Cientista britânica revela que foi garota de programa
Plantão | Publicada em 16/11/2009 às 12h13m
Reuters/Brasil Online
LOS ANGELES (Reuters) - Uma ex-prostituta cujos livros de memórias foram convertidos no seriado de televisão "Secret Diary of a Call Girl" revelou sua verdadeira identidade: Brooke Magnanti, uma cientista britânica.
Magnanti disse ao jornal britânico The Sunday Times que escreveu sob o pseudônimo Belle de Jour para descrever os encontros que teve como garota de programa de alto nível, trabalho que fez para ganhar dinheiro enquanto escrevia sua tese de doutorado.
Ela detalhou sua vida secreta em um blog a partir de 2003, o que levou ao livro "The Intimate Adventures of a London Call Girl" (As aventuras íntimas de uma garota de programa de Londres), que virou best-seller e a levou a escrever mais dois livros, resultando também em um seriado de TV estrelado por Billie Piper que é exibido em 25 países.
Apesar de muitas tentativas feitas de descobrir sua verdadeira identidade e de muitas dúvidas quanto à veracidade de suas memórias, Belle de Jour permaneceu anônima até que Magnanti, 34 anos, decidiu que chegara a hora de se desmascarar, dizendo que o anonimato "deixou de ser divertido".
"Sinto-me bem melhor estando deste lado. Não precisando mentir ou esconder coisas das pessoas que amo. Poder defender diante de todos os céticos o que foi realmente minha experiência de trabalhadora sexual", escreveu ela em seu blog no domingo.
"O anonimato teve uma finalidade na época. É algo que sempre terá razão de existir para escritores cuja obra é demasiado controversa para que possam associar seu nome a ela. Mas, para mim, tornou-se importante reconhecer esse aspecto de minha vida e minha personalidade diante do mundo."
Magnanti vive em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, e é cientista pesquisadora que trabalha no Hospital St. Michael's, em Bristol, empregada pela Universidade de Bristol como especialista em neurotoxicologia do desenvolvimento e epidemiologia oncológica.
Ela disse que durante 14 meses, começando em 2003, trabalhou como prostituta, cobrando 300 libras (500 dólares por hora), para uma agência de escorts, mas que não tem arrependimentos sobre aquela época. Falou que se sente pior "sobre meus escritos do que jamais me senti por fazer sexo por dinheiro".
Um comunicado divulgado no site da editora britânica Orion Books, que publica os livros de Belle de Jour, diz: "Foi uma decisão corajosa de Belle de Jour revelar sua verdadeira identidade, e apoiamos sua decisão de fazê-lo."
"Publicamos seus textos desde 2005 e esperamos levar essa relação adiante", disse o editor da empresa, acrescentando que Belle não dará mais entrevistas.
Um representante da Universidade de Bristol, para a qual Magnanti trabalha, disse ao Sunday Times: "Esse aspecto do passado dela não tem relevância para o papel que ela desempenha atualmente na universidade."
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Enquanto isso, na Uniban...