a mesma coisa. Foi o que quis dizer, confesso que é só um chute, mas acho estranho demais essa preocupação excessiva com um lider figurativo.


E lembrando que isso aqui ficou sem reposta:
Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:
Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:
Carnage escreveu:Ainda me parece que, no final das contas, o Rafale é mesmo a melhor opção.
A melhor opcao e nao comprar esses brinquedinhos inuteis e usar esse dinheiro no que realmente precisamos, como educacao e seguranca. Da pra dobrar o orcamento do ministerio da educacao e nao tem como querer provar que isso nao e mais util para o pais do que uma arma.
Nem merece resposta... Aliás, eu já respondi isso! Neste tópico mesmo! E o Peter preferiu não comentar a minha reposta.
Não comentei porque a tua resposta, pelo menos para mim, não foi nem um pouco convincente.
É esse o seu melhor argumento? "Pra mim não foi convincente" :?
Ainda aguardo o Peter me explicar detalhadamente por que os meus argumentos pra mostrar que gastar grana com esse negócio dos caças "não são convincentes".

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#165 Mensagem por Peter_North » 01 Dez 2009, 15:39

Tricampeão escreveu:
Peter_North escreveu:
Tricampeão escreveu:
Peter_North escreveu:
Tricampeão escreveu:A Constituição japonesa não defende a escravidão, por exemplo, como o faz a Constituição americana.
Bzzzt, errado. Bastou uma rápida pesquisa para ver que isso não é verdade desde 1865, antes da abolição no Brasil e muito antes de copiarem a constituição para usar no Japão.
É mesmo? Quer dizer que o artigo seguinte não faz mais parte da Constituição americana?
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição por um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.
A escravidão é possível, bem como os trabalhos forçados, como punição para determinados crimes. É isso que diz o artigo XIII, não é? Ou interpretei errado?
Mais ou menos errado, mais ou menos certo. Esse texto foi criado assim para garantir duas instituições: a do serviço militar, que na época era obrigatório (hoje em dia é 100% voluntário, infelizmente no Brasil ainda não se acabou com o ridículo serviço militar obrigatório) e também para garantir a continuidade dos trabalhos forçados em prisões (outra coisa que para mim deveria ser adotada no Brasil).

Como em ambos os casos (tanto o serviço militar como o trabalho forçado para presidiários) as pessoas estariam trabalhando contra a sua vontade, fez-se o texto desse jeito.
Bzzzzzzt, errado. Um sujeito submetido a serviço militar obrigatório não foi "devidamente condenado por um crime", como está mais do que claro no texto. Chama seu amigo metido a jurista pra ver se ele consegue enrolar melhor que você.
É o chamado "ardil 22" (belo livro, recomendo). Um sujeito submetido a serviço militar obrigatório realmente não cometeu crime, mas só até o momento em que ele se recusa a prestar o serviço obrigatório. Nesse momento ele cometeu um crime, passa a ser um criminoso e pode ser obrigado a se juntar ao exército. É porque décadas atrás o governo americano tinha serviço militar obrigatório (como é até hoje no Brasil, quanto atraso), mas atualmente é 100% voluntário.

Mas sabe Trica, eu acho que realmente é melhor me informar contigo. Acho inclusive que você provou que escravidão é até hoje aceita e praticada nos EUA, afinal aparentemente há uma brecha na legislação que só você percebeu. Você deveria escrever um livro sobre isso.

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