Oi pessoal,
Estou escrevendo esse tópico aqui para falar como é curiosa a evolução dos valores. Nos anos 70 e 80, as “namoradinhas do Brasil” eram geralmente as atrizes que faziam nas novelas papel de garotas ingênuas ou românticas, como a Regina Duarte e a Lucélia Santos. Mas dessa vez na novela “Paraíso Tropical”, pela primeira vez a personagem mais famosa e mais falada foi Bebel, a prostituta baiana vivida pela atriz Camila Pitanga.
Claro que a gente deve colocar as coisas sob perspectiva (que é uma novela, que é algo cheio de estilizações e clichês, que há o lance da divisão atriz/personagem, etc.), mas quando vi uma vez num programa feminino matinal um desfile de sandálias com o subtítulo abaixo que dizia: algo como “use as sandálias que Bebel usa na novela”, me liguei que muita coisa mudou… acho que o nível de tolerância acabou ficando maior (e a Camila Pitanga, interpretando uma prostituta na TV, ganhou nestes a capa de praticamente todas as revistas femininas e de moda importantes nestes dois meses).
Obs: engraçado, no lado masculino o Tony Ramos acaba servindo como “elo de ligação” entre as duas épocas: ele tanto atuou nessa novela de agora com o personagem dele saindo com a Bebel, quanto nas novelas dos anos 70 e 80, quando seus personagens se apaixonavam pelas namoradinhas tradicionais.
![Razz :-P](./images/smilies/icon_razz.gif)
Obs 2: Outra coisa curiosa é que desta vez na novela não houve a dinâmica da “toda nudez será castigada”, na qual todas as personagens femininas que acabam se entregando aos “prazeres fáceis do sexo, da sensaulidade e da indecência” acabam pagando por isso de uma forma ou de outra — e isso ainda é mais forte na dramaturgia norte-amricana, por razões que eu acho que nem preciso citar aqui. Anyway, notem que aquela-menininha-do-cabelo-chanel-preto-da-qual-não-me-lembro-do-nome-agora chegou a virar GP, mas quando deixou de ser não foi “punida” na trama pir causa disso, e enquanto que a própria Bebel provavelmente vai ter um final feliz também.
Estou escrevendo esse tópico aqui para falar como é curiosa a evolução dos valores. Nos anos 70 e 80, as “namoradinhas do Brasil” eram geralmente as atrizes que faziam nas novelas papel de garotas ingênuas ou românticas, como a Regina Duarte e a Lucélia Santos. Mas dessa vez na novela “Paraíso Tropical”, pela primeira vez a personagem mais famosa e mais falada foi Bebel, a prostituta baiana vivida pela atriz Camila Pitanga.
Claro que a gente deve colocar as coisas sob perspectiva (que é uma novela, que é algo cheio de estilizações e clichês, que há o lance da divisão atriz/personagem, etc.), mas quando vi uma vez num programa feminino matinal um desfile de sandálias com o subtítulo abaixo que dizia: algo como “use as sandálias que Bebel usa na novela”, me liguei que muita coisa mudou… acho que o nível de tolerância acabou ficando maior (e a Camila Pitanga, interpretando uma prostituta na TV, ganhou nestes a capa de praticamente todas as revistas femininas e de moda importantes nestes dois meses).
Obs: engraçado, no lado masculino o Tony Ramos acaba servindo como “elo de ligação” entre as duas épocas: ele tanto atuou nessa novela de agora com o personagem dele saindo com a Bebel, quanto nas novelas dos anos 70 e 80, quando seus personagens se apaixonavam pelas namoradinhas tradicionais.
![Razz :-P](./images/smilies/icon_razz.gif)
Obs 2: Outra coisa curiosa é que desta vez na novela não houve a dinâmica da “toda nudez será castigada”, na qual todas as personagens femininas que acabam se entregando aos “prazeres fáceis do sexo, da sensaulidade e da indecência” acabam pagando por isso de uma forma ou de outra — e isso ainda é mais forte na dramaturgia norte-amricana, por razões que eu acho que nem preciso citar aqui. Anyway, notem que aquela-menininha-do-cabelo-chanel-preto-da-qual-não-me-lembro-do-nome-agora chegou a virar GP, mas quando deixou de ser não foi “punida” na trama pir causa disso, e enquanto que a própria Bebel provavelmente vai ter um final feliz também.