Clinton escreveu:(...)Eu, talvez, não via o ateísmo desta forma, porque meu avô era ateu e uma pessoa de integridade que eu raramente encontrei em outras pessoas. Foi um exemplo construtivo para todos que o conheceram.(...)
Eu discuti (ou tentei discutir) religião com um monte de gente.
Gente de bom nível social e cultural. Pessoal cujas carreiras profissionais exigem pensamento metódico, lógica e razão, mas que são cristãos obstinados.
Nenhuma discussão acabou bem.
O crente sempre acabava muito irritado comigo e passava a falar de forma agressiva ou se dizendo agredido, ainda que eu mantivesse a mesma calma e comportamento desde o início.
As poucas pessoas que conheço e que são ateus são as melhores pessoas.
E, não vai aqui nenhum ranço contra os crentes, mas apenas uma conclusão:
A de que os crentes - intelegintes - simplemente não tem coragem e honestidade para admitir que aquilo tudo está errado.
Falta coragem de encarar a sociedade católica, matar o peito e responder às caras feitas.
E falta, sobretudo, honestidade própria. Ou seja, essas pessoas sabem, porque como o Clinton disse, tudo isso é cristalino. Mas, ainda assim, preferem ser desonestas com todos à volta e principalmente com eles próprios.
Existem muitas razões psicológicas, claro, mas no fundo, pelo menos para as pessoas esclarecidas, é tudo uma questão de covardia e desonestidade.
É por isso que todos ficam tão irritados quando confrontados diretamente.
Os ateus, por outro lado, não se submentem a uma "moral divina". Mas se dedicam a pensar e determinar o que, pra eles mesmo, é moral, é honesto. Porque pra eles isso (honestidade e moral), conta. Conta demais pra ser deixado pra outra pessoa (ou divindade) decidir.
Por isso, eu acrediro, elas tendem a ser pessoas mais justas e centradas.