Cinema – Teatro - seriados - TV - Desenhos Animados

Área destinada para assuntos de shows, filmes, teatros e similares.

Regras do fórum
Responder

Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 0
Oral Sem:Sim 0Não 0
Beija:Sim 0Não 0
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
Mensagem
Autor
Renton
Forista
Forista
Mensagens: 3184
Registrado em: 10 Set 2003, 23:17
---
Quantidade de TD's: 328
Ver TD's

#226 Mensagem por Renton » 14 Jun 2007, 17:05

animação nacional, muito engraçado, mostra bem relatos de alguns foristas... :lol:

VIDA DE PLÁSTICO - SUELEN, A PUTA

http://www.youtube.com/watch?v=TPNgeI_LPOA

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

xana-town
Forista
Forista
Mensagens: 495
Registrado em: 04 Dez 2004, 11:45
---
Quantidade de TD's: 47
Ver TD's

Os « têtes à claques » não me fazem rir!

#227 Mensagem por xana-town » 21 Jun 2007, 02:28

A palavra francese « têtes à claques » [literalmente: cabeças à tapas] designa um novo fenômeno mediático (que foi criado em agosto 2006 por o quebecense Michel Beaudet).

http://www.tetesaclaques.tv/collection.php

Para dizer a verdade, eu não entendo bem esso fenômeno. Acho mesmo que é ruim. Li hoje que, aparatemente, os franceses gostam muito dos « têtes à claques ». 800 000 franceses visitam o site dos « têtes à claques ».

http://www.lemonde.fr/web/article/0,1-0 ... 081,0.html

Fico surpreso com isso porque os clipes são em francese do quebec e sou certo que os franceses não entendem nada. Uma outra vez os franceses recebem uma imagem do quebecenses que faz de nós pessoas caipiras.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Renton
Forista
Forista
Mensagens: 3184
Registrado em: 10 Set 2003, 23:17
---
Quantidade de TD's: 328
Ver TD's

#228 Mensagem por Renton » 04 Jul 2007, 17:49

Para os cinéfilos, uma dica interessante.
Quanto aos horários, ficar esperto com o Guia da Folha (ou do Estado se preferir!).

------------

II Festival Latino-americano de cinema começa no dia 23 de julho. Grátis.

Mostra de filmes vai até 29 de julho e homenageia o cineasta mexicano Paul Leduc.Estão previstos mais de 100 títulos, entre clássicos e títulos recentes

Realizador de “Reed: México Insurgente” (1973), produção indicada ao Oscar de filme estrangeiro, o mexicano Paul Leduc é o grande homenageado na segunda edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que acontece de 23 a 29 de julho, com sessões gratuitas no Memorial da América Latina, Cinesesc e na Sala Cinemateca.

Com presença confirmada no evento, Leduc exibe ainda “Frida, Natureza Viva” (1986), obra premiada no Festival de Berlim sobre a pintora mexicana Frida Khalo.

Assim como em sua edição inaugural, o festival reúne títulos contemporâneos, ao lado de destaques históricos da cinematografia latino-americana.

Na programação do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo estão ainda “Nascido e Criado”, novo filme do argentino Pablo Trapero, inédito no Brasil; “Mariposa Negra”, do peruano Francisco Lombardi; “O Mais Bonito e Meus Melhores Anos”, do boliviano Martin Boulocq; “A Idade da Peseta”, do cubano Pavel Giroud; “En el Hoyo”, do mexicano Juan Carlos Rulfo (Grande Prêmio do Júri da competição Cinema Mundial do Sundance Festival); o argentino “As Mãos”, de Alejandro Doria; e os chilenos “Arcana”, de Cristóbal Vicente (documentário premiado em Lima, Barcelona, Santiago, Bruxelas, Munique, Lisboa e Havana) e “O Rei de São Gregório”, de Alfonso Gazitúa;

O festival tem objetivo discutir a singularidade estética da cinematografia latino-americana e seu curador em 2007 é o cineasta João Batista de Andrade.

O 2º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo é uma realização do Memorial da América Latina, da Secretaria de Estado da Cultura e da secretaria do Ensino Superior, com apoio da Cinemateca Brasileira e do Sesc São Paulo.


Serviço:
2º Festival de Cinema Latino-americano de São Paulo
23 a 29 de julho, em diversos horários
Memorial da América Latina - Av Auro S. de Moura Andrade 664, Barra Funda – São Paulo – (11) 3823.4600
Cinesesc - Rua Augusta 2075, Cerqueira Cesar - São Paulo - (11) 3082.0213
Sala Cinemateca - Largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Mariana - São Paulo - (11) 5084.2177
Entrada franca


http://www.festlatinosp.com.br/

http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/ ... endaId=737

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Trankera
Forista
Forista
Mensagens: 865
Registrado em: 29 Nov 2003, 02:36
---
Quantidade de TD's: 40
Ver TD's

BAIXIO DAS BESTAS

#229 Mensagem por Trankera » 05 Jul 2007, 12:19

Não sei se já foi postado, então aí vai...

E aí pessoal mais um filme Brazuca "Baixio das Bestas", que também fala sobre prostituição...
A Solineuza da Diarista tá nesse filme :twisted:

A bestialidade humana vista sem "punhos de renda"

Maria do Rosário Caetano
Especial para O POVO


08/06/2007 01:36

Dira Paes vive uma prostituta em Baixio das Bestas


Quem estiver interessado em ver um filme feito com "punhos de renda" deve fugir de Baixio das Bestas, segundo longa do pernambucano Cláudio "Amarelo Manga" Assis.

O filme, exibido em Fortaleza esta semana em sessão especial do 17º CineCeará, dividiu a platéia do Festival de Brasília. Quando o cineasta subiu ao palco do Teatro Nacional para receber o Troféu Candango de melhor longa, metade da platéia lhe deu as costas e vaiou, com empenho, a decisão do júri. A outra metade aplaudiu. O filme já foi acusado de misógino, oportunista, apelativo, etc. Ao ver duas das prostitutas interpretadas por Hermila Guedes e Dira Paes sendo currada (a primeira) e empalada (isto mesmo!) a segunda, a platéia se desespera. Algumas mulheres, em especial, fecham os olhos. Alguns casais chegam a deixar o cinema.

Há quem veja Cláudio Assis como um provocador de escândalos baratos, um grosso sem berço, um explorador da bestialidade humana. Cada um vê/lê um filme como quer. Outros chegam a perguntar "qual é o assunto do filme?" e "o que quer o diretor?". Afinal - indagam - o que fazem ali cortadores-de-cana que superlotam caminhões-bóias-frias e "cortam" a paisagem cinematográfica? Que propósitos têm estas cenas documentais, já que parecem totalmente desatreladas da narrativa?

Os cortadores-de-cana - só não vê quem não quer - ajudam a ambientar a narrativa. O filme, afinal, se passa em poeirento povoado da Zona Canavieira de Pernambuco. Seus personagens brotam do lumpezinato, de famílias disfuncionais e sem rumo, dos prostíbulos mais degradados. A este ambiente estagnado, agregam-se dois personagens vindos de fora. Eles são os agroboys interpretados por Matheus Nachtergaele e Caio Blat. Os dois querem barbarizar, fazer sexo, "lavar a égua" no Baixio das Bestas. E não são só os "de-fora" que procuram e exercem tais práticas. Um velho do lugarejo (em soberba interpretação do paraibano Fernando Teixeira) explora a neta adolescente (Mariah Teixeira, que na vida real é maior de idade, mas tem cara de criança). Desnuda-a, num posto de gasolina, para que os homens se masturbem ao mirar aquela figura virginal. Qual um coletor de tributos, o velho recolhe, com tal prática/teatro macabro, trocados de caminhoneiros e outros tarados/ voyeurs do sexo.

O sexo é, sim, o motor do filme. Daí o espaço ocupado pela história da menina exposta ao olhar cobiçoso dos homens e também pela presença magnética das prostitutas do bordel da cafetina Margarida (a volumosa Conceição Camaroti). Para fugir de visão cristã e moralista, Assis constrói, com ajuda de Dira Paes (em grande desempenho) uma personagem das mais ricas. Ela não vive de lamúrias. Gosta do que faz, debocha da colega sofredora (Hermila Guedes) e corre riscos.

Num mundo dominado pela bestialidade, as duas prostitutas (a lamurienta e a atrevida) serão seviciadas. A atrevida será empalada dentro de um cinema em ruínas. Um cinema que deixou de funcionar depois de anos dedicado à exibição de filmes de sexo explícito. Um destes filmes, aliás, terá trecho exibido, para horror de quem entrou no cinema disposto a ver um "filme de arte" e, pego de surpresa, foi obrigado a deparar-se com tal tipo de "prostituição visual".

Outras histórias fragmentadas aparecem no filme de Cláudio Assis. Um rapaz, interessado na menina explorada pelo avô, cava uma fossa ("metáfora óbvia demais", segundo os detratores de Baixio das Bestas), um mestre do maracatu conversa com o avô explorador da neta e, de forma mesmo que rudimentar, discute a função da arte naquele mundo bestial. Uma mãe, funcionária pública (a ótima Magdale Alves), acaba sendo cúmplice do filho que estuda no Recife e vem "aprontar" nas férias e feriados na cidadezinha natal, estagnada no tempo.

O filme traz, dentro de sua estrutura narrativa, discussão metalingüística sobre a arte e o próprio cinema. Tanto que um de seus cenários mais importantes é um grande cinema em fase de total degradação. Jean-Claude Bernardet, em concisa análise do filme (ver seu blog, na Internet - http://jcbernardet.blog.uol.com.br) define a metalinguagem como "doença juvenil" do cinema. No filme de Assis, ele enxerga tal prática. Ou seja, apelo à metalinguagem que pouco ou nada acrescenta ao filme. Mas - como no debate de Baixio das Bestas no Festival de Brasília - há praticamente unanimidade em constatar que um filme que apresenta duro retrato da exploração sexual da mulher na zona (!) canavieira ganha muito com as cenas ambientadas no velho cinema pornô. O filme assume, neste cenário, papel reflexivo, que nos motiva a repensar a relação do cinema com a exploração do corpo feminino.

E, para não deixar sem registro: Matheus & Blat protagonizam um dos mais belos momentos do filme: nus, os dois conversam/se revelam em cenário (quase) idílico: imensa represa de águas abundantes. A luz nordestina, captada pela câmara de Walter Carvalho, nos fascina e mostra que (ainda) há ousadia (temática e formal) no cinema brasileiro.

http://www.opovo.com.br/opovo/vidaearte/702027.html
Site do filme
http://www.baixiodasbestas.com.br/

http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,, ... 86,00.html
http://br.youtube.com/watch?v=iABTe2O4GGc

Vou ver se acho nas locadoras, tô curioso pra ver...

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Maestro Alex
Forista
Forista
Mensagens: 14523
Registrado em: 17 Mai 2005, 13:43
---
Quantidade de TD's: 8
Ver TD's

#230 Mensagem por Maestro Alex » 30 Jul 2007, 08:46

Como
cinéfilo
declarado,
minha homenagem
a
um grande
do cinema
INGMAR BERGMAN
falecido aos 89 anos.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

xana-town
Forista
Forista
Mensagens: 495
Registrado em: 04 Dez 2004, 11:45
---
Quantidade de TD's: 47
Ver TD's

#231 Mensagem por xana-town » 30 Jul 2007, 10:53

Homenagem a Michel Serreault também

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Renton
Forista
Forista
Mensagens: 3184
Registrado em: 10 Set 2003, 23:17
---
Quantidade de TD's: 328
Ver TD's

#232 Mensagem por Renton » 30 Jul 2007, 20:29

Maestro Alex escreveu:Como
cinéfilo
declarado,
minha homenagem
a
um grande
do cinema
INGMAR BERGMAN
falecido aos 89 anos.
Boa Maestro! Vai um joguinho de xadrez?

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Maestro Alex
Forista
Forista
Mensagens: 14523
Registrado em: 17 Mai 2005, 13:43
---
Quantidade de TD's: 8
Ver TD's

#233 Mensagem por Maestro Alex » 30 Jul 2007, 20:34

mark renton escreveu:
Maestro Alex escreveu:Como
cinéfilo
declarado,
minha homenagem
a
um grande
do cinema
INGMAR BERGMAN
falecido aos 89 anos.
Boa Maestro! Vai um joguinho de xadrez?
ooopppaaaa........

quando quiser... :wink:

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Renton
Forista
Forista
Mensagens: 3184
Registrado em: 10 Set 2003, 23:17
---
Quantidade de TD's: 328
Ver TD's

#234 Mensagem por Renton » 30 Jul 2007, 21:32

Falei brincando, em referência a "O Sétimo Selo", mas ok, melhor eu começar a treinar... já perdi em quatro/cinco movimentos, nas "jogadas ensaiadas". :cry:

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Maestro Alex
Forista
Forista
Mensagens: 14523
Registrado em: 17 Mai 2005, 13:43
---
Quantidade de TD's: 8
Ver TD's

#235 Mensagem por Maestro Alex » 30 Jul 2007, 22:28

mark renton escreveu:Falei brincando, em referência a "O Sétimo Selo", mas ok, melhor eu começar a treinar... já perdi em quatro/cinco movimentos, nas "jogadas ensaiadas". :cry:
Desculpa... :lol: :lol: :lol:

é que gosto muito de um xadrez... treino a minha filha aborrescente... me empolguei...

falando Bergman... "O ovo da serpente"

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Renton
Forista
Forista
Mensagens: 3184
Registrado em: 10 Set 2003, 23:17
---
Quantidade de TD's: 328
Ver TD's

#236 Mensagem por Renton » 31 Jul 2007, 10:08

Lembro de ter lido sobre o treino. Sou jogador casual, não sei as jogadas clássicas.
Quanto ao Bergman, só vi O Sétimo Selo. Mas quando falou em ovo da serpente lembrei de um quadro da Tarsila do Amaral... viajei!
São filmes difíceis de encontrar, só 2001 e olhe lá... existe um mercado paralelo de cópias de filmes antigos mas cobram muito caro para um produto de qualidade inferior.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

xana-town
Forista
Forista
Mensagens: 495
Registrado em: 04 Dez 2004, 11:45
---
Quantidade de TD's: 47
Ver TD's

#237 Mensagem por xana-town » 31 Jul 2007, 11:24

O italiano Giancarlo Antonioni morreu ontém.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Nosferato
Forista
Forista
Mensagens: 567
Registrado em: 03 Abr 2006, 01:41
---
Quantidade de TD's: 158
Ver TD's

#238 Mensagem por Nosferato » 04 Ago 2007, 02:27

Das dezenas de filmes de Bergman, só assisti ao "sétimo selo" e "morangos silvestres", conforme comentou o Mark Renton, só é possível encontrar os clássicos e, ainda assim, nas locadoras especializadas.

Apesar da imensa lista de filmes, recentemente, Bergman declarou que "o teatro é o começo, o fim, é tudo, enquanto o cinema pertence ao âmbito da prostituição".

Já Godard, sobre Bergman, comentou: "O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico". (Jean-Luc Godard, "Bergmanorama", Cahiers du cinéma, Julho - 1958).

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Renton
Forista
Forista
Mensagens: 3184
Registrado em: 10 Set 2003, 23:17
---
Quantidade de TD's: 328
Ver TD's

#239 Mensagem por Renton » 04 Ago 2007, 09:44

um camarada escreveu:

Imortais....

Quis o destino que o cinema perdesse dois de seus maiores nomes no mesmo dia, 30 de julho de 2007. Bergman e Antonioni deixam, pelo menos, umas trinta obras primas. Nesse momento, é bom lembrar que ambos viveram quase um século, aproveitaram esse tempo como poucos e, mais importante, foram capazes de alcançar a imortalidade. Criaram seus estilos, tornaram-se referências. Quantas vezes não ouvimos ou lemos frases como “tal filme é Bergman puro”? Antonioni não fica muito atrás, apesar de ser menos conhecido.

Bergman reinou praticamente sozinho no cinema sueco. Tanto é assim, que Victor Sjöström, um de seus cineastas preferidos e outro grande nome da Suécia, só ganhou ganhou notoriedade mundial ao atuar em seu Morangos Silvestres. Liv Ullmann, sua ex-mulher, mantêm-se na carreira de diretora, e sempre foi encorajada por ele, claramente influenciada por seus ensinamentos. Ullmann fazia parte da “turma” de Bergman, que também contava com Bibi Andersson, Ingrid Thulin, Harriet Andersson, Gunnar Björnstrand, Max von Sydow e Erland Josephson. Eram não só grandes atores, frequentemente escalados para as produções do sueco, mas também seus amigos mais chegados. Sabe-se que, nesse período de reclusão que antecedeu sua morte, Bergman trocava telefonemas semanais com Josephson, que o mantinha informado sobre as novidades do mundo.
O trabalho de Bergman transcende o meio cinematográfico. Autor de roteiros poderosos, finamente elaborados, que ganhavam formas arrebatadoras na tela, ele foi um pensador, um questionador da existência humana. Tratou da morte, do amor, da religião, do sofrimento, dos relacionamentos. Nunca o cinema foi tão forte, tão importante, quanto nas mãos dele. Jean Claude Carriere, roteirista e estudioso do cinema, chegou a afirmar que, no futuro, os filmes de Bergman serão estudados como material filosófico.

Antonioni, ao contrário, produziu em uma Itália que respirava cinema. As décadas de 50 e 60 foram especialmente profícuas para a produção italiana, e lá estava ele, ao lado de Fellini, Pasolini, Visconti e outros, fazendo o “melhor cinema do mundo”, como gosta de dizer Rubens Ewald Filho, em relação a esse período. Em 1960, quando o neo realismo ainda reverberava pela Itália, Antonioni iniciou sua “Trilogia da Incomunicabilidade”, formada por A Aventura, A noite e O Eclipse, rompendo com a crítica social de seus compatriotas e propondo um cinema de questões existenciais. Sua câmera bailava com elegância entre as locações, flagrando aqueles personagens perdidos dentro de seus próprios conflitos. Nessa época, o diretor revelou a atriz Mônica Vitti que, além da trilogia, apareceria ainda no belo Deserto Vermelho. Em 1966, lançou o riquíssimo Blow Up, filme que o consagrou definitivamente. Na década de 70, lançou Zabriskie Point, que conta com trilha musical do Pink Floyd, e Profissão:Repórter, com Jack Nicholson, que seria seu último grande sucesso. Continuou filmando com a competência de sempre até 2004, quando participou de Eros, ao lado de Wong Kar Wai e Steven Soderbergh.
Mais do que diretores, Bergman e Antonioni foram artistas, no sentido mais pleno da palavra e, sem dúvida, responsáveis pela consolidação da arte cinematográfica. O cinema, plataforma jovem, vê partir agora sua primeira geração de mestres, aqueles que souberam enxergá-lo sob uma ótica revolucionária, compreendendo totalmente suas possibilidades de expressão estética, narrativa e social. É claro que, não podemos esquecer, Resnais, Godard e Oliveira estão entre nós, ainda filmando, fortes como nunca (e que fiquem assim por muito tempo). Mas já testemunharam a partida de grande parte de seus colegas, realizadores máximos de sua arte. A Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni, que descansem em paz, o cinema agradece por tudo. :)

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Nosferato
Forista
Forista
Mensagens: 567
Registrado em: 03 Abr 2006, 01:41
---
Quantidade de TD's: 158
Ver TD's

#240 Mensagem por Nosferato » 15 Ago 2007, 02:26

“O CÉU DE SUELY”

Mais um filme brasileiro, ambientado no interior do Ceará, cuja temática versa sobre pobreza e putas. Assisti em DVD há poucos dias. A história é de uma garota que retorna de São Paulo para uma pequena cidade do Ceará, carregando um filho pequeno e a expectativa da chegada, também de São Paulo, de seu marido, que havia permanecido em Sampa para resolver problemas. Seu marido não volta, desaparece. A garota impelida por uma vontade de partir do local, acaba rifando seu corpo para conseguir o dinheiro da passagem para o Sul.
O pano de fundo é a necessidade da pessoa de partir não se sabe para aonde pela simples razão de não querer ficar onde está.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Responder

Voltar para “Cinema Putadiso, Games, TV e HQ”