Li uma reportagem na IstoÉ desta semana e fiquei deveras emputecido. Compartilho a galhofada com vossas senhorias:
http://www.terra.com.br/istoe/1943/comp ... idados.htm
Alguns pontos que grafei na leitura:
-Vítimas do consumismo e do crédito fácil, eles gastam mais do que ganham e devem mais do que podem pagar. A conta sobra para os pais.
-Começo o mês no vermelho. O salário cai e mal dá para cobrir o limite do cheque especial. Gasto numa blusinha aqui, numa baladinha ali.
-Eu não sabia controlar meu dinheiro. Dava cheque pré-datado e esquecia. Meu nome só não entrou na lista negra do Serasa porque meu pai me socorreu.
-Usa e abusa do cartão de crédito. Ela sabe que, na hora do aperto, quem assume a fatura é sua mãe, que também banca sua conta de celular. Ela ganha R$ 1,2 mil no estágio e chega a gastar facilmente o dobro disso por mês. “Quando percebo que não vou ter dinheiro suficiente, peço para minha mãe me dar cobertura. Acho que só consigo pagar a conta sozinha uma vez a cada seis meses”.
-Dona de um Astra novinho em folha – presente da mãe –, xyz se endividou este mês para pagar a primeira parcela do IPVA, de R$ 473.
Estava então divagando, após ler esta reportagem - que é um tradicional ppp, e vejo que aqui está a raíz do nascimento de muitas meretrizes que prestam seus valorosos serviços a este bando de canalhas, no qual obviamente me incluo.
Um bando de jovens que não sabe o valor do dinheirinho de seus pais e por outro lado um grupo de pais que cria seus filhos desta maneira, dando de tudo do bom e do melhor sem cobrar nada em troca, nem mesmo gratidão e responsabilidade.
Hoje é comum vermos casos de filhos que agridem os pais que são seus provedores financeiros, eu acho isso absolutamente inadmissível (e lamentável, é claro). Este fenômeno social acontece bem debaixo de nossas fuças.
Acho que aquela boa surra de criança, nas devidas proporções obviamente, é um fator educacional que deixou de ser aplicado.
No meu tempo, se eu por um devaneio qualquer exigisse de meu pai que a calça tinha que ser da marca X, a camisa da marca Y, ou qualquer outra idiotice destas ele simplesmente me dava um chá de casca-de-vaca e liquidava a fatura, me despachando para as lojas Pernambucanas com um dinheiro qualquer e queria ver o troco na volta.
Então meus caros, vejo que apesar de chocante, muitas vezes somos nós os pais que incentivamos a uma filha a ida para a vida de putana e os olhos se fecham para o fato.
É isso meus caros, absolutamente lamentável.