Boa tarde foristas. Feliz páscoa a todos!
Li este tópico de uma vez só, e achei a discussão trazida nele bem interessante, e bem atemporal, criado em 2006, ainda tende a ajudar muitas pessoas que passam pela situação de chegarem à fase adulta sem terem se iniciado na natural arte do sexo. Uma coisa natural, instintiva, mas que a sociedade, a religião, a família, muitas vezes tendem a sufocar, imputando ao sexo rótulos como pecaminoso, sujo, pecado… estranho, se fosse tão ruim assim, tão errado, porque será que Deus teria criado animais que se reproduzem dessa forma, por meio das relações sexuais? Inclusive nós, seres humanos.
Não quero, nessa mensagem, discutir noções religiosas e nem nada. Apenas achei que era válido falar isso na introdução. O que quero apontar é que acredito que essa seja uma tendência cada vez maior, a de adultos chegarem aos 20 e poucos anos sem terem vivenciado essa experiência. Sim, o sexo parece banalizado, a TV exibe relações sexuais nas novelas, nos filmes, a internet está ai para quem procura algo mais explícito, porém, ainda vivemos em uma sociedade conservadora e, nos últimos anos, individualista, e não são dadas bases para encarar o sexto como uma coisa natural, ou até mesmo dirimir eventuais dúvidas do novato.
Este pensamento veio à minha mente nesses dias, após conversar sobre outro tema com uma pessoa. Ela comentou que, mesmo se a criança perder a audição logo cedo, sua fala, sua habilidade para cantar, para discursar, não precisa ser exatamente prejudicada se ela tiver uma base de apoio, que procure orientar, auxiliar sobre como vencer a limitação auditiva, como sentir se sua fala está correta mesmo sem ouvir. Caso a criança perca a audição e sua família pense: “tá, agora ele não vai mais falar normalmente, vamos poupá-lo do sofrimento e fazê-lo aprender linguagens de sinais e só se comunicar assim”, ela não vai conseguir se virar direito em um mundo verbal, sonoro. Esse exemplo se dá pelo fato de eu ser surdo e ter dificuldades de comunicação, e estou tentando superar isso.
Acho que o mesmo principio se aplica à questão sexual. Eu não lembro de ninguém, na minha casa, sentar e falar comigo sobre todas as dúvidas relacionadas à sexo. Se você vive numa base familiar que não condena mas também não estimula a descoberta de algo natural, institinvo, o indivíduo tende a ficar travado, não sabe como abordar isso, é mais ou menos como o autor inicial desse tópico falou, lá em 2006, “fui criado por irmãs e mãe, aprendi a respeitar elas, e não tive amigos para sair e ir atrás dessas descobertas por conta própria.”
É mais ou menos isso que ele falou. Ou seja, sem base, sem um espelho a seguir, a pessoa acaba não sendo estimulada. Mas, além da ausência de estimulo, outra coisa que atrapalha muito é a questão da deficiência hormonal. Acredito que possa ser um tabu esse problema, se os hormônios forem muitos baixos, talvez não estimule o nosso lado instintivo, o nosso interesse pelo sexo, as vezes a gente passa a adolescência alheio a essa questão. Talvez, se o nível hormonal fosse mais ok, aquelas barreiras psico sociais fossem mais fáceis de serem quebradas, o nosso lado natural tenderia a falar mais alto do que aquele lado dominado pelos preceitos e bases constituídas ao longo de nossa vida.
Quero falar um pouco sobre mim. Não vou falar minha idade, ela não vem ao caso, mas digamos que hoje já me encontro em uma faixa que a sociedade pregaria que já era para ter tido muitas experiências. Por um nascimento prematuro, tive algumas sequelas: paralisia, surdez, problemas motoros (paralisia), baixo desenvolvimento hormonal. Tudo isso não foi algo que me limitou na trajetória profissional, mas quando você tem dificuldade de falar normalmente, quando você é uma criança com locomoção prejudicada, seu desenvolvimento social fica um tanto prejudicado.
Meus problemas de locomoção já foram totalmente sanados, a minha fala é algo que, na maior parte do tempo, já consigo levar na boa, minha audição… bom, ainda dependo de muita leitura labial. Já meus relacionamentos… Já tive oportunidades, já beijei, um beijo que a menina falou ter sido por pena, mas duvido que um beijo de língua, por iniciativa dela, com direito a bis, tenha sido mesmo por pena… Porém, como é fácil imaginar, se estou escrevendo aqui, nunca avancei mais além.
Isso por causa do baixo desenvolvimento hormonal. Eu faço tratamento desde a adolescência, acompanhado por um endocrinologista, mas uma coisa que reparei é que, só nós últimos anos, é que comecei a desenvolver um interesse sexual maior, na mesma época o meu nivel de testosterona começou a estabilizar.
Porém, por mais que tenha aquelas civis que eu vejo e já tenho vontade de ir mais além, eu acabei não desenvolvendo aquela tática de ser mais direto, de… não sei bem qual a palavra, mas ao invés de explorar várias opções, me prendo a uma civil e fico anos tentando. E ultimamente sinto muita vontade de ir mais além, sexualmente, com essa civil. Tinha outra garota, que conheci no ano passado, que eu sempre tive a impressão de ser ex-gp por uma série de detalhes, de pistas. E sempre que via ela, sempre que conversava com ela, sentia todo o meu lado instintivo, sexual, trabalhando.
Quando entrei no Gpguia, há alguns anos, minha intenção era somente quebrar essa questão de nunca ter feito sexo. Mas a parte do desejo, a parte sexual mesmo, só mais recentemente que resolvi levar mais a sério contratar uma GP. Isso porque estou investindo muito numa civil, e todos dias sinto vontade de fazer sexo, de beijar, de ir mais além, geralmente com ela, mas as vezes extrapola e todas garotas que vejo dá essa vontade.
Como está dificil ir além com essa civil, e como sou alguém que sente a necessidade de fazer sexo, resolvi que era essa a hora. Não fazer apenas para saber como é, fazer por ter desejos, ter vontades.
Acho que, o que quero passar, ao final de tudo, é que talvez as coisas só funcionem se realmente houver essa vontade de ouvir o lado natural, instintivo, que todos seres humanos tem. Vejamos o primeiro forista, ele demorou muito tempo. Claro, existia o fator da grana, é algo que também me atrapalha um pouco nesse momento, mas se o desejo aparece, as desculpas tendem a diminuir.
Na semana passada, retomei a busca então pela GP, a minha ideia inicial foi encontrar alguém parecida com essa civil. Não sei se é a tática mais correta, mas de repente serviria como uma substituta das vontades. Mas logo deixei de lado isso, até escolhi duas muitos parecidas com ela, mas logo veio a dificuldade de não receber respostas quando mando SMS ou Whats App, minhas únicas formas de comunicação possível.
Então decidi ampliar o horizonte. Não ser muito seletivo quando ao tipo físico, ler os Tds e ver se ela parece receptiva, se responde whats app. Pronto, acabei escolhendo uma que só tem um TD postado aqui, não sei se foi ideal, conversei com ela, pedi foto, gostei e, semana que vem, quem sabe? Se der certo, volto para contar como foi.
Acho que para isso é necessário não ter neuroses. Se abrir o jogo com uma GP, explicar que você nunca teve experiência, que mal pode ter? Ou ela pode se assustar e nunca mais falar com você (e dai?) ou pode ser receptiva à ideia de introduzir o novato ao mundo do sexo, sempre levando em conta que não é algo a ser romanceado. Se tirar esse pensamento da cabeça, o “de encontrar a garota perfeita para desbravar”, com certeza será mais dificil chegar um dia e pensar: “poxa, tenho X anos e nunca fiz sexo!”
Desculpem o post longo, gosto de escrever e saiu do controle.