Módulo Nº 02
Conhecendo a Oponente e o Cenário do Jogo
Como vimos no Módulo anterior, no ponto do equilíbrio de Nash cada jogador tem a expectativa “correta” sobre o comportamento do outro jogador e age racionalmente objetivando a solução ótima para ambas as partes e, para um jogador atingir um equilíbrio mais próximo de suas expectativas iniciais deve obter o maior número de informações possíveis que garantam uma previsão das expectativas e as ações do outro jogador.
O putanheiro está em desvantagem quando se trata de obter informações. As mulheres são, por natureza, criaturas mais observadoras e detalhistas que os homens e, se tratando de putas, especialistas em relacionamento interpessoal e que sobrevivem desse ofício, são muito mais experientes e treinadas para observar as sutilezas e obter informações sobre o seu oponente (cliente).
Quando o contato é no corpo-a-corpo, geralmente em algum privê, a situação é mais desfavorável ainda para o putanheiro. Se a puta é negociadora experiente, antes de se dirigir para a mesa do cidadão e oferecer seus préstimos, ela sempre procura obter algumas informações básicas com as coleguinhas, garçons, seguranças e porteiros: Quem é esse cara? Ele vem sempre aqui? Ele geralmente sai com meninas da casa? Você saiu com ele? Ele paga bem? Com que carro ele chegou? O carro é novo? Ela também está observando a sua postura e comportamento: O que você está bebendo, se está controlando a bebida, se já se interessou por alguém, se outras meninas já sentaram a sua mesa e levantaram, e também ficam atentas a detalhes tais como: roupas, sapatos e celulares. Com esses indicadores ela está montando o seu perfil e avaliando as suas intenções e capacidade de pagamento e, diante do provável perfil, a puta dá o seu chute inicial, acenando ou não com uma possibilidade de negociação.
Nas casas e boates, a cada investida das outras colegas de trabalho, elas também vão tirando conclusões de seu perfil: Pronto! Aquele ali não gosta de menina atirada; Aquele outro só escolhe loira; Já o outro só quer beber e conversar; O outro gosta de mulher da bunda grande, e assim vai. A cada investida e revoada de outras periguetes, ela vai montando o seu perfil e preparando a estratégia de abordagem com base nessas informações. Se forem amiguinhas vão logo perguntar: — e aí, ele quer pagar quanto?
Só a título ilustração, dia desses eu estava em numa boate em processo de negociação e, diante de tanta embromação de minha parte, a puta perdeu a paciência e deu logo um “stop”. - Porra! Você vem num lugar desses onde as bebidas são caras e não fica regulando, paga drinks para as meninas, já saiu com fulana e cicrana, e vai me dizer que não tem R$ 100 para fazer um programa comigo? Pois é colegas! Essa é uma desvantagem quando se freqüenta um local por muito tempo: Fica conhecido na área e elas têm muitas informações sobre você.
Então Colega! Se você entra num breguinha se achando “o caçador”, está redondamente enganado, ali, você é a caça e está sendo cuidadosamente observado.
Diante de tal desigualdade, o putanheiro também tem de aprender a observar, conhecer a sua oponente e o cenário do jogo. É fundamental obter informações e ficar atento a detalhes tais como: quantidade de meninas da casa, como foi o movimento da semana, relação homem-mulher, fluxo de clientes, horário de pico, grupinhos de meninas, quem é amiga de quem, qual é o comportamento dos outros clientes, etc...Todas essas informações podem ser utilizadas a seu favor durante o processo de negociação.
Quando a negociação é feita por telefone, o putanheiro também está sendo analisado. Não pense que você está ali batendo papo com ela, ela está avaliando o cliente potencial e atenta para detalhes como: o grau da “afliceta” em que ele se encontra (afliceta = é aflição por boceta), a ansiedade para fechar o acordo, a experiência em negociar, o conhecimento de mercado, e por aí vai. Elas geralmente traçam um perfil a depender do PPP – Papo Padrão do Putanheiro.
Segundo me informou uma amiguinha, geralmente o cliente liga com um papo padrão e as perguntas são sempre as mesmas: Se ela é como está nas fotos ou como descrita no jornal, se o rosto é bonito, se está disponível em tal horário ou em que horário ela pode atender, e tem sempre uma choradinha básica. Se o cara começa a perguntar, segundo ela, muitas “bobagens” ou sobre detalhes de como é o cabelo, se tem celulite, com que roupa vai vestida, dentre outras, ela perde a paciência e desliga. Ou seja: Ela não dá espaço. Tem também aqueles que ligam várias vezes ao dia perguntando sempre a mesma coisa e querendo puxar conversa fiada e, mesmo dando outro nome e utilizando outro número de telefone, ela quase sempre reconhece pela voz ou pelos tipos de pergunta.
No contato via telefone a possibilidade de traçar o perfil da oponente é muito limitada, pois, na maioria das vezes elas não se dispõem a ficar batendo papo com cada putanheiro que faz uma ligação, o cara tem de ser muito bom de “lero” para transformar este contato inicial em um bate-papo que permita obter informações.
Aí reside a importância do GPGuia e dos “Test Drive” para o processo de negociação. Um TD não é um meio para o putanheiro contar as suas aventuras sexuais, como podem supor alguns putanheiros e a maioria das moças que o freqüentam, mas sim, uma ferramenta para dar e obter informações das nossas futuras oponentes no jogo. Além dos atributos físicos da moça, que nos garante não comprar gato por lebre, informações e comentários sobre aspectos comportamentais e de relacionamento tais como: se menina é tranqüila, ficou relaxada, conversa bastante, não regula tempo, não apressou o TD, se faz por ofício ou gosta mesmo de putaria, são fundamentais para traçar um provável perfil e estabelecer uma estratégia de abordagem e negociação.
Colega_X