Módulo Nº 01.
Teoria dos Jogos e as Primas
Aqueles conceitos de Adam Smith da “mão invisível” que regula o mercado, de lei da oferta e da procura, livre concorrência, e tantos outros conceitos e teorias que tentavam explicar as regras de mercado e a fixação de preços, é tudo papo-furado. Já Era! A perspectiva atual de análise é a “Teoria dos Jogos” de Newmann – que foi aperfeiçoada e aplicada ao comportamento sócio-econômico por John Nash.
Na Teoria dos Jogos qualquer negociação é um jogo. Um jogo se constitui num cenário onde os jogadores interagem e têm a opção de decisões - passíveis de serem adotadas, baseadas nos objetivos finais de cada um e na sua expectativa sobre as ações do outro. No caso de um jogo, negociação putanheiro/puta, os jogadores querem chegar num consenso, é claro! O putanheiro quer foder e a puta quer fazer o programa, entretanto, existem interesses conflitantes: A grana - a puta procura maximizar seus ganhos e o putanheiro minimizar seu custo. Neste cenário, dois conceitos são relevantes:
i) Quando existe conhecimento limitado das potencialidades e limitações dos adversários, é comum a ambas as partes sinalizar de forma majorada a sua proposta para estabelecer um acordo final menos favorável; porém, ainda vantajoso; e
ii) Um jogador pode adotar uma solução alternativa menos favorável, por compreender que as limitações ou domínio do outro torna-o incapaz de melhorar a sua situação no jogo.
O segundo conceito supracitado, importante para jogos finitos bipessoais cooperativos e não-cooperativos, é fundamental para o estabelecimento do “ponto de equilíbrio” de Nash (John Nash – aquele do filme “Uma Mente Brilhante”).
O “ponto de equilíbrio” é estabelecido quando o jogo chega a uma solução otimizada para ambas as partes, sendo esse ótimo, subjetivo e dependente da expectativa de cada um. Vamos a um exemplo: Um turista chega em um mercado Persa a procura de um tapete e disposto a gastar até U$ 1000, o vendedor comprou um tapete por U$ 100 e está oferecendo por U$ 1.500. no processo de negociação eles fecham o preço em U$ 700, o comprador volta para casa satisfeito pelo “super desconto camarada” e por ter adquirido uma obra de arte por U$ 700, quando estava disposto a pagar U$ 1000, enquanto o vendedor também fica satisfeito pelo seu lucro de U$ 600. Um outro turista que tem alguma noção de mercado e de arte, e fez transparecer isso ao vendedor no processo de negociação, fechou um tapete similar por U$ 300, ficando satisfeito pois comprou a um preço razoável (dentro do seu conhecimento de mercado), e o vendedor também ficou satisfeito pelo seu lucro de U$ 200, afinal de contas, não é todo dia que aparece um turista babaca! Em ambos os casos foram estabelecidos “ponto de equilíbrio” no qual as partes ficaram satisfeitas com o resultado da negociação...
Assim como o tapete persa, uma foda é uma “obra de arte” com preço definido apenas pela intenção da venda e desejo da compra. O preço flutua em função de variáveis que não são inteiramente racionais, mas, na maioria dos casos, passíveis de identificação e análise. Se você quer comer uma puta a preços mais acessíveis deve investir na identificação e utilização dessas variáveis, trazendo o ponto de equilíbrio o mais próximo possível de suas expectativas.
“See you later aligator.”
Depois dessa as moças vão me odiar....
Colega_X
Aguardem a publicação dos próximos módulos.
Módulo Nº 02 - Conhecendo a Oponente e o Cenário do Jogo.
Módulo Nº 03 - Oportunidade e Análise de Risco.
Módulo Nº 04 - Estudo da Barganha – pontos fortes e fracos
Módulo Nº 05 - Erros de Negociação – estudo de caso.
Módulo Nº 06 - Definindo sua Estratégia – potencialidades e limitações.
Módulo Nº 07 - O Dilema do 0800. (Módulo para alunos avançados)