Nos pênaltis, Alemanha bate Argentina e vai às semifinais
No confronto entre dois campeões mundiais, deu Alemanha, que voltou a sentir o gosto de ser grande e continua firme em busca de seu quarto título mundial. Nesta sexta-feira, a equipe do técnico Jürgen Klinsmann chegou a temer uma eliminação, pois perdia até os 35 minutos do segundo tempo, mas alcançou as semifinais da Copa do Mundo com uma vitória nos pênaltis por 4 a 2 sobre um outro gigante do futebol mundial, a Argentina, após igualdade de 1 a 1 nos 120 minutos de bola rolando no Olympiastadion de Berlim.
O último resultado expressivo dos alemães contra um adversário de respeito tinha acontecido em 2000. Na oportunidade, os anfitriões da Copa venceram a Inglaterra. Agora, o tricampeão mundial espera o confronto entre Itália e Ucrânia para conhecer seu adversário na semifinal.
Finalistas das Copas de 1986 e 1990, Alemanha e Argentina iniciaram a partida em Berlim sob o clima tenso de um verdadeiro clássico. Com apenas três minutos, o corintiano Mascherano recebeu duas pegadas fortes no campo de defesa, sendo que uma delas rendeu um cartão para Podolski. No meio, Riquelme se desentendeu com Klose e desferiu um tapa no adversário.
Com os nervos um pouco mais controlados, alemães e argentinos proporcionaram um confronto equilibrado. Os donos da casa tentaram repetir a tática de jogos anteriores, quando fizeram uma blitz nos adversários. Porém, os experientes argentinos se mostraram preparados para suportar a pressão e, de forma inteligente, procuraram valorizar bastante a posse de bola.
A primeira chance de gol foi da Alemanha. Aos 16 minutos, Schneider aproveitou o pouco espaço disponível em campo e cruzou com perfeição para a cabeçada de Ballack. A bola raspou o poste do goleiro Abbondanzieri. Para a Argentina, que sentia dificuldades com a marcação do rival, as principais investidas estavam com Carlitos Tevez no lado esquerdo, que esbanjava habilidade em campo, mesmo marcado por dois ou até três jogadores.
Só que o futebol na etapa inicial parou por aí. Com 25 faltas e apenas quatro finalizações até o intervalo, três da Alemanha e uma da Argentina, o jogo se resumiu a muitos chutões e trombadas e um 0 a 0 sem muitas emoções, aumentando ainda mais a tensão entre os torcedores que foram ao estádio.
No segundo tempo, o jogo foi outro. Com apenas três minutos, a Argentina abriu o marcador. Riquelme bateu escanteio da direita e Ayala surgiu no meio da área para cabecear no canto esquerdo do goleiro Lehmann, silenciando o Olympiastadion de Berlim.
Preocupado com a reação de seu time, que sentiu o gol, o técnico Jurgen Klinsmann colocou mais um atacante, o velocista Odonkor, no lugar do meio-campista Schneider. Na base do abafa, a Alemanha tentou pressionar a Argentina, insistindo principalmente nas bolas pelo alto. Aos 24 minutos, os argentinos levaram um susto. Contundido, o experiente Abbondanzieri foi substituído por Franco. Além disso, o técnico José Pekerman fechou mais seu time com a entrada de Cambiasso no lugar do criativo Riquelme.
Quando a Argentina se esforçava para arrastar a partida até o final, a Alemanha empatou. Ballack levantou a bola da direita, Borowski, que havia entrado no lugar de Schweinsteiger, desviou no primeiro pau e Klose completou no canto direito da meta de Franco, marcando seu quinto gol na competição. Ainda antes do encerramento do tempo do normal, os argentinos quase marcaram o segundo em uma cabeçada de Lucho González que foi defendida por Lehmann. Assim, a decisão foi para a prorrogação.
No tempo extra, como é tradição, os atletas arriscaram pouco. Mais desgastada em campo, a Alemanha preferiu se resguardar na defesa, já que seu principal homem de criação, Ballack, sofria para se locomover em campo. Por isso, a igualdade persistiu e a vaga foi decidida nos pênaltis.
A partir daí, brilhou a estrela do goleiro Lehmann, que ganhou a posição às vésperas do Mundial. Ele defendeu as cobranças de Ayala e Cambiasso. Assim, a Alemanha, com gols de Neuville, Ballack, Podolski e Borowski, venceu por 4 a 2.
Eliminada, Argentina perde a esportiva e parte para briga
Eliminados nos pênaltis para a Alemanha, os jogadores argentinos deixaram o fair play de lado e tentaram tumultuar o ambiente depois da última cobrança defendida pelo goleiro Lehmann.
Alegando que o arqueiro alemão teria se adiantado antes de Cambiasso chegar à bola, Ayala, Sorín e outros "hermanos" partiram para cima dos donos da casa, criando um tumulto generalizado.
A confusão foi rapidamente apartada, sem maiores conseqüências para delírio dos torcedores alemães, cada vez mais confiantes no tetracampeonato.
TECNICO PEDE DEMISSÃO APOS A DERROTA
A eliminação para a Alemanha na Copa do Mundo, nesta sexta-feira, foi o último jogo de Jose Pekerman como técnico da seleção argentina. Após a partida, ele confirmou que vai procurar outros rumos para a carreira. “Meu ciclo na seleção termina aqui. Sempre fui muito prudente”, anunciou o cabisbaixo treinador.
Apesar da expressão fechada, Pekerman disse que não deixa o comando da seleção argentina incomodado, ou arrependido por qualquer de suas atitudes. “Estou tranqüilo porque sempre acreditei nessa equipe. Esses jogadores fizeram o máximo para cumprir com nosso objetivo. O plantel é bom, nas é lógico que sempre há erros. Isso é normal em uma Copa do Mundo”, analisou.
O ex-treinador da Argentina ainda agradeceu o apoio dos torcedores durante o Mundial da Alemanha. “Agradeço as pessoas que nos acompanharam, assistiram cada partida, as pessoas na Argentina. Sinto muito por não poder cumprir com nosso objetivo”, lastimou.
No confronto entre dois campeões mundiais, deu Alemanha, que voltou a sentir o gosto de ser grande e continua firme em busca de seu quarto título mundial. Nesta sexta-feira, a equipe do técnico Jürgen Klinsmann chegou a temer uma eliminação, pois perdia até os 35 minutos do segundo tempo, mas alcançou as semifinais da Copa do Mundo com uma vitória nos pênaltis por 4 a 2 sobre um outro gigante do futebol mundial, a Argentina, após igualdade de 1 a 1 nos 120 minutos de bola rolando no Olympiastadion de Berlim.
O último resultado expressivo dos alemães contra um adversário de respeito tinha acontecido em 2000. Na oportunidade, os anfitriões da Copa venceram a Inglaterra. Agora, o tricampeão mundial espera o confronto entre Itália e Ucrânia para conhecer seu adversário na semifinal.
Finalistas das Copas de 1986 e 1990, Alemanha e Argentina iniciaram a partida em Berlim sob o clima tenso de um verdadeiro clássico. Com apenas três minutos, o corintiano Mascherano recebeu duas pegadas fortes no campo de defesa, sendo que uma delas rendeu um cartão para Podolski. No meio, Riquelme se desentendeu com Klose e desferiu um tapa no adversário.
Com os nervos um pouco mais controlados, alemães e argentinos proporcionaram um confronto equilibrado. Os donos da casa tentaram repetir a tática de jogos anteriores, quando fizeram uma blitz nos adversários. Porém, os experientes argentinos se mostraram preparados para suportar a pressão e, de forma inteligente, procuraram valorizar bastante a posse de bola.
A primeira chance de gol foi da Alemanha. Aos 16 minutos, Schneider aproveitou o pouco espaço disponível em campo e cruzou com perfeição para a cabeçada de Ballack. A bola raspou o poste do goleiro Abbondanzieri. Para a Argentina, que sentia dificuldades com a marcação do rival, as principais investidas estavam com Carlitos Tevez no lado esquerdo, que esbanjava habilidade em campo, mesmo marcado por dois ou até três jogadores.
Só que o futebol na etapa inicial parou por aí. Com 25 faltas e apenas quatro finalizações até o intervalo, três da Alemanha e uma da Argentina, o jogo se resumiu a muitos chutões e trombadas e um 0 a 0 sem muitas emoções, aumentando ainda mais a tensão entre os torcedores que foram ao estádio.
No segundo tempo, o jogo foi outro. Com apenas três minutos, a Argentina abriu o marcador. Riquelme bateu escanteio da direita e Ayala surgiu no meio da área para cabecear no canto esquerdo do goleiro Lehmann, silenciando o Olympiastadion de Berlim.
Preocupado com a reação de seu time, que sentiu o gol, o técnico Jurgen Klinsmann colocou mais um atacante, o velocista Odonkor, no lugar do meio-campista Schneider. Na base do abafa, a Alemanha tentou pressionar a Argentina, insistindo principalmente nas bolas pelo alto. Aos 24 minutos, os argentinos levaram um susto. Contundido, o experiente Abbondanzieri foi substituído por Franco. Além disso, o técnico José Pekerman fechou mais seu time com a entrada de Cambiasso no lugar do criativo Riquelme.
Quando a Argentina se esforçava para arrastar a partida até o final, a Alemanha empatou. Ballack levantou a bola da direita, Borowski, que havia entrado no lugar de Schweinsteiger, desviou no primeiro pau e Klose completou no canto direito da meta de Franco, marcando seu quinto gol na competição. Ainda antes do encerramento do tempo do normal, os argentinos quase marcaram o segundo em uma cabeçada de Lucho González que foi defendida por Lehmann. Assim, a decisão foi para a prorrogação.
No tempo extra, como é tradição, os atletas arriscaram pouco. Mais desgastada em campo, a Alemanha preferiu se resguardar na defesa, já que seu principal homem de criação, Ballack, sofria para se locomover em campo. Por isso, a igualdade persistiu e a vaga foi decidida nos pênaltis.
A partir daí, brilhou a estrela do goleiro Lehmann, que ganhou a posição às vésperas do Mundial. Ele defendeu as cobranças de Ayala e Cambiasso. Assim, a Alemanha, com gols de Neuville, Ballack, Podolski e Borowski, venceu por 4 a 2.
Eliminada, Argentina perde a esportiva e parte para briga
Eliminados nos pênaltis para a Alemanha, os jogadores argentinos deixaram o fair play de lado e tentaram tumultuar o ambiente depois da última cobrança defendida pelo goleiro Lehmann.
Alegando que o arqueiro alemão teria se adiantado antes de Cambiasso chegar à bola, Ayala, Sorín e outros "hermanos" partiram para cima dos donos da casa, criando um tumulto generalizado.
A confusão foi rapidamente apartada, sem maiores conseqüências para delírio dos torcedores alemães, cada vez mais confiantes no tetracampeonato.
TECNICO PEDE DEMISSÃO APOS A DERROTA
A eliminação para a Alemanha na Copa do Mundo, nesta sexta-feira, foi o último jogo de Jose Pekerman como técnico da seleção argentina. Após a partida, ele confirmou que vai procurar outros rumos para a carreira. “Meu ciclo na seleção termina aqui. Sempre fui muito prudente”, anunciou o cabisbaixo treinador.
Apesar da expressão fechada, Pekerman disse que não deixa o comando da seleção argentina incomodado, ou arrependido por qualquer de suas atitudes. “Estou tranqüilo porque sempre acreditei nessa equipe. Esses jogadores fizeram o máximo para cumprir com nosso objetivo. O plantel é bom, nas é lógico que sempre há erros. Isso é normal em uma Copa do Mundo”, analisou.
O ex-treinador da Argentina ainda agradeceu o apoio dos torcedores durante o Mundial da Alemanha. “Agradeço as pessoas que nos acompanharam, assistiram cada partida, as pessoas na Argentina. Sinto muito por não poder cumprir com nosso objetivo”, lastimou.