http://geocities.yahoo.com.br/faxinacultural/
http://geocities.yahoo.com.br/faxinacul ... deusas.htm
O texto diz muitas verdades e tem trechos geniais.
Muitas mulheres lindíssimas são esquecidas e pouco comentadas, enquanto qualquer fulaninha que aparece num Big Bosta da vida, bem meia-boca, ganha capas de Playboys e posam como as gostosas absolutas.
Qual a sua opinião a respeito??
burro.AS FALSAS "DEUSAS" DE UM PAÍS IDIOTIZADO
Indústria do entretenimento fabrica falsas musas para adoração coletiva, mas discrimina as mulheres verdadeiramente belas
DEUSAS DE ARAQUE - As falsas deusas (e falsas mineiras) Scheila Carvalho (E) e Daniella Cicarelli se tornaram produtos de um esquema de mídia que empurrou Carla Perez, Tiazinha e Feiticeira. São pretensas musas que não são tão sexy nem belas como a mídia tenta fazer crer, mas mesmo assim são tidas como mitos inquestionáveis.
É o mesmo esquema da música. A música medíocre faz mais sucesso do que a música de qualidade. A música de qualidade é vista como "chata", porque não fala "diretamente" ao seu público e porque é muito "pretensiosa" e "complicada". A música medíocre "tem mais a ver" com nossa realidade, é mais "pé no chão" (de preferência, com os glúteos empinados), é mais "direta".
Sim, existem boçais que acreditam que é assim. Discriminam a música de qualidade até com certo rancor e defendem, com suposta generosidade - que, digamos, siga o padrão cristão de Pôncio Pilatos: "eu lavo minhas mãos pro que está aí" - a música medíocre que faz o maior sucesso nas rádios.
Na música brasileira é assim: um Francis Hime não tem cartaz na mídia, e chega a ser ridicularizado por uma platéia que prefere Psirico, Nara Costa, Mr. Catra e DJ Marlboro. Até no rock é assim. Afinal, quem é realmente melhor, Catherine Wheel ou Linkin Park. Sem dúvida alguma que é o Catherine Wheel, a banda majestosa do Rob Dickinson (isso mesmo, primo do Bruce Dickinson do Iron Maiden), mas quem sobressai é o ridículo Linkin Park, que tem sua legião de defensores irritadiços desprovidos de senso de respeito humano. E que chegam a ser premiados com "empregos estáveis", como serem produtores da ridícula Rádio Cidade, do Rio de Janeiro, aquela rádio que, portadora do mal de Alzheimer (aquele que faz perder a memória), pensa ser rádio de rock.
Entre as musas, ocorre da mesma maneira. Musas de beleza deslumbrante, sofisticada, mulheres classudas, com vozes bonitas, inteligentes, meigas, realmente sensuais - sem aquela sensualidade forçada das musas pornô, com suas caras e bocas e suas poses grosseiras - e formosas, até mesmo quando têm mais de 40 anos de idade. Mulheres que não estão aí para serem objeto, porque são pessoas dignas e sua dignidade só faz temperar e realçar a beleza que possuem e que nem mesmo revistas como Marie Claire, Manequim e Cláudia conseguem vislumbrar de forma adequada.
O elenco de injustiçadas é grande. Por exemplo, a belíssima repórter da Rede Globo, Ananda Apple, com aquela beleza de ninfeta dos anos 60 (não é à toa, ela é fã dos Beatles, aquele grupo que, na opinião dos arrogantes e fascistas fãs do Charlie Brown Jr., são um bando de velhos ingleses chatos). Sim, ninfeta, apesar dos 40 e tantos anos, Ananda Apple ainda parece um broto com vinte anos a menos.
Perguntamos então. Qual foto de Ananda Apple foi publicada na revista Contigo? Que pôster dela foi impresso numa revista de TV? Quando saiu a reportagem sobre ela na Caras? Que fotos tem dela nos sites "Fuxico" e "Babado"? Qual a presença de imagens dela nos sites de busca da Internet? Se as respostas dessas perguntas forem "nenhuma", "nada" ou "nunca", está infelizmente correto. Há uma revista sobre Beatles que fez uma entrevista com a encantadora Ananda, mas é uma edição rara, de circulação restrita, cuja venda pela Internet custa um tanto caro. Um site da Internet só publicou um depoimento dela, mas não colocou foto.
E a Andréia Avancini, filha do saudoso diretor e criador de programação televisiva Walter Avancini? Andréia, que com quase 40 anos preserva o rosto meigo e gracioso. Qual a presença dela na Internet? Quase nenhuma. E nas revistas de grande circulação. Quase nada.
Mas o caso mais impressionante é o da repórter de economia da Rede Globo de Televisão, Elaine Bast.
A BELA INJUSTIÇADA, OFUSCADA PELAS NEM TÃO BELAS MUSAS DE BIQUÍNI
Uma das poucas fotos da bela jornalista Elaine Bast. Por que ela é tão desprezada pela Internet? Por ser "comportada" demais para os tempos atuais, mais afeitos às turbinadas patricinhas de biquínis minúsculos e traseiros esculpidos?
Aparecendo na telinha da Globo desde 1999, Elaine Bast é dona de uma beleza tipicamente européia, com pele branca, um rosto de modelo dos anos 60 e traços perfeitos e delicados. A voz, deliciosa de se ouvir. Elaine é tem classe, é charmosa e graciosa. Encanta à primeira vista. Inspira muitas fantasias românticas. Poderia estar entre as herdeiras estéticas da saudosa atriz Audrey Hepburn.
Mas sua presença na Internet é estupidamente inexpressiva. Na mídia impressa, então, é pior. Ela não apareceu nas seções de gente das revistas de informação geral, não apareceu na Marie Claire, Manequim, Cláudia etc., e foi passada para trás por uma multidão de musas de biquíni que não chegam a ter metade da beleza da Elaine Bast. Qualquer mocréia suburbana dos eventos de pagode baiano é capaz de aparecer mais, através dos fotologs, do que a encantadora ninfa da Globo.
Numa era em que o pragmatismo reinante nos vários setores da vida humana no Brasil se dedica a valorizar mais as "mulheres gostosas" do que as mulheres realmente lindas, privilegiando mais o traseiro e o corpo sarado de biquínis minúsculos do que os traços faciais, é compreensível que Elaine Bast, tão sofisticada e deslumbrante, fosse deixada de lado.
Elaine não é vulgar, não faz parte de um mundo de jovens alienados e arrogantes, de pobretões trogloditas, de punheteiros tatuados, de coroas saudosos da vida sexual da juventude, fregueses potenciais do Viagra. Esses exigem mulheres-objeto, e não mulheres inteligentes como a maravilhosa Elaine.
O MUNDO FICTÍCIO DOS TRASEIROS, SILICONES, PIERCINGS, BIQUÍNIS E ATÉ FALSAS MINEIRAS
A mídia jura que se trata de um mundo fascinante. Bundas bem redondinhas, seios siliconados, piercings escondendo os umbigos contrastando com o corpo todo, ou quase todo, à mostra, e moças jovens e descerebradas, que pelo menos tapeiam sua burrice com muita ginástica, esportes radicais, reportagens em programas de "entretenimento", moda, noitadas e praia. Não que tais atividades fossem totalmente abomináveis, mas porque elas se prendem apenas a essas atividades.
A verdade é que este é um mundo artificial, desenvolvido nos últimos anos por publicitários e certos homens influentes da grande mídia. Eles lançam uma patricinha pouco conhecida, num comercial de cerveja, programa juvenil de auditório, sites eróticos da Internet, grupo de pagode fútil, e aí a imprensa fala dela toda hora, qualquer factóide a mantém em cartaz, e daqui a pouco até aquele colunista de jornal que tem até idéias bacanas acaba acreditando, na sua boa fé, que aquela moça mais-ou-menos é "lindíssima", só porque apareceu de biquíni fazendo caras e bocas em muitas fotos.
A coisa até foi desenvolvida antes, através do fenômeno É O Tchan, que fez o estereótipo "a mulher do vizinho" das revistas de sacanagem dos anos 70 (tipo Fiesta e Big Man Internacional) sair de suas páginas e invadir até o imaginário infantil e as teses intelectuais generosas (aquelas que tentaram ver no É O Tchan um pretenso happening de vanguarda). A Carla Perez, de jeito sonso tipo a Gretchen, e com o corpo muito estranho - traseiro enorme e seios pequenos, típico de muitas "musas" da citada Fiesta - , virou um hype que só terminou quando ela botou silicone e fez lipo no traseiro, ficando com um corpo normal que acabou fazendo mais a festa de seu marido, o igualmente rebolativo Xanddy, do Harmonia do Samba, do que dos "tradicionais" fãs.
Muitas musas foram empurradas para a garotada (e a velharada) consumir. Vieram a Tiazinha e a Feiticeira (que, apesar do nome ter sido inspirado no seriado A Feiticeira, visualmente se inspira em outro, Jeannie é Um Gênio) e muitos jornalistas denunciaram a armação. A Feiticeira depois virou apenas Joana Prado e, turbinada, se casou com um lutador de jiu-jitsu. Já a Tiazinha depois virou apenas Suzana Alves e até virou uma morena bacana. Mas muita gente pegou no pé delas, só porque foram inventadas por Luciano Huck, esquecendo que o pior viria depois.
Foi entre 2000 e 2001. Vieram uma enxurrada de musas descartáveis: garota Sukita, garota da gotinha, garota que chupa o refrigerante beijando a boca de um rapaz, garota da praia 1, garota da praia 2, garota surfista aqui, garota surfista acolá, garota clubber isso e aquilo, esquadrão refresca, dançarinas de pagode etc.. Muitos corpões sarados para menos QI, fórmula sob medida para entreter a playboyzada enrustida dos dias de hoje.
Desse "universo encantado" de traseiros redondos, seios com ou sem silicone, biquínis pequenos, caras e bocas como pretensa sensualidade de corpos contorcidos, piercings escondendo umbigos, se destacaram duas principais figuras, tidas como as "maiores deusas" dessa geração de musas de proveta: as falsas mineiras Scheila Carvalho e Daniella Cicarelli.
Quem leu muito livros de Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade, Otto Lara Resende e outros, sabe o que é mineiridade, o estado de espírito de Minas Gerais. Sabe do mito mineiro do "come quieto", de sua brejeirice peculiar, de sua modernidade interiorana que já deu ao mundo o progressista Juscelino Kubitschek. Sabendo de Minas Gerais, sabe-se como é o modelo de mulher mineira, carinhosa, brejeira e suave.
Pois quem imagina que a morena do Tchan e a noiva do Ronaldinho - que foi justamente a garota que chupou o refrigerante ao beijar a boca de um rapaz - representam bem o perfil de mulher mineira, pode tirar o burrico do temporal. Scheila Carvalho tem um comportamento que encaixa mais numa empregada doméstica baiana que mora no subúrbio de Paripe. Daniella Cicarelli, por sua vez, parece mais uma interiorana paulista. Valéria Monteiro, musa de verdade, deixou Belo Horizonte para viver em Campinas e conservou seu jeito de mulher mineira. Daniella, deixando a mesma BH para viver na capital paulista, parece ter vivido uma temporada em Piracicaba.
Scheila Carvalho é o hype mais antigo, pós-Carla Perez e pré-Daniella Cicarelli. Parece uma morenona turbinada, mas é tão ingênua quanto uma doméstica suburbana. Nascida em 1973, se comporta como se tivesse nascido 15 anos depois. Calada, até convence usando belos vestidos, mas, ao falar, sua voz é enjoada.
Scheila Carvalho é vista como musa sofisticada, mas seu semblante de soteropolitana matuta não engana: seu sorriso tem um quê de ingenuidade vulgar. Scheila é o tipo de mulher que os detratores mais ácidos do É O Tchan gostariam de vê-la casada com um médico cinqüentão, desses cuja afirmação pessoal depende de um uso cada vez mais freqüente de ternos e gravatas, geralmente das grifes Hugo Boss ou Armani.
A morena do Tchan também é conhecida por esconder o jogo de sua vida amorosa. Diz que está namorando, mas não diz com quem. Quando estava no auge da popularidade, tentou disfarçar o passado de namoradeira com uma falsa imagem de "solteira incurável". Chegou a dizer que queria ser mãe solteira ao mesmo tempo em que sonhava ser ao mesmo tempo atriz, cantora, modelo e até estudante de cinema. Loucura. Com uma rotina dessas, na primeira tensão pré-menstrual, Scheila se enlouqueceria. Dizem que, desde que entrou no É O Tchan, Scheila Carvalho só namorou o Compadre Washington e o Tony Salles. Não seria melhor Scheila optar pelo médico coroa? Em outros tempos, musas como Scheila já começavam o estrelato muito bem casadas, geralmente com homens mais velhos.
Daniella é aquele tipo de musa hype. Não é tão bonita quanto sua projeção diz. Não é sexy, não tem rosto perfeito e mesmo seu corpo curvilíneo nem é aquele corpão escultural que dizem. É apenas um corpão turbinado, mas sem perfeição nas formas. Seu rosto é bonito, mas em alguns gestos faciais, chega a ser um pouco feio. Além disso, ela não é encantadora. É, quando muito, bem simpática. Só.
Mas Daniella Cicarelli, por ter bons empresários, desde 2001 apareceu em eventos, propagandas, factóides, com uma aparição excessiva na imprensa que causou um efeito hipnótico em muitos rapazes. De repente, Daniella Cicarelli não é essa maravilha toda mas virou a "deusa absoluta". Houve até uma época em que ninguém poderia criticar o "fenômeno Cicarelli", sem que os fãs dela rebatessem com xingações de "homossexual" ou "chato" ou frases do tipo "se a Cicarelli não é linda, então f****...". Pior: os fãs da Daniella Cicarelli reagiam depreciando a pobrezinha da Elaine Bast, que mereceria pelo menos 30% do espaço dedicado à hoje (2004) futura senhora Ronaldinho.
SUZANA ALVES - Tendo se lançado como a "Tiazinha", Suzana Alves foi, junto com Joana Prado, considerada pela imprensa uma "armação" entre as musas em evidência nos últimos anos. Mas a mídia esqueceu que Scheila Carvalho e Daniella Cicarelli também são fruto de "armação" (a pinta de "morena turbinada" da Scheila e a cara da "vizinha irmã de surfista" de Daniella não enganam). Diante delas, até que Suzana Alves tem mais consistência, charme e sensualidade.
A musa marqueteira, cujo adjetivo "bela" chegou a ser mencionado como se isso fosse a profissão dela, só começou a ser criticável quando passou a apresentar programas na MTV e comprovar que sua voz rouca - que, dizem as más línguas, é voz de gripada - nada tem de sexy, sensual ou sedutora, e que sua beleza é apenas uma beleza de garota comum, nada execrável, mas também longe de ser a maravilha que tanto falaram.
Que musas assim tenham direito a algum espaço na mídia, tudo bem. O que elas não podem é receber tratamento de "sofisticadas" e nem impedir que as verdadeiras deusas apareçam na mídia. Além do mais, todo hype é