Alberto Helena Jr. escreveu:Se não saiu, está na fita o timbre da CBF confirmando que o Palmeiras, a exemplo de São Paulo, Santos, Flamengo, Grêmio e Corinthians, é também, sim senhor, campeão do mundo.
Trata-se do reconhecimento como tal da conquista da Copa Rio, em 51, pelo Palmeiras. E nada mais justo. Talvez, até mais do que os outros, posto que daquela disputa participou a elite do futebol mundial, sul-americano e europeu.
Da Itália, veio a Juventus do General Boniperti, assim denominado n]ão apenas pela semelhança do nome com o genial estrategista corso que dobrou a Europa a seus pés. Mas, também pela imensa capacidade de organizar no campo de batalha o seu time, como autêntico estrategista.
Da Áustria, veio o Viena de Ocwirk, maestro e arranjador da Grande Valsa com a qual o Wonderfull Team, Maravilhoso Time, pautou a Escola Danúbio de jogar futebol, dos anos 30 aos 50.
Da Iugoslávia, veio o Estrela Vermelha de Mitic, legendário meia de passes medidos e invenções surpreendentes. De Portugal, o Sporting de Matateu e Travassos. E, da França, o Olimpique de Nice, one nosso Ieso Amalfi, rei dos aventureiros, fez um dos capítulos de sua prodigiosa história.
Todos campeões de seus respectivos países, que se juntaram aqui ao Nacional, base da Seleção Uruguaia, campeã do mundo um ano antes, e o Vasco, praticamente a Seleção Brasileira vice-campeã, na célebre tragédia de 16 de Julho, no Maracanazo de tão amarga lembrança.
O torneio foi dividido em dois grupos – o de São Paulo e o do Rio.
E a decisão foi num Maracanã lotado de cariocas torcendo em massa pelo Palmeiras diante da Juventus, pois a conquista verde representou a grande compensação pela perda da Copa em 50.
Quem não viveu aquela experiência é incapaz de imaginar a grandeza do feito palmeirense e seu reflexo na alma nacional, arrasada pela perda do Mundial para o Uruguai um ano antes. Muito menos o grau de dificuldade para levantar a Copa Rio, dada não apenas à alta qualidade dos participantes como também mas, sobretudo, do desconhecimento mútuo e empenho de cada um.
Nada mais justo esse reconhecimento, pois. Assim como, nas celebrações do evento, bem que o Palmeiras poderia inaugurar um busto de Jair Rosa Pinto, o grande condottiere da campanha imortal.
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