Tiozinho50 escreveu:Ainda sobre a necessidade de um efetivo controle externo do judiciário, vale a pena ler a entrevista da ministra do STJ:
http://www.espacovital.com.br/noticia_l ... 24.11.2009
"Ministra diz que "grupo elege para o STJ pessoas amigas, com listas fechadas"
(24.11.09)
A escolha para a vaga aberta a um desembargador estadual para se tornar ministro do STJ teve o protesto de um dos próprios integrantes da corte: a ministra Eliana Calmon se diz "insatisfeita com a
escolha de candidatos com pouco tempo de magistratura, pelo grupo que domina o tribunal".
Na última lista tríplice votada pelo STJ, dois dos eleitos alcançaram os tribunais do Paraná e do Ceará
por meio do quinto constitucional, ocupando vagas reservadas à Advocacia. Agora em 2009 habilitaram-se como membros de tribunais estaduais.
"Esses desembargadores mal chegaram aos tribunais intermediários,
vindos da Advocacia, e já se candidataram à vaga de ministro do STJ".
"Os magistrados oriundos das vagas de desembargadores chegam velhos ao tribunal. No mínimo 50 anos. Pelo quinto, chegam com 42 ou 43 anos.
Tudo fica fechado na mão do quinto.
Os magistrados de carreira não dirigem o Poder Judiciário".
"
Lamentavelmente, os magistrados de carreira cultivam a amizade de forma discreta. Enquanto os advogados, que ascendem aos tribunais, têm grande rede de amizades. E contam, no tribunal, com um grande aliado, um grande amigo que faz toda a campanha".
A entrevista versa, essencialmente, sobre o quinto constitucional.
E, repetindo a posição da Ministra, é lamentável que magistrados de carreira demorem mais tempo para chegar ao STJ, isso qdo chegam.
Mais lamentável ainda é o fato de advogados galgarem postos por meios de "atalhos" constitucionais, o dito quinto, onde sempre conta a influência que tem (direta ou indireta, normalmente política) para serem indicados.
Mesmo assim, indicações, no geral e em qq lugar, são feitas tb por critérios subjetivos, o que engloba inclusive, mesmo que não devesse, afinidade e amizade.
Então, no contexto de algumas posições duras aqui postadas, a referida matéria pode até ser vista como um sinal de que há "intromissão" indevida no Poder Judiciário, porquanto talvez não seja um poder tão fechado e sem influências externas.
Mas não é isso, obviamente.
Na matéria, basicamente, a Ministra Elena Calmon manifesta a sua opinião de que são os magistrados de carreira (como é o caso dela) que deveriam dirigir o Poder Judiciário.
O que, ora, ora, não é o que ocorre.
Serve para que os camaradas vejam que nem tudo é como pensam.
Saudações.