Ao longo dessa minha existência desprovida de sentido, já tive muitos colegas que exprimiam verdadeira ojeriza quando assunto era puta. “Pagar por sexo? Nunca!” Todavia, o ser humano é contraditório e vi, muitas vezes, os autores de frases como essas se endividarem até o pescoço para comprar um carro ou determinadas roupas, pois sem estas nem aquele “não pegariam ninguém”.
Resumindo, optar por uma garota de programa significa apenas pegar o caminho mais curto para se chegar ao sexo.
Atualmente, não alimento muitas ilusões acerca de relacionamentos, as glândulas falam mais alto no caso do homem, bem como a grana no caso da mulher, que clama por igualdade de oportunidades só naquilo que lhe interessa, pois no fundo elas são machistas e não perdem uma chance de amarrar o burro, logo, ficando o romantismo como uma mera máscara usada pelo ser humano para velar segundas intenções. Nesse sentido, a putaria é a relação mais sincera que conheço, pois nela eu demonstro a minha única intenção em relação as mulheres, que é a de comê-las, e as mulheres, por sua vez, demonstram a sua respectiva intenção de receber a contrapartida pecuniária do serviço prestado.
Outro dia, elaborei um perfil “fake” em um site de encontros: o personagem que criei era um quarentão, gordo, separado, cheio de filhos e nem foto tinha, porém, o tal personagem tinha renda de R$ 20.000,00 mensais e vários bens, algo dito, indiretamente, pelas suas atividades de lazer. Passados alguns dias, entrei no site e para a minha surpresa, o sujeito inexistente havia recebido mais de uma centena de mensagens. Pelo que vi, nenhuma das que escreveram eram putas diretamente falando, mas indiretamente...
Sei que há casos e casos, as pessoas não são tão lineares a ponto de encaixarem-se única e exclusivamente nos perfis que citei, entretanto quando consideramos a predominância atual dos tipos, a lógica acaba sendo essa mesma.