roladoce escreveu:judia ortodoxa?
isso é mais judia ortodoxa fake ou judia fogosa
Acredite se quiser, era uma judia ortodoxa na acepção da palavra. Ou "religiosa", como ela preferia ser chamada (entre eles, o termo "ortodoxo" é considerado extremamente ofensivo).
Conheci no bate-papo do UOL, quando este ainda era bom. Ela me disse que morava em Higienópolis e começou a perguntar se eu era "brasileiro" (eufemismo para "negro"), se era descendente de europeus, etc. Saquei na hora que era judia.
Impressionante observar como um povo que foi (e ainda é) sistematicamente perseguido através da História pode ser tão racista. Depois que ela confirmou minhas origens 100% caucasianas, me deu o telefone. Durante a nossa conversa, perguntei se ela era judia. E naturalmente, respondeu com outra pergunta: "sou sim, por acaso tem algo contra?". Sempre estão na defensiva...
Moça bonita e vaidosa, muito bem-cuidada, traços mediterrâneos, corpo em dia apesar dos 4 filhos. Pra quem não sabe, os "religiosos" tratam a mulher como se fosse uma máquina de fazer filhos. E ela não tem voz ou vez, é totalmente submissa aos caprichos e desmandos do marido. Ela é observante do judaísmo em todos os preceitos, não toma um copo d'água que não seja
kosher.
Ela me encontrou vestindo uma saia até os tornozelos, blusa fechada e uma peruca. Explico: a mulher ortodoxa só pode revelar os cabelos ao marido, portanto usa uma peruca (chamada
sheitel) para escondê-los das outras pessoas. A peruca é de fios naturais, geralmente da mesma cor e estilo do cabelo da mulher. Logo, não perdi nada.
Um detalhe: tive alguns amigos judeus no colégio, daí conheço bem a cultura. Ela ficou absolutamente encantada com isso e a coisa fluiu muito bem. O fato dela estar visivelmente "subindo pelas paredes" também ajudou, é claro.
Fomos para um motel próximo, sexo bom, mas nada excepcional. Uma mulher de excelente nível, inteligente, carinhosa e educadíssima. Um ótimo papo. Mas naturalmente já conheci judias mais sossegadas e descontraídas. Talvez a religião influa nesse aspecto comportamental. Ela deixou bem claro que procurava um "namorante", um caso fixo e duradouro para suprir certas coisas que faltavam em casa. Como amor, por exemplo.
Ela não se divorcia por motivos óbvios. Além das crianças pequenas, há o problema de "cair na boca do povo". Entre os ortodoxos, divórcio é algo beeem complicado. Simplesmente viram a cara pra mulher divorciada, é como se ela morresse. E a família dela sabia que era um casamento falido pelos graves deslizes do marido (os quais ela nunca quis me contar, a coisa deve ser feia), mas mesmo assim fazia uma tremenda pressão para que ela mantivesse as aparências. Imaginem que merda de vida.
Com o tempo, acabei pulando fora, pois não tenho condições ou interesse de manter um caso da maneira que ela desejava. Nos tornamos amigos, e conversamos sempre sobre as nossas escapadas. Ela conheceu um cinquentão, com os filhos criados e uma esposa bem "distraída", que lhe dá o relacionamento que sempre sonhou. Segundo ela, se falam três ou quatro vezes por dia, no mínimo.
Sinceramente, essas minhas aventuras dariam um livro. Daqueles bem sacanas.
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