Boris Casoy Humilhando Garis

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#46 Mensagem por Fortimbrás » 07 Jan 2010, 16:46

Engraçado.

O sujeito fala uma barbaridade dessas, da forma como fez, com desdém, escárnio e maldade e as pessoas não podem criticá-lo, porque, "um dia" o cidadão em questão já disse algo que prestasse.

Oras, seria no mínimo de se estranhar se, no decorrer de toda a sua carreira o jornalista em questão não houvesse acertado uma bola dentro de vez em quando. Quem iria empregar um jornalista para ocupar cargos de tamanha importância se o cidadão em questão fosse um completo e arrematado idiota boquirroto?

Logo, afirmar que o Boris Casoy tem o "direito" de escarnecer , de forma vil e CANALHA, sobre toda uma categoria profissional me parece um argumento um tanto quanto discutível.

Sim, eu, o Fortimbrás, se dissesse algo deste jaez, não haveria repercussão alguma. O máximo que poderia acontecer seria levar uma vassourada na cabeça e alguns chutes nos dentes, se proferisse tamanha barbaridade perto de algum gari.

Criticá-lo por ter sido leviano e CANALHA não é hipocrisia: Boris Casoy não é um cidadão como qualquer outro. É o cara que fica com aquele traseiro gordo em frente as cameras e dizendo "Isso é uma vergonha" quase todos os dias.

Boris Casoy não poderia, jamais , fazer isso.

Boris casoy não estava na sua casa, com uma asinha de frango frita na mão e uma latinha de cerveja na outra, conversando com seus amigos.

Boris Casoy é um jornalista que tem um canhão nas mãos. Esperamos que pessoas que ocupem esse tipo de espaço tenham um juízo de valores e retidão moral suficientes para não proferir nada daquilo nem mesmo em pensamento.

Ele estava trabalhando. O mínimo que se pode esperar de alguém na posição em que ele está é dignidade profissional. Pela sua categoria, a dos jornalistas , mais do que pela dos garis. Boris Casoy jogou merda em toda a sua história ao fazer um comentário leviano e CANALHA; mas parece que isso não lhe causou muita espécie, pelo teor do seu "pedido de desculpas" no dia seguinte.

Se isso não é uma vergonha, eu não sei o que pode ser.

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mozila
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#47 Mensagem por mozila » 07 Jan 2010, 16:58

Boris Casoy jogou merda em toda a sua história ao fazer um comentário leviano e CANALHA; mas parece que isso não lhe causou muita espécie, pelo teor do seu "pedido de desculpas" no dia seguinte.
É EXATAMENTE NISTO QUE NÃO CONCORDO.
ACEITO E RESPEITO GRANDE PARTE DE SUA ARGUMENTAÇÃO, FORTIM, SÓ NÃO ACHO QUE UM ERRO ENCERRA UMA CARREIRA.
NÓS QUE TEMOS O RABO PRESO NO QUESITO GP'S X CASAMENTO, SABEMOS QUE AS VEZES TAMBÉM PODEREMOS DAR UMA CAGADA DE VEZ EM QUANDO E VAMOS QUERER UAM CHANCE DE REDENÇÃO.
SE COLOQUE NO LUGAR DO OUTRO NA HORA DE JULGAR E VEJA COMO AS COIOSA DÃO UMA MUDADA DE FIGURA.
ABRAÇO

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Clinton
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#48 Mensagem por Clinton » 07 Jan 2010, 17:38

Boris Casoy falou merda, mas a rigor não difere do que muita gente pensa. Apenas manifestou seu pensamento na hora errada. Mas falar merda para ele não chega a ser uma novidade.

Para mim, o maior pecado do Boris Casoy não foi esse, mas sim em 1984. Nas eleições daquele ano para Prefeito de São Paulo, o Boris Casoy, então jornalista da Folha de São Paulo, durante um debate entre os candidatos, sabendo que Fernando Henrique Cardoso, o líder das pesquisas, era ateu, fez-lhe a seguinte pergunta: "Senador Fernando Henrique, o senhor acredita em Deus?"

Fernando Henrique ficou desconcertado e logo de cara disse: "Boris, você disse que não faria esta pergunta" e em seguida deu uma resposta que, obviamente, não foi a melhor para um eleitorado cristão como o paulistano.

Essa pergunta, totalmente idiota num contexto eleitoral, fodeu com as pretensões de Fernando Henrique na ocasião e foi decisiva para a vitória de Jânio Quadros, um político que àquela altura dos acontecimentos, já deveria estar morto e enterrado, considerando a gigantesca cagada que fez em 1961.

Entendo que uma pergunta como esta é um total desserviço à causa política e à nação. Aliás, os políticos hipócritas, por medo do que vai pensar o eleitorado, vivem enchendo o bucho de hóstia em missas, invocando o nome de Deus em vão (infringência ao segundo mandamento), para depois, olimpicamente, infringir o sétimo mandamento (não roubarás) e, dependendo das circunstâncias, todos os outros oito. Alguns até fazem rodinha para rezar e agradecer a Deus pelo butim, como faziam os corsários ingleses no século XVI.

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S1
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#49 Mensagem por S1 » 08 Jan 2010, 00:24

Este funcionário é muito bem pago para não falar bobagem. Falou em rede nacional para milhões de pessoas. Depois outras milhares, via internet. Envolveu o nome da empresa em que trabalha. Se trabalhasse em certos tipos de empresas, adotariam para ele o método "shake-sown": desloca-se ele para um programa sem grande representatividade e depois, caindo no ostracismo, demite.

Eu faço cagadas mas não sou regiamente pago para não fazê-las. O problema não foi só falar merda, mas também falar algo que escancara seu preconceito e tudo o que existe de mais podre na personalidade de uma pessoa.
Se já não tinha muito credibilidade por ser tendencioso, agora perdeu a dignidade.
Mas o cara parece o Sarney do jornalismo. O cara faz isso, mas vai continuar lá, firme e forte. Se bem que a família Saad não é Marinho, nem Macedo...

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ussama
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#50 Mensagem por ussama » 08 Jan 2010, 08:39

o problema desse cidadão é o tanto de palpite que ele dá, a cada notícia é um comentário, e muita das vezes com o bordão é uma vergonha, como se ele fosse o paladino da honestidade e justiça, pra pqp.
sempre duvido desses caras que falam demais em honestidade, justiça e religião.
o ancora do jornal da band era o boechat, era um jornal leve e agradável sem a burocracia e mecanização como é atualmente.

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#51 Mensagem por Mad1982 » 08 Jan 2010, 10:23

O colega acima falou, que não tem relação o Boris Casoy andando na rua com uma postura de se achando o tal, nada absolutamente nada, imagine, como poderia ter, só por que o cara é uma figura pública, que criou um personagem de paladino da justiça, crítico de todas as merdas diárias que acontecem nesse país?

Realmente gostaria de entender a lógica de algumas pessoas, se o cara está em uma posição de destaque e liderança, ele tem que ter um comportamento exemplar, dentro e fora do trabalho, e não ser duas caras, afinal ele não é um civil, ele se propôs a aparecer publicamente. Se você decidi ir por esse caminho deve pelo menos tentar fingir um comportamento coerente, agora se isso não te nada haver, realmente, o país vai continuar nessa putaria por muitas gerações ainda.

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#52 Mensagem por kank » 08 Jan 2010, 10:56

Boris Casoy jogou merda em toda a sua história ao fazer um comentário leviano e CANALHA; mas parece que isso não lhe causou muita espécie, pelo teor do seu "pedido de desculpas" no dia seguinte.
na boa na historia do boris falar mal de gari é fichinha o cara era cupincha da ditadura cresceu na vida com aliados do pior tipo.

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#53 Mensagem por Chinelo Havaiana » 08 Jan 2010, 18:44

Vejamos a entrevista com os dois garis:

http://www.youtube.com/watch?v=VDxIUoL5uWw

São trabalhadores que demonstram dois grandes valores: humildade e serenidade.

São pessoas simples do nosso povo.

É certo que não possuem ainda o manejo da ciência e nem da compressão da realidade social. A vida não deixou, a mesma vida ensinou outras coisas. A matéria se transforma. Em tudo!

Mas do alto de suas humildades, com o trabalho humano (sem escalas) e, mesmo em uma sociedade de consumo e de lucro desenfreado, se tornam peças fundamentais na garantia de uma saúde pública e coletiva de qualidade.

Na ótica da sociedade consumista e capitalista catar lixo é "baixo", última escala, humilhante...mas necessário. Imaginem nós sem os lixeiros??????

Na ótica de uma sociedade socialmente justa existirá outra indagação. Imaginem nós sem os companheiros que trabalham com o lixo, sua reutilização? recilcagem? enfim...processo no geral feito por alguns (concentrados), mas também feito por todos.

Dificil explicar em poucas palavras.

Enfim...

Esse mesmo povo (peões, camponeses, garis, faxineirose etc), que há séculos é humilhado, oprimido e explorado pelas classes dominantes e seus asseclas, mais cedo ou mais tarde, através do manejo correto das contradições atuais, construirá novas relações sociais: fraternas, igualitárias, solidárias e verdadeiramente democráticas.

Passo a Passo.

Chegará o dia de concretizar os belos versos cantados por Geraldo Vandré: "...é a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dá"

Sr. Casoy, pode preparar seu lombo!

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Sempre Alerta
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#54 Mensagem por Sempre Alerta » 08 Jan 2010, 21:43

Psicólogo fingiu ser gari por 8 anos para concluir sua tese de mestrado.

Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existe

TESE DE MESTRADO NA USP
( por um PSICÓLOGO )

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.

Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns
se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?

Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existe

http://mais.uol.com.br/view/e8h4xmy8lnu ... 6?types=A&

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Depeche
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#55 Mensagem por Depeche » 08 Jan 2010, 22:07

Impressionante .......
Pode parecer oportunismo da minha parte mas não importa . Eu acredito nisso .

Eu particularmennte falando confesso que se tivesse oportunidade $$ trabalharia coletando lixo, reciclagem e coleta seletiva . Tenho convicção de que ajudaria muita gente trabalhando nessa area. Ja vi varias reportagens dizendo que investir em coleta seletiva ou ate mesmo de residuos tem 80% de chance de obter sucesso a medio/longo prazo. Os motivos para isso são obvios e auto-explicativos em nosso dia-a-dia . Sem contar que a natureza sempre esta nos mostrando as consequencias em nao se preocupar com essa questão.

Sendo assim , pensando pelo lado da importancia que este serviço dos COLETORES DE RESIDUOS tem em qualquer nivel da sociedade , não consigo outra definição para o Sr Casoy a não ser qualifica-lo como um Jornalista desinformado e decadente.

Esse discurso que somos humanos e temos direito ao erro não se aplica para tudo, o humano nao é perfeito e esta sujeito a erros . Bolas , porque então estamos sempre buscanco a perfeição ??? Porque nos preocupamos sempre em acertar ??? Filosofias da Vida , esse assunto não tem fim, melhor parar por aqui.

Um Jornalista que tem o poder da palavra esta no grupo dos que nao podem errar, e quando falo errar estou me referindo a influencia que ele exerce . Grande parte da população é facilmente influenciavel pelos quem tem o poder palavra . E não precisa ser muito convincente, basta um pouco de insistencia.

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Carnage
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#56 Mensagem por Carnage » 08 Jan 2010, 22:19

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =571FDS022
CASO BORIS CASOY
Que vazem os áudios!

Por Washington Araújo em 7/1/2010
Reproduzido da Agência Carta Maior, 6/1/2010

E ainda vão criar um sistema fantástico capaz de acessar diretamente o pensamento das chamadas figuras públicas. Seria uma espécie de áudio a ser acionado fora de hora. Não quando o personagem está em ação, dizendo aos telespectadores qual a moral da notícia, qual a real intenção desta e daquela frase deste ou daquele político. Mas, sim, quando a pessoa, essa que chora e gargalha, sente calor e frio, fome e medo, amor e ódio, troca confidências com seus pensamentos sem a ofuscante luz do refletor nem o cenário espacial do telejornal da noite.

Com tantas maravilhas tecnológicas ao nosso alcance há que se inventar o leitor de pensamento, o desmascarador de embuste, o algoz do discurso hipócrita, o aparelho que nos dispa do supérfluo e nos apresente ao ser humano que luta por sobreviver em meio a realidade artificialmente gerada. E já poderíamos fazer alguns testes, logo de antemão.

Psicologia das pesquisas

Numa emissora de tevê o âncora do telejornal declamaria algo mais ou menos assim:

"Só temos que nos orgulhar de termos um gari tão honesto e brioso de sua cidadania... pois não é comum vermos essa pessoa simples vir entregar na delegacia de polícia a bolsa recheada com 20 mil reais que acabara de encontrar em meio ao lixo do condomínio de luxo…"

Acionaríamos a engenhoca logo no primeiro intervalo dos comerciais e escutaríamos algo assim:

"Pobre diabo, criatura patética, imbecilizada ao extremo… uma vergonha ir devolver dinheiro encontrado no lixo tantas vezes por ele vasculhado. Um idiota completo."

Enquanto em outra emissora de tevê o apresentador do telejornal declamaria algo mais ou menos assim:

"O Brasil conheceu ontem a história de dona Salustiana, 47 anos, mãe de 14 filhos, destacada catadora de papel de Taboão da Serra. Pois bem, ela concluiu o curso de alfabetização ontem à noite e está feliz da vida por saber agora ler e escrever. Um exemplo de determinação e coragem."

Novo intervalo comercial, trabalho para a engenhoca que, uma vez acionada nos traria o seguinte áudio:

"Infeliz que veio ao mundo apenas para dar cria: 14 filhos! E ainda vem com sorriso banguela dizer-se feliz por saber ler e escrever. Sabe nada! No máximo consegue desenhar o nome e olhe lá! É gente assim que atravanca o Brasil!"

E já não se fazem moralistas como antigamente. Em passado recente, moralistas de plantão utilizavam a televisão e o rádio para sapecar aulas de EMC (Educação Moral e Cívica). Falavam convictamente sobre a importância de o galo cantar anunciando a alvorada mesmo que o país estivesse no breu da mais torpe ditadura, opressão e tirania. Foi o tempo do "faz escuro mas eu canto", o tempo do "quando chegar o momento esse meu sofrimento vou cobrar com juros, juro!"

Naquele tempo sabíamos os que estavam deste lado da luta e os do outro lado. Os papéis eram demarcados. Atualmente predomina a psicologia de pesquisas de opinião pública: se o povo gosta de bordões, então o saciarei logo com dois: "Precisamos passar o Brasil a limpo!"; e para otimizar o tempo televisivo faça uso de algo mais curto e contundente como "Isto é… uma vergonha!"

Primor de desprezo

Em 02/09/1994 o ministro da Fazenda Rubens Ricupero, em entrevista a Carlos Monforte no programa matinal Bom Dia Brasil, teve parte de sua alma revelada em áudio vazado. Ele dizia em intervalo comercial que "o governo faturava o que era bom e escondia o que era ruim". Ou seja, as autoridades governamentais são sempre inteligentes e a população sempre idiota. Custou-lhe o cargo, a credibilidade e o futuro político. Virou verbete em debates sobre novas tecnologias atendendo pela expressão "A parabólica de Ricupero".

Mas existem as armadilhas do tempo. O espírito da época, o zeitgeist. Somos herdeiros direitos da chamada Era dos Direitos, para usar aquela feliz expressão de Bobbio. O principal direito é o direito à humanidade. O principal instrumento para orientar a vida ordenada do planeta responde pelo pomposo título de Declaração Universal dos Direitos Humanos e tem data de fabricação – 10/12/1948 – mas não tem (ainda bem!) prazo de validade. Acontece que para fazer valer os direitos humanos precisamos abraçar de coração, com áudio ligado ou desligado, som perene ou vazando, não importa, ideias como respeito à diversidade de gênero, de raça, de cor, de credo, de classe, de nacionalidade. Passaram-se 11 anos, mas muito gente ainda lembra daquela noite em que Pedro Bial, provavelmente sem saber que o microfone estava aberto, disse durante apresentação do Balé Kirov: "Isso é coisa de veado" (Fantástico, 17/05/1998).

Deixei para o fim do texto a citação das palavras de Boris Casoy, âncora do telejornal da Band e que foi ao ar na noite do primeiro dia de 2010. O jornalista fez comentários infelizes após um vídeo com a participação de dois garis desejando votos de Feliz Ano Novo. Durante as imagens, vazou um áudio de Boris falando: "que m... dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras" e "dois lixeiros, o mais baixo da escala do trabalho". Um primor de preconceito e desprezo contra cidadãos sem canudo, sem herança, sem traquejo para investir em bolsa de valores e sem sobrenome chamativo como Diniz, Sendas, Steinbruch, Skaf, Marinho, Saad, Civita, Agnelli ou Casoy.

Direção oposta

No segundo dia do ano, após ver desabar sua reputação de grande humanista, fiscal da moral alheia e algoz dos politicamente incorretos, principalmente se estiverem na política, Casoy pediu desculpas:

"Ontem [quinta] durante o programa eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores."

Ficamos com a pulga atrás da orelha: o que teria ele dito em particular no intervalo de suas desculpas, enquanto o áudio estava fechado? Algo ficou evidenciado no pedido de desculpas: ele se refere à "frase infeliz" que "ofendeu os garis e a todos os telespectadores".

Não se tratou de uma frase infeliz – é relativizar demais, ser muito reducionista e complacente com seus erros. Ele usou conceitos elaborados dando conta da evolução na escala do trabalho e determinando desde seu lugar de fala (atenção estudiosos da linha francesa de análise de discurso) que os garis estão ali, na altura do rés do chão. Resta-nos perguntar: em que posição Casoy se encontrava antes do vazamento do aúdio? E após o vazamento, qual a sua posição na escala dos valores humanos?

Existem consequências e consequências. No caso Ricupero, custou-lhe o então muito vistoso Ministério da Fazenda. No caso Bial, restou-lhe a opção de apresentar o Big Brother Brasil. No caso Casoy... bem, aí o mistério é impenetrável. Isso me lembra aquele cartoon do Charlie Brown. Nosso personagem caminha solitário em direção oposta a uma multidão de manifestantes, cada qual portando cartaz com abaixo isto e abaixo aquilo; então a Lucy pergunta ao Charlie Brown se ele não iria carregar uma faixa com abaixo a civilização! Brown responde, filosófico: "Não precisa... ela cairá... de tão podre".

***
Em tempo

O vídeo do Rícupero foi visto 33.009 vezes no Youtube.

O vídeo do Bial foi visto 101.468 vezes no Youtube.

O vídeo do Casoy foi visto 362.485 no Youtube.

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =571FDS021
CASO BORIS CASOY
O preconceito e os outros preconceitos

Por Sandro Vaia em 7/1/2010


Companheiros e companheiras, às armas: está decretada a luta de classes. Ou melhor: a volta da luta de classes. Nunca vi tantas almas boas em semelhante transe de apaixonado delírio pelos garis, essa notável e humilde classe trabalhadora, que um membro da elite desalmada e corrupta e da imprensa golpista ultrajou e ofendeu.

Deixaram vazar o áudio de um comentário privado de Boris Casoy sobre uma cena de um telejornal da Band, no final do ano, com uma saudação de ano novo de dois garis, que o apresentador achou de gosto duvidoso, e isso se tornou um ruidoso caso político. Claro: um direitista escabroso (como costumam ser os direitistas) tripudiando sobre a classe trabalhadora é assunto para mil concertos de violino. O fato de que Boris parecia mesmo era estar criticando a edição da reportagem produzida por seu próprio jornal, e não as pessoas dos garis, passou a ser questão secundária.

"Vergonha", "ódio de classe", "arrogância", "prepotência" – gritaram indignados os politicamente corretos, em crise de aguda histeria.

Meu bom Ricardo Kotscho, o jornalista isento, do alto de sua imparcialidade congênita, disse que não foi apenas uma frase infeliz, e "quem o conhece, sabe que Boris disse exatamente o que pensa" (ver "O verão dos borrachudos, das chuvas e do Boris").

Nas entrelinhas

Vida que segue. O sangue da indignação escorre das veias abertas dos blogueiros e dos comentadores de blogs. Nunca se viu tanto amor aos garis e tanto ódio a esses jornalistas venais, reacionários, direitistas, vendidos. Alguns chegam a murmurar, sottovoce, a palavra proibida – judeu! – para estigmatizar ainda mais o jornalista. Diante da impossibilidade de derrubar de novo a Bastilha e libertar de novo os oprimidos, tarefa que os franceses já se encarregaram de executar há séculos, os apedrejadores da honra alheia não deixaram Boris sobre Boris. Foram buscar até supostos antecedentes políticos de quatro décadas atrás para calcinar o chão que ele pisou – e que ele ainda pisa. Como se sabe, a remissão dos pecados está interditada para certas espécies de almas.

Tudo muito bem, tudo muito justo – é a liberdade de expressão em pleno uso, os leitores manifestando sua indignação contra o preconceito; por acaso existe coisa mais politicamente incorreta que o preconceito ?

Quando você vai ler as entrelinhas, encontra lá o sotaque hipócrita de sempre: os mesmos que querem a imprensa sob "controle social", os mesmos cafetões da "justiça social", da "igualdade", os mesmos agentes de todas as bondades – os batedores de bumbo de sempre.

Frase infeliz

Aí você, que também odeia todos os preconceitos – contra os pobres, contra os garis, contra as minorias – pensa um pouco e pergunta: e onde estava toda essa indignação quando, em outra gravação vazada por acidente, Lula disse que Pelotas era um pólo exportador de veados?

Ah, mas isso era apenas uma centelha do notável senso de humor que um presidente da República nunca antes teve neste país.

O de Boris Casoy é um preconceito odioso porque ele, além de judeu, é de direita. O de Lula é apenas finíssima ironia, a manifestação de um elevado espírito jocoso, porque além de ser de origem pobre e nordestino, ele é de esquerda – ainda que de uma espécie falsa como uma nota de 3 reais. Aí pode. De direita é injúria. De esquerda é piada.

Para terminar, só uma pergunta para o Ricardo Kotscho: para quem o conhece bem, a frase de Lula sobre Pelotas foi apenas uma frase infeliz ou ele disse exatamente o que pensa? Ou foi apenas uma piada do chefe, da qual sempre é conveniente rir?

***

PS: antes que alguma peregrina alma torturada venha a dizer que estou aqui defendendo o preconceito, deixo um aviso: sou contra todos os preconceitos, inclusive – e principalmente – o da indignação hipócrita e seletiva da correção política caolha – aquela que enxerga um lado só.

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Carnage
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#57 Mensagem por Carnage » 08 Jan 2010, 22:24

http://altamiroborges.blogspot.com/2010 ... -gafe.html
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Boris Casoy não cometeu uma “gafe”


O repórter kkkkkkkkk Pannunzio, que já produziu algumas boas reportagens na TV Bandeirantes, saiu em defesa do âncora da emissora, Boris Casoy, que se desmascarou na virada do ano ao humilhar dois garis que desejaram feliz 2010. Sua frase repugnante – “Que merda. Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho” – pegou muito mal. Milhares de internautas espalharam o vídeo e espinafraram o preconceituoso.

Em seu sitio, kkkkkkkkk Pannunzio, que eventualmente substitui o âncora no Jornal da Noite, afirma que considera as reações exageradas. Após esclarecer que “conheço Boris Casoy há apenas dois anos”, ele ainda tenta justificar “a frase infeliz”. Seria apenas uma “gafe”, como tantas outras da televisão. “Outras dezenas de casos correlatos aconteceram sem que seus protagonistas fossem crucificados por seus credos, origem étnica, preferência sexual ou o quer que seja. Por isso, não é justo nem razoável que Boris Casoy continue sendo vítima desse massacrante cyberbullying”.

Direitismo e preconceitos de classe

No texto “Em defesa de Boris Casoy”, kkkkkkkkk Pannunzio comete vários erros. As pessoas sensatas não “crucificam” o âncora “por seu credo, origem ética ou preferência sexual”. Não se combate preconceitos com preconceitos. Casoy, sim, é que nunca escondeu os seus piores preconceitos, principalmente os de classe. Com suas ironias, risadinhas e trejeitos, ele vive desqualificando os trabalhadores, principalmente os que lutam por seus direitos. Seu ódio aos ativistas do MST que lutam pela reforma agrária é visceral, escancarado; todas as greves são motivo de seu veneno.

A forma ácida como agride o presidente Lula também revela o seu “nojo de classe”. Não há nada de jornalismo, mas sim ranço ideológico. Ele não admite um operário, ex-sindicalista, no Palácio do Planalto. Trata o presidente como um analfabeto, ignorante, bronco. Não é para menos que ele se tornou um expoente da oposição de direita e foi cogitado pelo banqueiro Bornhausen, ex-presidente do PFL, atual Demo, para ingressar com o pedido de impeachment de Lula. Casoy, que prestou assessoria a políticos da ditadura, parece sentir saudades daquele período sombrio.

“O destino acerta suas contas”

O próprio Pannunzio afirma conhecer o apresentador há “apenas dois anos”. Pelas regras do bom jornalismo, ele deveria investigar melhor a longa trajetória de Boris Casoy. Isto ajudaria a entender porque ele humilhou os garis, ataca os grevistas, estigmatiza o MST e ironiza o presidente Lula. Não é verdade que o apresentador cometeu somente uma “gafe”. O vazamento do áudio permitiu ouvir o que ele realmente pensa, desnudou sua concepção elitista e direitista – de viés fascista.

Essa concepção está presente, agredindo os telespectadores da Band, todos os dias. Ela é antiga e somente ficou mais explícita na fase recente, talvez por ódio a um trabalhador no Palácio. Celso Lungaretti, veterano jornalista, conhece bem a trajetória desta figura escrota. Num texto didático, intitulado “O destino acerta suas contas”, ele conta um pouco da sua biografia, que confirma que não houve “gafe”, mas sim puro direitismo e preconceito de classe. Num dos trechos, ele relata:

“Um dos líderes da ala jovem do CCC”

“Casoy é elitista, racista, conservador e reacionário desde muito cedo. Um velho companheiro que com ele cursou Direito no Mackenzie me contou: aos 23 anos, Casoy era um dos líderes da ala jovem do Comando de Caça aos Comunistas, que tinha nessa faculdade um de seus focos principais. Mais: nos idos de 1964, Casoy chegou a ser citado em reportagem da revista Cruzeiro como membro destacado da juventude anticomunista. A quartelada o beneficiou, claro: ele foi homem de imprensa de um ministro do governo Médici e do secretário da Agricultura de São Paulo, Herbert Levy, outra figurinha da direita”. Sobre a sua projeção na imprensa, ele recorda:

“Isto aconteceu quando o comando do II Exército aproveitou uma frase imprudente do cronista Lourenço Diaféria (sobre mendigos urinarem na estátua de Caxias) para intervir na Folha. Os militares exigiram a destituição do diretor de redação Cláudio Abramo (trotskista histórico), o afastamento de profissionais (demitidos ou realocados) e o abrandamento da linha editorial. O proprietário Octávio Frias de Oliveira, que sempre se definiu como comerciante e não jornalista, negociou. Servil, aceitou substituir Abramo por um homem de absoluta confiança do regime militar: Casoy”. Como se observa, a humilhação dos garis não foi apenas uma “frase infeliz”.

http://altamiroborges.blogspot.com/2010 ... -lula.html
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Boris Casoy despreza garis e Lula


O preconceito de classe do “jornalista” Boris Casoy não se manifestou apenas contra os garis, que foram humilhados no Jornal da Band na virada do ano. Na ocasião, um vazamento de áudio permitiu ouvir a sua frase elitista: “Que merda. Dois lixeiros desejando felicidades... do alto das suas vassouras... Dois lixeiros. O mais baixo da escala do trabalho”. Na seqüencia, ele até pediu desculpas, com cara de sonso, pelo “vazamento”, mas não por suas idéias discriminatórias.

Direitista convicto, acusado de ter integrado o Comando de Caça aos Comunistas (CCC) durante os anos de chumbo da ditadura militar, Boris Casoy sempre teve “nojo de povo” – como o ex-presidente João Batista Figueiredo. Ele sempre atacou os trabalhadores e suas lutas por direitos. Esse ódio de classe ficou ainda mais explícito na gestão do presidente Lula – não por seus erros e limitações, mas sim por seus méritos, como as políticas de inclusão social. Para este capacho das elites, era totalmente inadmissível um operário, ex-sindicalista, ocupar o Palácio do Planalto.

Serviçal dos demos no impeachment

Durante o chamado “escândalo do mensalão”, o banqueiro Jorge Bornhausen, presidente do ex-PFL, atual demo, chegou a cogitar que Boris Casoy liderasse o pedido de impeachment de Lula. A coluna “Painel” da Folha de S.Paulo registrou a tramóia em 9 de abril de 2006: “A oposição já busca na sociedade civil um nome para encabeçar o pedido de impeachment de Lula, assim como Barbosa Lima Sobrinho fez com Fernando Collor... Miguel Reale Jr., ex-ministro da Justiça de FHC, e o jornalista Boris Casoy estão cotados para subscrever a peça [do impeachment]”.

Dias antes, em 28 de março, no mesmo veículo golpista, Casoy já havia pregando a derrubada de Lula. O artigo parece ter sido encomendado por políticos mais sujos do que pau de galinheiro, como Bornhausen, o falecido ACM e o governador Arruda. Intitulado “É uma vergonha”, ele era raivoso e mentiroso: “Jamais o Brasil assistiu a tamanho descalabro de um governo... Há, desde o tempo do Brasil colônia, um sem número de episódios graves de corrupção e incompetência. Mas o nível alcançado pelo governo Lula é insuperável... Todos os limites foram ultrapassados; não há como o Congresso postergar um processo de impeachment contra Lula”.

Lula não caiu; e Casoy?

Metido a mentor da oposição de direita, Casoy ainda tentou pautar os políticos, exigindo pressa na ação golpista. “O argumento para não afastar Lula, de que sua gestão vive os últimos meses, é um auto-engano”. Serviçal dos barões da mídia, ele também explica uma das razões do seu ódio. “Lula passará à história como alguém que procurou amordaçar a imprensa”. E insistia: “Neste momento grave, o Congresso não pode abdicar de suas responsabilidades, sob o perigo de passar à história como cúmplice do comprometimento irreversível do futuro do país. As determinantes legais invocadas para o processo de impeachment encontram, todas elas, respaldo nos fatos”.

A escalada golpista não obteve sucesso. Lula foi reeleito e hoje goza de popularidade recorde. Já o “jornalista” Boris Casoy, que gritou pelo impeachment, corre o risco de ser defenestrado. Alguns setores da sociedade já exigem o “impeachment” do âncora do Jornal da Band! Outros propõem, com base nos artigos da Constituição que condenam qualquer tipo de discriminação, que ele seja obrigado a prestar serviços comunitários, varrendo ruas, como forma de se redimir pela agressão aos garis. O seu preconceito de classe não diminuiria. Mas, ao menos, seria muito divertido!

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#58 Mensagem por Carnage » 08 Jan 2010, 22:25

http://entretenimento.r7.com/famosos-e- ... 00106.html
publicado em 06/01/2010 às 17h50:
Garis movem três ações contra Boris Casoy e Band


Jornalista será processado criminalmente; garis passaram dias escondidos de vergonha
Miguel Arcanjo Prado, do R7


O Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores de Empresa de Prestação de Serviço de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo) e a Fenascon (Federação Nacional dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Limpeza Urbana, Ambiental e Áreas Verdes) informaram ao R7, por meio de sua assessoria, que entraram com três ações judiciais nesta quarta (6) contra o jornalista Boris Casoy e a Band.

As ações foram motivadas pelos comentários feitos pelo jornalista no Jornal da Band do último dia 31, quando ele ofendeu em rede nacional toda a categoria de trabalhadores.

Francisco Larocca, advogado dos dois órgãos de representação responsáveis pelas ações, ambos presididos por José Moacir, afirmou que deu entrada aos processos nesta quarta (6), no fórum João Mendes, na Sé, região central de São Paulo. Ele explicou as ações:

- Nós vamos propor uma ação civil pública para indenização por danos morais em favor de toda categoria em âmbito nacional contra a Band e o Boris Casoy, já que o comentário do âncora foi ouvido por todo o Brasil. Também vamos entrar com uma ação de reparação civil contra o Boris e a Band em nome dos dois garis que apareceram na reportagem e que foram ofendidos, Francisco Gabriel e José Domingos de Melo, ambos trabalhadores de São Paulo. E também vamos mover uma ação criminal contra o jornalista Boris Casoy por crime de preconceito.

O advogado informou que prefere não estipular o valor da indenização e deixará isso nas mãos do juiz. Ele informou que há cerca de 360 mil trabalhadores da limpeza urbana em todo o Brasil, que ganham um piso em torno de R$ 800.

- Prefiro esperar que os juízes analisem e mencionem qual seria o valor cabível. Vamos deixar essa questão para os magistrados.

Dr. Francisco Larocca ainda afirmou que os garis brasileiros não se deram por satisfeitos com o “tímido pedido de desculpas feito pelo jornalista no dia seguinte”.

- O pedido de desculpas só não basta. De jeito nenhum. Ele faz uma ofensa daquelas e depois faz uma desculpa burocrática e de forma tão tímida? Não estamos preocupados só em valor financeiro, que será destinado ao fundo dos trabalhadores. Nós queremos uma retratação judicial. É muito simples ofender e depois pedir desculpas.

Ainda segundo o advogado, os garis Francisco Gabriel e José Domingos de Melo passaram o primeiro fim de semana de 2010 recolhidos em suas casas, com vergonha da humilhação pública a que foram expostos.

O R7 procurou a assessoria de imprensa da Band e contou sobre as três ações movidas pela representação dos garis. A assessoria da emissora informou que não comenta o caso até que seja notificada judicialmente.

Colaborou Pedro Henrique Feitosa

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#59 Mensagem por roladoce » 08 Jan 2010, 22:54

http://blogs.r7.com/o-provocador/2010/0 ... -de-arroz/
Boris Casoy é a elite branca com pó de arroz

Você sabe qual é a diferença entre Boris Casoy, a elite branca brasileira e uma lata de lixo? Um gari responderia bem: a lata.

Como não afundaram o âncora, vamos descer mais lenha. Ele já está estendido no chão. Não há como recuperar a credibilidade que um dia teve. Mas, pelo visto, não é cachorro morto. Sobrevive com a ajuda de aparelhos.

Se o Boris fosse chefe do Boris, ele já teria sido mandado embora. Mesmo concordando com as opiniões dele mesmo. Porque o Boris foi sempre um chefe implacável com erros alheios. Fez carreira assim, literalmente, na linha dura.

Agora, o Brasil inteiro é testemunha de sua arrogância e preconceito. Seu vídeo humilhando quem trabalha honestamente jamais será esquecido.

É um documento que demonstra com perfeição a forma como a elite branca deste país sempre foi cínica, hipócrita. E cruel. Em público, inflama-se, esbraveja, dá lição de moral. Tudo de mentirinha.

Quando acha que os microfones estão desligados, quando desce de seus palanques, tripudia sobre os humildes. De verdade. Pega em flagrante, balbucia desculpas burocráticas, dá o caso por encerrado e parte para novos discursos indignados. Não sente vergonha. Nunca sentiu.

O desprezo do Sr. Boris Casoy pelos garis é o mesmo que os poderosos sentem pelo metalúrgico sem diploma que insiste em se comunicar muito bem com os que estão na “mais baixa escala do trabalho”.

Um jornalista não pode fiscalizar o poder público sem ter idoneidade ética para isso. A elite não pode voltar a governar este país sentindo asco por gente decente.

As urnas cuidam de alguns. Demora, mas vai dar certo. De outros, é mais fácil se livrar. Basta desligar seus aparelhos. De TV. Assim, não sobrevivem.

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#60 Mensagem por S1 » 09 Jan 2010, 23:08

Maquininha boa mesmo seria se houvesse uma em que você - via internet, celular, telefone, net digital interativo ou o catzo - pudesse definir o destino de certas pessoas da tv, senado, câmara ou tribunal...

"Para banir Boris Casoy do Jornal da Band, disque 1. Para exportá-lo para Cuba...disque 2. Para colocá-lo no acampamento do MST, disque 3..."

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