Prezado Coronel, ainda bem que você teve lucidez e veio ao local certo. Nós somos a última esperança de um monte de gente. Entendo muito bem seu desespero e pânico iminente.
Veja que até confuso você está, já que está misturando duas coisas antagônicas. Uma coisa é “o sentimento de posse se manifesta por várias pererecas simultaneamente” e outra “ciúmes de puta”. Quanto ao sentimento de posse, é absolutamente normal em qualquer homem macho do sexo masculino, sendo que eu mesmo tenho este sentimento por qualquer perereca que me diga ao pau. Agora, antagonicamente, está o ciúme de puta. Querer se apoderar de todas as bucetas possíveis é uma coisa, não querer socializá-las é outra. É uma cafagestada!
Este é um sentimento lamentável e não tem nada a ver em um reino como o nosso onde o lema é: “tudo pelo social”.
Mas é fácil entender. Houve um movimento de privatização que varreu a república em meados da década de 90 e alguns tucanos mais saudosistas, por não terem mais o que privatizar e por estarem afastados do poder paulítico atualmente, agem segundo seus instintos primitivos e fazem este movimento de privatização das ordinárias. Conhecido na literatura social-democrata como MPO, ou vulgarmente conhecido nas mesas de bar como empata-foda-filha-da-puta.
Pois bem, este seu brother é um tucano desgarrado, mesmo que atualmente ele esteja na investidura de algum outro animal, a alma dele indubitavelmente é tucanóide.
Assim o humilde conselho que lhe dou, é o mesmo que meu avô, meu guru espiritual no alto de sua incomensurável sabedoria me deu degustando um Dreher após ouvir pela Rádio Nacional um discurso do Brizola:
-Meu filho, nenhum Casanova resiste à bancarrota!
Recebi este conselho pois comentei com ele que um colega meu estava de sacanagem, enquanto eu estava na seca ele ia levar duas meninas galináceas no cinema, uma na seção das 16h e a outra na seção das 19h. E ficou tirando onda de mim.
Assim Coronel, é só ter um pouco de paciência e astúcia, que logo o brother desiste dessa sacanagem e pára de querer privatizar as vulvas inocentes, mas não tão inocentes assim.
A saída é levar este cidadão à elementar bancarrota, atingi-lo certeiramente no lugar mais doído do homem depois dos ovos: a carteira!
O negócio é, já que as ordinárias participam dos encontros, convencê-las de que se ele as quer privatizar não é só para metelança. Tem que ser programa completo: levá-las a jantares românticos, baladas sofisticadas, passeios no exterior com direito a free-shopp, tomar sol no litoral da Bahia, etc., tudo isso regado a muito, mas muito pouco sexo.
Por isso é preciso astúcia. Elas tem que ser convencidas que ele faz isso sempre. Assim em breve elas desistem do fanfarrão ou ele realmente vai à imponderável falência.
Assim o Casanova de plantão realmente cai na real, pára de empatar suas fodas e dos demais desclassificados e não ficará magoado, mas sim solidamente falido.
Depois é simples resolver, afinal ele pode recorrer ao Bolsa Escola, Cartão Cidadão, Cartão Alimentação, Vale Gás, Transporte Gratuito, Vale-Refeição, enfim, tudo pelo social.
Lembre-se: nenhum Casanova resiste à bancarrota! Ainda mais sendo um Casanova feinho...
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