Bom, tenho uma certa experiência de juventude no mundo da putaria. Entre os 18 e 25 anos (década de 90), freqüentei todas as boates, saunas, termas, cinemas, pontos de rua, etc., que o meu parco dinheiro permitia.
Com o tempo, aprendi uma coisa, que não sei se ainda funciona hoje: comer mulheres boas, de graça. Em primeiro lugar, antes que arremessem pedras, digo logo: não, não sou bonito, nem rico. Na época, nem carro tinha. Sou o tipo do sujeito simpático, nem bonito, nem feio.
Bem, vamos ao que interessa. Naquela época, descobri que era tiro e queda ir a lugares freqüentados pela classe-média baixa. Por exemplo: perto de minha casa, havia um lugar chamado "Recanto Sertanejo". As balconistas, vendedoras, caixas de supermercado, etc., da região costumavam lotar o lugar. Eu aparecia por lá, vestido de modo a me destacar, ou seja, nada de cara de pagodeiro ou de quem gosta de sertanejo, mas também nada que me fizesse parecer arrogante.
Nem sempre dava certo, mas não era nada raro encontrar alguma gatinha bem legal, com tudo em cima, e que só tinha ido em motel barato (ou nunca tinha ido a nenhum), que só tinha transado mal, e por aí vai. Ou então alguma coroa separada, gostosa, a fim de pura diversão.
Me dei bem várias vezes. Teve a menina de 18 anos que deu o rabicó pra mim pela primeira vez; uma coroa, dona de loja de sapatos, que adorava esperma de sobremesa; uma feiosa com rabo impressionante que ficou maravilhada com um motelzinho mais ou menos e acabou me agradecendo com uma foda espetacular; uma frentista que adorava trair o namorado e falar mal dele; uma secretária de dentista que gozava de um modo impressionante; uma negra maravilhosa, que não dava pra ninguém...
É claro, que houve muitas furadas, mas essas prefiro esquecer. O fato é: eu me divertia muito e gastava bem pouco.
Obviamente, tudo dependia de certas regras: uma delas era a de sumir por um tempo, para não virar figurinha carimbada; outra, era também deixar de ir por alguns meses, aguardando a renovação do público; não prometer nada, para não ter fama de mentiroso; ser muito educado, mas algo rude, enfim, tudo dependia de seguir uma certa linha de comportamento.
Foram bons tempos. Será que isso ainda funciona?