O General prestou assinalados serviços à Integridade e a Soberania do Brasil nas guerras da Cisplatina 1825-28, contra Aguirre 1864 e da Tríplice Aliança contra o Paraguai, de 1865-66:
Na guerra da Cisplatina, como jovem e intrépido capitão de Cavalaria da Guarda Nacional, na cobertura de nossa Fronteira, no corte do rio Jaguarão.
Na Guerra contra Aguirre, 1864, no comando da Brigada de Cavalaria Ligeira que fez a Vanguarda do Exército Brasileiro, ocasião em que se destacou na conquista de Paissandú.
Na Guerra do Paraguai, no comando de uma Brigada de Cavalaria Ligeira de Voluntários, fazendo a vanguarda do Exército Brasileiro, ao comando de Osório, de Uruguaiana até Tuiuti.
Foi dos primeiros, junto com o General Osório a pisar no solo adversário, em Passo do Rosário, em 16 de abril de 1866.
Em 24 de maio de 1866, por ocasião da batalha de Tuiuti, a maior batalha campal da América do Sul, desempenhou com seus cavalarianos montando cavalos amilhados, importante função tática em Potrero Pires, de grande significação para aquela vitória de nossas armas ao conter uma tentativa de envolvimento de nosso Exército.
E logo depois dessa batalha, aos 63 anos que este grande campeador da Liberdade e da República veio a morrer vítima da febre e assim imolado em defesa da Soberania e Integridade do Brasil.
Na Revolução Farroupilha, foi a segunda figura militar, depois de seu grande amigo, o general Bento Gonçalves.
Iniciando a Revolução em 1835 como capitão da Guarda Nacional ascendeu, por seu valor e liderança, ao posto de general da República pela qual lutou como ninguém e sem descanso, do primeiro ao último dia, ou até a Paz de Ponche Verde que referendou, após o que foi residir no Uruguai, por ser o Império incompatível com o seu ideal.
Foi o maior cavaleiro e tornou-se o maior líder de combate da Cavalaria da República Rio Grandense. Comandou a Brigada Liberal integrada por filhos dos atuais municípios de Piratini, Canguçu, Pedro Osório, Pinheiro Machado e Bagé, até o Pirai, no combate de Seival, de 10 de setembro de 1836, o maior feito das armas dos republicanos, que criou condições para ele proclamar a República Rio-Grandense, em 11 de setembro de 1836. Em Seival recebeu o reforço do Corpo de Lanceiros Negros recém criado.
Seival foi um fato auspicioso que reacendeu a chama da esperança, num período extremamente adverso à Revolução Farroupilha, assinalado por derrotas frustrantes e a prisão de Bento Gonçalves, na ilha de Fanfa, em 4 de outubro de 1836, por Bento Manuel Ribeiro.
desempenhou por largo tempo, até a fuga de Bento Gonçalves da Bahia, as funções de Comandante-em-Chefe do Exército interino . E , com retorno de Bento, à liderança da Revolução as funções de Chefe do Estado-Maior do Exército da República Rio-Grandense.
Desde 1866, os restos do grande campeão rio-grandense voltaram ao Rio Grande do Sul, do Teatro da Guerra do Paraguai. Estão descansando em Bagé, ao lado dos de Silva Tavares, seu adversário um dia em Seival, mas com ele unido, hoje, na glória pela coerência na defesa leal de suas verdades - a República para e, o Império, para Silva Tavares e na grande verdade comum aos dois ilustres soldados - a defesa intransigente da Integridade, da Soberania e da Honra do Brasil.