Minha primeira impressão é que se trata tudo de uma armação contra o jornalista.
Vejam destaques em negrito e comentários em cor azul:
MIGUEL ARCANJO PRADO
da Folha Online
A comerciante banditismo e envolvimento com PCC agora tem outro nome Nadir Dias da Silva, 50, afirmou ser amante de Roberto Cabrini, 47, há três anos, e acusou o jornalista de ser usuário de drogas, em depoimento dado no 100º Distrito Policial, localizado no bairro Jardim Herculano (zona sul), segundo documento ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso.
O jornalista foi detido em flagrante, em companhia de Silva, na noite desta terça-feira (15), em São Paulo. No veículo de Cabrini havia dez papelotes de cocaína, informou a Polícia Civil. Silva depôs como testemunha e foi liberada.
Indiciado por tráfico de entorpecentes tráfico? por que um jornalismo com um dos maisores salários da TV iriam traficar pequenas porções de droga?, Cabrini permanece detido no 13º Distrito Policial, no bairro Casa Verde (região norte de São Paulo), onde há celas para presos com curso superior. Ele foi transferido para o local na manhã de hoje.
O advogado de Cabrini, Alberto Zacharias Toron, disse hoje à Folha Online que seu cliente sofria ameaças de Silva.
No depoimento, Silva disse que o suposto envolvimento amoroso com Cabrini namoro? com aquilo ali? basta olhar pra cara da mulher e perceber que ela não faria sucesso nem no Predião Itatiaia começou quando se conheceram durante uma reportagem. Ela afirmou ainda à polícia que viu quando os policiais encontraram a droga com o jornalista, no porta-objeto do carro dele.
O delegado Ulisses Augusto Pascolati sugeriu que Cabrini alegasse ser usuário de drogas que moral pode ter uma autoridade policial que sugere ao detido que admita isso ou aquilo, pratica típica durante a Inquisição e na Ditadura Militar? , mas ele negou ser dependente químico.
Outro lado
Durante seu depoimento, Cabrini negou qualquer envolvimento amoroso com a comerciante. Segundo o jornalista, ele a conheceu quando era editor-chefe do "Jornal da Noite", na Band, quando fazia a cobertura da onda de ataques do PCC em maio de 2006.
Flávio Florido/Folha Imagem
Jornalista Roberto Cabrini nega as acusações contra ele
Ele disse ainda que, na hora em que foi abordado pelos policiais, estava dentro de seu carro, em frente a uma padaria da rua Deocleciano de Oliveira Filho, na zona sul da cidade. Cabrini disse que os policiais foram direto para o porta-objeto de seu carro pura armação, onde acharam a droga, e que não revistaram sua roupa. Ele acusa a polícia de ter armado o flagrante.
"Fui informado pela produção de jornalismo da Band que havia uma senhora que tinha entrado em contato com a redação, oferecendo-se para possibilitar que o lado dos presos fosse ouvido", disse o jornalista, no depoimento. Foi Silva quem informou ao jornalismo da Band números de telefone, a partir dos quais Cabrini afirma ter entrevistado o líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, disse o jornalista durante o depoimento.
Cabrini disse que Silva o ameaçou com armas de fogo, quando ela percebeu que ele sabia das relações que ela supostamente mantinha com traficantes do bairro onde mora a comerciante.
"O ápice das ameaças foi no dia em que apontou armas para mim, dizendo que eu não a denunciasse", afirmou Cabrini.
O jornalista admitiu ter consumido cocaína na companhia da mulher. "Fui obrigado a consumir o produto [cocaína] a fim de demonstrar que o clima amistoso permanecia até aí, normal, fingir-se amigo da fonte da notícia..., fato este que ocorreu uma vez", disse, no depoimento.