DIÁLOGO EM UM SWING DE FAMÍLIA:
- Boa noite meu senhor. Permita-me que eu me apresente, meu nome é Lourival Antero Carvalho de Vaz e Coutinho e esta é minha senhora Vitalina de Souza Vieira de Oliveira Vaz e Coutinho. Permita-nos tomar assento ao lado do senhor e sua senhora?
- Claro, gentil cavalheiro, por favor. Esta é minha senhora e sua graça é Abigail Prado de Almeida Magalhães Couto e a minha João Caetano Pereira Góes Magalhães Couto, seu criado.
- Ah, muitíssimo prazer, sentimo-nos lisonjeados pela especial deferência, afinal é a primeira vez que comparecemos neste estabelecimento e não sabemos como portar-nos e não queremos parecer indelicados, pois sabemos que aqui há apenas pessoas de respeito e de elevada estirpe.
- Então nos sentiremos extremamente gratos se nos deixarem ser seus digamos assim, guias, nesta nova fase de vossas vidas, em que horizontes inexplorados se abrem às percepções daqueles que procuram experiências reconfortantes e estimulantes, como uma dicotomia de nossas vidas. Nós, deste mundo, buscamos um compartilhamento heterodoxo, mediante o cambiamento de experiências conjugais que se transmutam em extra-conjugais temporárias, sem que isto implique na evasão de sentimentos e na perda do respeito mútuo. Apesar da troca seminal estar descartada pelas premências medicinais, jamais olvidamos da comunhão de sentimentos, estes sim livremente intercambiáveis, sem artificialidades plásticas, em prol do êxtase corporal e espiritual.
- Sua suscinta, linear e clara exposição me enche de júbilo, meu caro João Caetano, pois me faz perceber que encontramos o que buscávamos, desde os encontros de casais em nossa Paróquia, ou seja, pessoas de classe diferenciada e que entendem o respeito mútuo como elemento fundamental de nosso espirito de vanguarda conjugal. Concorda comigo, minha doce Vitalina?
- Sim, senhor meu marido.
- Mas, já que os prolegômenos foram superados, deixe-nos, Abigail e eu mostrar-lhes o ambiente. Acompanhe-nos. Aqui, onde estamos é o “snack bar”, onde fazemos nossas oferendas ao deus Baco. Não se aproxime e tampouco se impressione com os circundantes daquelas três mesas, cheias de garrafas. Eles são de uma entidade denominada GPGuia que deturpam nossos propósitos, tudo por culpa de um sino-brasileiro com nome de motocicleta, que não encontra limites em sua sanha libidinosa. Continue você, nobre Abigail.
- Obrigada, senhor meu marido. Logo adiante temos a sala de banhos, onde fazemos a necessária profilaxia antes do nosso intercambiamento de experiências eróticas, para que o frescor de nossos corpos constituam-se em bálsamos edificantes à alma dos novos parceiros que buscam revigorar o antigo frescor dos primeiros tempos do abençoado relacionamento matrimonial. Percebo que vocês, como pessoas atentas, já se dignaram a apresentar-se a nós com seus corpos devidamente higienizados, de forma que podemos subir ao andar superior, onde conhecerão o novo sentido de atingimento do Nirvana. Por favor, acompanhe-nos e você, amado João Caetano, tenha a bondade de prosseguir na explanação.
- Você sempre me encanta, nobre Abigail. Subamos. Aqui, meus preclaros Vitalina e Lourival, é o local onde realizamos nossos mais profundos e inconfessáveis desejos. Por favor, dispam-se de seus roupões e preconceitos para que possamos dar seguimento nesta experiência tão edificante. Permita-me, Lourival, que eu tome Vitalina pela mão?
- Claro, não poderia jamais negar-lhe esta deferência.
- Vitalina, por favor, deite-se em posição decúbito dorsal e afaste uma perna da outra. Deixe-me colocar minha camisa de vênus. Lourival, por favor, acompanhe-me fazendo o mesmo com a minha nobre Abigail. Muito bem, com licença que irei penetrar-te, não sem antes manipular-me para ficar na prontidão que o momento requer. Um momento...Pronto, agora sim, permita-me. Aaaahhhh, sua vaca barranqueira! Gostosa!!! Mexa essa sua lataria enferrujada que esse broxa do Lourival despreza!!!
- Broxa é o caralho, fica com essa vadia que eu vou comer essa Abiga e vai ser no cu mesmo. Fica de quatro sua vagabunda que eu vou dar uma catarrada no seu fiofó pra lubrificar.
- Enfia, tarado, enfia, porque esse Caetano de merda não gosta de ouvir o lado B do disco! Hoje eu gozo de qualquer jeito! Caralhos, eu quero mais caralhos, alguém enfie um pau na minha boca!
- Ah, sua filha da puta, mal viu meu marido e já acha que pode mais que eu? Com a Vitalina é na vitamina! Alguém aí, enfie um caralho no meu cu e um outro pau na minha boca, que a Vitalina quer vitamina C, C de caralho, C de cacete!
- Caetano, me bate, me puxa o cabelo, me atira na parede e me chama de lagartixa!
- Quem disse que você é novata sua égua. Você já dá pra vizinhança toda! Toma porrada!
- Lourival, mais pau, eu quero pau Lourival!
- Caetano eu vô gozá! Alguém goze na minha cara! Você no cu, arranca o feijão!
- Lourival, mais fundo! Arregaça meu útero!
- Aaaahhhhhhh!!!!!!
- Aaaahhhhhhhh, eu tambéééémmmmm! Mais porra, mais porraaaaaaa!!!!!