Prostituição Superinteressante

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Prostituição Superinteressante

#1 Mensagem por Salomão » 26 Ago 2004, 12:24

Pessoal,
Vi que a revista Superinteressante tem uma reportagem sobre prostituição.
Eu ia pedir a algum forista assinante do UOL que me mandasse o texto da reportagem por mp (sabe como é, a revista custa R$ 8,50 nas bancas).
Mas fuçando, percebi que o site da Abril disponibiliza o texto da reportagem (gratuitamente) no endereço:
http://super.abril.uol.com.br/super/edi ... 6099.shtml

A reportagem aborda vários argumentos interessantes. Vou colocar alguns trechos aqui, para que vocês comentem. Depois, eu mando meus comentários.

:arrow: (As prostitutas) são exemplos de mulheres independentes financeiramente, que começaram a trabalhar como prostitutas quando já eram maiores de idade. Ainda assim, são mulheres estigmatizadas. Há muitas outras formas de uso comercial do potencial erótico do corpo - as campanhas publicitárias de cerveja são um exemplo inevitável -, mas nenhuma incomoda tanto quanto a venda de serviços sexuais.

:arrow: Não há nada mais perigoso na prostituição do que em outros trabalhos", afirma a (ativista) inglesa Niki Adams. "Mulheres ficam sozinhas com homens em várias situações e não são estupradas ou violentadas. O alto nível de violência contra prostitutas se deve à falta de punição para esse tipo de crime", diz. Isso que dizer que, talvez, o trabalho só seja mais perigoso porque não é vigiado como outras profissões.

:arrow: As doenças são outro risco inerente à prostituição. Mas, ao contrário do que se imagina, prostitutas vêem preservativos como um item básico do seu kit de trabalho. Como luvas para um enfermeiro. Em uma pesquisa patrocinada pela Unesco, feita em 2000 pela ONG Musa (Mulher e Saúde), 99,4% das entrevistadas afirmaram usar preservativo para sexo vaginal, 100% para sexo oral e 97,6% para sexo anal.

:arrow: A demanda por serviços sexuais é uma realidade que escapa a argumentações. (...) Nos Estados Unidos, só a indústria pornográfica legal - que inclui filmes, acesso a sites, sexo por telefone e outros serviços do tipo - fatura em torno de 10 bilhões de dólares por ano, segundo estimativa do instituto Forrester Research. Isso significa que, por lá, pornografia é melhor negócio do que futebol americano, basquete e beisebol - juntos.
Editado pela última vez por Salomão em 26 Ago 2004, 13:23, em um total de 2 vezes.

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Salomão
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Re: Prostituição Superinteressante

#2 Mensagem por Salomão » 26 Ago 2004, 12:48

Mais trechos...
Aos moderadores que eventualmente estejam preocupados com copyright, digo que se tranquilizem, pois a reportagem é bastante longa, e só estou colocando aqui alguns trechos que são relevantes para o grupo de discussão, e sem nenhum interesse comercial.
Além do mais, a reportagem está integralmente disponível, de forma gratuita, no site da Abril (que foi linkado).

:arrow: A lei brasileira que trata a questão poderia ser chamada de moderada. Mas seria mais exato chamá-la de confusa. Aqui, não há legislação referente à compra e à venda de serviços sexuais e o exercício da profissão é tolerado. Ou seja, prostituição não é ilegal. Ainda assim, há um clima de insegurança que reforça o estigma de marginalidade da profissão. O Código Penal prevê prisão de até dez anos para o lenocínio, como é chamado o incentivo de qualquer tipo à prostituição. Isso significa que - além dos cafetões - bordéis, boates com garotas disponíveis para programas, casas de massagem e todos os eufemismos para prostíbulos que anunciam seus serviços até em outdoors e programas de TV são ilegais.

:arrow: "Os traumas que prostitutas sofrem estão entre os mais difíceis de entender e mais desafiadores de tratar", escreveu no artigo "Escondida à Vista: Observações Clínicas sobre Prostituição". Nesse trabalho, ela analisa quatro casos em que a paciente esteve envolvida com prostituição e conclui que é impossível comercializar serviços sexuais sem sofrer um dano psicológico profundo e difícil de reverter. "Além de problemas psiquiátricos, muitas das prostitutas que tratamos são dependentes químicas", diz o médico sueco Stig Larsson. "Drogas e bebidas parecem ser primordiais para que elas encarem a jornada de trabalho."

:arrow: É ingênuo pensar, no entanto, que a maior parte das mulheres faz uma escolha tão determinada quando entra para a prostituição. Em geral, a venda de serviços sexuais se torna uma das únicas opções para mulheres com baixíssimo grau de escolaridade e poucas perspectivas de trabalho, em especial em países subdesenvolvidos. "Mas isso não significa que elas não sejam agentes de suas escolhas", diz a psicóloga Julia Davidson. "A maioria pesa as alternativas. Não seria pior trabalhar como empregada doméstica ganhando menos, com condições piores e ainda sofrer assédio sexual do patrão?", pergunta Julia. "Muitos trabalhos não são uma escolha", diz a prostituta americana Carol Leigh, da Rede de Educação sobre Prostituição. "Você pode escolher ser médica ou escritora, mas quase ninguém escolhe ser garçonete." Nem por isso, ser garçonete é proibido.

:arrow: Alguns (ativistas) acham que a prostituição deve ser uma atividade com carteira assinada, impostos e benefícios. É uma tentativa de fazer com que ela se torne tão ordinária quanto muitas outras profissões. "Nesse caso, crescem as chances de as mulheres se verem como profissionais e, assim, podem cogitar mudar de emprego. O estigma hoje é tão forte que, uma vez na prostituição, elas se sentem incapazes de fazer outra coisa", diz a historiadora Margareth Rago.
Mas há também quem lute pela descriminalização sem legalização. "Regulamentar a atividade só transfere os direitos de cafetão ao Estado", diz (a ativista) Niki Adams. Na prática, é uma situação contraditória que acha que os governos têm de pagar o preço pelo fato de algumas mulheres terem de viver da prostituição. No projeto de Adams, prostitutas não pagariam impostos nem abdicariam dos benefícios do governo. Ou seja, teriam mais vantagem que qualquer outro trabalhador.



É isso aí. Abraços,
Salomão

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#3 Mensagem por ElPatrio » 26 Ago 2004, 16:42

Caro Salomão, a reportagem trata da prostituição nos seus moldes tradicionais, ou seja, da garota que roda bolsinha na esquina sendo explorada pelo seu cafetão, um cara sem excrupulos, violento, traficante ou usuário de drogas.

Hoje isso está mudando. Não que essa situação marginal não exista mais. Mas garotas de classe média estão se prostituindo, essa é a verdade. Alugam seus flats ou trabalham em casas de luxo sabendo muito bem o que estão fazendo. Muitas até gostam do que fazem. Outras talvez passem por suas crises existênciais, sei lá, mas continuam na labuta. Eu frequento o centrão e até lá elas preferem ser chamadas de "garotas de programa" como se tivessem sua auto-estima revigorada, vão de embalo nessa onda.

Os tradicionais cafetões estão sendo substituídos por donos de boates, casas de massagem ou privês. Num esquema mais profissional longe do universo marginal. Claro que a garota também é explorada de certa forma, mas qual empregado não é?

No entanto, essa matéria é cheia de clichês.

A resvista superinteressante pertence ao grupo Abril, e como todo grupo de mídia é tendensioso e manipulador. É claro que a matéria divaga em causa própria ou por interesses que fogem da simples prestação de informção ao leitor. Eles deturpam idéias e conceitos procurando criar imagens falsas, na cabeça do leitor mais desatento.

Não e´simples coincidência que diferentes mídias estejam tratando do assunto em questão. Talvez esse boato da hipótese de reconhecer e legalizar a profissão de prostituta ou ainda a grana alta que rola e adesão da classe média ao puts puts estejam incomodando.

Para mim essa matéria não tem credibilidade. A superinteressante já viveu melhores dias, quando se preocupava única e exclusivamente com a ciência.

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#4 Mensagem por Renton » 27 Ago 2004, 09:09

lembro de ter lido, há muito tempo - alguns anos - uma matéria na revista Veja São Paulo (ou será Revista da Folha), sobre GPs em baladas, o título é alguma coisa como "Patricinhas x Prostitutas"...


essa matéria é mais coerente do que a da revista Superinteressante...

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Chupeta Superinteressante

#5 Mensagem por Erico » 28 Ago 2004, 07:46

Salomão escreveu:Em uma pesquisa patrocinada pela Unesco, feita em 2000 pela ONG Musa (Mulher e Saúde), 99,4% das entrevistadas afirmaram usar preservativo para sexo vaginal, 100% para sexo oral e 97,6% para sexo anal.
Nao sei onde foi feita esta pesquisa patrocinada pela Unesco, mas certamente a estatistica quanto ao uso de condom para chupeta nao se aplica ao Brasil. Na minha casuistica, este percentual estaria em torno de 60 a 70%. No Japao, imagino que chegue perto de 0%.

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#6 Mensagem por CARTEIRADOR BANIDO » 28 Ago 2004, 18:39

Realmente Erico a pesquisa deve ser da Holanda, Belgica, Suiça, etc.
Brasil, america do sul e principalmente africa devem estar bem longe desses numeros.

Mas referente a reportagem da revista será que o reporter é putanheiro ??? Qual o interesse dele e da revista referente ao assunto ???
SuperInteressante a revista dos Putanheiros. :lol: :lol: :lol:

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#7 Mensagem por ElPatrio » 28 Ago 2004, 19:21

Ninguém Liga escreveu: Mas referente a reportagem da revista será que o reporter é putanheiro ??? Qual o interesse dele e da revista referente ao assunto ???
SuperInteressante a revista dos Putanheiros. :lol: :lol: :lol:

Caro Manda Bala, reitero o que disse acima:

Não e´simples coincidência que diferentes mídias estejam tratando do assunto em questão. Talvez esse boato da hipótese de reconhecer e legalizar a profissão de prostituta ou ainda a grana alta que rola e adesão da classe média ao puts puts estejam incomodando.

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