Normalmente eu tenho respostas para tudo: desde coceira no calo, até a finitude do ser humano ante o cosmo infinito. Desta feita, no entanto, vejo-me diante de um dilema para o qual não encontro resposta em meus alfarrábios.
Como todos aqui sabem, eu nunca fui adepto de sexo anal, tanto que até redigi uma crônica intitulada "O CU, esse fétido objeto do prazer", na qual desço a marimba nos sodomitas, porque sempre entendi que cada buraco tem a sua serventia.
Esse posicionamento sempre me acompanhou e inclusive sempre utilizei-o como uma carta na manga para regatear com as quengas, dizendo: "Mas eu nem quero o botão..."
Pois bem, vivia eu alegre e saltitante, totalmente alheio às discussões sobre a famigerada e malfadada "Taxa de Cu", tributo este mais odiado que a CPMF. Tudo ia bem até a semana passada.
Aconteceu que, após as férias, estava eu encoxando batente de porta e marquei um encontro para um idílio amoroso com a minha Regra 3/2. Fomos a um restaurante japonês e a calibrei com bastante saquê, que era para amolecer as resistências. Chegando ao ringue, iniciamos uma intensa batalha de pica contra buceta, sendo certo que a buceta sempre punha a pica a nocaute.
Já nos extertores da noite a minha Regra 3/2 resolve fazer um boquete caprichado para colocar o combalido combatente de volta à batalha e o faz com absoluto sucesso. Estava eu convicto de que daria uma senhora esporrada na buceta daquela insinuante senhôra quando, de um átimo ela retira sua faiscante xavasca de minha pulsante piroca e me diz: "Vamos fazer atrás!" Buscou em creme na bolsa e lambuzou o cu que era para evitar arregaços.
Confesso que na cama só recebo ordens e se a formosa dama quer que eu lhe coma o cu, o cu será comido. E enterrei-lhe sem dó, nem piedade, afinal foi ela quem pediu!
Já estava esperando os peidos e gemidos de "ai, está doendo", quando me dei conta que ela estava na maior, lascando o dedo no clitóris e pedindo "vai, enterra." E eu enterrei, e enterrei, e enterrei! Nunca tinha sentido meu pau tão duro e no final dei uma gozada monumental, que quase me fez perder os sentidos. E mais: ela também gozou, gemendo muito!
Como nem tudo é perfeito, tirei a rola do esgoto e o cheiro que veio não foi dos melhores. Tranquei a respiração e mantive distância do escapamento.
O problema é o seguinte: minhas convicções se demoliram como um castelo de cartas. Quando tornar a vê-la, certamente pretendo ouvir o lado B do disco novamente.
Portanto, pergunto aos nobres colegas de Junta Psicótica:
Estarei eu chafurdando na merda? Esse troço com trôço vicia de fato?