11:00 - Acordo e puxo uma corda ao lado da cama. A corda está ligada a um mecanismo que manda ao quarto uma loira peituda para o boquete matinal. Ela chega logo, tira a roupa e vai direto chupar o meu pau, sem falar nada exceto um "bom dia" antes da primeira abocanhada.
11:15 - Primeira gozada do dia, direto na boca da loira peituda. Ela engole e sorri para mim, que apenas digo "bota bom dia nisso". Eu mando ela embora do quarto, viro para o lado e durmo mais 45 minutos.
12:00 - Saio da cama e boto para assar um churrasco com muita picanha e costela de porco.
12:15 - Primeira cerva do dia, ou como chamo, "Breakfast of the Champions"
12:20 - Os amigos começam e chegar. Nós conversamos sobre as xoxotas que comemos durante a semana.
12:45 - Carne pronta, servida e comida. Piadas na mesa sobre o fato de que "só existe uma carne melhor do que essa, é a carne de xoxota". Risadas canalhas dominam o ambiente.
13:00 - Eu e os amigos abrimos uma caixa de Cohiba e mandamos ver na fumaça. Fodam-se os anti-tabagistas. Se estiver frio, mandamos ver um vinho junto. Se estiver calor, cerveja.
14:30 - Os amigos vão embora e eu vou para a primeira xoxota do dia. Chamo ao quarto uma ninfeta morena e afundo ela sem dó. Esporreio o cabelo dela, e ela desaparece assim que eu gozo.
15:30 - Hora de dar uma bandinha na Ferrari. Levo junto uma ruiva, que me dá boquete enquanto eu testo o motor. Recebo uma multa do pardal a 270 km/h mas não dou bola porque sou multimilionário e a multa é inexpressiva. Recebo em casa a multa, com foto minha ganhando um boquete da ruiva. Mando enquadrar e coloco na parede da sala.
17:00 - Hora de pegar o iate e passear. Levo junto duas mulatas que são primas, as oriento a não abrir a boca (exceto para chupar) e as fodo em alto-mar, alternando xotas, bocas e cus, tudo isso vestindo apenas um quepe de capitão. Ganho um ATM e um ATOM na sequência. Porra na boca das duas.
20:00 - De volta à minha pornomansão, é hora da janta. Uma megalasanha me aguarda, junto com um Chianti. Recebo dois amigos para o jantar e jogamos um carteado regado a uísque antes deles irem embora.
22:00 - Derradeira foda do dia. Chamo ao quarto as trigêmeas japonesas loiras e fodo até cansar, alternando entre as três.
01:00 - As trigêmeas vão embora e me preparo para dormir, obviamente sozinho. Me deito na cama e largo um peido longo, demorado, fedorento e barulhento. O meu cachorro, que até então dormia no chão ao lado da cama, se acorda, me fita com um olhar de desprezo e imediatamente sai do quarto. Com a sensação de dever cumprido e um sorriso no rosto, me acomodo no travesseiro e durmo por 10 horas, pensando no boquete da loira peituda que vai me despertar no dia seguinte.
Este seria o meu dia perfeito. Mas após pensar nesse meu dia perfeito, uma coisa me veio à cabeça: Porque sou assim? Porque diabos isso é que seria um dia perfeito para mim? E pensando nisso, lembrei de um episódio que pode ajudar a explicar isso, entre outras coisas.
Quando eu era bem novinho (entre os 10 e 14 anos mais ou menos), era hábito da famíla passar férias em Cidreira, uma praia aqui do RS. Nessa mesma praia veraneava um casal de mais idade que era muito amigo da minha família, casal esse de quem eu nunca gostei. Aquelas pessoas eram dos maiores moralistas que eu já vi. Diziam que criança tinha que ficar perto dos pais, que criança tinha que ir na igreja, e ficavam de uma maneira geral falando um monte de papos chatos, incluindo muito proselitismo sobre a porra de religião deles, que era "científica" e tal. E para o meu azar, eles eram muito amigos da familia e praticamente os únicos conhecidos em Cidreira, portanto íamos visitá-lo com uma certa frequência.
Em uma das visitas que fizemos a ele, eu estava especialmente aborrecido e resolvi tentar fazer alguma coisa, qualquer coisa, para sair de perto daqueles malas. A casa deles era bem próxima da praia e perguntei se ele não teria uma planonda (que é como se chama no RS as pranchas infantis de isopor) para que eu pudesse ir brincar um pouco no mar. Ele disse que achava que tinha uma, mas que estava perdida no caos que havia tomado conta da garagem da casa de praia dele, que segundo ele estava acumulando bagunça e velharias há décadas. Aí a mulher dele aproveitou para incomodar o infeliz (típico de velha moralista) e comentou que bem que estavam precisando fazer uma arrumação na garagem, e lamentou que eles não podiam fazer nada devido a problemas nas articulações. A minha mãe, que não havia gostado nada da idéia de eu ir sozinho para a praia, aproveitou a deixa e me largou a seguinte pérola: "Peter meu filhinho porque você não ajuda o casal e arruma um pouco a garagem deles? Assim você se distrai e ainda faz algo de útil."
Bom, eu amo a minha mãe mas às vezes ela me bota em frias, e essa parecia ser uma delas. Olhei para ela meio contrariado, pensei que qualquer coisa era mais interessante do que ouvir dois malas falando que conversavam com mortos e me fui para a garagem. "Com sorte acho a tal planonda", pensei.
Quando abri a garagem tomei um susto; Era uma garagem grande e realmente estava cheia de tralhas até o teto. Eram móveis velhos, bicicletas da década de 60, calotas cromadas, utensílios de jardinagem, pilhas de jornais antigos, embalagens de Glostora e de sabonete Eucalol, engradados de garrafas de Grapete, guarda-sóis comidos pelas traças, cadeiras de praia enferrujadas, um calendário da Philips de 1972, algumas ferramentas, redes apodrecidas pelo tempo, e lá no canto oposto à entrada, em cima de algumas caixas, uma planonda, reluzindo, ou pelo menos reluzindo tanto quanto é possível a um pedaço de isopor velho e coberto de poeira reluzir. "Ueba", pensei, "que arrumar a garagem que nada, vou pegar a planonda e pedir de novo para ir à praia". Fui escalando velharias até chegar à planonda, e quando ela estava ao meu alcance, notei que ela estava apoiada em uma caixa que estava em cima de um velho baú. Por algum motivo, aquele enorme baú me chamou a atenção e botei a planonda de lado para abri-lo. Tive que tirar a caixa de cima e forçar um pouco a fechadura, pois a mesma estava enferrujada. Com um pouco de insistência, a fechadura destrancou e pude abrir o baú.
Levantei a tampa e desde então não consigo esquecer o que vi; O baú estava cheio até a borda de revistas pornôs. Mas não era aqueles pornôs softcores de Carlos Zéfiro ou da Revista Status, era putaria pesada, com dizeres em uma lingua que eu não compreendia mas imagino que era sueco ou algo assim.
Naquele baú tinha de tudo. Loiras, morenas, mulatas, negras, orientais, fazendo oral, anal e dupla penetração, tomando leite na cara, nos peitos, no cu e nos cabelos, algumas tratavam de zoofilia, outras de fisting, tinha exemplares dedicados só ao sexo oral, revistas focadas em Golden Shower, vibradores, inserção de vegetais, roupas de couro e/ou látex, chicotes, incesto, pessoas velhas, pessoas novas, enfim, todo tipo de tabu. Lembro de uma loira magra e pálida com um cabo de enxada enfiado na xota em uma revista que falava dos prazeres da vida no campo ou algo assim, lembro de um anão chupando uma cu enquanto estava escondido no vestido de uma gostosa, lembro de uma mulher de cabelos raspados levando mijo de uns 5 negrões, entre outras coisas. Tinha até um aparelho de massagem, com ventosas e vários apetrechos, mas esse aparelho me deu mais nojo do que curiosidade e me foquei nas revistas. Dei uma olhada no que deu para ver, e depois de um tempo retornei, não sem antes bater uma bronha para uma morena que fazia anal com um branquelo, e fechar e cobrir aquele que havia se tornado o meu "baú do tesouro". Naquela noite fui dormir e aquelas imagens tomaram conta dos meus sonhos.
No outro dia acordei ("porque diabos essa cama e o meu pijama estão meio molhados e grudentos?") e perguntei ao meu pai:
- "Pai, quando é que vamos visitar o senhor X de novo?"
- "Bom, ele nos convidou para uma janta e acho que vamos lá hoje de noite."
- "Oba, quero ir junto. Posso ir junto pai, posso? Hein, posso? Por favor, posso?"
- "Ok, se queres ir, tudo bem. Não sabia que gostavas tanto deles."
Quando lá cheguei, perguntei a eles se não queriam que eu continuasse arrumando a garagem. Eles disseram "que educado esse filho de vocês! Pode sim Peterzinho!". E para a garagem me fui. A cada visita eu arrumava alguma coisa da garagem (só para disfarçar) e lia e relia aquelas revistas. Putaria, putaria e putaria, de todas as formas imagináveis e algumas inimagináveis. E eu lendo e absorvendo aquilo tudo, mandando ver muita bronha e imaginando quando é que eu teria a chance de fazer aquilo (Aliás, obrigado GPGuia, mas outro dia falo disso). E assim foi, durante dias, dias e dias, visita após visita, naquele que para mim ficou conhecido como "O Verão da Bronha". Tudo ia muito bem até que, faltando dois dias para o final do veraneio e das férias, o amigo da família sofreu um enfarte ("foi o calor", disseram) e bateu as botas. E quando ele bateu as botas, nem preciso dizer que o clima de férias e descanso terminaram. Levaram o corpo de volta à Porto Alegre, a minha família e eu voltamos alguns dias mais cedo para o velório e enterro, e a minha diversão acabou. A velha dizia já no velório que o falecido havia dito que tinha algo valioso guardado em algum lugar, mas de forma nem um pouco surpreendente ela nunca conseguiu falar com o morto para saber o que era ou onde estava. Imagino se a tal coisa valiosa que o velho mencionava para ela não era o baú de pornografia, mas sobre isso só posso especular.
No inverno daquele ano, enquanto aguardava ansiosamente o próximo veraneio, recebi uma notícia que me doeu no peito: A velha, sem poder ir até a casa de Cidreira por ter dolorosas lembranças do falecido, havia vendido a casa. Quando retornamos à Cidreira no ano seguinte, fui até o lugar onde a casa ficava e quase chorei ao ver que a garagem havia sido demolida e a casa reformada. Algum sortudo FDP com certeza havia achado o "meu" baú e levado o tesouro embora.
Aquele veraneio foi chato demais. A coisa só melhorou no ano seguinte, quando a casa ao lado da nossa foi alugada para uma família de Santa Maria que tinha uma filha da minha idade e que... Bom, essa história fica para outra oportunidade.
Peter_North - o Tôsco