O mito da competência americana
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Re: O mito da competência americana
Eu leio o texto acima e fico achando engraçado que as pessoas dizem que é no Brasil que é tudo uma babunça e que as pessoas são burras...
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Re: O mito da competência americana
Eu fico aqui imaginado o Donald Trump ralhando com algum ministro, ali no Salão Oval... " You´re fired, módafóca!!!!!!!!"
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Até mesmo o terceiro super-herói mais babaca da História está tentando se desvincular dos gringos filhos da puta:
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/d ... -cidadania
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/d ... -cidadania
Vamos esperar que o homem de aço agora resolva participar das demonstrações pro-democracia lá nos Estados FALI-D-O-DOS FA-LI-DOS, que são violentamente reprimidas pela polícia.Super-Homem faz inimigos nos EUA por "rejeitar sua cidadania"
A intenção expressada pelo Super-Homem em sua última aventura nos quadrinhos de renunciar à cidadania americana deu origem a críticas nos Estados Unidos contra o personagem e a editora DC Comics, que é acusada de menosprezar o país.
As polêmicas declarações do Homem de Aço foram publicadas na edição número 900 das histórias do super-herói nos quadrinhos, lançada na última quarta-feira (27), e não passaram despercebidas pelos fãs e setores mais tradicionais, que veem o personagem como um porta-estandarte de seus valores nacionais.
"Pretendo falar nas Nações Unidas amanhã e informar-lhes que renuncio à minha cidadania americana. Estou farto de que minhas ações sejam interpretadas como instrumentos da política dos EUA", assegurou o super-herói nos quadrinhos depois de ser recriminado por participar de uma manifestação no Irã contra o presidente Mahmoud Ahmadinejad.
[...]
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Re:
Vale a curiosidade:Tricampeão escreveu:Até mesmo o terceiro super-herói mais babaca da História está tentando se desvincular dos gringos filhos da puta:
Quem são o primeiro e o segundo?
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O segundo é o Batman: riquinho, criado pela vó em condomínio fechado, amiguinho dos tiras, só mexe com ladrão de galinha, gay enrustido e pedófilo.Carnage escreveu:Vale a curiosidade:Tricampeão escreveu:Até mesmo o terceiro super-herói mais babaca da História está tentando se desvincular dos gringos filhos da puta:
Quem são o primeiro e o segundo?
O primeiro é o Capitão América: instrumento do imperialismo gringo, xenófobo, fudido na vida mas defensor do establishment e puxa-saco de rico.
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Re:
Vou mais longe, Capitão América, é um super-heroi que não deu certo...Tricampeão escreveu:O segundo é o Batman: riquinho, criado pela vó em condomínio fechado, amiguinho dos tiras, só mexe com ladrão de galinha, gay enrustido e pedófilo.Carnage escreveu:Vale a curiosidade:Tricampeão escreveu:Até mesmo o terceiro super-herói mais babaca da História está tentando se desvincular dos gringos filhos da puta:
Quem são o primeiro e o segundo?
O primeiro é o Capitão América: instrumento do imperialismo gringo, xenófobo, fudido na vida mas defensor do establishment e puxa-saco de rico.
Ele era pra ser instrumento pra disseminação do patriotismo, xenofobia, mais não deu muito certo....
Ele é um heroi conhecido, mais fama mesmo...tem muito, mais muito pouca...
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Re: O mito da competência americana
E o hómi aranha, então?
Nunca bate, só apanha.
Pela alcunha, muitos dizem que , na verdade, ele é transexual.
Nunca bate, só apanha.
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O Cabeça de Teia é malandro. Muito contracultura.Fortimbrás escreveu:E o hómi aranha, então?
Nunca bate, só apanha.
Pela alcunha, muitos dizem que , na verdade, ele é transexual.
Em geral, os heróis criados nos anos 1960/1970 são mais palatáveis.
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Re: O mito da competência americana
http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=17728
Os adoradores de dinheiro e o deus mercado
As corporações deixam que 50.000 pessoas morram a cada ano porque não podem pagar uma assistência médica adequada. Já mataram milhares de iraquianos, afegãos, palestinos e paquistaneses e a isso contemplaram com alegria enquanto quadruplicava o preço das ações dos fabricantes de armamentos. Transformam o câncer numa epidemia nas minas de carvão da Virgínia Ocidental, onde as famílias respiram ar contaminado, bebem água envenenada e observam os Montes Apalaches irem pelos ares, convertendo-os em uma planície deserta enquanto as companhias carboníferas acumulam milhões e milhões de dólares. O artigo é de Chris Hedges.
Chris Hedges - Truthout
Discurso feito pelo jornalista Chris Hedges em Union Square, em 15 de abril passado, na cidade de Nova York, durante um protesto feito em frente a uma das agências do Bank of America.
Estamos aqui hoje em frente a um de nossos templos das finanças. Um templo no qual a cobiça e o lucro são os bens supremos, onde o valor de cada pessoa é determinado por sua capacidade de misturar riqueza e poder à custa de outras, onde as leis são manipuladas, se reescrevem e se violam, onde o ciclo infinito do consumo define o progresso humano, onde a fraude e os crimes são os instrumentos dos negócios.
As duas forças mais destrutivas da natureza humana – a cobiça e a inveja –impulsionam os homens de finanças, os banqueiros, os mandarins corporativos e os dirigentes de nossos dois principais partidos políticos, todos eles beneficiários deste sistema. Colocam-se no centro de sua criação. Desdenham ou ignoram os gritos dos que se encontram abaixo deles. Retiram nossos direitos e nossa dignidade e frustram nossa capacidade de resistência. Fazem-nos prisioneiros em nosso próprio país. Vêem os seres humanos e o mundo natural como simples mercadorias a serem exploradas até ao esgotamento e ao colapso. O sofrimento humano, as guerras, as mudanças climáticas, a pobreza, tudo serve ao custeio dos negócios. Nada é sagrado. O Senhor dos Lucros é o Senhor da Morte.
Os fariseus das altas finanças que podem nos ver esta manhã de suas salas e seus escritórios pelas esquinas debocham da virtude. A vida para eles só tem o significado do proveito próprio. O sofrimento dos pobres não os preocupa. As seis milhões de famílias expulsas de suas casas não os preocupam. As dezenas de milhões de aposentados, cujas economias para a aposentadoria foram anuladas pela fraude e pela desonestidade de Wall Street não os preocupam. Que não se consiga deter as emissões de carbono, isso não os preocupa. A justiça não os preocupa. A verdade não os preocupa. Uma criança faminta não os preocupa.
Fiódor Dostoyevski em “Crime e Castigo” concebeu o mal absoluto por trás dos anseios humanos não como alguma coisa vulgar, mas como algo extraordinário, como o desejo que permite a homens e mulheres se servirem de sistemas de autoglorificação e cobiça. No romance, Raskolnikov acredita – como os que vivem nos tempos atuais – que o gênero humano pode se dividir em dois grupos. O primeiro se compõe de gente comum, humilde e submissa. Gente comum que faz pouco mais do que se reproduzir segundo a sua própria imagem, envelhecer e morrer. E Raskolnikov despreza essas formas inferiores de vida humana.
O segundo grupo, acredita Raskolnikov, é extraordinário. São os Napoleões do mundo, os que desprezam o direito e os costumes, os que se desvencilham das convenções e tradições para criar um futuro mais refinado, mais glorioso. Raskolnikov argumenta que, mesmo vivendo todos no mesmo mundo, podemos nos libertar das conseqüências de viver com outros, conseqüências que nem sempre estarão a nosso favor. Os Raskolnikovs do mundo põem uma fé desenfreada e total no intelecto humano. Desdenham os atributos de compaixão, empatia, beleza, justiça e verdade. E essa visão demencial da existência humana leva Raskolnikov a assassinar uma agiota e a roubar o seu dinheiro.
Quando Dante entra na selva escura no Inferno (canto III) ouve os gritos daqueles que “pelo mundo transitaram sem merecer louvor ou execração”, os rejeitados pelo céu e pelo inferno, os que dedicaram suas vidas somente em busca da felicidade. São os “bons”, os que nunca causaram confusões, os que preencheram suas vidas de coisas vãs e vazias, inofensivas talvez, para divertirem-se, que nunca tiveram uma posição perante nada, nunca arriscaram nada e foram somente figurantes. Jamais analisaram suas vidas criticamente, nunca sentiram necessidades, nunca quiseram ver. Os sacerdotes desses templos corporativos, em nome do lucro, matam ainda com mais inclemência, fineza e astúcia do que Raskolnikov.
As corporações deixam que 50.000 pessoas morram a cada ano porque não podem pagar uma assistência médica adequada. Já mataram milhares de iraquianos, afegãos, palestinos e paquistaneses e a isso contemplaram com alegria enquanto quadruplicava o preço das ações dos fabricantes de armamentos. Transformam o câncer numa epidemia nas minas de carvão da Virgínia Ocidental, onde as famílias respiram ar contaminado, bebem água envenenada e observam os Montes Apalaches irem pelos ares, convertendo-os em uma planície deserta enquanto as companhias carboníferas acumulam milhões e milhões de dólares.
E após saquear o tesouro dos Estados Unidos, essas corporações requerem, em nome da moralidade, que se eliminem programas alimentares para crianças, a ajuda para a calefação, a assistência médica para nossos idosos e a boa educação pública. Reivindicam que toleremos uma classe inferior permanente que deixará em cada seis trabalhadores um sem trabalho, que condena dezenas de milhões de estadunidenses à pobreza e que lança os doentes mentais às grades de calefação. Os que não têm poder, aqueles que as corporações consideram gente comum, são atirados ao lado como lixo humano. É o que exige o “deus mercado”.
E os que perseguem o arco iris brilhante da sociedade de consumo, os que apóiam a ideologia pervertida da cultura consumista, se convertem, como já o sabia Dante, em covardes morais. Têm a cabeça feita por nossos sistemas corporativos de informação e se mantêm passivos enquanto nossos poderes legislativo, executivo e judicial de governo – instrumentos do Estado corporativo – nos retiram a capacidade de resistir. Democratas ou republicanos, liberais ou conservadores. Não há diferença. Barack Obama serve aos interesses corporativos com a mesma diligência de George W. Bush. E colocar nossa fé em algum partido ou instituição estabelecida como mecanismo de reforma é deixarmo-nos hipnotizar pelo mito das sombras nas paredes da caverna de Platão.
Devemos desafiar essa geringonça da cultura do consumo e recuperar a primazia da piedade e da justiça em nossas vidas. E isso requer coragem, não só a coragem física, mas também a coragem moral, o que é mais difícil... A coragem moral de ouvir nossa consciência. Se tivermos que salvar ao nosso país e ao nosso planeta, devemos ultrapassar a exaltação do próprio ego e incorporar a isso o ego do nosso próximo. O auto-sacrifício desafia a doença da ideologia corporativa. O auto-sacrifício destrói os ídolos da cobiça e da inveja. O auto-sacrifício exige que nos rebelemos contra o abuso, contra a ofensa e a injustiça que nos impõem os mandarins do poder corporativo. Há uma profunda verdade na advertência bíblica: “Aquele que ama a sua vida a perderá”
A vida não tem a ver só conosco. Jamais poderemos ter justiça enquanto o nosso próximo não tiver justiça. E jamais poderemos recuperar a nossa liberdade até que estejamos dispostos a sacrificar nosso conforto por uma rebelião aberta. O presidente (Obama) nos decepcionou. Nosso processo de democracia eleitoral nos decepcionou. Não restam estruturas ou instituições que não tenham sido contaminadas ou destruídas pelas corporações. E isto significa que tudo dependerá de nós mesmos. A desobediência civil, que significa dificuldades e sofrimentos, que será longa e difícil, que significa essencialmente auto-sacrifício, é o único recurso que resta.
Os banqueiros e os gestores de fundos de alto risco, as elites corporativas e governamentais, são a versão moderna dos hebreus desencaminhados que se prostraram diante do bezerro de ouro. A centelha da riqueza brilha diante de seus olhos e os impulsiona cada vez mais rápido para a destruição. E querem que nos prostremos também diante do seu altar. Enquanto nos inspirarmos na cobiça, ela nos manterá cúmplices e em silêncio. Na medida, porém, que desafiemos a religião do capitalismo sem escrúpulos, uma vez que exijamos que a sociedade atenda verdadeiramente as necessidades dos cidadãos e que o ecossistema sustente a vida, ao invés das necessidades do mercado, uma vez que aprendamos a dialogar com uma nova humildade e a viver com uma nova simplicidade, uma vez que amemos ao nosso próximo como a nós mesmos, romperemos as correntes que nos aprisionam e faremos com que a esperança seja percebida.
(*) - Christopher Lynn Hedges é jornalista, autor e correspondente de guerra dos Estados Unidos, especializado em políticas e sociedades dos EUA e Oriente Médio. Seu livro mais recente se intitula “A Morte da Classe Liberal” (2010)
(**)-Fonte: http://www.truthout.org/throw-out-money ... 1303110000
Tradução do espanhol feita por Izaías Almada.
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Re: O mito da competência americana
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pa ... ites.shtml
A falta de sabedoria das elites
Os últimos três anos foram um desastre para a maioria das economias ocidentais. Os Estados Unidos registram desemprego em massa e de longo prazo pela primeira vez desde os anos 30. Enquanto isso, a moeda comum europeia está se desmantelando. Como é que tudo saiu tão errado?
Bem, o que tenho ouvido com frequência cada vez maior das elites econômicas -homens que se declaram sábios e costumam ser respeitados quanto pontificam a respeito do tema- é que a maior parte dos problemas aconteceu por causa do público. A ideia é a de que essa confusão surgiu porque os eleitores queriam alguma coisa sem ter de pagar por ela, e políticos desprovidos de força de vontade decidiram conquistar o eleitorado ao realizar suas vontades insensatas.
Portanto, o momento parece bom para apontar que essa interpretação de que a culpa é do público não só distorce as coisas em favor da elite como está completamente errada.
A verdade é que estamos vivendo hoje um desastre que foi criado de cima para baixo. As políticas que resultaram nos problemas que vivemos não surgiram em resposta à demanda do público. Foram, com poucas exceções, políticas defendidas por pequenos grupos de pessoas influentes -o mais das vezes, as mesmas pessoas que agora estão tentando dizer aos demais cidadãos que é preciso seriedade. E ao tentar transferir a culpa à população em geral, as elites estão fracassando em realizar uma reflexão muito necessária quanto aos erros catastróficos que cometeram.
Permitam-me concentrar minha atenção ao acontecido nos Estados Unidos, e depois comentar de passagem a situação na Europa.
Hoje em dia, os norte-americanos não param de receber sermões sobre a necessidade de reduzir o deficit orçamentário. Esse foco mesmo representa uma distorção de prioridades, porque nossa preocupação imediata deveria ser criar empregos. Mas suponha que a conversa se restrinja ao deficit, e faça a seguinte pergunta: o que aconteceu ao superavit orçamentário de que o governo federal norte-americano desfrutava em 2000?
A resposta é tripla. Primeiro, vieram os cortes de impostos de Bush, que elevaram a dívida nacional norte-americana em cerca de US$ 2 trilhões nos 10 anos passados. Depois, as guerras no Iraque e Afeganistão, que custaram cerca de US$ 1,1 trilhão em dívidas adicionais. E por fim a Grande Recessão, que resultou tanto em colapso na arrecadação tributária quanto em aumentos consideráveis nos gastos com benefícios aos desempregados e outros programas de seguro social.
Quem foi responsável por todas essas decisões que causaram estouro de orçamentos? Não foram as pessoas comuns.
O presidente George W. Bush reduziu os impostos para servir à ideologia de seu partido, e não em resposta a uma imensa demanda popular -e a maior parte dos cortes beneficiou uma minoria pequena e já afluente.”
Da mesma forma, Bush escolheu invadir o Iraque porque era algo que ele e seus assessores desejavam fazer, e não por que os norte-americanos estivessem exigindo guerra contra um regime que nada teve a ver com o 11 de setembro. Na verdade, foi preciso conduzir uma campanha de vendas muito enganosa a fim de conquistar o apoio dos norte-americanos à invasão, e mesmo assim os eleitores jamais apoiaram a guerra de forma tão sólida quanto à elite política e de sabichões políticos norte-americana.
Por fim, a Grande Recessão foi causada por um sistema financeiro descontrolado, que ganhou força demais devido a uma desregulamentação imprudente. E quem foi responsável por essa desregulamentação? Pessoas poderosas em Washington, estreitamente ligadas ao setor financeiro. Permitam-me menção especial a Alan Greenspan, que desempenhou papel crucial tanto na desregulamentação financeira quanto na aprovação dos cortes de impostos de Bush -e que agora, claro, está entre aqueles que nos passam sermões quanto ao deficit.
Portanto, foi o mau juízo das elites, e não a cobiça do homem comum, que causou o deficit nos Estados Unidos. E a situação na Europa é bastante parecida.
Nem seria preciso dizer que não é isso que as autoridades econômicas europeias alegam. A história oficial na Europa hoje em dia é que os governos dos países em crise cederam mais do que deveriam às massas, prometendo demais aos eleitores enquanto arrecadavam impostos de menos. E a história, devo admitir, procede de maneira razoavelmente precisa com relação à Grécia. Mas isso não foi de modo algum o que aconteceu na Irlanda e Espanha, ambas as quais tinham dívida baixa e superavit orçamentários pouco antes da crise.
A verdadeira história da crise europeia é que os líderes do continente criaram uma moeda única, o euro, sem criar as instituições necessárias a lidar com as contrações e expansões que surgiriam na zona do euro. E o esforço por unificar a moeda europeia foi o exemplo mais claro de projeto imposto de cima para baixo, uma visão de elite imposta a eleitores fortemente relutantes.
Será que isso tudo importa? Por que deveríamos nos preocupar com os esforços para transferir aos cidadãos comuns a culpa pelas más políticas?
Uma resposta é a simples prestação de contas. As pessoas que defenderam políticas causadoras de estouros de orçamento, nos anos Bush, não deveriam ser autorizadas a agora se retratarem como parte da linha dura orçamentária; as pessoas que elogiaram a Irlanda como exemplo de gestão econômica não deveriam pregar sobre governo responsável.
Mas a resposta mais ampla, em minha opinião, é que, ao inventar sobre nossa atual situação histórias que absolvem as pessoas responsáveis por ela, estaremos perdendo a oportunidade de aprender com a crise. A culpa precisa ser atribuída a quem a merece, e nossas elites precisam arcar com os seus erros. De outra forma, causarão estrago ainda maior nos próximos anos
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Re: O mito da competência americana
Custo de guerras dos EUA deve superar US$ 3,7 tri, diz estudo
29 de junho de 2011 • 09h14 • atualizado às 09h23
Quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou o custo como uma razão para retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão, ele se referiu a uma quantia de US$ 1 trilhão gastos pelos Estados Unidos em seus atuais conflitos bélicos.
Mas, por maior que pareça, essa cifra subestima grosseiramente o custo total para o Tesouro dos EUA das guerras no Iraque, Afeganistão e Paquistão, e ignora valores mais vultosos que ainda devem surgir, segundo um estudo divulgado na quarta-feira.
A conta total deve ficar entre US$ 3,7 e US$ 4,4 trilhões, de acordo com o projeto de pesquisa intitulado "Custos da Guerra", feito pelo Instituto Watson de Estudos Internacionais, da Universidade Brown (http://www.costsofwar.org).
Nos dez anos transcorridos desde que os soldados norte-americanos desembarcaram no Afeganistão para perseguir os líderes da Al-Qaeda responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001, os gastos nos conflitos totalizaram uma soma de US$ 2,3 a US$ 2,7 trilhões.
Mas a cifra vai continuar aumentando, pois precisa levar em conta custos muitas vezes ignorados, como as pensões vitalícias para veteranos feridos e os gastos estimados para o período de 2012 a 2020. A estimativa não inclui pelo menos outro US$ 1 trilhão gastos em juros da dívida bélica, e bilhões de dólares em gastos impossíveis de contabilizar, segundo o estudo.
Em termos humanos, as atuais guerras dos EUA causaram 224 a 258 mil mortes diretas, o que inclui 125 mil civis no Iraque. Muitas outras pessoas morreram em consequência indireta dos conflitos - por exemplo, por desnutrição e falta de acesso a atendimento médico e água potável. Outras 365 mil pessoas ficaram feridas, e 7,8 milhões de pessoas precisaram deixar suas casas.
A pesquisa reuniu mais de 20 acadêmicos para tentar destrinchar informações que nem sempre aparecem de forma consistente ou transparente nos relatos oficiais.
O relatório salienta o ônus que os conflitos continuarão impondo ao orçamento federal dos EUA, que já se encaminha para uma situação insustentável devido ao envelhecimento da população norte-americana e à disparada nos custos da saúde.
O texto também questiona o que os EUA ganharam com esse trilionário investimento bélico.
"Espero que, ao olharmos para trás quando isto acabar, algo muito bom tenha resultado", disse o senador republicano Bob Corker à Reuters em Washington.
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Re: O mito da competência americana
Não sei se isso é pra rir ou pra chorar...
Diplomata dos EUA causa revolta na Índia após dizer: 'sem banho eu fico suja e escura como vocês'
Maureen Chao, vice-cônsul dos Estados Unidos no estado indiano de Tamil Nadu, provocou uma crise diplomática após afirmar em uma escola de Chennai, capital do estado, que a falta de banho havia deixado a pele dela "suja e escura", como a dos indianos. Políticos locais pediram pelo afastamento imediato de Chao do consulado.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... 4388.shtml
Diplomata dos EUA causa revolta na Índia após dizer: 'sem banho eu fico suja e escura como vocês'
Maureen Chao, vice-cônsul dos Estados Unidos no estado indiano de Tamil Nadu, provocou uma crise diplomática após afirmar em uma escola de Chennai, capital do estado, que a falta de banho havia deixado a pele dela "suja e escura", como a dos indianos. Políticos locais pediram pelo afastamento imediato de Chao do consulado.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... 4388.shtml
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Re: O mito da competência americana
A coisa está indo bem além da incompetência. O governardor Rick Perry do Texas sugere incorporar no currículo das escolas o criacionismo-evolucionista (uma teoria chamada "design inteleligente", segundo a qual a evolução dos seres vivos seria melhor explicada por uma inteligência que projeta o "design" desses seres do que por seleção natural, o que obviamente pressupõe um "criador inteligente").
Quando um político perde a vergonha de dizer uma coisa dessas é por que as coisas estão indo mal mesmo!
http://www.gosanangelo.com/news/2010/se ... to-texans/Explain where you stand on evolution-creationism being taught in school.
Perry: I am a firm believer in intelligent design as a matter of faith and intellect, and I believe it should be presented in schools alongside the theories of evolution. The State Board of Education has been charged with the task of adopting curriculum requirements for Texas public schools and recently adopted guidelines that call for the examination of all sides of a scientific theory, which will encourage critical thinking in our students, an essential learning skill.
Quando um político perde a vergonha de dizer uma coisa dessas é por que as coisas estão indo mal mesmo!
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Re: O mito da competência americana
Já houve um julgamento a respeito do tema lá anos atrás e ficou juridicamente comprovado que o chamado "design inteligente" não é ciência, e sim uma muleta pra idéias religiosas. Frente a esse julgamento, será que é possível ainda insistir nisso? Os políticos de lá vão ignorar uma decisão da suprema corte?Compson escreveu:A coisa está indo bem além da incompetência. O governardor Rick Perry do Texas sugere incorporar no currículo das escolas o criacionismo-evolucionista (uma teoria chamada "design inteleligente", segundo a qual a evolução dos seres vivos seria melhor explicada por uma inteligência que projeta o "design" desses seres do que por seleção natural, o que obviamente pressupõe um "criador inteligente").
http://www.gosanangelo.com/news/2010/se ... to-texans/Explain where you stand on evolution-creationism being taught in school.
Perry: I am a firm believer in intelligent design as a matter of faith and intellect, and I believe it should be presented in schools alongside the theories of evolution. The State Board of Education has been charged with the task of adopting curriculum requirements for Texas public schools and recently adopted guidelines that call for the examination of all sides of a scientific theory, which will encourage critical thinking in our students, an essential learning skill.
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Re: O mito da competência americana
A decisão, que eu saiba, é de proibir o ensino de religião nas escolas públicas. Por isso, os fundamentalistas ficam tentando passar uma imagem de ciência com besteiras como esse "design inteligente", para sugerir que se trata de uma visão científica "alternativa", não de pura expressão religiosa.Carnage escreveu:Já houve um julgamento a respeito do tema lá anos atrás e ficou juridicamente comprovado que o chamado "design inteligente" não é ciência, e sim uma muleta pra idéias religiosas. Frente a esse julgamento, será que é possível ainda insistir nisso? Os políticos de lá vão ignorar uma decisão da suprema corte?
Já é meio velho, mas tem um texto muito foda do biólogo Richard Dawkins a esse respeito:
One side can be wrong
Accepting 'intelligent design' in science classrooms would have disastrous consequences, warn Richard Dawkins and Jerry Coyne
It sounds so reasonable, doesn't it? Such a modest proposal. Why not teach "both sides" and let the children decide for themselves? As President Bush said, "You're asking me whether or not people ought to be exposed to different ideas, the answer is yes." At first hearing, everything about the phrase "both sides" warms the hearts of educators like ourselves.
One of us spent years as an Oxford tutor and it was his habit to choose controversial topics for the students' weekly essays. They were required to go to the library, read about both sides of an argument, give a fair account of both, and then come to a balanced judgment in their essay. The call for balance, by the way, was always tempered by the maxim, "When two opposite points of view are expressed with equal intensity, the truth does not necessarily lie exactly half way between. It is possible for one side simply to be wrong."
As teachers, both of us have found that asking our students to analyse controversies is of enormous value to their education. What is wrong, then, with teaching both sides of the alleged controversy between evolution and creationism or "intelligent design" (ID)? And, by the way, don't be fooled by the disingenuous euphemism. There is nothing new about ID. It is simply creationism camouflaged with a new name to slip (with some success, thanks to loads of tax-free money and slick public-relations professionals) under the radar of the US Constitution's mandate for separation between church and state.
Why, then, would two lifelong educators and passionate advocates of the "both sides" style of teaching join with essentially all biologists in making an exception of the alleged controversy between creation and evolution? What is wrong with the apparently sweet reasonableness of "it is only fair to teach both sides"? The answer is simple. This is not a scientific controversy at all. And it is a time-wasting distraction because evolutionary science, perhaps more than any other major science, is bountifully endowed with genuine controversy.
Among the controversies that students of evolution commonly face, these are genuinely challenging and of great educational value: neutralism versus selectionism in molecular evolution; adaptationism; group selection; punctuated equilibrium; cladism; "evo-devo"; the "Cambrian Explosion"; mass extinctions; interspecies competition; sympatric speciation; sexual selection; the evolution of sex itself; evolutionary psychology; Darwinian medicine and so on. The point is that all these controversies, and many more, provide fodder for fascinating and lively argument, not just in essays but for student discussions late at night.
Intelligent design is not an argument of the same character as these controversies. It is not a scientific argument at all, but a religious one. It might be worth discussing in a class on the history of ideas, in a philosophy class on popular logical fallacies, or in a comparative religion class on origin myths from around the world. But it no more belongs in a biology class than alchemy belongs in a chemistry class, phlogiston in a physics class or the stork theory in a sex education class. In those cases, the demand for equal time for "both theories" would be ludicrous. Similarly, in a class on 20th-century European history, who would demand equal time for the theory that the Holocaust never happened?
So, why are we so sure that intelligent design is not a real scientific theory, worthy of "both sides" treatment? Isn't that just our personal opinion? It is an opinion shared by the vast majority of professional biologists, but of course science does not proceed by majority vote among scientists. Why isn't creationism (or its incarnation as intelligent design) just another scientific controversy, as worthy of scientific debate as the dozen essay topics we listed above? Here's why.
If ID really were a scientific theory, positive evidence for it, gathered through research, would fill peer-reviewed scientific journals. This doesn't happen. It isn't that editors refuse to publish ID research. There simply isn't any ID research to publish. Its advocates bypass normal scientific due process by appealing directly to the non-scientific public and - with great shrewdness - to the government officials they elect.
The argument the ID advocates put, such as it is, is always of the same character. Never do they offer positive evidence in favour of intelligent design. All we ever get is a list of alleged deficiencies in evolution. We are told of "gaps" in the fossil record. Or organs are stated, by fiat and without supporting evidence, to be "irreducibly complex": too complex to have evolved by natural selection.
In all cases there is a hidden (actually they scarcely even bother to hide it) "default" assumption that if Theory A has some difficulty in explaining Phenomenon X, we must automatically prefer Theory B without even asking whether Theory B (creationism in this case) is any better at explaining it. Note how unbalanced this is, and how it gives the lie to the apparent reasonableness of "let's teach both sides". One side is required to produce evidence, every step of the way. The other side is never required to produce one iota of evidence, but is deemed to have won automatically, the moment the first side encounters a difficulty - the sort of difficulty that all sciences encounter every day, and go to work to solve, with relish.
What, after all, is a gap in the fossil record? It is simply the absence of a fossil which would otherwise have documented a particular evolutionary transition. The gap means that we lack a complete cinematic record of every step in the evolutionary process. But how incredibly presumptuous to demand a complete record, given that only a minuscule proportion of deaths result in a fossil anyway.
The equivalent evidential demand of creationism would be a complete cinematic record of God's behaviour on the day that he went to work on, say, the mammalian ear bones or the bacterial flagellum - the small, hair-like organ that propels mobile bacteria. Not even the most ardent advocate of intelligent design claims that any such divine videotape will ever become available.
Biologists, on the other hand, can confidently claim the equivalent "cinematic" sequence of fossils for a very large number of evolutionary transitions. Not all, but very many, including our own descent from the bipedal ape Australopithecus. And - far more telling - not a single authentic fossil has ever been found in the "wrong" place in the evolutionary sequence. Such an anachronistic fossil, if one were ever unearthed, would blow evolution out of the water.
As the great biologist J B S Haldane growled, when asked what might disprove evolution: "Fossil rabbits in the pre-Cambrian." Evolution, like all good theories, makes itself vulnerable to disproof. Needless to say, it has always come through with flying colours.
Similarly, the claim that something - say the bacterial flagellum - is too complex to have evolved by natural selection is alleged, by a lamentably common but false syllogism, to support the "rival" intelligent design theory by default. This kind of default reasoning leaves completely open the possibility that, if the bacterial flagellum is too complex to have evolved, it might also be too complex to have been created. And indeed, a moment's thought shows that any God capable of creating a bacterial flagellum (to say nothing of a universe) would have to be a far more complex, and therefore statistically improbable, entity than the bacterial flagellum (or universe) itself - even more in need of an explanation than the object he is alleged to have created.
If complex organisms demand an explanation, so does a complex designer. And it's no solution to raise the theologian's plea that God (or the Intelligent Designer) is simply immune to the normal demands of scientific explanation. To do so would be to shoot yourself in the foot. You cannot have it both ways. Either ID belongs in the science classroom, in which case it must submit to the discipline required of a scientific hypothesis. Or it does not, in which case get it out of the science classroom and send it back into the church, where it belongs.
In fact, the bacterial flagellum is certainly not too complex to have evolved, nor is any other living structure that has ever been carefully studied. Biologists have located plausible series of intermediates, using ingredients to be found elsewhere in living systems. But even if some particular case were found for which biologists could offer no ready explanation, the important point is that the "default" logic of the creationists remains thoroughly rotten.
There is no evidence in favour of intelligent design: only alleged gaps in the completeness of the evolutionary account, coupled with the "default" fallacy we have identified. And, while it is inevitably true that there are incompletenesses in evolutionary science, the positive evidence for the fact of evolution is truly massive, made up of hundreds of thousands of mutually corroborating observations. These come from areas such as geology, paleontology, comparative anatomy, physiology, biochemistry, ethology, biogeography, embryology and - increasingly nowadays - molecular genetics.
The weight of the evidence has become so heavy that opposition to the fact of evolution is laughable to all who are acquainted with even a fraction of the published data. Evolution is a fact: as much a fact as plate tectonics or the heliocentric solar system.
Why, finally, does it matter whether these issues are discussed in science classes? There is a case for saying that it doesn't - that biologists shouldn't get so hot under the collar. Perhaps we should just accept the popular demand that we teach ID as well as evolution in science classes. It would, after all, take only about 10 minutes to exhaust the case for ID, then we could get back to teaching real science and genuine controversy.
Tempting as this is, a serious worry remains. The seductive "let's teach the controversy" language still conveys the false, and highly pernicious, idea that there really are two sides. This would distract students from the genuinely important and interesting controversies that enliven evolutionary discourse. Worse, it would hand creationism the only victory it realistically aspires to. Without needing to make a single good point in any argument, it would have won the right for a form of supernaturalism to be recognised as an authentic part of science. And that would be the end of science education in America.
(...)
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