VOU APENAS REPASSAR UM EMAIL QUE RECEBI.
TEM QUE SER LIDO, RELIDO E MTO BEM PENSADO! É UMA VERDADE CRUA E DOLOROSA,
>MAS É A VERDADE.
>FAZER O QUE? OPÇÃO TAÍ : SER UM ZÉ RUELA???
>
>
>
>
>
>
>
>Ser um Zé Ninguém...
>
>A opção é sua!
>
>
>
>Meu nome é Fernando Gouveia e o n. do meu CREA-MG é 53538/D e desafio
>qualquer técnico ou perito a contradizer minha exposição, óbvia, dos fatos.
>Se eu estiver errado, rasgo minha carteira do CREA.
>Desafio qualquer político, rato, FDP, que se sinta prejudicado pela
>realidade que aqui relato, a me processar.
>
> Estou dando meu número do CREA (q não é falso) e meu e-mail. Não precisa
>fazer esforço pra me achar.
>
>Agora, caso vc não seja um dos pestilentos responsáveis pela desgraça
>que se abate sobre nós, dia após dia, então não seja um "Zé Ninguém".
>Pare alguns minutos do seu precioso trabalho, leia o texto abaixo, com
>atenção, e, caso concorde, pulverize para todos da sua caixa postal. Não se
>omita. Se não concorda, responda-me, argumente, "defenda" sua posição, mas
>não seja mais um covarde, mais um egoísta, mais um bundão. Essa coisa tem
>que acabar, para que nossos netos e filhos tenham condições de viver sem
>vergonha de serem bem sucedidos e sem medo de usufruir com liberdade das
>suas próprias
>conquistas. Ser rico não é crime, mas ser pobre não é uma escolha, uma
>opção de vida. Ser inteligente e culto não é mérito e sim sinal de
>privilégio, mas ser burro não é uma questão de deficiência de caráter e sim
>de ser
>vítima de uma epidemia cujo agente, "a verdade política", é pulverizado no
>ar por forças que se alimentam da ignorância em massa.
>
> Minha única irmã estará, na próxima semana, nesse mesmo vôo, também pela
>TAM e espero que o avião não caia, mas minhas palavras transcendem minha
>preocupação pessoal com uma pessoa que amo, seja minha irmã, esposa,
>filhas, amigos, seja quem for. Morrer é o caminho de todos nós e isso, que
>soa como a questão principal, na verdade, não passa de um detalhe, sórdido,
>mas subliminar.
>
>Vejam os números: Imaginemos 200 vítimas fatais, cada uma com uma média de
>10 parentes e 10 amigos, então teremos 20.000 pessoas indignadas por terem
>sido atingidas diretamente. No que interessa aos políticos, o voto, esse
>número é ínfimo. Divida 20.000 indignados por 100.000.000 de eleitores e
>você verá que foram perdidos "apenas" 0,02% do eleitorado, ou seja, 2%
>dividido por cem (para os que se confundem com números). E daí? Agora veja
>quantas pessoas transitam, passeiam, relaxando e gozando, felizes, ou
>passando raiva, no aeroporto de Congonhas, TODOS OS DIAS. E é a essa
>"china" humana, de transeuntes, vivos e capazes de votar, que os políticos
>preferem atender. Por isso que a verba para a reforma, digamos,
>"antropodinâmica" (que garante conforto, estética, luxo, etc.) saiu
>primeiro que a verba para os serviços técnicos de pista. Essa é a sordidez
>da
>mente nefasta dos nossos políticos: "Que diferença faz uma meia dúzia de
>20.000 que se estrepam dali, se outros milhões se alegram de cá".
>
>Fui engenheiro responsável por várias obras de porte que prestei para a
>INFRAERO, inclusive nas pistas e sou testemunha viva da capacidade técnica
>desse órgão. Os departamentos de engenharia beiram a perfeição, tanto em
>recursos humanos quanto físicos. O pessoal da segurança treina até o mais
>reles peão, um mero carregador de sacos. Todos os trabalhadores, peões ou
>engenheiros são checados pela segurança, que só depois desta conferência
>libera os crachás com as indicações de acesso, ou seja, as permissões para
>transitar nessa ou naquela parte. Tive um fiscal da INFRAERO que
>tinha sido meu aluno na Faculdade de Engenharia da FUMEC e, por
>coincidência, já engenheiro formado, acabou designado para fiscalizar minha
>obra. O sujeito
>não relaxou, ao contrário, dobrou a rigorosidade, que já não era pouca.
>Resumindo, os técnicos e o pessoal da segurança da INFRAERO são sérios, são
>técnicos e não políticos, sabiam que a pista não estava plenamente segura e
>não fizeram nada, porque não puderam fazer nada, porque pra nossa
>infelicidade os Diretores e Presidentes das "INFRAERO da vida", mesmo que
>tenham sido técnicos um dia, deixaram de sê-lo e hoje vivem da e para a
>política.
>
> O que se viu ali foi crime, mas não apenas contra meia dúzia de
>20.000
>vítimas diretas, mas sim contra todos os brasileiros. Os números não
>assustam e a comoção é uma questão de mídia. Um único feriado mata três
>vezes a quantidade de pessoas que morreram ontem, só em acidentes de
>estradas, sem falar na violência desenfreada e na fome.
>
> Se a rede Globo dedicasse o tempo de UM ÚNICO capítulo da sua mega
>educativa novela, "Os Sete Pecados", para explicar, em linguagem
>simplificada, para 50 milhões de brasileiros grudados na TV, o que
>realmente ocorreu naquele acidente, teríamos uma revolução. Só que não
>interessa a ela, como não interessou mostrar, com detalhes, a vaia que o
>Lula recebeu no Pan. Cala-se e continua passando seu absurdo folhetim
>que glamouriza a ruindade de espírito e fica anunciando e repetindo a
>balela dos interessados em ganhar tempo, com essa conversa mole de
>"aguardar a perícia". É disso que vivem nossos políticos. De aguardar. De
>esperar a poeira abaixar, como abaixará
>mais essa e mais outras tantas.
>
>Não tem papo de perícia: Sou perito formado pelo antigo Instituto Mineiro
>de Avaliação e Perícias, hoje Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias
>- Sucursal MG, fui professor da Faculdade de Engenharia da Universidade
>FUMEC por 11 anos e afirmo, taxativamente, que, nesse caso, não precisa
>"esperar" o resultado da perícia. Trata-se de um evento óbvio, derivado de
>um vício construtivo, fruto da irresponsabilidade dos que
>priorizaram as obras valorizando a plástica e relegando a segurança ao
>segundo plano. Toda pista de rolamento precisa de drenagem, o que ocorre um
>pouco pela permeabilidade
>dos materiais e a maior parte por um sistema de drenagem básico, jogando a
>água do centro da pista para as laterais, com recursos primários de
>inclinação e coleta perimetral. Em locais de maior necessidade de
>aderência, como em algumas curvas de ruas, avenidas e estradas e também em
>pontos de pistas de pouso, pontes e viadutos inclinados ou em curva,
>pátios, enfim, onde se pretenda aumentar o atrito da roda com o piso, são
>feitas ranhuras, que além de melhorarem o atrito favorecem a drenagem
>radial. Uma dessas
>situações é o caso de Congonhas,
>que tem a chamada "pista curta". Alguém pode alegar que a pista do Santos
>Dumont também é curta e também não tem ranhuras, mas existe a questão do
>ar. Lembrem-se dos jogos de futebol do Brasil, nos países muito altos, onde
>o ar é rarefeito: O goleiro cobra um tiro de meta e a bola sai do outro
>lado do campo. Pois é; O Santos Dumont está ao nível do mar e São Paulo a
>860 metros acima do nível do mar. Com altitude maior, o ar fica mais
>rarefeito, o que exige mais pista ou então mais recursos de frenagem para a
>aeronave. Engenharia é isso, muda tudo e tudo depende de um tanto de coisa
>e foi pra isso que a engenharia surgiu como ciência.
>
>Especula-se: FOI FALHA TÉCNICA? A equipe técnica da INFRAERO sabe que
>2+2=4.
>Falha técnica seria, se eles não soubessem disso. Mas tenham certeza, eles
>sabiam. Não fizeram nada porque são mandados por pessoas hierarquicamente
>superiores, que vão cobrindo a técnica com uma espessa camada de política.
>
>FALHA DO PILOTO? É bom lembrar sempre que ele também estava no avião e ele
>também morreu. Arremeter é o procedimento indicado em qualquer situação
>anormal que ocorra entre o momento de início dos trabalhos para aterrisagem
>até a parada completa da aeronave em solo. O piloto fez o que pôde. FALHA
>DA AERONAVE? Alegar excesso de tecnologia, ou falha de equipamentos é
>ridículo.
>É mais fácil uma arara azul fugir da Amazônia e fazer cocô na sua cabeça do
>que uma aeronave como essa dar
>problema.
>
>Sabe qual o nome do ÚNICO VERDADEIRO CAUSADOR DESSA TRAGÉDIA? Eleições
>2010.
>É a ânsia pelo poder... E a culpa nem é do Lula, que não passa de um
>gerente encantado e lambuzado (quem nuca comeu melado, quando come se
>lambuza), mas inócuo. O problema é nosso, da classe alta e privilegiada,
>que muitas vezes nos omitimos, ou nos escondemos atrás dos nossos próprios
>interesses.
>Esperem o povão dopado pela ignorância resolver o problema e as coisas só
>vão piorar. Cada Projeto Shangrilá, cada Urbanização de Aglomerado (nome
>chique e conveniente dados às favelas), irá comprar a alma e a mente dos
>pobres. E nós? Vamos vender nossa alma em troca de um aeroporto
>confortável, de uma vida confortável na
>base do "foda-se do mundo que não me chamo Raimundo"?
>
>Precisamos entender o mundo com o olho do outro e principalmente, saber se
>queremos a polícia e a política igual para todos. Porque se for assim, nós,
>os abastados, teremos que socializar nossas riquezas e teremos que sentar
>no banco da escola pra estudar ética, pra parar de fechar o cruzamento, de
>estacionar em lugar errado, de chamar as pessoas usando a buzina, de fechar
>as ruas pra comemorar jogo de futebol, de trocar de celular de mês em mês
>"encostando" um aparelho feito pra durar 10 anos e se esquecendo que aquilo
>vira lixo, etc.
>
>Ser ético é "chato", mas é o único caminho. Eu estou nessa. E você? Se
>estiver também,
>comece a exercitar sua ética disparando esse e-mail para o maior número
>possível de pessoas.
>
> Fernando Gouveia