Boas, meus amigos corintianos.
Mais calmo , volto agora para algumas considerações e gostaria da opinião de vocês.
Hoje, perdemos o jogo antes do mesmo começar; perdemos por que o PCC mudou muito o time, transfigurou uma equipe que já não era lá grande coisa, e, por conta de suas alterações, perdeu uma coisa importante que tinha sido resgatado: organização.
Sim, o time do PCC sempre foi limitado, mas estava muito bem treinado e os jogadores, apesar de jovens, estavam dando conta do recado. Hoje, entramos sem um lateral direito de origem, aliás, ninguém sabe ao certo quem ocupou esse espaço. Não deu pra sacar, e os jogadores, pelo visto, também não. Entramos com o Wellington, e, independente de qualquer função que ele pudesse ter sido orientado a fazer, já é um erro; Welington não tem bola pra jogar no Timão, e o próprio PCC parecia ter se convencido disso, ao não escalá-lo nem sequer no banco de reservas no seu início. Se não servia antes, serve agora porque? Encorporou o Nilton Santos da noite para o dia?
A escalação ideal para esse time, em termos táticos, me parece algo que estava sendo feito e foi posto de lado: um ferrolho defensivo, um Willian solto pelo campo e uma dupla de ataque com um velocista e um finalizador, no caso Finazzi e Everton. Certo?
Hoje, não teve ferrolho nenhum, o time parecia preocupado em chegar ao ataque através de chutões, preocupado em fazer o gol a qualquer custo e as coisas, desse jeito, não saem no futebol. Uma coisa é jogar com raça e organização, outra é correr como uma vaca louca e não saber o que fazer com a bola. PCC estava jogando com quatro zagueiros, na prática, já que o Edson pouco subia, havia a dupla Zelão e kkkkkkkkk Ferreira e Betão ocupava o lugar de um suposto lateral esquerdo que não havia ( e ainda não há!). Havia outra linha de quatro, com Matos, Marcelo Oliveira, Rosinei e Willian, sendo que os dois últimos subiam mais. Na frente, Everton, pelo lado direito e Finazzi fazendo, e bem, o pivô.
Pois bem, hoje, entramos com três zagueiros, mas sem alas: Marcelo Oliveira deixou de aturar mais recuado e pelo lado esquerdo e passou a jogar como armador, flutuando pelo campo. Willian ficou o tempo todo confinado a um espaço ínfimo do campo, aberto pela equerda como um ponta, e não conseguiu produzir absolutamente nada. Na frente, largados, Arce e Finazzi. A bola pouco chegava para eles, e por isso, ambos não obedeceram a um plano tático definido e pouco participaram da partida. Ou seja, perdemos o ferrolho, porque o PCC queria um time que saísse mais rápido com a bola para o ataque. Mas o time , com a bola, longe de ser rápido era atrapalhado: ou melhor , era rápido mesmo, mas em perder a bola ou errar passes ridículos.
PCC precisa, na minha opinião, voltar com o ferrolho: Uma linha de quatro zagueiros atrás, três volantes no meio e soltar o Willian no campo, para que ele encoste nos atacantes e que a bola chegue com mais qualidade para eles. Hoje, por exemplo, poderia ter voltado a jogar com o Edson, Zelão, kkkkkkkkk Ferreira e Betão; Bruno Otávio, Ricardinho, Marcelo Oliveira e Willian; Arce e Finazzi.
O problema com essa formação é que a mesma não agrada jornalistas, cronistas e torcedores que acham que temos um super time: é um time de contra ataque.
Porque jogar desse jeito, se podemos jogar com mais ofensividade?
Porque o time não consegue fazer gols. Porque, com a atual fase e pela idade dos atletas, o time não sabe lidar com a pressão de buscar resultados, virar os jogos. Tem que jogar, voltar a jogar, como time de espera, que, por ter um ferrolho defensivo muito forte, é um time seguro: e, com jogadores rápidos, disciplinados e raçudos, roubar as bolas e contra golpear forte, de forma aguda.
Estávamos fazendo isso muito bem.
Algo mudou, o time passou a se tornar frágil, com uma defesa que erra todo jogo e dá o resultado de mão beijada para o adversário, seja ele o forte Inter, seja ele o Sport ou o Náutico.
Ou voltamos às origens, com simplicidade e organização, ou.... voltaremos a ser um time desorganizado , desesperado e fácil de ser batido.