POSITIVOCom seus cabelos loiros que pareciam ter sido fiados por raios de sol e olhos claros, tão límpidos quanto as águas de um lago alpino. Sua presença era um contraste suave com a penumbra que começava a envolver o quarto, e cada passo seu parecia um verso de uma ode à beleza.
Cumprimentamo-nos com uma polidez que escondia a ansiedade do encontro, e enquanto caminhávamos falava sobre canteiros de rosas e lírios, marcas que trazem tatuadas no corpo. A conversa fluía como um rio que encontra seu curso após uma tempestade. Jasmin possui uma erudição encantadora, e ao ouvi-la, sentia-se que cada palavra era uma pérola de sabedoria e graça.
Deitei-a em uma cama, nosso rito para uma massagem, que nos oferecia uma vista da TV que ao invés de lampejos noturnos, minha amada prefere algo um pouco mais carnal. Entre nós, uma garrafa de um espumante fino, cujo sabor aveludado parecia realçar cada confidência trocada. A cada toque, um som de gemido, enquanto as luzes da TV, banham seu rosto, destacando contornos que Michelangelo teria inveja de esculpir.
Yasmin falava com uma paixão contida, como se cada ideia fosse uma melodia que ela cantasse apenas para mim. E eu, um mero mortal na presença de uma deusa, apenas aspirava beber de sua sabedoria e beleza. E quando parece que o desejo parece implodir daquela mulher, você é jogado na cama e recebe as melhores carícias que um homem pode receber. Carícias que por ela não acabaria, porém, como mortais fracos que somos, desviamos como que fugindo, olhando para a cama, você percebe o néctar que sai de sua boca lavando os lençóis.
A brisa da noite trouxe consigo o aroma de jasmim, que se entrelaçava aos risos e às palavras sussurradas. Havia uma sincronia perfeita entre nós, como se a vida tivesse ensaiado esse encontro por eras, esperando o momento exato para que cada gesto, cada olhar, fosse um tributo à mais pura essência do romantismo.
Ao findar esse encontro, tão culto quanto romântico, foi um interlúdio celestial em minha jornada terrena. Yasmin, a loira de olhos claros, havia se tornado a musa de um poema que eu carregaria em meu coração, um lembrete eterno de que o amor, em suas mais variadas formas, é a verdadeira língua que o mundo entende.
Don
