MaosDeFada escreveu:Que tal um clássico provocador?
Conheci Carmina Burana aos 16 e fiquei fã do Carl Orff.
Tudo gira em torno do dinheiro, por isso a abertura e o fechamento da obra é igual: O Fortuna. Tudo começa e acaba por dinheiro.
Carmina Burana, nem todos sabem, faz parte de uma trilogia.
Boa audição.
http://www.hepsiburada.com/productdetai ... n15#tablnk
Pra quem curte jazz, como eu, uma banda pra lá de incomum a verdadeira "mosca branca"
Stompers
Sugiro ouvir este:
http://www.steamboatstompers.cz/discogr ... ie_cd5.htm
:-´
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Wagner e Liszt romperam devido a esse romance, não porque o primeiro fosse mau partido, mas porque Cosima já era casada com o maestro Hans von Bülow, amigo de ambos.MaosDeFada escreveu:Mas era ruim de arrumar genro, hein?maestroalex escreveu:DBZ mais uma dica...
Franz Liszt (1811-1186)
Pianista húngaro de grande talento, compositor e professor considerado geralmente o maior concertista do seu tempo. Liszt foi um artista extravagante, célebre pelo estilo de composição e execução muitas vezes impetuoso. Popularizou o "poema sinfônico", uma peça orquestral influenciada por literatura, arte ou emoções. Um exemplo disso são os Prelúdios. As melodias ciganas húngaras inspiraram suas obras populares para o piano, Rapsódias Húngaras, algumas das quais transcreveu para orquestra. As últimas composições tornaram-se progressivamente mais sombrias. Apoiou o compositor Wagner, que casou com sua filha Cosima.
Rapsódias Húngaras
No.2
No.6
No.8
Já que estamos falando de Liszt, anote aí, para o futuro, que o mais significativo são as obras para piano, como os Estudos Trancendentais e os dois concertos, e os poemas sinfônicos, como Orpheus e Les Préludes. As Rapsódias Húngaras são obras mais acessíveis, que você não terá nenhuma dificuldade em entender.
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Parabéns, se você já está interessado em entender a estrutura da obra, está no bom caminho. Vou tentar ajudar.DragonballZ escreveu:Escutando pela terceira vez, consigo perceber algumas diferenças.
Confesso que da primeira vez, lembrei-me de um comercial de alguma marca de sabonetes florais.
Mas vamos ver se entendi a estrutura da peça. Spring , Summer, Autumn e Winter.
Todos com 3 atos? É assim q se fala?
Toda obra tem uma estrutura externa e outra interna. A estrutura externa diz respeito a essas grandes divisões que você notou; nesse caso, são quatro concertos, cada um com três movimentos. É fácil perceber as divisões por causa das pausas entre elas, mas em algumas obras não há pausas entre os movimentos. Por exemplo, o concerto para violino de Beethoven, que eu citei, não tem interrupção entre o segundo e o terceiro movimentos.
A estrutura interna é mais difícil de perceber, pois diz respeito à organização do material em cada movimento. No caso das Quatro Estações, Vivaldi montou cada um como uma sucessão de seções que se sucedem sem interrupção, mas bem definidas porque cada uma tem sua própria melodia, orquestração, etc., bem diferente da seguinte. Lembremos que o contraste é uma das marcas do estilo barroco em geral.
A estrutura externa em três movimentos, o primeiro rápido, o segundo lento e o último mais rápido que o primeiro (mais contraste) são característicos do barroco veneziano (Vivaldi, Albinoni, Marcelo, etc.). Outras características são o baixo simplificado, que quase só marca o tempo, e as partes de violino elaboradas e difíceis de tocar.
Outra coisa bacana de entender é o contexto em que o cara escreveu a obra. Em geral, os venezianos escreviam para pequenas orquestras, porque na Sereníssima havia diversas famílias de comerciantes ricos, cada uma tendo uma orquestra modesta a seu serviço, diferente do que acontecia em Roma, Londres ou Paris, onde o poder era centralizado e os recursos disponíveis, maiores.
Se você ouvir o Estro Armonico, como sugeri, vai ver que é bem diferente, música pura como era o nornal na época, sem canto de pássaros, latido de cachorros, tempestades, bêbados dormindo, moscas voando, etc. As Quatro Estações foram compostas após uma visita ao sul da Itália, quando Vivaldi teve contato com os compositores de ópera napolitanos, e resolveu escrever música mais descritiva e menos abstrata. Com isso, o cara se tornou um dos precursores dos poemas sinfônicos do século XIX, cujos maiores expoentes foram Berlioz e Liszt. Para acompanhar cada concerto, escreveu um soneto, que você pode ler na wikipedia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_quattro_stagioni
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Grande colega!Tricampeão escreveu:Parabéns, se você já está interessado em entender a estrutura da obra, está no bom caminho. Vou tentar ajudar.DragonballZ escreveu:Escutando pela terceira vez, consigo perceber algumas diferenças.
Confesso que da primeira vez, lembrei-me de um comercial de alguma marca de sabonetes florais.
Mas vamos ver se entendi a estrutura da peça. Spring , Summer, Autumn e Winter.
Todos com 3 atos? É assim q se fala?
Toda obra tem uma estrutura externa e outra interna. A estrutura externa diz respeito a essas grandes divisões que você notou; nesse caso, são quatro concertos, cada um com três movimentos. É fácil perceber as divisões por causa das pausas entre elas, mas em algumas obras não há pausas entre os movimentos. Por exemplo, o concerto para violino de Beethoven, que eu citei, não tem interrupção entre o segundo e o terceiro movimentos.
A estrutura interna é mais difícil de perceber, pois diz respeito à organização do material em cada movimento. No caso das Quatro Estações, Vivaldi montou cada um como uma sucessão de seções que se sucedem sem interrupção, mas bem definidas porque cada uma tem sua própria melodia, orquestração, etc., bem diferente da seguinte. Lembremos que o contraste é uma das marcas do estilo barroco em geral.
A estrutura externa em três movimentos, o primeiro rápido, o segundo lento e o último mais rápido que o primeiro (mais contraste) são característicos do barroco veneziano (Vivaldi, Albinoni, Marcelo, etc.). Outras características são o baixo simplificado, que quase só marca o tempo, e as partes de violino elaboradas e difíceis de tocar.
Outra coisa bacana de entender é o contexto em que o cara escreveu a obra. Em geral, os venezianos escreviam para pequenas orquestras, porque na Sereníssima havia diversas famílias de comerciantes ricos, cada uma tendo uma orquestra modesta a seu serviço, diferente do que acontecia em Roma, Londres ou Paris, onde o poder era centralizado e os recursos disponíveis, maiores.
Se você ouvir o Estro Armonico, como sugeri, vai ver que é bem diferente, música pura como era o nornal na época, sem canto de pássaros, latido de cachorros, tempestades, bêbados dormindo, moscas voando, etc. As Quatro Estações foram compostas após uma visita ao sul da Itália, quando Vivaldi teve contato com os compositores de ópera napolitanos, e resolveu escrever música mais descritiva e menos abstrata. Com isso, o cara se tornou um dos precursores dos poemas sinfônicos do século XIX, cujos maiores expoentes foram Berlioz e Liszt. Para acompanhar cada concerto, escreveu um soneto, que você pode ler na wikipedia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_quattro_stagioni
Vc, tem muita mais paciência do que eu para as explicações, tua colaboração é fundamental.
Com respeito a Berlioz a Fantastique é memorável.
Tem muita coisa de música clássica a ser ouvida... quando recomendei as Húngaras de Liszt foi justamente pela simplicidade, para alguem que esta começando. O Universo de autores e vasto e complexo... O importante é se conseguimos que foristas consigam perder o medo ou preconceito da música clássica e que por curiosidade pelo menos ouçam alguma coisa. Música existe boa e ruim em todo tipo...
Como em todas as artes...
Em literatura existem clássicos que deveriam ser lidos por todos... Alguns deles com mais de 1000 anos e sempre atuais pois escrevem sobre o homem, e o intrínseco ao homem nunca muda.
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Hector Berlioz
"Paris, rua de Rivoli, Hotel du Congrés
Se você não almeja minha morte, em nome da piedade (não ouso dizer do amor), faça-me saber quando poderei vê-la. Imploro-lhe graça, perdão... de joelhos, com lágrimas!!! Oh!, infeliz como sou, não acreditei merecer tudo quanto sofro, mas bendigo os golpes provindos de sua mão. Espero sua resposta como a sentença de um juiz.
H. Berlioz"
O desequilibrado e desesperado autor dessa carta é o compositor Heitor Berlioz. A destinatária era a atriz irlandesa Harriet Smithson, por quem ele estava perdidamente apaixonado. A atriz, que a princípio pouca atenção dispensa a seu esquisito pretendente, era muito famosa. Consagrada nos palcos de Londres e Paris - poderíamos compará-la, em termos de fama, com as atrizes da Rede Globo de Televisão. De repente, num golpe de sorte, perde toda sua fortuna. Como se isso não bastasse, sofre um acidente e fratura uma das pernas. Berlioz não perde a chance de ajudá-la: lança uma campanha de apoio à amada, da qual participam Liszt e Chopin, entre outros artistas.
O esforço vale a pena: a 3 de outubro de 1833 Berlioz e Harriet casam-se em Paris. Ninguém precisa estudar psicologia para imaginar que é impossível conviver com um biruta como Berlioz. Em pouco tempo o casamento desmorona. Mais uma cena teatral, desta vez com a atriz implorando que ele não a abandone. Surdo aos apelos de sua ex-paixão, Berlioz continua sua vida de altos e baixos.
Situações dramáticas parecem ser uma constante em sua vida. Nascido em 11 de dezembro de 1813, em uma cidade próxima a Lyon, na França, Berlioz, após preparar-se para o bacharelado em letras, é mandado à Paris para estudar medicina. Sem a mínima vocação para a coisa, decide de uma vez por todas largar os estudos de medicina e dedicar-se integralmente à música. Isso causa o rompimento com o pai - rompimento para lá de questionável, uma vez que continuaram amigos e o pai continuou sustentando Berlioz em Paris.
Após alguns estudos no Conservatório de Paris, uma de suas primeiras composições, uma Missa, obtém muito sucesso na estréia, em 1825. O pai o autoriza formalmente a seguir a carreira musical, desde que o filho concorra ao "Prêmio de Roma", uma espécie de bolsa de estudos da CAPES ou do CNPq, que permitia ao aluno estudar em Roma. Quinze meses depois, ao voltar de Roma, já é um célebre compositor em Paris.
Nesse meio tempo, inspirado por seu amor impossível por Harriet, escreveu a obra que mantém seu nome célebre nas paradas de sucesso até hoje: a Sinfonia Fantástica. Essa curiosa obra faz muito sucesso, mas não o suficiente para que a atriz o aceite.
Sua vida prosseguiu cheia de incidentes, tanto pessoais quanto profissionais. Após separar-se de Harriet, teve um duradouro e atormentado romance com uma cantora espanhola, Maria Recio. Mesmo esse caso principal foi entremeado de diversos casos secundários.
Profissionalmente, obteve muitos triunfos no exterior, especialmente na Alemanhã, enquanto a França apenas o decepcionava. Poucas de suas obras eram reconhecidas em Paris. E elas se sucediam em profusão: após a Sinfonia Fantástica, escreveu ainda várias óperas (A Danação de Fausto, Os Troianos, Benvenutto Cellini, Beatriz e Benedito), outras sinfonias (Sinfonia Fúnebre e Triunfal, Sinfonia Romeu e Julieta, Lélio) e cantatas (A morte de Cleópatra, A Infância de Cristo). Ao contrário da maioria de seus contemporâneos, nunca escreveu concertos ou obras para determinado instrumento. Seu instrumento era a orquestra, com a qual atingiu um virtuosismo que seria ultrapassado apenas por Rimski-Korsakow, 50 anos depois.
Morreu em 8 de março de 1869. Seu enterro, no cemitério de Montmartre, foi no melhor estilo berlioziano: pompa, multidões em prantos - assim como ele previra em seu Réquiem, sua missa fúnebre de proporções descomunais.
Obras
Sem rodeios: Berlioz é mundialmente conhecido por sua maior obra, a Sinfonia Fantástica. Essa estranha obra é o primeiro Poema Sinfônico do qual se tem notícia. Dividida em cinco movimentos, ela representa um "episódio da vida de um artista" - não por acaso, subtítulo da obra. Para entender a obra, devemos nos lembrar que, ao escrevê-la, Berlioz estava apaixonado por Harriet - ele é "artista" do subtítulo. Cada movimento traz uma explicação:
1 - Devaneios e Paixões: no primeiro movimento o artista descobre-se apaixonado. Pensa na amada, vê a amada em todos os cantos, não pode viver sem ela, transforma-a em uma idéia fixa. Essa idéia fixa é expressa em música na forma de um tema, tocado pelas clarinetas, que representa sua amada.
Obs: Esse procedimento é de fundamental importância na história da música: associar um personagem a um determinado tema musical e usar esse tema cada vez que a personagem aparece será a base dos Poemas Sinfônicos de Liszt e dos Leitmotifs de Wagner. Simplificando um pouco a história, é como a música-tema de uma determinada personagem nas novelas.
2 - Um baile: durante um baile da alta roda parisiense, o compositor vê - ou pensa que vê - sua amada entre os casais que rodopiam. Esse movimento, em ritmo de valsa, faz um uso bastante interessante da harpa.
3 - Cena nos campos: para esquecer a mulher amada, o artista vai para o campo. Todavia, não consegue recuperar sua serenidade. A imagem de sua paixão, na forma da "idéia fixa" volta a atormentá-lo.
4 - Marcha rumo ao cadafalso: o artista fuma ópio (tava achando que essa história de artista drogado é coisa nova?) e sonha que matou a amada, sendo condenado à morte. Esse movimento termina com sua decapitação.
5 - Sabá das Feiticeiras: a mulher que ele amava transformou-se, depois de morta, em uma bruxa. Tem início um sabá infernal, no qual Berlioz coloca à prova todos os recursos da orquestra moderna. Rápida e estrondosa conclusão.
"Paris, rua de Rivoli, Hotel du Congrés
Se você não almeja minha morte, em nome da piedade (não ouso dizer do amor), faça-me saber quando poderei vê-la. Imploro-lhe graça, perdão... de joelhos, com lágrimas!!! Oh!, infeliz como sou, não acreditei merecer tudo quanto sofro, mas bendigo os golpes provindos de sua mão. Espero sua resposta como a sentença de um juiz.
H. Berlioz"
O desequilibrado e desesperado autor dessa carta é o compositor Heitor Berlioz. A destinatária era a atriz irlandesa Harriet Smithson, por quem ele estava perdidamente apaixonado. A atriz, que a princípio pouca atenção dispensa a seu esquisito pretendente, era muito famosa. Consagrada nos palcos de Londres e Paris - poderíamos compará-la, em termos de fama, com as atrizes da Rede Globo de Televisão. De repente, num golpe de sorte, perde toda sua fortuna. Como se isso não bastasse, sofre um acidente e fratura uma das pernas. Berlioz não perde a chance de ajudá-la: lança uma campanha de apoio à amada, da qual participam Liszt e Chopin, entre outros artistas.
O esforço vale a pena: a 3 de outubro de 1833 Berlioz e Harriet casam-se em Paris. Ninguém precisa estudar psicologia para imaginar que é impossível conviver com um biruta como Berlioz. Em pouco tempo o casamento desmorona. Mais uma cena teatral, desta vez com a atriz implorando que ele não a abandone. Surdo aos apelos de sua ex-paixão, Berlioz continua sua vida de altos e baixos.
Situações dramáticas parecem ser uma constante em sua vida. Nascido em 11 de dezembro de 1813, em uma cidade próxima a Lyon, na França, Berlioz, após preparar-se para o bacharelado em letras, é mandado à Paris para estudar medicina. Sem a mínima vocação para a coisa, decide de uma vez por todas largar os estudos de medicina e dedicar-se integralmente à música. Isso causa o rompimento com o pai - rompimento para lá de questionável, uma vez que continuaram amigos e o pai continuou sustentando Berlioz em Paris.
Após alguns estudos no Conservatório de Paris, uma de suas primeiras composições, uma Missa, obtém muito sucesso na estréia, em 1825. O pai o autoriza formalmente a seguir a carreira musical, desde que o filho concorra ao "Prêmio de Roma", uma espécie de bolsa de estudos da CAPES ou do CNPq, que permitia ao aluno estudar em Roma. Quinze meses depois, ao voltar de Roma, já é um célebre compositor em Paris.
Nesse meio tempo, inspirado por seu amor impossível por Harriet, escreveu a obra que mantém seu nome célebre nas paradas de sucesso até hoje: a Sinfonia Fantástica. Essa curiosa obra faz muito sucesso, mas não o suficiente para que a atriz o aceite.
Sua vida prosseguiu cheia de incidentes, tanto pessoais quanto profissionais. Após separar-se de Harriet, teve um duradouro e atormentado romance com uma cantora espanhola, Maria Recio. Mesmo esse caso principal foi entremeado de diversos casos secundários.
Profissionalmente, obteve muitos triunfos no exterior, especialmente na Alemanhã, enquanto a França apenas o decepcionava. Poucas de suas obras eram reconhecidas em Paris. E elas se sucediam em profusão: após a Sinfonia Fantástica, escreveu ainda várias óperas (A Danação de Fausto, Os Troianos, Benvenutto Cellini, Beatriz e Benedito), outras sinfonias (Sinfonia Fúnebre e Triunfal, Sinfonia Romeu e Julieta, Lélio) e cantatas (A morte de Cleópatra, A Infância de Cristo). Ao contrário da maioria de seus contemporâneos, nunca escreveu concertos ou obras para determinado instrumento. Seu instrumento era a orquestra, com a qual atingiu um virtuosismo que seria ultrapassado apenas por Rimski-Korsakow, 50 anos depois.
Morreu em 8 de março de 1869. Seu enterro, no cemitério de Montmartre, foi no melhor estilo berlioziano: pompa, multidões em prantos - assim como ele previra em seu Réquiem, sua missa fúnebre de proporções descomunais.
Obras
Sem rodeios: Berlioz é mundialmente conhecido por sua maior obra, a Sinfonia Fantástica. Essa estranha obra é o primeiro Poema Sinfônico do qual se tem notícia. Dividida em cinco movimentos, ela representa um "episódio da vida de um artista" - não por acaso, subtítulo da obra. Para entender a obra, devemos nos lembrar que, ao escrevê-la, Berlioz estava apaixonado por Harriet - ele é "artista" do subtítulo. Cada movimento traz uma explicação:
1 - Devaneios e Paixões: no primeiro movimento o artista descobre-se apaixonado. Pensa na amada, vê a amada em todos os cantos, não pode viver sem ela, transforma-a em uma idéia fixa. Essa idéia fixa é expressa em música na forma de um tema, tocado pelas clarinetas, que representa sua amada.
Obs: Esse procedimento é de fundamental importância na história da música: associar um personagem a um determinado tema musical e usar esse tema cada vez que a personagem aparece será a base dos Poemas Sinfônicos de Liszt e dos Leitmotifs de Wagner. Simplificando um pouco a história, é como a música-tema de uma determinada personagem nas novelas.
2 - Um baile: durante um baile da alta roda parisiense, o compositor vê - ou pensa que vê - sua amada entre os casais que rodopiam. Esse movimento, em ritmo de valsa, faz um uso bastante interessante da harpa.
3 - Cena nos campos: para esquecer a mulher amada, o artista vai para o campo. Todavia, não consegue recuperar sua serenidade. A imagem de sua paixão, na forma da "idéia fixa" volta a atormentá-lo.
4 - Marcha rumo ao cadafalso: o artista fuma ópio (tava achando que essa história de artista drogado é coisa nova?) e sonha que matou a amada, sendo condenado à morte. Esse movimento termina com sua decapitação.
5 - Sabá das Feiticeiras: a mulher que ele amava transformou-se, depois de morta, em uma bruxa. Tem início um sabá infernal, no qual Berlioz coloca à prova todos os recursos da orquestra moderna. Rápida e estrondosa conclusão.
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Arnaldo Cohen vem ao Brasil apenas uma vez por ano. Estará aqui na roça no final de maio, o que quer dizer que vai tocar também no Rio e em São Paulo por essa época.maestroalex escreveu:DBZ este Cd do Liszt vale a pena:
Franz Liszt
Funérailles. Rhapsodie espagnole. Vallée d'Obermann. Sonata in B minor.
Arnaldo Cohen
BIS CD-1253
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ainda não li nada ao respeito...Tricampeão escreveu:Arnaldo Cohen vem ao Brasil apenas uma vez por ano. Estará aqui na roça no final de maio, o que quer dizer que vai tocar também no Rio e em São Paulo por essa época.maestroalex escreveu:DBZ este Cd do Liszt vale a pena:
Franz Liszt
Funérailles. Rhapsodie espagnole. Vallée d'Obermann. Sonata in B minor.
Arnaldo Cohen
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Achei...
lá na tua terrinha...
PROGRAMAÇÃO 2006 DA ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS*
Dia 14 de março
Johannes Brahms - Concerto para Violino e Orquestra em Ré maior OP.77
Igor Stravinsky - Dumbarton Oaks – Concerto em Mi Bemol para Orquestra de Câmera
R.Strauss - Rosenkavalier Suíte
Marcelo Ramos, regente / Daniel Guedes, violino
Dia 11 de abril
CICLO MOZART
Concerto para Trompa e Orquestra nº3 em Mi bemol maior KV 447
Concerto para Piano e Orquestra nº14 em Mi bemol maior KV 449
Sinfonia nº35 em Ré maior KV 385 “Haffner”
Marcelo Ramos, regente / Sérgio Gomes, trompa / Eduardo Hazan, piano
Dia 20 de abril
CICLO MOZART
Missa em dó menor KV 427 – “Grande Missa”
Coral Lírico de Minas Gerais
Marcelo Ramos, regente / Denise Tavares, soprano/ Lilian Souza Assumpção, soprano/ Sandro Assumpção de Deus, tenor/ Ramiro Souza e Silva, baixo
Dia 9 de maio
Concerto Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Mozart - Sinfonia 41 Jupiter
Elgar - Concerto para Cello com Raiff Dantas
Wagner - Abertura Rienzi
Marcelo Ramos, regente
Dia 30 de maio
CICLO BEETHOVEN
Concertos 2, 3 e 4
Roberto Tibiriçá, regente / Arnaldo Cohen, piano
Dia 31 de maio
CICLO BEETHOVEN
Abertura “Egmont”
Concertos 1 e 5
Roberto Tibiriçá, regente / Arnaldo Cohen, piano
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Por Sampa acho que já passou...
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mais um whisky para os apreciadores:
Glenfiddich Ancient Reserve 18 year-old Single Malt.
Glenfiddich Ancient Reserve 18 year-old Single Malt.
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mais um drink...
Blue ocean
Ingredientes :
2/4 Vocka
1/4 sumo de ananas
1/4 Blue curaçau
gelo
Método de Preparação :
Shaker pela ordem
Blue ocean
Ingredientes :
2/4 Vocka
1/4 sumo de ananas
1/4 Blue curaçau
gelo
Método de Preparação :
Shaker pela ordem
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Fui pesquisar no velho livro de receitas de Drinks do meu Jurássico e falecido Pai... achei este drink que é uma bomba mas lembro de ter tomado e é devastador...
Ellequitra depois você posta contando os efeitos...
Pecado
Ingredientes :
2 Ovos
Vodka
Absinto
Rum
Whisky
Licor de Coco
Licor de Café
Bayleis
Advocat
100 gr Açucar
Gelo
Método de Preparação :
Primeiro parta os ovos, depois 3 doses de cada e encha o seu centrifugador com os ingredientes indicados DE CIMA PARA BAIXO!
Centrifugue depois sirva em 3 copos altos.
Ellequitra depois você posta contando os efeitos...
Pecado
Ingredientes :
2 Ovos
Vodka
Absinto
Rum
Whisky
Licor de Coco
Licor de Café
Bayleis
Advocat
100 gr Açucar
Gelo
Método de Preparação :
Primeiro parta os ovos, depois 3 doses de cada e encha o seu centrifugador com os ingredientes indicados DE CIMA PARA BAIXO!
Centrifugue depois sirva em 3 copos altos.
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Desculpe MaestroAlex, não respondi prontamente a sua pergunta porque tive um problema no meu trablaho com um pinel sofrendo duma psicose tóxica...secundária ao consumo abusivo de maconha e crack. Agora posso, porque todas as pessoas no refúgio dormem (ele também). Huahuahua...GP Guia time!maestroalex escreveu:Xana-Town esse whisky canadense é bom?:
Crown Royal Special Reserve
Crown Royal Special Reserve...nossa! Acho que isso é um do melhor whisky do mundo (depois dos whiskies escoceses, naturalmente).
O whisky Crown Royal, como indica seu nome [Coroa Real], foi concebido em 1939 para celebrar a visita (em maio e junho, então apenas 3 meses antes a Segunda Guerra Mundial) no Canadá do rei George VI e da rainha Elizabeth. Eles atravessaram de trem quase todo o país, da cidade de Québec até Victoria em British Colombia: 44 dias!
O Crown Royal Special reserve (com todos os whiskies canadenses) é um whisky de centeio, ou em inglese rye whisky e um «blend». Uma outra característica do Crown Royal Special Reserve é a agua pura do lagoa Winnipeg (em Gimli, Manitoba) que entra na composição do whisky.
Isso é bastante caro: $CDN89 (mais ou menos $R172) mas acho que vale a pena!
Mine's a rye! [Expressão inglesa que significa = Gostaria beber um whisky]
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Continuando com as dicas dos clássicos...
Edvard Hagerup Grieg
VIDA
Nasceu em 15 de junho de 1843 na cidade norueguesa de Bergen. Morreu na mesma cidade em 4 de setembro de 1907.
A originalidade e o lirismo das composições de Grieg serviram de base para o desenvolvimento de uma escola musical escandinava, de inspiração nacionalista, que com freqüência usou as fontes do folclore nórdico.
Recebeu influências de Mendelssohn e Schumann.
Defendia que a música norueguesa deveria basear-se apenas no rico folclore musical da nação, mesmo que causasse estranheza ao público europeu.
Suas peças líricas, para piano, são mais alemãs que escandinavas. Seus numerosos lieder exploram com felicidade o folclore nórdico, embora preferisse pôr em música poesias alemãs.
Suas melhores peças são miniaturas românticas (canções, peças para piano, danças) num estilo simples, derivado da música folclórica norueguesa.
OBRA
Suíte Peer Gynt nº 1, Opus 46 (1888);
Concerto para piano, Opus 16, sua obra mais popular;
Lyriske Stykker (Peças Líricas, 1867-1901), para piano.
Edvard Hagerup Grieg
VIDA
Nasceu em 15 de junho de 1843 na cidade norueguesa de Bergen. Morreu na mesma cidade em 4 de setembro de 1907.
A originalidade e o lirismo das composições de Grieg serviram de base para o desenvolvimento de uma escola musical escandinava, de inspiração nacionalista, que com freqüência usou as fontes do folclore nórdico.
Recebeu influências de Mendelssohn e Schumann.
Defendia que a música norueguesa deveria basear-se apenas no rico folclore musical da nação, mesmo que causasse estranheza ao público europeu.
Suas peças líricas, para piano, são mais alemãs que escandinavas. Seus numerosos lieder exploram com felicidade o folclore nórdico, embora preferisse pôr em música poesias alemãs.
Suas melhores peças são miniaturas românticas (canções, peças para piano, danças) num estilo simples, derivado da música folclórica norueguesa.
OBRA
Suíte Peer Gynt nº 1, Opus 46 (1888);
Concerto para piano, Opus 16, sua obra mais popular;
Lyriske Stykker (Peças Líricas, 1867-1901), para piano.
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Mais um clássico que andava pelos cabarés da vida nos fins do s. XIX em Paris...
Achille-Claude Debussy (1862-1918)
Achile-Claude Debussy nasceu a 22 de agosto de 1862 em Saint-Germain-en-Laye, localidade próxima à Paris. Com a falência dos negócios de seu pai, a família mudou-se para a capital e foi residir no bairro boêmio de Montmartre.
Aos nove anos de idade, residindo com seus padrinhos em Cannes, iniciou seus estudos musicais com o professor Cerutti, eminente pianista italiano, que não notou nenhum talento especial no menino. De volta à Paris, passou a ter aulas de piano com Madame Mauté de Fleurville, mulher de forte personalidade, aluna de Chopin e sogra do poeta Paul Verlaine. Ela despertou em Debussy um forte sentimento de independência e liberdade artística, prevendo seu futuro promissor como músico.
Madame Mauté de Fleurville conseguiu dos pais de Debussy a permissão para que ele iniciasse a carreira de músico profissional. Aos onze anos de idade, ingressou no Conservatório de Paris, sendo aluno de Ernest Giraud e de Albert Lavignac. Este tornou-se seu grande amigo, iniciando-o nas partituras wagnerianas. A personalidade inquieta e questionadora do jovem músico logo foi notada por alguns professores do Conservatório, como Marmontel, que não gostava de ver seus métodos criticados, e Émile Durand, professor de harmonia que jamais lhe concedeu menção honrosa nos exames finais. Para Debussy, os cansativos exercícios de arpejos e solfejos eram muito repetitivos, preferindo decifrar partituras, compor e improvisar.
Aos dezessete anos foi convidado a fazer parte, como pianista, do trio musical mantido pela mecenas russa Nadejda von Meck. O trio excursionou pelas principais cidades européias. Em Viena, Debussy ouviu pela primeira vez Tristão e Isolda, de Wagner. Nos cabarés russos, entrou em contato com a música exótica dos ciganos. Após a excursão, retornou às aulas no Conservatório; nesse período, compõs suas primeiras peças: Noite de Estrelas, Flor dos Trigos e Belo Entardecer. Ao tomar conhecimento do Prêmio de Roma, que concedia ao vencedor uma bolsa para estudar na Academia Francesa, Debussy dedicou-se com afinco aos estudos de composição, pois ganhar esse prêmio poderia lhe possibilitar um melhor status como músico e ser reconhecido em seu país. Debussy venceu o concurso em 1884, aos 22 anos, com a música O Filho Pródigo.
Na Vila Médici, freqüentou a alta sociedade italiana e desfrutou da vasta biblioteca da Academia, onde estudou partituras de Bach e Wagner e leu Sheakespeare, Baudelaire e Verlaine. No entanto, o academicismo da Vila Médici incomodou-o a tal ponto que retornou a seu país em 1887. Em Paris, a música de Wagner dominava o meio musical, deixando Debussy cada vez mais assombrado com a força das óperas Parsifal e Tannhäuser. A influência wagneriana é marcante na cantata La demoiselle élue (1888), em Musique javanese à Paris (1889) e em Cinq poèmes de Baudelaire (1889).
No final do século XIX, a sociedade parisiense fervilhava de novidades: a pintura impressionista de Manet, Van Gogh e Renoir; a poesia inovadora de Baudelaire, Verlaine e Rimbaud; os romances sociais de Honoré de Balzac e Victor Hugo. As artes se renovavam para inaugurar um novo século. Foi nesse contexto que nasceu a obra de Debussy. Criando sua própria linguagem e buscando inspiração nos poetas e pintores, sua música possui as cores e luzes do impressionismo, descrevendo o mundo em harmonias inovadoras para a época.
Sua obra Pelléas et Mélisande, utilizando o recurso narrativo e a declamação simples, trouxe para a ópera a associação entre descrição, música e impressão visual. Em sua obra pianística, Debussy resgatou o rococó. Seu último volume, Études (1915), possui variantes de estilo e textura baseados nos exercícios para o instrumento, com nítida influência do jovem Stravinsky.
Entre suas obras principais, destacam-se:
Pelléas et Mélisande
Le printemps
Prélude à L’après-midi d’un faune
Cinq poèmes de Baudelaire
Trois poèmes de Mallarmé
Achille-Claude Debussy (1862-1918)
Achile-Claude Debussy nasceu a 22 de agosto de 1862 em Saint-Germain-en-Laye, localidade próxima à Paris. Com a falência dos negócios de seu pai, a família mudou-se para a capital e foi residir no bairro boêmio de Montmartre.
Aos nove anos de idade, residindo com seus padrinhos em Cannes, iniciou seus estudos musicais com o professor Cerutti, eminente pianista italiano, que não notou nenhum talento especial no menino. De volta à Paris, passou a ter aulas de piano com Madame Mauté de Fleurville, mulher de forte personalidade, aluna de Chopin e sogra do poeta Paul Verlaine. Ela despertou em Debussy um forte sentimento de independência e liberdade artística, prevendo seu futuro promissor como músico.
Madame Mauté de Fleurville conseguiu dos pais de Debussy a permissão para que ele iniciasse a carreira de músico profissional. Aos onze anos de idade, ingressou no Conservatório de Paris, sendo aluno de Ernest Giraud e de Albert Lavignac. Este tornou-se seu grande amigo, iniciando-o nas partituras wagnerianas. A personalidade inquieta e questionadora do jovem músico logo foi notada por alguns professores do Conservatório, como Marmontel, que não gostava de ver seus métodos criticados, e Émile Durand, professor de harmonia que jamais lhe concedeu menção honrosa nos exames finais. Para Debussy, os cansativos exercícios de arpejos e solfejos eram muito repetitivos, preferindo decifrar partituras, compor e improvisar.
Aos dezessete anos foi convidado a fazer parte, como pianista, do trio musical mantido pela mecenas russa Nadejda von Meck. O trio excursionou pelas principais cidades européias. Em Viena, Debussy ouviu pela primeira vez Tristão e Isolda, de Wagner. Nos cabarés russos, entrou em contato com a música exótica dos ciganos. Após a excursão, retornou às aulas no Conservatório; nesse período, compõs suas primeiras peças: Noite de Estrelas, Flor dos Trigos e Belo Entardecer. Ao tomar conhecimento do Prêmio de Roma, que concedia ao vencedor uma bolsa para estudar na Academia Francesa, Debussy dedicou-se com afinco aos estudos de composição, pois ganhar esse prêmio poderia lhe possibilitar um melhor status como músico e ser reconhecido em seu país. Debussy venceu o concurso em 1884, aos 22 anos, com a música O Filho Pródigo.
Na Vila Médici, freqüentou a alta sociedade italiana e desfrutou da vasta biblioteca da Academia, onde estudou partituras de Bach e Wagner e leu Sheakespeare, Baudelaire e Verlaine. No entanto, o academicismo da Vila Médici incomodou-o a tal ponto que retornou a seu país em 1887. Em Paris, a música de Wagner dominava o meio musical, deixando Debussy cada vez mais assombrado com a força das óperas Parsifal e Tannhäuser. A influência wagneriana é marcante na cantata La demoiselle élue (1888), em Musique javanese à Paris (1889) e em Cinq poèmes de Baudelaire (1889).
No final do século XIX, a sociedade parisiense fervilhava de novidades: a pintura impressionista de Manet, Van Gogh e Renoir; a poesia inovadora de Baudelaire, Verlaine e Rimbaud; os romances sociais de Honoré de Balzac e Victor Hugo. As artes se renovavam para inaugurar um novo século. Foi nesse contexto que nasceu a obra de Debussy. Criando sua própria linguagem e buscando inspiração nos poetas e pintores, sua música possui as cores e luzes do impressionismo, descrevendo o mundo em harmonias inovadoras para a época.
Sua obra Pelléas et Mélisande, utilizando o recurso narrativo e a declamação simples, trouxe para a ópera a associação entre descrição, música e impressão visual. Em sua obra pianística, Debussy resgatou o rococó. Seu último volume, Études (1915), possui variantes de estilo e textura baseados nos exercícios para o instrumento, com nítida influência do jovem Stravinsky.
Entre suas obras principais, destacam-se:
Pelléas et Mélisande
Le printemps
Prélude à L’après-midi d’un faune
Cinq poèmes de Baudelaire
Trois poèmes de Mallarmé
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