A legalização da prostituição

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Re: A legalização da prostituição.

#271 Mensagem por PRS » 24 Ago 2013, 20:22

O obstáculo é simples, na verdade - é uma questão cultural, só isso.

Putanheiro vem aqui, fala, argue, defende as pobres vilipendiadas prostitutas, etc,etc mas vá perguntar se ele vai viver com uma mulher que chega em casa reclamando que está com a bunda doendo e se você, amorzinho, não se incomoda se ela não meter hoje porque ficou assada?

E não é só o próprio cliente que tem essa mentalidade, a própria mulher, em muitas casos , também tem essa visão , mesmo enquanto GP - GP , quando é assunto de relacionamento pessoal, consegue ser mais antiquada que muitos religiosos - experimenta ir meter com outra GP mesmo quando ela chega toda ardida no encontro para ver se você não escuta a pérola "eu faço por necessidade, você é por safadeza".

Então, mesmo já existindo há anos a atividade "prostituta" no Ministério do Trabalho, e por mais que criem legislações a favor e procurem realizar diversos debates, raríssimas mulheres e um número menor de homens aceitaria "expor-se" ; para a GP deixar de ser discriminada em primeiro lugar precisa mudar a cabeça do cliente ; e o problema é que, parte necessária para essa aceitação passa em re-definir o conceito de fidelidade , ou , em outras palavras, o cara terá de aceitar que a esposinha/namoradinha/filhinha/mãezinha também PODE liberar o rabinho por numa grana sem neuras. Quantos vão aceitar isso?

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Darwin1
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Re: A legalização da prostituição.

#272 Mensagem por Darwin1 » 24 Ago 2013, 22:11

PRS escreveu:O obstáculo é simples, na verdade - é uma questão cultural, só isso.

[...]

...o cara terá de aceitar que a esposinha/namoradinha/filhinha/mãezinha também PODE liberar o rabinho por numa grana sem neuras. Quantos vão aceitar isso?
A sociedade que você imagina está há anos-luz depois da legalização, num mundo em que a prostituição, além de legalizada, é considerada uma profissão como outra qualquer, sem nenhuma diferença.

Vejo a aceitação da prostituição parecida com a tolerância que as pessoas vêm apresentando com a infidelidade matrimonial:
(1) Há séculos, era crime punível com a morte. Em algumas sociedades ainda é. O machismo prevalece, sendo que as mulheres são punidas com mais frequência e rigor.
(2) Depois, se não havia punição direta, havia punição velada, como foi bem retratado no livro e filme "A Letra Escarlate".
(3) Em seguida, nas últimas décadas, mesmo quando não havia punição, o tabu persistia. Quem praticava o ato era visto como o culpado pelo término do casamento, perdia a guarda dos filhos, era obrigado a pagar pensão, era vítima de preconceito, etc. Além do mais, o adúltero poderia ser assassinado pelo traído, em caso de flagrante, e o criminoso não sofreria punições sérias.
(4) Atualmente, o adultério não é crime, nem tabu, e praticamente não é alvo de preconceito. Não é motivo para divórcio, nem perda da guarda dos filhos. A infidelidade é tema de músicas, a maioria trai, pouquíssimos se sentem impedidos em trair, mas ninguém quer ser traído. Ainda somos hipócritas nesse quesito.
(5) Daqui a algumas décadas, ou séculos, talvez "infidelidade", "ciúmes" e "monogamia" sejam considerados tabus tão idiotas quanto o da virgindade, e todos vivam o tal do "poliamor" que a Regina Navarro Lins (e os hippies) tanto prega.

Esquecendo a infidelidade e voltando à prostituição, estamos ainda no item (3): prostitutas e seus clientes são vistos como párias na sociedade, alvo de preconceito e às vezes considerados criminosos.
A legalização da prostituição seria o item (4): sem tabu, sem preconceito, bem aceito na sociedade, mas ainda com alguma hipocrisia.
O item (5) é o mundo imaginado pelo PRS, no qual qualquer mulher pode se prostituir livremente sem que ninguém se incomode com isso, nem seu pai, nem seu marido, filhos ou irmãos. Nos apêndices do livro "Pagando Por Sexo", Chester Brown imaginou um mundo assim.
PRS escreveu:...para a GP deixar de ser discriminada em primeiro lugar precisa mudar a cabeça do cliente
Concordo com a frase, mas não com a explicação que veio depois.
Pra discriminar, legalizar, deixar de ser tabu e não ser mais alvo de preconceito, a prostituição precisa ser vista sem a hipocrisia que a maioria das pessoas ainda possui.
Prostitutas e putanheiros não querem ser vistos como tais. Até aí tudo bem. Mas o pior é que pregam comportamentos contrários ao que seguem na intimidade. Da mesma forma como um gay enrustido pode ser homofóbico, putanheiros podem considerar a puta como a ralé do sexo feminino, e prostitutas consideram seus clientes como o pior tipo de homem possível. Políticos e religiosos (e qualquer um) podem ser putanheiros, mas pregam o abolicionismo, para não serem criticados pelos outros putanheiros enrustidos.

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Re: A legalização da prostituição.

#273 Mensagem por Compson » 24 Ago 2013, 23:18

Darwin escreveu:Vejo a aceitação da prostituição parecida com a tolerância que as pessoas vêm apresentando com a infidelidade matrimonial:
(1) Há séculos, era crime punível com a morte. Em algumas sociedades ainda é. O machismo prevalece, sendo que as mulheres são punidas com mais frequência e rigor.
(2) Depois, se não havia punição direta, havia punição velada, como foi bem retratado no livro e filme "A Letra Escarlate".
(3) Em seguida, nas últimas décadas, mesmo quando não havia punição, o tabu persistia. Quem praticava o ato era visto como o culpado pelo término do casamento, perdia a guarda dos filhos, era obrigado a pagar pensão, era vítima de preconceito, etc. Além do mais, o adúltero poderia ser assassinado pelo traído, em caso de flagrante, e o criminoso não sofreria punições sérias.
(4) Atualmente, o adultério não é crime, nem tabu, e praticamente não é alvo de preconceito. Não é motivo para divórcio, nem perda da guarda dos filhos. A infidelidade é tema de músicas, a maioria trai, pouquíssimos se sentem impedidos em trair, mas ninguém quer ser traído. Ainda somos hipócritas nesse quesito.
(5) Daqui a algumas décadas, ou séculos, talvez "infidelidade", "ciúmes" e "monogamia" sejam considerados tabus tão idiotas quanto o da virgindade, e todos vivam o tal do "poliamor" que a Regina Navarro Lins (e os hippies) tanto prega.
Essa é a linha geral, mas há complicações.

Na Antiguidade, pelo menos nos círculos da elite política e intelectual, se a prostituta não era uma igual, pelo menos tinha um lugar definido na sociedade, seu "consumo" era assumido abertamente e, não raro, tinham circulação pessoal junto a seus clientes/senhores. Na aristocracia francesa do século XVIII também. A função de prostituta era vista com rebaixamento, mas elas circulavam abertamente na corte com seus parceiros.

Enfim, as noções de fidelidade, monogamia e ciúme que posicionam a prostituta como um pária social são mais recentes e específicas do que parece. Até onde entendo, se originam da moral vitoriana e do puritanismo dos EUA, como mostrado na Letra Escarlate. Também acho que há uma questão específica da visão de mundo capitalista/burguesa, que consiste em separar radicalmente a esfera da família e a esfera dos negócios "mundanos", a primeira vista como um domínio de afetividade espontânea, a segunda como de egoísmo e competitividade por bens materiais. A prostituta é um problema para esse esquema...

A diferença da legalização/regulamentação da prostituição para a "utopia" do PRS é basicamente análoga à diferença entre a criação de leis anti-homofóbicas e o desaparecimento da homofobia. A legalização não é necessária apesar do preconceito, mas por causa dele: legisla-se para garantir um mínimo de dignidade nas relações sociais (embora, em geral, a legislação tenha também um efeito positivo na redução do preconceito). Num mundo em que não houvesse preconceito/hipocrisia, a legislação seria realmente desnecessária.

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Re: A legalização da prostituição.

#274 Mensagem por PRS » 24 Ago 2013, 23:46

Darwin escreveu:Concordo com a frase, mas não com a explicação que veio depois.
Pra discriminar, legalizar, deixar de ser tabu e não ser mais alvo de preconceito, a prostituição precisa ser vista sem a hipocrisia que a maioria das pessoas ainda possui.
...
Olha , talvez seja erro de interpretação meu mas você disse a mesma coisa que eu após a frase - apenas foi mais extenso.

A hipocrisia existe há milênios - no império romano não havia problema algum em frequentar puteiros , isso não era adultério , já que prostitutas não tinham honra - no Japão feudal a prostituição era mais aceita - em moldes similares aos atuais , aliás, com clientes bopando as gueixas, prostitutas exploradas e agrupadas em guildas ; no Brasil colonial as prostitutas frequentavam os cultos e exerciam o mister de forma discreta mas não oculta e dá para continuar seguindo nos exemplos da dicotomia puta necessária-puta execrada através dos tempos..

Em minha opinião, o complicador é que sexo é , atualmente, a única definição de identidade democrática que temos AINDA e para homens isso é muito mais acentuado - um cara pode ser um merda na vida mas se ele é visto, sempre, pegando gostosas ele é invejado - isso transparece em alguns comentários que leio aqui inclusive, com foristas perguntando coisas do tipo "como uma gostosa que ganha tão bem sustenta um nóia daqueles?" .

Dentro dessa ótica, para a prostituição ser aceita sem discriminação implica mudar a forma como encara-se , hoje, o exercício da sexualidade , principalmente do lado do homem - a verdade é que quantas mulheres você tem "exclusivamente" está amarrado à sua imagem perante à sociedade - um homem que aceite, na maior normalidade, que outro pape a sua, sem estressar, seja por que motivo for, sempre será, na versão mais educada, chamado de corno.

E por quê essa ênfase na mudança da cabeça do homem e não da mulher? Primeiro porque existem mais clientes masculinos que femininos; segundo que a aceitação da mulher acaba muitas vezes seguindo a do homem - mulher acha gp uma puta porque o homem é o primeiro a dizer que "ele jamais casaria com uma puta" . Talvez nossos netos sejam mais descolados mas eu duvido - a necessidade de exclusividade como símbolo de um relacionamento perdura desde que o primeiro antropoide chutou todo mundo da caverna e só deixou uma mulher com ele e os filhos.

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Re: A legalização da prostituição.

#275 Mensagem por Darwin1 » 25 Ago 2013, 22:14

PRS escreveu:Olha , talvez seja erro de interpretação meu mas você disse a mesma coisa que eu após a frase - apenas foi mais extenso.
Acho que o que você disse, é que o preconceito contra a prostituição só acabará quando cada um aceitar que a mãe, a filha, a esposa ou a irmã possa se prostituir, caso queira.

E eu, já me dou por satisfeito se a garota do prédio ao lado conseguir se prostituir livremente, sem que o bairro todo aponte o dedo pra ela na rua.
florestal escreveu:Com um vídeo que mostra os locais, Suiça inaugura local apropriado para a prostituição. Vejam as sábias palavras do diretor.
as sábias palavras do diretor escreveu:"Basicamente, a prostituição é um negócio. Não podemos proibi-lo, por isso queremos regulá-lo a favor dos trabalhadores do sexo e da população", declarou Michael Herzog, diretor dos serviços sociais responsáveis pelas questões da prostituição em Zurique. "Porque se não controlarmos a prostituição, o crime organizado toma conta dela", acrescentou.
florestal, você foi pouco crítico. Os suecos criaram um gueto para as prostitutas e putanheiros, e a justificativa para isso é que não é possível proibir a prostituição, e que isso combate o crime organizado.
Eles tratam a prostituição como tratam os problemas das drogas e do alcoolismo, e não como uma profissão como outra qualquer.
Para legalizar a prostituição, basta a política e a lei tratarem cada prostituta freelancer como uma profissional autônoma qualquer, cada dono de boite como empresário, cada agenciador como patrão, e cada GP de boite como funcionária registrada de um estabelecimento. Criar regras diferentes pra essa classe só vai servir pra segregá-la.

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Zurique constrói complexo para prostitutas

#276 Mensagem por ZeitGeist » 26 Ago 2013, 20:23

Para variar um pouco o povo suiço, quer tirar das vistas da população e turístas em geral o serviço de sexo prestado pelas putinhas do leste-europeu!

NEWS Europe escreveu: Zurich introduces 'drive-in' sex
By Imogen Foulkes
BBC News, Zurich

[ external image ]

The Zurich authorities have been busy building a secure compound for sex workers

New regulations for sex workers are coming into force in Zurich this week, designed to provide some safety to women who work in the sex trade, and to bring a measure of peace to the city centre, the city authorities say.

Although prostitution is legal in Switzerland, critics say the law actually offers little protection to the women themselves.

For several years, some areas right in the heart of the town, most notably Sihlquai - a street running away from the main station - have been home to a very lively sex trade.

Local residents have long been unhappy with the situation, and social workers say the scene is highly dangerous for the women concerned.

"They get into cars with men they don't know, and they don't know where they will be taken," explains Ursula Kocher, who runs an advice centre for sex workers. "They get driven out of the city, into a forest, away from anywhere."

There have been a number of cases of violence, and of women being robbed.

A recent study carried out in Zurich showed that most of the prostitutes working on the streets are Roma (Gypsy) women from central and eastern Europe, and many of them have children to support.

[ external image ]

The new compound has drive-in "sex boxes" with an alarm button and an emergency exit on the sex worker's side

Now the city has come up with a solution it believes will protect them: soliciting on the streets will be forbidden, and instead prostitutes and their clients will be expected to use a custom-built compound on an industrial site in the Zurich suburbs.

The facility opens this week; inside the gates, which are manned by security guards, there is a "strip" which men can drive down, and select the woman of their choice.

There are trees, coloured lights, and benches to sit on, all designed to create an atmosphere which Michael Herzig of the Zurich social services says should not be too "sad".

But since all business must take place inside the compound, there are drive-in "sex boxes", and here the measures taken to protect the women are very apparent.

On the driver's side, the boxes are very narrow, making it difficult for him to get out of the car. On the passenger side, there is plenty of space, an alarm button and an emergency exit.

There are also safe-sex reminders: "There is a big HIV prevention advertisement right in front of the car, so the driver has to look at a condom, to remind him he should wear one," the city authorities say.

And there are very strict rules: "Just one man per car, no bikes or motorcycles, no filming, and of course no littering."

Help at hand

Meanwhile, just a few steps from the boxes, there is a set of Portakabins where counsellors are on hand, together with a kitchen, toilets and a shower.

The new regulations also require prostitutes to purchase a daily sex workers license for a nominal fee, and have health insurance.

A social workers explain to Zurich residents how things work at the compound

"Most women won't be doing this forever, and we do want them to be healthy [for the future]," Ms Kocher says.

Zurich's regimented approach to practices which are illegal in many countries has a precedent.

Twenty years ago, the city had a notorious open drugs scene, in which dealers operated almost unhindered, and heroin addicts injected openly in the parks and streets.

To combat it, Zurich introduced needle exchanges, injection rooms and even heroin prescription, requiring addicts to report punctually to clinics if they wanted their daily fix.

The measures did have some success getting the drugs off the streets, but not everyone is convinced the approach can work with the sex trade.

"Zurich had a big success cleaning up the drugs scene," says Regula Rother, who runs a drop-in centre for sex workers. "Now they try it with prostitution, I'm really not sure it will work."

Zurich's taxpayers approved the 2.5 million-franc ($2.7m; 2m euro; £1.8m) sex-box facility in a referendum, and Ms Rother believes their support had more to do with their annoyance at seeing prostitutes on their streets than it did with keeping women safe.

"Zurich is a destination for sex, but the people of Zurich don't want to see it. The government had to do something."

Nevertheless, she believes the new facility is a "good solution… if the women go there."

Sex trade 'theme park'

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And that is the big question.

No-one is really sure whether women or clients will turn up once the sex boxes are open for business.

But Mr Herzig, sensitive to the charge that Zurich has created an expensive "theme park" for prostitutes, insists the intention is very serious.

"Of course, people laugh about it," he says. "People have said the city has become the pimp, that we are creating a Disneyland for hookers.

"But we want to reduce violence and to improve living conditions for sex workers… For us, it not funny,

"I don't think violence is funny. And the cause for prostitution usually is poverty, and I don't think poverty is funny either. So what we are doing here is serious."


Algumas fotos:

A bela Zurich
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Parte pobre na Hungria
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As moças do FEMEN já fizeram um protesto sobre a legalização da prostituição e o no sex-park!
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Putinhas em Zurich
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marvosa5
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Re: A legalização da prostituição.

#277 Mensagem por marvosa5 » 26 Ago 2013, 20:31

PRS escreveu:O obstáculo é simples, na verdade - é uma questão cultural, só isso.
...
precisa mudar a cabeça do cliente ; e o problema é que, parte necessária para essa aceitação passa em re-definir o conceito de fidelidade , ou , em outras palavras, o cara terá de aceitar que a esposinha/namoradinha/filhinha/mãezinha também PODE liberar o rabinho por numa grana sem neuras. Quantos vão aceitar isso?
Darwin escreveu:... Políticos e religiosos (e qualquer um) podem ser putanheiros, mas pregam o abolicionismo, para não serem criticados pelos outros putanheiros enrustidos.
Compson escreveu:... legisla-se para garantir um mínimo de dignidade nas relações sociais (embora, em geral, a legislação tenha também um efeito positivo na redução do preconceito). Num mundo em que não houvesse preconceito/hipocrisia, a legislação seria realmente desnecessária.
PRS escreveu:... um cara pode ser um merda na vida mas se ele é visto, sempre, pegando gostosas ele é invejado - isso transparece em alguns comentários que leio aqui inclusive, com foristas perguntando coisas do tipo "como uma gostosa que ganha tão bem sustenta um nóia daqueles?" .
...
mulher acha gp uma puta porque o homem é o primeiro a dizer que "ele jamais casaria com uma puta"
...
a necessidade de exclusividade como símbolo de um relacionamento perdura desde que o primeiro antropoide chutou todo mundo da caverna e só deixou uma mulher com ele e os filhos.
florestal escreveu:
as sábias palavras do diretor escreveu:"Basicamente, a prostituição é um negócio. Não podemos proibi-lo, por isso queremos regulá-lo a favor dos trabalhadores do sexo e da população", declarou Michael Herzog, diretor dos serviços sociais responsáveis pelas questões da prostituição em Zurique. "Porque se não controlarmos a prostituição, o crime organizado toma conta dela", acrescentou.
Acho que cada um abordou um aspecto diferente do assunto, mas misturaram um pouco também coisas diferentes...

Tirando aqueles que saem com prostitutas para esculachar (e muitas são bandidas lindas e desprezíveis mesmo), um cliente consciente não valoriza a "profissão puta", e ela não deve ser valorizada mesmo; tanto é que são essas pessoas conscientes que não aceitam que mães, irmãs, namoradas, esposas e filhas sigam essa "carreira". E isso, antes de ser uma regra socio/cultural, é algo praticamente instintivo e natural.

Mas estas mesmas pessoas conscientes buscam as prostitutas... Porque é muito difícil que um homem esteja saciado, ou pelo menos controlado, sexualmente; porém valoriza-se no máximo a prestadora, não a profissão... Pela beleza, pela transa, pela conversa dela... Daí vem o desejo de ter posse exclusiva, e não de continuar pagando e "dividindo" ela com todo mundo... Quando se consulta uma excelente dentista por exemplo, valoriza-se também a profissão, e ninguém se importa em dividir essa profissional com outros clientes.

O problema é que quando se arruma uma parceira fixa, quase perfeita, seja "inexperientemente" virgem ou "experientemente" ex-GP, para namorar ou casar, não demora muito e volta o tédio sexual... Então o ciclo "putológico" se repete...

A legalização (ou regulamentação) é muito mais para organizar, ajudar quem é explorada, quem faz por falta de opção, ou até quem faz porque (vamos ser sinceros) é muito dinheiro fácil mesmo... Mas não vai enobrecer a profissão, ou gerar um liberalismo sexual.

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Re: A legalização da prostituição.

#278 Mensagem por EXT » 02 Set 2013, 20:33

marvosa5 escreveu:
PRS escreveu:O obstáculo é simples, na verdade - é uma questão cultural, só isso.
...
precisa mudar a cabeça do cliente ; e o problema é que, parte necessária para essa aceitação passa em re-definir o conceito de fidelidade , ou , em outras palavras, o cara terá de aceitar que a esposinha/namoradinha/filhinha/mãezinha também PODE liberar o rabinho por numa grana sem neuras. Quantos vão aceitar isso?
Darwin escreveu:... Políticos e religiosos (e qualquer um) podem ser putanheiros, mas pregam o abolicionismo, para não serem criticados pelos outros putanheiros enrustidos.
Compson escreveu:... legisla-se para garantir um mínimo de dignidade nas relações sociais (embora, em geral, a legislação tenha também um efeito positivo na redução do preconceito). Num mundo em que não houvesse preconceito/hipocrisia, a legislação seria realmente desnecessária.
PRS escreveu:... um cara pode ser um merda na vida mas se ele é visto, sempre, pegando gostosas ele é invejado - isso transparece em alguns comentários que leio aqui inclusive, com foristas perguntando coisas do tipo "como uma gostosa que ganha tão bem sustenta um nóia daqueles?" .
...
mulher acha gp uma puta porque o homem é o primeiro a dizer que "ele jamais casaria com uma puta"
...
a necessidade de exclusividade como símbolo de um relacionamento perdura desde que o primeiro antropoide chutou todo mundo da caverna e só deixou uma mulher com ele e os filhos.
florestal escreveu:
as sábias palavras do diretor escreveu:"Basicamente, a prostituição é um negócio. Não podemos proibi-lo, por isso queremos regulá-lo a favor dos trabalhadores do sexo e da população", declarou Michael Herzog, diretor dos serviços sociais responsáveis pelas questões da prostituição em Zurique. "Porque se não controlarmos a prostituição, o crime organizado toma conta dela", acrescentou.
Acho que cada um abordou um aspecto diferente do assunto, mas misturaram um pouco também coisas diferentes...

Tirando aqueles que saem com prostitutas para esculachar (e muitas são bandidas lindas e desprezíveis mesmo), um cliente consciente não valoriza a "profissão puta", e ela não deve ser valorizada mesmo; tanto é que são essas pessoas conscientes que não aceitam que mães, irmãs, namoradas, esposas e filhas sigam essa "carreira". E isso, antes de ser uma regra socio/cultural, é algo praticamente instintivo e natural.

Mas estas mesmas pessoas conscientes buscam as prostitutas... Porque é muito difícil que um homem esteja saciado, ou pelo menos controlado, sexualmente; porém valoriza-se no máximo a prestadora, não a profissão... Pela beleza, pela transa, pela conversa dela... Daí vem o desejo de ter posse exclusiva, e não de continuar pagando e "dividindo" ela com todo mundo... Quando se consulta uma excelente dentista por exemplo, valoriza-se também a profissão, e ninguém se importa em dividir essa profissional com outros clientes.

O problema é que quando se arruma uma parceira fixa, quase perfeita, seja "inexperientemente" virgem ou "experientemente" ex-GP, para namorar ou casar, não demora muito e volta o tédio sexual... Então o ciclo "putológico" se repete...

A legalização (ou regulamentação) é muito mais para organizar, ajudar quem é explorada, quem faz por falta de opção, ou até quem faz porque (vamos ser sinceros) é muito dinheiro fácil mesmo... Mas não vai enobrecer a profissão, ou gerar um liberalismo sexual.


Concordo. Diria que o problema é cultural e ideológico, define alguém por toda a vida.
Não vejo como uma prostituta possa permanecer na atividade e, ao mesmo tempo, se casar ou ter um relacionamento estável.

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Re: A legalização da prostituição.

#279 Mensagem por EXT » 19 Set 2013, 13:49

Já é legal no Brasil, não é?
Tipo, nos EUA vc e a GP podem ser presos se forem pegos pagando ou recebendo dinheiro por sexo.
Aqui acho que não pode não, nem que seja na frente de um polícia.

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Re: A legalização da prostituição.

#280 Mensagem por Mister Farinha » 20 Set 2013, 23:56

Existe uma enquete sobre esse assunto em:
viewtopic.php?f=38&t=64965

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florestal
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A legalização da prostituição.

#281 Mensagem por florestal » 21 Set 2013, 19:46

Mister Farinha escreveu:Existe uma enquete sobre esse assunto em:
viewtopic.php?f=38&t=64965
O problema que eu vejo é que o pessoal ainda não entendeu o que seria a legalização. Alguns acham que seria para pagar impostos, não é; outros imaginam que todos teriam que casar com uma prostituta, também não é; outros imaginam que a prostituta teria carteira assinada e também não é.

Para entender quais seriam as vantagens da legalização, dever-se-ia ler os artigos que estão sendo coletados neste tópico; sem isso não dá para entender.

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Re: A legalização da prostituição.

#282 Mensagem por PRS » 21 Set 2013, 23:02

florestal escreveu: O problema que eu vejo é que o pessoal ainda não entendeu o que seria a legalização. Alguns acham que seria para pagar impostos, não é; outros imaginam que todos teriam que casar com uma prostituta, também não é; outros imaginam que a prostituta teria carteira assinada e também não é.

Para entender quais seriam as vantagens da legalização, dever-se-ia ler os artigos que estão sendo coletados neste tópico; sem isso não dá para entender.
Já o problema que eu vejo, florestal, é que você não entendeu qual é o obstáculo.

Você insiste em medidas que, mesmo que implantadas, teriam eficácia duvidosa . E eu explico o porquê:a prostituição não é ilegal, - ninguém vai preso por contratar uma prostituta e nem nenhuma mulher vai presa por prostituir-se, no Brasil, e justamente por isso podemos publicar TDs - mas o estímulo e o lucro em cima são, ainda - o que gera alguns exercícios de duplipensar para que privês, boates e clínicas continuem existindo. Gera também uma certa esquizofrenia no cliente - que odeia o cafetão - teoricamente - mas quer ir na boate encontrar as putas limpinhas, atenciosas e ter para quem reclamar se não der certo - que é justo o cafetão,com outro nome. Fora outras incongruências de comportamento do dito cliente. Mas isso é assunto para outro tópico.

O que pode-se fazer , em relação à legislação atual, é descriminalizar a atividade do intermediário , o que é um assunto polêmico; e criar uma estrutura oficial de atendimento , o que é mais polêmico e ainda colocar cursos de aperfeiçoamento no Via Rápida para as prostitutas e não, não estou sendo irônico - se é atividade , precisa-se de treino e prostituição é atividade e de risco ainda , então que ensinem a atender e os macetes para não darem com os burros n'agua.

O problema que impede toda a implantação dessa legislação "redentora" das prostitutas funcionar é o preconceito da sociedade ; e não é só da sociedade , é do próprio cliente. que quer a GP disponível só não quer que seja alguém que goste ou da família , ie, todas são putas menos a mamãe ; ponha isso do lado da GP e você vê o problema - quantas GPs ,por exemplo, vão a uma delegacia prestar queixa de agressão ou mesmo calote ? Não é porque não podem, elas têm todo o direito - é porque têm de colocar nome no processo.

E por quê esse medo de expor-se? Porque serão discriminadas pelas pessoas com quem conviverem,seja da família seja de namorados ou parceiros : lei nenhuma resolverá isso..Aliás, quantas GPs que assumiram que são garotas de programa e mostraram a cara ficaram bem com isso?Só as que escreveram livros.

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Re: A legalização da prostituição.

#283 Mensagem por marvosa5 » 22 Set 2013, 01:16

Suas palavras mais uma vez foram interessantes.

A meu ver, a prostituta não pode ser a esposa, a filha, a irmã ou a mãe, porque esse "distanciamento", que não necessariamente é preconceituoso, é uma característica da sociedade humana em geral.

Por que quando queremos casar, transar e fazer filhos, escolhemos uma mulher fora da nossa família, se normalmente na nossa família já existem várias "disponíveis"? Com certeza não é por causa do enfraquecimento genético.

Se esse "distanciamento" fosse bastante "encurtado" (na nossa mente), chegaríamos num ponto em que os filhos transariam com as próprias mães, como os outros animais o fazem naturalmente. Mas somos diferentes.

E acredito que até as prostitutas querem esse "distanciamento", ou será que as "GPs" querem que suas filhas sejam "GPs" também?

Essa barreira na cabeça das pessoas pode até dificultar a regulamentação, mas não impede.

O que impede que prostitutas se juntem e montem uma estrutura "empresarial" para atender? Mas não são elas mesmas que quando se juntam é para fazer baderna, cafetinagem umas com as outras, e sacanear clientes (e outras colegas de profissão) de 1001 maneiras?

Por que várias mulheres não tiveram vergonha de aparecer na televisão (A Liga), e dizer abertamente para a repórter que estavam "se mostrando para os TROUXAS que estavam pagando as bebidas caras"?

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Re: A legalização da prostituição.

#284 Mensagem por EXT » 23 Set 2013, 22:13

A completa legalização seria uma forma de acabar com o mercado para a bandidagem.
O mesmo que com as drogas ou o jogo do bicho. Só são criminalizados para garantir reserva de mercado para o crime organizado e as propinas para os agentes da lei

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Re: A legalização da prostituição.

#285 Mensagem por EXT » 26 Set 2013, 13:41

Bom, estamos falando da legalização da exploração da prostituição, porque a prostituição em si já é legal aqui no Brasil.

Acho até que poderia diminuir a criminalidade, mas não devem querer isso porque perderiam mercado. Assim como se descriminalizarem a venda de drogas os traficantes teriam menos lucros.

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