Assuntos Gerais BDSM-SCC (contos, links, eventos e ainda para falar livremente sobre BDSM)

Discussão sobre BDSM-SSC : atitudes, conhecimento e entendimento da chamada "forma de vida alternativa". Experiências, motivações, inquietudes e demais coisas relacionadas...

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#106 Mensagem por Maestro Alex » 12 Jun 2008, 17:53

AGRESSÃO E PODER



Uma das mais interessantes questões do PODER é sua capacidade em lidar com ofensas ou ataques indesejados.

Engana-se quem pensa que retórica é sinal de força. Nem sempre essa máxima é a correta. Dar atenção a pessoas ou coisas insignificantes simplesmente o nivela por baixo, aumenta a atenção que seu agressor deseja ter.

O PODER de permitir que algo lhe perturbe é SEU, não dele.

Notar a existência do agressor e dar importância ao assunto ou ofensa, é algo que se deve levar em conta apenas se o ataque tem alguma relevância, pois caso contrário, você se verá envolvido numa discussão fútil, desprovida de sentido com alguém que está no anonimato tentando ser ouvido.

Geralmente o agressor quer ser notado, precisa que você entre no “jogo” para que seu ataque encontre eco, tenta chamar sua atenção de alguma forma, tal qual uma mosca zumbindo.

Deixe o inseto em paz, logo ele vai embora ou morre sozinho.

O simples fato de ser atacado o coloca em vantagem.

Entenda: ninguém se importa com coisas pequenas ou desinteressantes, logo, se você é vítima desse tipo de ação, significa que aos olhos do agressor você está em situação de PODER, você incomoda e desperta nele um desejo inconsciente de igualar-se a você.

Ele despende todo esse tempo e energia esperando uma reação sua. Apenas IGNORE. Acredite, isso é mortal. Nada frustra mais as expectativas do agressor ou da platéia que a sua total indiferença. Isso é ter o PODER.

Ter a capacidade de não se deixar arrastar para armadilhas e não ser tolo a ponto de dar luzes para quem está na sombra.

Não há vantagem em dar espaço a um agressor anônimo, ele só sobrevive se você permitir e a sucessão de ataques acabam entediando quem observa.

O agressor precisa da sua participação para conseguir a aprovação ou ser notado por terceiros. De certa maneira, é uma tentativa de aliviar o sentimento de inferioridade que você desperta.

Nessas situações seja majestático, deixe o rio seguir seu curso, é a melhor coisa a fazer.





Abraços!

SENHOR VERÐUGO

www.senhorverdugo.com

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#107 Mensagem por Maestro Alex » 13 Jun 2008, 14:56

Velas, é seguro?

A segurança deste jogo está no tipo de vela que se usa e na distância que ela estará do corpo na hora em que forem derramados seus pingos.

Falar deste prazente jogo S&M é complicado, pois existem variantes que nem um milhão de palavras conseguiriam explicar, por isso, optei por falar apenas de sua segurança.

Se a vela usada é de uma parafina muito elaborada, a probabilidade de marcar/queimar a pele é grande.
Ex. Velas ornamentais ou perfumadas: A química usada em sua fabricação contribui para alergias e um maior calor, o que possibilitaria marcas indesejáveis.
Quão maior for a distância da vela em relação ao corpo, menor será o calor de seus pingos.
Sugiro o uso de velas bem simples, estas são feitas apenas de parafina e pavio fino, outro responsável pelo calor da cera.
O uso de várias velas conjuntamente deve ser explorado apenas por Sádicos mais experientes e... masoquistas já iniciados.

Apenas para citar:
O uso de velas na iluminação da cena torna-se indispensável quando o que se busca é propiciar um clima de aconchego e mistério.


Fonte: http://www.sirganon.com/index.html


profane malign {Sr.A.N.}

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#108 Mensagem por Maestro Alex » 14 Jun 2008, 19:37

2008/6/13 Profane Malign <profanemalign@ ******.com>:

Estereótipos…

Em meu profile do orkut eu coloquei um aviso para os Baunilhas (Pessoas que fazem sexo convencional) , que causa muitas risadas no pessoal do meio BDSM. Mas com a maioria dos Baunilhas eles acham q estou mentindo. :P

Isso é para ver como as pessoas tem uma visão errada do BDSM.

Para os Baunilhas Bitolados (intitulados 'Normais') e afins:

-NÃO sou Satanista

-NÃO sou Antisocial

-NÃO tenho corpos enterrados em meu quintal. E nem escondidos na geladeira!

-NÃO sou tarado.

-NÃO sou canibal.

-NÃO mantenho pessoas trancadas no porão.

-NÃO sou Serial Killer.

-NÃO ando de correntes, latex, máscaras e outros acessórios na rua e nem no trabalho.

-NÃO curto Zé do Caixão e Marilyn Manson (Nada contra para quem curte!)

-NÃO tive problemas na infância!

-NÃO sou Gótico, Vampiro, Cyber, SkinHead, Industrial, Punk, etc… (Nada contra!)

-NÃO sinto tesão quando bato a canela na quina da mesa. (Sou masoquista, não retardado!)
-E NÃO. NÃO pretendo entrar num shopping e metralhar as pessoas!


Fonte: http://gasmask- bdsm.com/ pt/




--
{marcia}-Mt.Apollyon


"A grande tolice da humanidade foi fazer do amor uma ideia.
O amor é um instinto.Dar- lhe cérebro é entristecê-lo."

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#109 Mensagem por Maestro Alex » 01 Jul 2008, 17:48

Obediência


Obedecer é difícil por isso faço

Obedecer machuca e não dói na pele

Que importa a dor do corpo? Isso é fácil!

Conter o desejo, dobrar a vontade a vontade do Amado,

Isso dói, pega no fundo, curte o desejo, fortalece a vontade

Dá ao corpo a sensação de profunda capacidade,

Disciplina do ego.

O maior poder da vontade é anular-se.

Obedecer é força.

Obedecer é duro, por isso eu faço.”




Patrícia Clemente

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#110 Mensagem por Maestro Alex » 01 Jul 2008, 17:53

AMOR e BDSM - Condição essencial? (julia)

Escrito por masterbdsm em Junho 11, 2008


Quando a beea me pediu que escrevesse sobre esse assunto, sabia que iria enveredar por um terreno pantanoso, uma vez que iria lidar com dois paradigmas muito poderosos na vivência de cada um de nós: o amor e o BDSM.

De um modo geral, pela minha experiência pessoal e pelo que vejo da dos outros, o BDSM surgiu na vida de cada um de nós como resultado de um processo mais ou menos intenso, mas sempre libertário. Escravas ou Mestres, submissos ou Dominadoras, para a maioria de nós o BDSM representa a possibilidade insuspeitada de viver uma fantasia que não sabíamos até então poderia ser experimentada como algo inteiramente são, seguro e consensual. A descoberta disso, via de regra, transborda de entusiasmo. É como se enfim nos livrássemos dos preconceitos, menos os alheios e mais os nossos próprios. Mas sempre que a humanidade (e cada pessoa em particular) se livra de algo que lhe oprime, a tendência inicial é rejeitar completamente o que antes lhe sufocava. E o que nos impedia de alcançar a liberdade da vivência BDSM?

Bem, essa questão é bem pessoal, mas creio que no âmago de cada resposta em maior ou menor grau está um pouco do ideal do amor romântico, aquele amor sublime, que não traz o paradoxo do ódio dentro de si, que é apenas enlevo e alegria, que é celebrado nos matrimônios, nas letras de música, nos poemas de todos os tempos, nos romances, no cinema, no palpitar dos corações adolescentes (e dos nem tanto). Dentro do ideal do amor romântico é impossível pensar que alguém que me ame possa comprazer-se em êxtase como meu sofrimento. E como eu posso amar alguém que me tortura? Desse modo, muitas vezes foi preciso questionar (e negar) muito esse ideal de amor para se chegar à possibilidade da experiência BDSM. E aí, muitos de nós vangloriam-se por dissociar o amor (qualquer amor) do BDSM, inclusive tratando com um certo desprezo, mais ou menos sutil, aqueles que se dizem amorosamente envolvidos com os seus parceiros nos jogos BDSM, pressupondo que quando tais sentimentos não estão presentes nas relações, o jogo é mais maduro, mais puro, mais “essencialmente” BDSM.

No entanto, nesse ponto, acho que me cabe comentar, há amores e amores. Formas inúmeras de amar, talvez tantas quanto sejam as pessoas no mundo. Dizendo isso não pretendo me eximir do cerne da questão, relativizando tudo e portanto não afirmando nada. Afirmo, sim, que no meu entender o amor é condição essencial para viver o BDSM. Mas não me refiro aqui ao ideal do amor romântico, até porque nesse eu não acredito. Também com isso não pretendo retroceder no que a maioria de nós, mulheres, conquistamos nas últimas décadas, ou seja, a capacidade de dissociar sexo de amor. Embora algumas espécimes remanescentes ainda não tenham tido o prazer dessa descoberta, a maioria de nós já sabe que é possível (e muito prazeroso) o sexo pelo sexo, sem necessidade de maiores sentimentos envolvidos. Inclusive o sexo BDSM.

Não é disso que trato aqui. Para dizer do que trato aqui, tentarei falar sobre o que significa o BDSM, do meu ponto de vista:

1. Antes de tudo, entrega irrestrita. Não consigo imaginar um relacionamento BDSM onde há espaço para algum canto escuro, secreto, intocável, sagrado. Não há nada que possa ser pensado, imaginado, vivido, fantasiado, mas que não possa ser dito ao outro.
2. Desse modo, o BDSM também significa confiança absoluta, porque não se partilha nossas sombras com alguém em quem não se possa depositar total confiança.
3. É preciso cumplicidade, sintonia, afinidade para submeter-se a uma outra pessoa, para seguir na trilha que ela indicar, para colocar o prazer do outro acima do nosso (sabedores que já somos de que ali estará, ao final, também o nosso prazer).
4. É preciso muitas vezes uma determinação férrea para suportar a dor (especialmente aquela que realmente não buscamos - pois sabemos que para nós é muito fácil rir com prazer da maioria das dores que nos infligem), e uma imensa força de vontade para retirar dessa dor verdadeira (dessa “dor pura” digamos assim) um prazer real, já que é essa a nossa glória e o nosso suplício.
5. Por fim, é preciso um respeito profundo, muito tesão e um interesse constante pelo outro para que palavras seguras sejam ditas e sejam recebidas, sem que a natural e mútua frustração se transforme em mágoa, ressentimento, cansaço ou desânimo.

Para mim, entrega irrestrita, confiança, cumplicidade, sintonia, afinidade, determinação, força de vontade, respeito profundo, muito tesão e interesse constante nada mais são que outro modo de falar, em conjunto, de AMOR. E talvez se há alguma divergência entre nós, essa seja apenas de terminologia. Percebo, que acabei construindo um outro ideal de amor, menos ingênuo talvez, menos maniqueísta, já capaz de incluir em sua estrutura sentimentos menos “nobres” como o ódio, a raiva, a força do poder, mas nem por isso menos ideal. No entanto isso só reforça o pensamento de que é de amor que estamos tratando aqui, pois qual a matéria de que é feito o Amor senão o Ideal?

Na prática, nada é assim tão simples, e a determinação férrea muitas vezes se confunde com resistências férreas, a entrega irrestrita às vezes se confunde com o medo da perda, a sintonia se abraça com a acomodação, a força de vontade vira teimosia, e é preciso doses extras de paciência e tolerância para não perder o rumo. Mas amor é assim mesmo, cantado na prosa e no verso sempre soa diferente do que se vive dentro da pele - mas aí já é tema para um outro colóquio…

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#111 Mensagem por Maestro Alex » 03 Jul 2008, 12:52

SADOMASOQUISMO É COISA SÉRIA!

Sadomasoquismo por anos inspira escritores e é objeto de estudos da psicologia e da medicina. Embora depois disso seja também uma curiosidade social e sexual bastante estereotipada, S&M é coisa muito séria.

Ser Sádico não é "tiração de onda" não. Ser Sádico é trabalhar em si e no outro os mais profundos sentimentos e talvez os mais primitivos instintos e valores humanos, através da utilização de técnicas que provoquem sensações, dentro de um jogo de poder, não-poder, proteção, conhecimento e criação.

Masoquistas e submissos(as) de verdade, são seres parceiros e complementares de valor inestimável. Mas que não se sintam elogiados com isso qualquer uma ou qualquer um que se diga submissa ou submisso; não é para os embustes e meros pretendentes às poucas glórias da submissão e do masoquismo nem o meu respeito e a minha reverência. Nem tampouco penso em defender e elogiar os que do outro lado, apenas "tiram onda" como Dominador pós internet.

A masoquista e a submissa sérias buscam realização nas mãos de um Sádico ou de um Dominador sério e quão belo e valioso é este ato, e quão imensa é a graça, mas também a responsabilidade destes senhores. Ah, se todos que se auto intitulam Sádicos, Dominadores, pudessem compreender toda a grandeza da submissão e do masoquismo; se todos pudessem sentir quanto de responsabilidade e de graças têm a dar aos céus por terem em suas mãos, muitas vezes uma, ainda incauta, mas submissa ou masoquista verdadeira. Se todos pudessem perceber que a masoquista e a submissa autênticas - falo daquelas e daqueles dos quais falam os escritores, com os quais se preocupam os médicos e psicólogos - querem e merecem respeito, jamais a brutalidade, jamais grosseria. São tesouros que só podem ser devidamente apreciados por seus complementares, Sádicos e Dominadores por natureza.

Quem lê estas minhas palavras deve estar se perguntando porque uso as expressões Dominador sério, submissa séria e falo em autenticidade. Essa distinção se faz, na minha opinião, necessária no "pós net", pois há os que imaginam Sadomasoquismo como uma tiração de onda da internet e jamais sentiram ou praticaram S&M verdadeiramente e nem pretendem se lançar nessa empreitada, senão por trás do teclado, mouse e monitor de vídeo de seus computadores, nas madrugadas solitárias ou nas tardes desocupadas, misturando-se aos que vêem o SM ou a Dominação e submissão como práticas a serem vividas. Embora se faça no Meio normalmente a distinção como sendo tais pessoas "virtuais" ou não reais, eu as distingo como sendo "falsas", porque o oposto de "real" não é e nunca foi "virtual", mas sim, "falso". O que não é real, é falso e não virtual. Nada tenho contra o chamado sexo virtual, que na verdade é uma masturbação assistida, até interessante por vezes, porém, não posso considerar SMers autênticos e sérios o suficiente para que eu ouça suas vozes os adeptos apenas desta forma imaginária de SM ou de Dominação e submissão; pessoas que jamais praticaram S&M, e que, mesmo com um ar aparentemente sério, apenas "tiram onda" pela internet. Muitas vezes pessoas de bem e amigáveis, sem nenhuma dúvida, mas não é isso o que se discute ou os transforma em verdadeiros e sérios. Tenho amizade por eles, mas aqui falo "dos outros".

Esclarecido isso, volto às divagações quanto a seriedade do Sadomasoquismo. Ser Sadomasoquista não é conhecer os protocolos e as liturgias Sadomasoquistas; ser SM é sentir. Saber o que é uma febre não é a mesma coisa que estar com febre e da mesma forma que saber o que é a febre não faz ninguém febril, saber o que é SM e D/s não faz ninguém Sadomasoquista, Sádico, Dominador, masoquista ou submissa(o). Os que São levam a sério e valorizam o S&M como sua forma de prazer, e por conseqüência o outro SMer; sentem a importância de cada ato, de cada conquista, de cada símbolo, e não fazem isso forçadamente, fazem por instinto de preservação e de sobrevivência. Ninguém precisa lhes dizer que levem a sério, eles não conseguem ver de outra forma que não seja com seriedade. A estes, meus respeitos, minhas melhores vibrações, em especial os adeptos da submissão e as masoquistas. Ok, os Dominadores e Sádicos também, mas colegas, me perdoem, sem vocês eu vivo, sem elas vai ser dificil...rs. .. eu disse que era questão de sobrevivência. ..hahahaha. ..

Porque é um Meio tão difícil de conviver? Bom, acredito que primeiro estamos entre Sádicos naturais (sim, já pensaram na hipótese de sermos todos - Sádicos e masoquistas - Sádicos? Uns Sádicos para com outros e outros, os masoquistas, sádicos consigo mesmos) e mesmo mantendo algumas liturgias de boa convivência e cortesia, os instintos falam mais forte e o prazer vilão de ver a injustiça e os"heróis" caírem e chorarem é inevitável. A cortesia e camaradagem entre SMers (todos de alguma forma sádicos) se assemelharia, por esta teoria, a um acordo entre canibais de não devorarem uns aos outros onde há momentos de muita fome, mas em determinados momentos a forme torna-se irresistível para todos e aqueles que estão demonstrando cansaço ou, por estarem feridos, se tornaram indefesos são sacrificados em caráter de exceção para matar a fome de alguns, quando após, saciados, todos voltam a reafirmar seu compromisso com o pacto, até a próxima fome ou até que alguém se torne novamente vulnerável, que é quando mais abre o apetite. Você que me leu até aqui, o que você acha?

Com tudo isso, Sadomasoquismo é coisa séria e feliz é aquele Sádico, Dominador, masoquista ou submissa, que encontrou com quem, para fazer um paradoxo, "brincar". Só consegue sentir o valor do Sádico quem é masoca; só o Dominador é capaz de dar valor à submissa; a masoquista jamais será valorizada senão por um Sádico e o Dominador jamais conhecerá valor senão o que vem da submissa. Se você não consegue compreender o valor do seu parceiro ou da sua parceira, ainda que em potencial, ou você ou ele(a) pode não ser o que diz ser. Por extensão, se você não consegue sentir respeito pelo outro SMer, da mesma forma, ou você ou ele... ou ela...

Estas minhas palavras não tem o objetivo de inquietar ninguém, mas de fazer um brinde ao Sadomasoquismo e a todo Sadomasoquista autêntico e sincero que perambula por este mundo. A você meu ou minha parceira de sentimentos S&M, meu abraço e o meu mais profundo respeito e admiração.

Saudando a todos e agradecendo a quem me leu,

Tormentos

*Texto cedido à Revista Fetiche Sex, publicado em Jan/08, Ed. Num. 11

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#112 Mensagem por Maestro Alex » 03 Jul 2008, 15:32

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/200 ... html#links

Alguns números...
Inicio do BLOG após fechar o meu site: Agosto 2006.

Visualizações do meu perfil: 1069.

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9 colaboradores

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Últimos 30 dias:

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visitantes: 993 (dos quais 403 novos - até agora)

Média visualização pág.: 3,5 p/visita.

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Maestro Alex - Dom

É impressionante como a vaidade, de alguns é exacerbada, no mundo dos Dominadores/as, e submissos/as, então, é impressionante, Eu vivo dizendo aqui que levo 26 anos de BDSM - SSC, que sou um eterno aprendiz, abro meu espaço a colaboradores, dou total liberdade e respondo também com total liberdade aos meus colaboradores. Mas lamento que neste mundo exista gente que precisa fazer alarde, não falo dos meus feitos, não me imponho, sou de dividir sempre a alegria e feitos dos colegas sem distinção de sexo, religião, crença, Tops, ou Bottoms... tenho um Blog que um ano levou prêmios, cresceu, forma opinião, tem colaboradores, antes meus sites foram iguais e sempre na mesma filosofia... Somos adultos, gente que por sobre tudo é BDSMer por opção, minha face esta no perfil, não me escondo, Sou o que Sou... E me sinto no direito de opinar e expressar o que penso. E espero ser bem entendido... Não estou falando mal de ninguém, só chamando ao nosso povo à reflexão e humildade que devo ter para poder crescer, e nos tornar um movimento forte e respeitado aqui no Brasil. Minha saúde precária, me impede e sei disso ver esse momento no futuro, mas por enquanto, farei de tudo para fazer minha parte... Longa vida ao BDSM.

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#113 Mensagem por Maestro Alex » 08 Jul 2008, 01:49

Maestro Alex - Dom - Sobre BDSM

Se não fosse pelo BDSM tomado por Mim como filosofia de vida, já teria desistido da luta. BDSM é DOR, a dor de crescer, de aprender, de criar, da submissão, e também da Dominação. Quem Domina, também tem suas dores. Nascemos na dor, e muitos morremos na dor. O processo da vida é doloroso, a felicidade é algo de momentos efémeros, só isso, que nos ajudam a sobreviver. Dominar, é ter a dádiva, da liberdade e do sofrimento de quem te entrega esse poder livremente, a submissa/o, é quem tem o Poder, e o cede ao seu Dominador/a. É o que Eu sinto, posso estar errado, mas não vejo possibilidade de vida real sem a dor como um sentimento profundo e criativo. Não só no nosso mundo escolhido, mas na vida "normal". Em fim, divagando no meio de mais uma insônia, de mais uma madrugada difícil, de um dia passado no meio da dor, e sabendo que este dia que começa será tão doloroso ou mais que o de ontem. Staying alive, por mais um dia...

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/200 ... html#links

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#114 Mensagem por Maestro Alex » 09 Jul 2008, 10:37

O Bdsm regional

Ele existe e é fato: cada região ajuda , pela sua própria cultura local a criar um perfil do bdsm em cada estado.òbvio que ste perfil não abrange a totalidade dos indivíduos particantes do prazer extremo do lugar , mas influencia boa parte.
No Rio de janeiro, o jeito indolente, despojado e malandro gera um perfil meio superficial do Bdsm, me parece.A coisa fica muito na prática na base do "vai que dá"
Vejo isso nas tentativas frustradas de quem , nadando contra a correnteza, até tenta uma direção mais séria como a Sra Maga, que tentando criar um grupo de estudos Bdsm, encontrou resistência porque pediu R$ 10,00 para o custeio de uma apostila encadernada com tópicos discutidos e abordados.
Mas para gastarem cerveja, tem!
Não quero dizer com isso que não haja Bons Dons, Dommes, subs e masocas no Rio.Mas ainda não superamos o Bdsm chopp como única forma de reunião e evento associativo.
Aqui, os podólatras estão dando banho nos Bdsmistas, vide a Festa Desejo, na minha opinião o melhor evento do Rio que pela graça e boa vontade da Sra Mazinha e Podo Rj, abrem espaço para os bdsmista, tomando o cuidado com SSC.
A cultura comportamental local do Rio também traz dificuldades para contratos.Enquanto no Sul, há escravos realmente interessados em contratos sérios irando por uma Domme ou Sádica, no Rio é escasso submissos e masoquistas de fato focando uma relação Bdsm de treinamento e adestratamento. A maioria quer cenas avulsas, "teatrinho bdsm" ou seja eu faço de conta que obedeço e você faz tudo o que desejo para minha fantasia.
Óbvio, as Dommes e Sádicas correm destes tipinhos oportunistas que de servir nada querem!
Há também uma preferência declarada dos Dons pelas ninfetinhas, pelo menos assim se queixam as escravas maduras na prateleira, preteridas por idade.
Vejo em São Paulo, uma maturidade maior de organização e consciência de estudo e processos nas técnicas.
Minas vem correndo por fora buscando espaços e boas discussões, bem como o Nordeste.
O Sul começa a amealhar mais eventos de encontro
Bem , seinceramente acho que o Rio com seu "oba-oba, balacobaco e telecoteco" na base do sol sal e suor, tá playboyzinho demais na base do deixa rolar.
Tá na hora de uma base séria por aqui.E quem tiver competência que a ensine aos novos.
Chopp é legal, mas apenas uma forma de socialização.Vá lida, mas ficar só nisso, me parece muito superficial.
Esta é minha opinião.








Domme Morrigan

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#115 Mensagem por Maestro Alex » 09 Jul 2008, 12:50

SADOMASOQUISMO: ESTE INCOMPREENDIDO ...

Dr. Bernardo Lynch de Gregório
Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta
São Paulo/SP


O termo Sadomasoquismo (SM) designa uma tendência para práticas sexuais que incluem as idéias de dominação e submissão ou de impingir ou receber estímulos dolorosos mais ou menos intensos ligados ao prazer, bem como a idéia de diversos tipos de sofrimentos impingidos a si ou ao(s) parceiro(s). O termo “sadismo” refere-se ao escritor francês Donatien Alphonse François, o Marquês de Sade, e o termo “masoquismo”, ao escritor austríaco Leopold Ritter von Sacher-Masoch, que da mesma forma que Sade, punha em prática na sua vida cotidiana as fantasias de castigos corporais, de humilhações, imaginados nos seus romances. As tendências sadomasoquistas existem, em maior ou menor grau, em qualquer pessoa e fazem parte das múltiplas expressões da complexa sexualidade humana, apesar de, muitas vezes, encontrarem- se reprimidas em cantos obscuros do inconsciente ou, mesmo vindo à consciência sob forma de sonhos ou fantasias, jamais serem expressar na prática. Por outro lado, existem muitíssimas pessoas em todo o mundo que exercitam esta sua porção sadomasoquista, especializando- se em técnicas sádicas, masoquistas ou em ambas, constituindo estes últimos os verdadeiros sadomasoquistas, na mais pura acepção da palavra.


Uma relação sadomasoquista pode se apresentar sob formas muito variadas: relações estáveis e duradouras, eventuais e fortuitas, heterossexuais, homossexuais, bissexuais, em duplas ou em grupos. Suas expressões são tão variadas e distintas quantas são as expressões da sexualidade humana. No entanto, ao contrário do que pensam muitas pessoas, não há nada de pervertido ou violento: o SM é uma prática relativamente comum, na qual pessoas praticam técnicas diferentes, mas estão de pleno acordo com o que será feito. Paradoxalmente ainda hoje em dia o sadomasoquismo é visto pela Psiquiatria clássica como um desvio de sexualidade, incluída na lista das ditas “parafilias”, e encarada como uma doença em potencial ou um processo patológico. A grande incoerência está que mesmo Sigmund Freud já descrevia o SM como uma fase normal do desenvolvimento infantil e sob este tema, seu discípulo Wilhelm Reich muito discorreu, identificando detalhadamente a fase masoquista e a fase sádica como etapas consecutivas da chamada fase anal (dos 2 aos 3 anos de idade). Apesar do diagnóstico ainda figurar na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde, a maioria dos psiquiatras e dos psicólogos já entendem o SM como uma expressão aceitável da sexualidade, quando ocorre de forma consensual e livre entre pessoas adultas e em plena consciência de seus atos. Tapas, chicotadas, mãos amarradas, boca amordaçada: os psicólogos e os psiquiatras estão chegando à conclusão de que o sadomasoquismo não é doença e pode até dar mais satisfação a algumas pessoas do que o sexo convencional. Há uma regra básica que deve ser seguida sempre: tem que haver consentimento. Como qualquer contato sexual, nenhum ato sadomasoquista pode acontecer sem a concordância do parceiro. E não é só isso: mesmo que os dois estejam de acordo, a prática não pode deixar lesões sociais, físicas e psicológicas. Ou seja, só é possível experimentar alternativas radicais quando há total respeito e confiança entre os parceiros.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, classificado sob o número F65.5, é sadomasoquista aquele que tem "preferência por um atividade sexual que implica dor, humilhação ou subserviência. Se o sujeito prefere ser o objeto de um tal estímulo fala-se de masoquismo; se prefere ser o executante, trata-se de sadismo. Comumente o indivíduo obtém a excitação sexual por comportamento tanto sádicos quanto masoquistas (CIDX, 1994)". Na década de 80, a Associação Americana de Psiquiatria tirou o sadomasoquismo da sua lista de desajustes mentais. Ou seja, pelo menos nos Estados Unidos, ele deixou de ser considerado uma doença. Nossa sociedade, no entanto, é mais moralista que a deles, o que justificaria o fato de que muitos especialistas brasileiros continuam mantendo a opinião tradicional. Mas o fato é que deixou de ser absurda a idéia de que algumas pessoas se satisfazem quando sentem dor ou quando passam por situações humilhantes. Homens e mulheres que têm dificuldade de se entregar completamente no ato sexual, por exemplo, podem sentir-se paradoxalmente liberados dessa cobrança quando estão amarrados. Assim, inteiramente expostos ao parceiro e sem poder opor-se aos avanços dele, forçam-se a se envolver completamente no sexo. dessa forma, terão mais prazer. E não há nada de errado nisso.

Com freqüência as pessoas de fora da cena (do "meio BDSM") não vêem o "appeal" em nenhum dos jogos, aparentemente dolorosos, praticados pelo pessoal SM. O que há de agradável em ser golpeado? Qual a graça em ser machucado? Bem, pense nisso: você já teve sexo intenso e depois notou marcas de mordidas no seu pescoço, mordidas que você nem se lembrava que tinha levado? O que aconteceu foi que seu parceiro mordeu você, COM FORÇA, com força suficiente para te marcar, e tudo o que você sentiu foi outro arrepio de prazer. Se te mordessem assim tão forte numa ocasião em que não existisse sexo, você gritaria, porque isso machucaria muito. Mas, quando você está sexualmente estimulado, a sua tolerância à dor aumenta, e o estímulo que habitualmente você sente como dor se torna, então, prazeroso. Outra explicação comum é que o cérebro produz endorfinas, anestésicos naturais, para compensar a dor. E você, na verdade, acaba se livrando da sensação de dor. A sensação de bem estar, extremamente gostosa que vem junto com o exercício físico continuado, o chamado "runner´s high" vem de forçar o corpo dolorosamente por tanto tempo que as endorfinas acabam por arrebatá-lo; a sensação que você tem depois de comer algo apimentado vem da mesma origem; e é isso que faz com que os praticantes de SM sintam prazer em serem açoitados ou espancados, ou seja, lá o que for. Não é dor; é prazer! Todos os atletas que são "doidos por exercícios" são essencialmente masoquistas que gostam de desgastar seus corpos para terem a resposta química. Então, aquele seu amigo que adora ser espancado pode, na verdade, estar sendo muito menos masoquista do que você é quando faz uma corrida! Um ato SM é então muitíssimo próximo a uma situação de jogo ou a um evento teatral: os adultos se permitem a realização de suas fantasias, tal qual as crianças brincam de “faz-de-conta” . Tanto isto é assim, que comumente o ato SM é chamado de “cena”. Antes que se parta para uma cena SM, é necessário um bom conhecimento entre os parceiros e a criação de uma noção de respeito e confiança que se processa por uma etapa de negociação e estabelecimento de limites e objetivos, sendo bastante comum também a instituição de uma palavra de segurança (senha) para ser usada em situações de emergência. Felizmente, a maioria das atividades SM, tais como "bondage", "spanking" e provocação (humilhação), não são tão severas e você pode começar de forma "light" e aumentar a intensidade de acordo com o ritmo dos dois. Preste atenção no que você está fazendo, use o bom senso e você não se arrependerá. Em geral, comece devagar e PRATIQUE! Você aprenderá rapidamente, se divertirá ao longo do caminho e então, passará apenas por situações com as quais tem sonhado!
Técnicas SM e seus vocabulários específicos
Fetichismo:

FETICHE

Estão inevitavelmente associados às praticas SM, fetiches, ou seja: "utilização de objetos inanimados como estímulo da excitação e da satisfação sexual. Numerosos fetiches são prolongamentos do corpo, como por exemplo, as vestimentas e os calçados. Outros exemplos comuns dizem respeito a uma textura particular como a borracha, o plástico ou o couro. Os objetos fetiches variam na sua importância de um indivíduo para o outro. Em certos casos servem simplesmente para reforçar a excitação sexual, atingida por condições normais (CIDX, 1994)". Exemplos: couro preto ("leather"), borracha ("latex"), "jeans" rasgados. O fetiche conhecido como cisvestismo é a preferência por roupas infantis ou de determinadas profissões, como médico, enfermeira, sacerdote, uniformes militares ou de trabalhadores braçais, etc (uniformes). Algumas pessoas têm fixação por pés e sapatos especiais (botas de montaria, botas militares, coturnos ou para alguns casos sapatos femininos) este fetiche se chama "podolatria" . Há também aqueles que tem preferência por roupas íntimas ("underwear" ) ou mesmo roupas típicas do sexo oposto.
"Dress Code”:

Termo em inglês usado para determinadas festas onde há um traje obrigatório. Esta é a parte que garante o fetichismo de cada grupo. O traje varia muito de festa para festa e é bom sempre ler as instruções com atenção, pois costuma-se proibir a entrada de pessoas que não respeitem o "dress code" de um bar SM ou de uma festa.


“Bondage”:


Abreviatura internacional para "Bondage Domination" que significa "servidão e dominação" é BD, sendo muito comum o uso do termo "BDSM" para o SM embasado mais na idéia da dominação do que na idéia de dor. Normalmente o termo “bondage” refere-se a técnicas de imobilização e confinamento que incluem algemas, nós, grades, correntes e cadeados, gaiolas, cordas e até mesmo a mumificação completa do indivíduo. O uso de fitas adesivas e invólucros plásticos é igualmente comum, mas nestes casos um cuidado especial deve ser tomado quanto à restrição da respiração ou à escarificação da pele por contato com adesivos potentes ou com material impermeável. Uma especial atenção deve ser dispensada ao “bondage”, pois, assim como na maioria das técnicas SM, acidentes podem ocorrer por imperícia ou negligência e é necessário que o tanto o dominador quanto o submisso estejam muito conscientes dos riscos de cada procedimento e que saibam bem o que estão fazendo. Ainda na técnica de “bondage” se incluem as milenares artes japonesas do Shibari, com suas amarrações artísticas projetadas especificamente para a anatomia feminina.


"Spanking":


Técnica SM que envolve espancamento que varia desde o uso da mão, uma toalha molhada ou os famosos chinelos de dedo, indo até o uso do chicote, chibata ou do "paddle" (espécie de palmatória). O "spanking" também deve ser feito com consciência para não causar problemas de saúde. A região dos rins, da cabeça em geral e em especial a região das orelhas, dos olhos e do nariz, bem como a região abdominal deve ser evitada no “spanking”, mesmo que somente com o uso das mãos. O “spanking” genital é uma técnica bastante apreciada, mas bastante perigosa, como se pode imaginar e somente deve ser feita por pessoas experientes e conscienciosas. O “spanking” das plantas dos pés é conhecido como “tortura turca”, mas é igualmente muito perigoso e pode causar lesões físicas importantes. Na dúvida, a melhor região para a prática do “spanking” é mesmo a tradicional região das nádegas (o “bumbum”) como já sabiam nossas avós.


“Wax”:

Uso de cera quente de diversas formas durante uma cena SM. A cera pode ser de pingos de vela, até cera de depilação. O prazer está tanto no contato da cera quente sobre a pele, quanto na sua remoção por raspagem ou por arrancamento, com ou sem depilação. A maior parte da superfície da pele resiste bem ao calor da cera quente, sem apresentar queimaduras, marcas ou lesões e sem causar uma dor intensa, apesar das aparências. O “wax” genital e do ânus é especialmente apreciado, mas deve ser feito com cautela em pessoas pouco acostumadas. Da mesma forma a estimulação de regiões erógenas do corpo com o calor da brasa de um cigarro ou charuto (“cigar”) pode ser feita por intervalos bem pequenos de tempo (alguns poucos segundos) sem maiores riscos de queimaduras e sem muita dor. Há quem prefira a depilação por lâminas, como navalhas, “giletes”, facas, espadas ou adagas, mas evidentemente estes materiais requerem muita precisão e destreza e podem causar acidentes bem facilmente.


Dermografia:

Ainda com o uso da cera, de lâminas, de agulhas, pregadores ou de cordões, pode-se usar a dermografia, que é possibilidade de inscrição de letras e desenhos na pele de várias regiões do corpo. Quando se associam todas estas técnicas de dermografia, esculturas vivas impressionantes e belas podem ser feitas por pessoas experientes, com resultados realmente inusuais. Muitas pessoas também fazem uso de sondas, cateteres e espéculos para estes fins, mas o manuseio destes instrumentos é bem mais complicado e arriscado. O "body piercing" (perfurações e jóias de corpo) também não é para novatos, exige muito "know-how", precisão e um erro pode resultar numa grande confusão.


"Golden Shower":

Em português: "chuva dourada". Também conhecido como "water sports" (esportes aquáticos) ou simplesmente "pissing" (mijo). Em termos científicos: urolagnia. Prática sexual que envolve uso de urina. Normalmente usa-se a urina direto "da fonte" sobre o corpo ou a face, mas é possível em festas especializadas que se façam banheiras ou piscinas com urina. Também é comum que se beba a urina do parceiro, mas é bom lembrar que a deglutição da urina, bem como o contato da urina com possíveis ferimentos na pele não é considerada sexo seguro e pode haver a contaminação por HIV ou outros agentes transmissores de doenças sexualmente transmissíveis. Sob outros pontos de vista médicos, não há maiores problemas na prática da urolagnia. A bandeira internacional do Orgulho Urolagnista é completamente amarela, por razões óbvias. A coprofilia, conhecida como escatologia, “scat” ou “black rain” é uma técnica correlata, porém com o uso de feses durante o relacionamento sexual. A bandeira internacional do Orgulho Escatológico é completamente marrom, igualmente por razões óbvias.


"Fist Fucking" (FF):

Em português: "foda de punho". Prática SM muito comum em todo o mundo que consiste na penetração do ânus ou da vagina com os dedos, a mão toda (punho), o braço ou até mesmo com os pés ("Feet Fucking"). Para que se consiga fazer FF com segurança, é necessário treino e conhecimento da técnica tanto por parte do "fister" (ativo), quanto do "fistee" (passivo). Quando o FF é feito de modo correto não apresenta risco à saúde, nem conseqüências futuras, mantendo-se a elestacidade natural da vagina e do esfíncter anal, sendo extremamente prazeroso.


“Dildo Playing”:

Uso de objetos para penetração vaginal ou anal. Podem ser usadas desde legumes até objetos especialmente projetados feitos de silicone, borrachas ou acrílico. Muito comum é uso de pênis sintéticos de diversos tamanhos, “plugs”, cones ou bolinhas soltas ou presas em cadeias (“pompoir” ou pompuariasmo) . Quando objetos de uso comum são usados como “dildos”, há que tomar um especial cuidado com arestas cortantes, partes pontiagudas ou elementos quebráveis, para que sejam evitados acidentes desastrosos. Nunca se devem usar objetos ocos, como garrafas e frascos, pois eles podem criar vácuo, dificultando sua remoção ou lesando tecidos delicados.

“Gang Bang”:

Fantasia sexual bastante comum em que uma pessoa é raptada e submetida a diversas técnicas SM por um dominador ou por um grupo de dominadores. Todos os tipos possíveis de raptos e seqüestros podem ser utilizados, mas evidentemente tudo não passa de uma encenação teatral, mais ou menos realística, em que todos os detalhes foram previamente combinados. Existem nos Estados Unidos grupos e agências especializados em realizar tais raptos.
Sufocamento:

Como o nome indica, é a técnica da restrição respiratória pelo uso das mãos, da boca, de máscaras específicas, tubos, filmes plásticos ou fitas adesivas. Muitíssimo comum é o uso da mordaça de diversas formas como forma de impedir a fala e/ou a respiração. Estas técnicas são evidentemente potencialmente perigosas e somente devem ser feitas com muito cuidado e por pessoas experientes. O estrangulamento é a forma mais drástica e mais arriscada das técnicas de sufocamento e deve ser na maior parte das vezes evitado, pois a morte por acidente é comum. Há algumas coisas que são normalmente consideradas como potencialmente muito perigosas para serem feitas, a menos que você tenha sido ensinado por alguém que o saiba fazer. Suspensão é uma delas: há muitas coisas que podem dar errado e muitas delas podem resultar em um ferimento grave. A crucificação é uma forma de suspensão especialmente arriscada e pode levar à morte por asfixia.

Eletro-Estimulaçã o:


Esta técnica consiste na aplicação de correntes elétricas de variadas intensidades sobre regiões erógenas do corpo. Estes estímulos podem provocar desde ligeiras sensações táteis, até prazer e dor intensos. A perfeita compreensão dos princípios biofísicos envolvidos em todo o processo é absolutamente obrigatória, pois a eletro-estimulaçã o mal aplicada pode facilmente provocar lesões irreversíveis ou a morte imediata. No entanto, quando bem aplicada a eletro-estimulaçã o é capaz de proezas tais como o prolongamento indefinido do orgasmo e da ejaculação.


Tortura Psicológica:

Técnica de SM que não envolve necessariamente nenhum contato físico podendo ser aplicada inclusive por telefone ou mensagens escritas. Em sua forma mais grosseira restringe-se à humilhação por uso de palavras fortes ou xingamentos ou a humilhação por exposição a situações sociais vexatórias, evidentemente respeitando- se sempre os limites do BDSM consensual e seguro. Mas verdadeira tortura psicológica, extremamente sofisticada e requintada, é a arte de localizar os pontos fracos da mente de uma pessoa e, através deles, ir minando aos poucos as defesas psicológicas que ela dispõe. Para que se aplique esta técnica é necessário um perfeito conhecimento de teorias psicológicas, bem como autocontrole e frieza, sendo imperiosa a constante atenção para que não ocorra uma crise catártica descontrolada ou inesperada por parte do dominador.
Normas e Dicas de Segurança

Segurança Emocional


Antes de tudo, comunicação. Deixe seu parceiro saber o que você quer e o que não quer. Mantenha o diálogo constante, observe seu parceiro, esteja atento ao que ele ou ela possa estar sentindo e pensando, e respeite seus limites. Estabeleça uma senha, e deixe bem claro que ela vai ser EXTREMAMENTE respeitada se usada. NÃO assuma que o seu parceiro compartilha de uma mesma fantasia que você, a menos que vocês tenham conversado EXPLICITAMENTE; o fato de algumas pessoas gostarem de ser vendadas não significa que todas elas gostariam de ser amarradas.
E o mais importante, as duas pessoas devem ter total liberdade para parar a qualquer hora, por qualquer motivo; respeitem-se o suficiente para encerrar, para terem um descanso e analisar as coisas, se algo sair errado.
Seja sensível. O jogo SM, o qual pode (não tem que! Mas pode) envolver a falta de socorro, sensações intensas e dominação psicológica, é algo forte; pode atingir profundamente a alma de alguém e trazer à tona traumas de infância ou medos escondidos, sem avisar. Esteja ciente de que você está nadando em águas profundas e use de respeito, seja amável e cuidadoso. Não deixe essa realidade afastar você do SM, mas, se quiser experimentar, torne-se mais atento e aberto ao que ambos estão sentindo. Acima de tudo, decida-se por você mesmo, se o SM (ou elementos do SM) tem lugar na sua vida sexual. Não dê ouvidos quando qualquer outra pessoa disser a você "o SM vai ser legal para você" ou "O SM não vai ser legal para você". Só você pode tomar essa decisão.
Seja honesto. Se você não quiser fazer algo, não deixe seu parceiro pressioná-lo. Quando você começar a explorar o SM, você pode se encontrar em uma situação em que seu parceiro quer algo além do que você tenha experiência para fazer, ou alguém que está com disposição para fazer algo que você não está disposto a fazer, naquela hora. No meu caso, geralmente acho melhor dizer, "Hei, acho que estamos querendo coisas diferentes. Vamos conversar". Fazer uma cena quando você realmente não quer, pode resultar desde uma cena tépida até algo que você deseja que acabe logo. Com uma boa dose de tempo, honestidade e principalmente não forçar situações ou atitudes, vocês construirão uma base de confiança que deixará você mais disposto em outra ocasião.
Outro tipo de jogo SM especialmente "cobrado" é a dominação e a submissão, na qual o "bottom" (dominado) se desprende de uma parte de sua liberdade de escolha dando-a ao "top" (dominador), que pode comandar essas escolhas. Embora muitas pessoas com fortes limitações possam brincar disso de maneira perfeitamente segura (e sentem muita felicidade e satisfação em fazê-lo), esse tipo de jogo pode trazer alguns riscos emocionais reais para pessoas com baixa auto-estima. O risco é que o dominador possa acabar abusando do seu poder, usando a dinâmica do SM para fazer com que o submisso se sinta mais inválido, sem forças e conseqüentemente disposto a deixar o dominador tomar conta de algo a mais que a sua independência.
Se você tem dúvidas sobre seu próprio valor e se você pensa que ser um submisso (ou se isso é uma idéia decorrente) pode servir para confirmar e consolidar sua auto-estima negativa, é muito importante que você pare e pense seriamente se você deve praticar o SM nessa fase da sua vida. A resposta pode muito bem ser "não" (e por outro lado, se você está pensando em dominar alguém que quer se submeter porque pensa que não merece o bem, você deve considerar se você quer um parceiro que pensa tão mal de si mesmo). No geral, é primordial que qualquer um que pratique o SM pesquise bem suas motivações e limitações e ser claro se o SM (em qualquer nível) é auto realizador ou auto destrutivo. Não pode ser tudo preto e branco, da mesma forma que, podem existir algumas atividades ou papéis, ou mesmo palavras em particular que farão com que você se sinta inseguro, com medo, ou sem valor e você pode muito bem querer evitar essas atividades/papé is/palavras. É exatamente para isso que existe a negociação, você tem o direito de fazer aquilo que o faz se sentir bem e de evitar aquilo que não te faz bem e você também tem o direito de insistir para que o seu parceiro respeite suas limitações (isto serve para qualquer relacionamento, é claro, BDSM ou não). O questionamento de "quando as relações SM se tornam excessivas ou abusivas" é freqüente e por uma boa razão: é um fato importante que o BDSM às vezes pode ser terapêutico, mas não é de maneira alguma um substituto para a terapia. Já foi dito que "você não pode obter uma força de alguém que não a tem". Um relacionamento SM é baseado no respeito mútuo, e no conhecimento de que ambos os parceiros estão escolhendo esta vida estando totalmente informados e não sendo coagidos, que o submisso tem orgulho em se submeter e o dominador tem orgulho em receber o dom desta submissão. É muito diferente de uma relação abusiva na qual um dos parceiros controla toda a vida do outro, com o objetivo de torná-lo irrevogavelmente e totalmente dependente.


Segurança Física

De volta ao plano físico: se você é um "top" e você está amarrando seu "bottom", mantenha a sua atenção naquilo que você está fazendo. Seu "bottom" vai extasiá-lo; cabe a você ver se ele está confortável e mantê-lo entretido. O "entretenimento" pode ser tão indecente quanto você quiser, mas observe se o "bottom" não está ficando aborrecido; isso raramente é diversão (se você como top está insatisfeito com seu submisso por ele quebrar algum acordo que vocês dois fizeram, ignorá-lo ou mandá-lo embora pode ser a punição mais cruel que você pode usar. Mas isso já é algo bem avançado).
Lembre-se da AIDS e das demais doenças sexualmente transmissíveis. Quase tudo relacionado ao contato bucal ou à pele exposta é potencialmente inseguro, a menos que algum tipo de barreira de látex seja usada. No contato de qualquer combinação de dedos, genitais, boca e ânus: use uma barreira de látex para lamber ou para quando estiver á margem disso (i.e contato anal-oral), luvas para penetração manual, camisinhas em dildos e pênis.
Use lubrificantes à base de água; se o lubrificante tiver o nonoxyl-9 é muito melhor (mas algumas pessoas são alérgicas ao nono-9 e o gosto é HORRÍVEL!). ÓLEOS e LUBRIFICANTES À BASE DE ÓLEO DISSOLVEM O LÁTEX; mantenha o óleo mineral e de massagem longe das suas luvas e preservativos (e pelo mesmo motivo, das roupas de látex!).
Sangue, sêmen, secreções femininas e urina, podem conter o HIV. Brinque muito, mas brinque com segurança (uma coisa interessante sobre o SM é que ele aumenta a extensão das maneiras seguras que as pessoas usam para satisfazerem umas às outras! Mas também aumenta as maneiras inseguras de jogar).
Desinfete seu equipamento SM depois de usá-lo, lavando-o com uma solução desinfetante. A Betadina é provavelmente o agente desinfetante mais usado. Obrigatoriamente desinfete dildos, coisas cortantes, qualquer coisa que perfure ou que poderia ter entrado em contato com sangue. Desinfete chicotes e instrumento afins, se na cena tiver sido pesada o suficiente para causar ferimentos. Passar álcool não é tão bom quanto limpar os objetos usados com um agente com propriedades antibacterianas. Muitos "tops" usam um “kit” de segurança SM, contendo (entre outras coisas) alguns itens como uma lanterna, chaves duplicadas para todas as fechaduras, tesouras para bandagem (com uma lâmina achatada) que servem para remoção rápida em um bondage, um “kit” de primeiros socorros com todos os itens padrão para esse procedimento, desinfetante para os brinquedos que entraram em contato com fluidos corporais, suprimentos de segurança para sexo (algumas vezes incluindo uma grande variedade de lubrificantes - pessoas diferentes precisam de lubrificantes diferentes) e assim por diante.

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#116 Mensagem por Maestro Alex » 09 Jul 2008, 12:52

O poder das palavras

Há quem não creia na existência de D/s psicológico fora do jogo.Outros a têm como algo sólido.
O que é da cena termina tão logo esta se encerra?Será?
O ponto não desta discertação não é provar a quem não considera D/s psicológica pós jogo que ela é fato.Mas mostrar que há quem a viva além da cena.
Ela não existe na sua realidade perceptiva, direito seu.
Mas é fato na concepção alheia? Direito do outro.
Então parece acretado que se procure um par que pensei como você ao invés de impor a sua verdade.
Não é pela sua postura de não usar biquini que eles não existem para quem deles faz uso, certo?
Essa é a diversidade. Cada um sente e vive de um jeito.Cada um opta pelo que lhe convém.
Então basta casar técnicas Bdsm sem saber como cada parte do contrato as vive?
Talvez no Bdsm casual, sem contrato, sem relação posterior a cena.Mas para quem busca treinamento constante,uma senzala ampla,uma servidão Bdsm familiar, subestimá-la pode ser um erro fatal.
Pela diferença operacional na aplicação de seus estilos evidenciamos as atuações de Tops casuais (aqueles que realizam encontros stand by, sem contrato, sem coleira,isento de acordo em adestramento de experiência, contratos clandestinos onde a sub atual desconhece a serva avulsa e etc..) e dos Tops fixos (domas à longo prazo) sejam eles crentes em D/s pós jogo e não crentes.
Cada um destes tipos é válido? Sim, mas para cada caso uma medida.
Talvez seja dentro desta complexidade na mentalidade dos Tops que a dos bottons talvez não seja de toda compreendida em suas nuances.
Um Top não precisa ser um psiquiatra ou um psicólogo, mas deve procuram ter noções destas duas áreas, para saber "peneirar" subs nas negociações , para freiar entregas muito rápidas,ardis de servidão para posterior controle do Dom/Domme, envolvimentos por demais exuberantes e/ou precoces, entregas profundas em tempo recorde, projeção Nele/a de carências do sub e etc...
Inexiste ato de educação e/ou treino desvinculados de psicologia e psiquiatria. Então é preciso verificar se a vertente do D/s que o Top pratica "casa" com a do bottom e como ele sente o D/s em sua personalidade, nessas negociações.
E deve-se fazê-lo para saber se a vive após jogo também.
O/A sub está ali para ser educado/a e moldado/a a seu jeito.Mesmo com "quatrocentos anos de senzala", quem se entrega segue o ritmo de quem comanda a festa....
Porque cada Dom/Domme possui seu estilo e sua marca.Por mais experiência que o /a sub tenha, será inédito.
Isso sem considerar fatores como química de pele,
equivalência de pensamentos, bom desempenho sexual quando o jogo o comporta.
Todo/a Mestre/a que se valoriza é um estrategista que estuda o terreno, a tática e a armada que dispõe.Excluir a análise destes itens é assinar a sua derrota.
Como assim?
Se para os que desabonam a D/s psicológica além dugeon, o que conta é usá-la no momento do jogo; para muitos subs ela se derrama em sua vida após o mesmo.
Olha aí o "salseiro armado".
Estes/as Dons/Dommes preparam-se para a cena de armas , bagagens, técnicas,procediment os de uso e segurança, estratégia e sedução.Usam a D/s no à vera no calabouço e depois dali, para eles acabou.
Será que na cabeça do/a sub, acabou?Será que ele verificou isso?Como este/a sub vive o D/s?
Eu penso assim: mesmo na prática de S/M por exemplo, se uma pessoa que se submete ao Sir/Lady e lhe oferta sacrifício..isso contém traços de D/s.Se um podólatra idolatra seus pés e os venera, está de certa forma se pondo a mercê da magia destes,encantado e rendido....mesmo que de leve entra D/s.
Na minha opinião, D/s está em maior ou menor proporção, dentro de tudo que se faz em Bdsm.Um Top que não dá atenção a D/s, se mete em encreca...mesmo que não seja fã de praticá-la à fundo, deve percebê-la como real nas técnicas que opera.
Para alguns bottons ela cessa ao final da cena.São ótimos parceiros para quem não crêe em D/s psicológica sem cena.
Se existe sempre um chinelo velho para um pé cansado, para que insitir em usar uma bota que não se adequa a sua palmilha?
Os mais cuidadosos procuram saber o estado físico e psíquico do botton antes e depois do jogo, para saber se estão aptos ou não a determinadas técnicas e como estão vivenciando os fatos.
Os mais cuidadosos não se apropriam dos bottons, inserindo-os na sua intimidades ou nas particulariades de demais peças de sua senzala sem firmar contrato mesmo que temporário com coleira provisória(em treino para ver se a peça aprova).
Os mais cuidadosos escolhem as palavras e medem a intensidade de suas declarações frente a um/a submisso quando iniciam treino.
Isso para saber com quem está lidando e até onde pode ir no momento.É algo que convém considerar.
Boa parte dos Tops (que em seu julgamento que não acolhem a continuidade do D/s entre jogos), atuam como se tão logo as portas do dungeon se trancassem, o que ali foi dito morre,por mais forte e impactante que tenha sido.
Uma opinião que eu respeito, afinal faz parte da diversidade das vertentes Bdsm.
Porém se não averiguar a contraproposta da parte do sub partilha deste pensamento na prática,geram- se problemas.
Porque?
Porque a mecânica do pensamento do botton é diferente do Top Mesmo de um botton que não crêe em D/s pós jogo
Um/a bdsmista passivo ( aquele que tem no seu desempenho através de um adoração por fetiche,da servidão ,da oferta da dor e etc...) coloca na satisfação do Top, o boa parte do seu prazer.Em Seu/Sua Mestre/a , mora a fonte de onde este emana.Cabe a ele/a a difícil tarefa de agradá-Lo/a, cativá-Lo, seduzí-Lo/a com sua prestimosa atitude para estar ao nível de sua exigência.
Quem se presta a adorar,doar e/ou servir , vive para colher a aprovação.Eles a percebem nos atos,gestos e palavras de seus/suas Dono/as.
Então, as palavras, o vento leva? Sim, junto com as respostas que estes buscam.Sementes rumando para dentro de suas mentes.
Idéias pelas quais criam parâmetros de seu desempenho.
Esse é o poder das palavras de um Top.
Pois estas frases, ao final da cena, continuam em na mente do fetichista, servo, masoquista.. o que seja.

Pelo menos uma vez no dia ele pensa no/a Dono/a.

E seguem assim até o próximo jogo.
De acordo com estes vocábulos, vão tecer planos, a engendrar meios de surpreender Seu /Sua Senhor/a na próxima, mostrando o quanto Ele/Ela lhe é importante.
O/a bdsmista passivo( aquele que entrega poder ao controle alheio),os adoradores, os fetichistas pensam nos detalhes do por vir,nas muitas maneiras de controlar seus instintos e medos em prol da entrega cada vez mais ampla enquanto o Top que não crêe na D/s psicológica, se ocupa de sua vida , muitas vezes abstraindo-se do conceito Bdsm até aventar a próxima cena ou descrendo no poder que suas palavras imprimiram no /a botton.
No período entre cenas, a peça ( seja ela podólatra, masoquista ou submissa) faz poemas, devoram e ruminam aqueles instantes, o que foi dito e feito prostrados à sombra do/a Mestre/a.
Quando enfim retornam a ato real, os/as escravos/as estão de sangue quente nas veias, coração na mão para ver se o que foi feito atingiu a meta: agradar.
Isso independente de haver envolvimento emocional ou não em contrato, de haver contrato ou um acordo verbal.
Tem algum bdmista passivo de qualquer vertente aí que não se preocupe em agradar?
Definição de agradar via Aurélio: causar satisfação.
Tem algum podólotra, escravo, bottom, masoca...
qualquer nomeclatura nesta lista que não tenha essa preocupação?Que não se preocupe se está atuando a contento?Que não queira saber ou tentar descobrir se está sendo eficaz através das palavras de seu Senhor/Senhora? Que não tente supreender e seduzir?Para quem Seu/Sua Top não seja importante?
Se preocupa-se , pensa.Se pensa na satisfação de alguém para através dela obter a sua,está ligado a trasnparência nas, palavras, idéias e acordos feitos.
A palavra do Top mora nele/a..
Então , caríssimos/as Tops,sejam claros, não deixem dúvidas.
Está indo rápido demais,Senhor? Freie seu botton.
É um sub que ama demais?Esclareç a-o ou rompa com ele/a.Não o "cozinhe" em banho Maria.É pior a emenda que o soneto.
Está entregando-se de maneira demasiado profundo para o tempo de contrato?Ponha regras.
Ele se oferece em rendição e você não acha que vai dar certo?Diga-lhe de maneira gentil na mesma hora . Jamais o/a use mediante uma falsa aceitação,curtindo a explosão de prazer que ele/a exibe ao sentir-se acolhido e sobre a Sua administraçãose não pretende ficar com ele/a.
Não submestime o poder de suas palavras.
Não use-as em vão.
Se afirmar algo, sustente.
Não mascare fatos.
Se errar, admita em particular ao invés de usar de arrogância e difamar ou espinafrar a peça seja em reservado ou publicamente.
Não deixe dúvidas sobre as realidade do contrato.
Seja direto e reto.
Não minta ou oculte dados que são pertimentes a relação que desenvolve com ele/ela.
Vá a ele/ela saber o que pensa.Não deduza.
As palavras tem poder...para o bom e para o mau Bdsm.
O que é mau Bdsm?
Tudo fora de SSC ou o que se averba de maneira leviana.
Think about this.

Escrito por Domme Morrigan em 09/10/2005

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Maestro Alex
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#117 Mensagem por Maestro Alex » 11 Jul 2008, 13:18

A magia da submissão


Imagine-se completamente entregue a alguém.

Você não precisa pensar em nada a não ser em obedecer.

O olhar Dele/a penetra em você e, neste momento, suas pernas balançam e você toma consciência de que seria incapaz de enfrentá-lo.

E se entrega docemente de uma maneira como jamais ousou sonhar viver.

Não se lembra dos preconceitos que existiam dentro de você e passa a ter sensações indescritíveis.

Você será humilhada/o. Será exposta/o para Ele/a ou para quem Ele/a desejar.

E será usada/o através de formas que no baunilha você jamais permitiria.

Apanhará Dele/a. Pensará: Que loucura é isto? E sentirá que a dor pode lhe trazer muito prazer e vai querer sempre mais até que as marcas lhe premiem a pele.

Será imobilizada enquanto Ele/a se diverte com seu corpo e aprenderá que o momento do gozo pertence ao Proprietário e você só poderá senti-lo se Ele/a desejar.

Como escravo terá prazer ao sentir o sexo molhado da Rainha em seu rosto e ficará enlouquecido se Ela urinar sobre o seu corpo. Afinal você não é nada, certo?

Será penetrado por ela e gemerá como uma mulherzinha.

Como escrava você poderá ser obrigada a experimentar o gosto do fluído do gozo de seu Mestre e se encantará com o lambuzar em seu corpo. Seu caminho natural para o sexo será transformado em última opção e o desconforto de uma relação anal será o seu prazer.

Se forem do mesmo sexo as brincadeiras podem ser infinitas também.

Observará com orgulho seu Mestre/Rainha dominando outro escravo/a e nem passará pela sua cabeça o atrevimento de sentir ciúmes.

Será entregue nas mãos de Outros/as e fará de tudo para que seu Mestre/Rainha se orgulhe de você.

Tudo parece uma grande loucura, mas não é.

Se a sessão for bem conduzida você se sentirá a escrava/o mais valorizada do mundo e vai querer servi-Lo/a cada vez mais.

O olhar Dele/a, Seus gestos, Seus carinhos durante e após cada castigo, Suas palavras...tudo será motivo para garantir que você pertence a alguém e quer sentimento mais gostoso do que este?

Saber-se propriedade de alguém.

Ser cuidada/o.

Treinada/o.

Você será orientada/o para dar e receber prazer.

Só prazer.

Imagine coisa melhor...



carolina (T:V:P:)

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Maestro Alex
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#118 Mensagem por Maestro Alex » 24 Jul 2008, 20:42

Nobreza obriga:

Me sinto na obrigação de agradecer à Coordenação do GPGUIA pela troca de nome do fórum de BDSM - Fetiches - Podolatria. Para Masmorra do Maestro Alex: BDSM - Fetiches - Podolatria.

Em breve por fim teremos o Dominna V, e logo começaremos a ir pra algumas cidades capitais...
Não posso negar que fico envaidecido, e ao mesmo tempo, me obriga a me esforçar mais um pouco, e como sempre fiz, para que tenhamos um espaço legal, não só aqui, mas em todo o fórum...

parece homenagem póstuma :lol: :lol: :lol: :lol: :wink:

Grato a todos os sobrinhos e afilhados mais uma vez...

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VErmEEr
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#119 Mensagem por VErmEEr » 24 Jul 2008, 20:59

Maestro Alex escreveu:Nobreza obriga:

Me sinto na obrigação de agradecer à Coordenação do GPGUIA pela troca de nome do fórum de BDSM - Fetiches - Podolatria. Para Masmorra do Maestro Alex: BDSM - Fetiches - Podolatria.

Em breve por fim teremos o Dominna V, e logo começaremos a ir pra algumas cidades capitais...
Parabéns pelo espaço esclarecedor de dúvidas.

Me lembrando de alguns comentários do Le teseu, e aproveitando que vc tocou no assunto, pergunto: Alguma chance de termos o Dominna em Porto Alegre :?:

Posso conseguir algumas gigantas e outras pervertidas...


Abraço

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Maestro Alex
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#120 Mensagem por Maestro Alex » 24 Jul 2008, 21:19

Vermeer escreveu:
Maestro Alex escreveu:Nobreza obriga:

Me sinto na obrigação de agradecer à Coordenação do GPGUIA pela troca de nome do fórum de BDSM - Fetiches - Podolatria. Para Masmorra do Maestro Alex: BDSM - Fetiches - Podolatria.

Em breve por fim teremos o Dominna V, e logo começaremos a ir pra algumas cidades capitais...
Parabéns pelo espaço esclarecedor de dúvidas.

Me lembrando de alguns comentários do Le teseu, e aproveitando que vc tocou no assunto, pergunto: Alguma chance de termos o Dominna em Porto Alegre :?:

Posso conseguir algumas gigantas e outras pervertidas...


Abraço
Já estamos organizando isso com leteseu... vamos sim...!

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