alicemarchese escreveu:Só porque era arranjado não quer dizer que não havia amor. Amor também se constrói....
Quantas histórias, recentes, existem de senhoras que se casaram com 13 anos de idade com alguém que o pai arranjou, viveram juntos até ficarem velhinhos e quando o homem partiu primeiro, a senhora não durou muito também, por puro desgosto... ou se durou ficou em eterno luto. Isso é lindo, independente se nem tudo eram flores...
venga escreveu:Mas acho que esse pessoal antigo não estava tão errado assim. Quem pensa em casar precisa de um mínimo de pragmatismo. Precisa analisar claramente seus objetivos e aspirações, e ver se eles são compatíveis com o casamento e com a parceira escolhida. E, óbvio, também precisa estar disposto a pagar o preço da renúncia em algumas áreas da vida.
Acredito que hoje em dia o
preço dessa renúncia à solteirice é muito mais alto do que era, por exemplo, em 1950. Lembrando que naquela época era praticamente obrigatório para uma pessoa comum seguir esse caminho padrão de casar e formar uma família. Diante da sociedade, de carreira numa empresa, a solteirice tardia nem mesmo era uma opção, o sujeito iria ser considerado um "malandro" ou coisa desse tipo.
Outra coisa também a ser considerada, naquela época não havia tanta variedade de entretenimento e de serviços como existem hoje. Uma solteirice em 1950 seria muito mais difícil, não só em termos de convívio social. Hoje o cara mais preguiçoso pode pedir um delivery ou fazer algo semi-pronto no microondas. Bota a roupa na máquina e na secadora. Liga o roomba. Pode passar o tempo vendo um seriado na TV a cabo ou jogando PS4. Qualquer hora do dia o cara pode abrir um xvideos da vida. Pode caçar relacionamentos casuais até mesmo sem sair de casa. Pode consultar o GPGuia. Existem as baladas por aí. Enfim, existem muito mais opções, se tiver liberdade.
Ao mesmo tempo, a mulherada não tem mais o perfil de dona-de-casa, hoje em dia é fácil encontrar garota que faz nada em casa e isso tem potencial para conflitos no dia-a-dia, em comparação ao casamento do século XX, numa época que o papel de cada um estava muito bem delimitado. Assim, especialmente sob o ponto de vista masculino, "o preço da renúncia" para um casamento aumentou.