Sarcasmos à parte, o texto tem algumas proposições interessantes:Compson escreveu: O artigo completo está aqui:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u2775.jhtm
Simon Johnson, no caso, é "ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) e um professor da Escola Logan de Administração do Instituto de Tecnologia de Massachusetts", e obviamente culpa nenhuma tem em relação à crise (mas não sei se eu confiaria em alguém que estude numa faculdade com o nome do Wolverine)...
- sobre a qualidade do ensino americano (a conclusão é meio estranha):
- sobre a fragilidade do choque de otimismo das duas últimas semanas:Em uma pesquisa recente, Thomas Philippon da Escola Stern de Administração e Negócios da Universidade de Nova York, e Ariell Reshef, da Universidade da Virgínia, concluíram que o setor financeiro foi um setor de alta capacitação e altos salários entre 1909 e 1933. Ele então caiu em relativo declínio até 1980, quando de novo começou a ser um setor de alta capacitação e altos salários.* Eles concluíram que a principal causa foi a desregulamentação, que "libera criatividade e inovação, aumentando a demanda por funcionários altamente capacitados".
- sobre como o problema econômico se tornou político (no sentido mais clássico do termo, embora em vez de burguesia x proletariado tenhamos grandes corporações x alguma coisa que sobrou do que um dia se chamou esquerda e que não consegue fazer nada de modo democrático e socialmente organizado):No debate no fórum dos economistas do "Financial Times" sobre a "parceria de investimento público/privado" do secretário do Tesouro, Tim Geithner, as críticas são acertadas: se funcionar, será por causa de sua forma não-transparente de transferir riqueza dos contribuintes para os bancos. Mas é improvável preencher o buraco de capital que os mercados estão ignorando no momento, como argumenta Michael Pomerleano. Nem sou persuadido de que os "testes de tensão" em andamento sobre o capital dos bancos levarão a uma ação que preencherá o buraco de capital.
- sobre como o "beco é sem saída":A visão de que instituições grandes e complexas são grandes demais para falir pode estar errada. Mas é fácil entender por que autores de políticas inteligentes receiam testá-la. Ao mesmo tempo, os políticos temem uma reação pública contrária a grandes injeções de capital público. Assim, como o Japão, os Estados Unidos estão presos entre o medo da falência da elite e a revolta popular contra os resgates. Este é um fenômeno mais complexo do que o "golpe silencioso" descrito pelo prof. Johnson.
- (essa é uma interpretação minha, não uma idéia do texto:)sobre como ninguém quer mudar pra valer e de como o discurso um dia crítico foi cooptado para defender o capitalismo "ortodoxo" (aquele do livre mercado e da concorrência que foi jogado no lixo nos últimos 20 anos):A era dourada de Wall Street acabou: o retorno da regulamentação é a causa e consequência desta mudança.
Mas duas coisas precisam ser obtidas: primeiro, as principais instituições financeiras devem se tornar solventes de forma crível; e, segundo, nenhuma instituição financeira com fins lucrativos pode se tornar grande demais para falir. Isto não é capitalismo, mas socialismo. Este é um dos pontos em que a direita e a esquerda concordam.