Sobre a educação no IDH, vale lembrar que o índice leva em conta o nível de instrução de adultos, portanto o desempenho ruim do Brasil neste quesito de composição do IDH é decorrete de falhas na educação existentes no passado. Ou seja, o índice incorpora a baixa instrução atual de adultos que não tiveram oportunidade estudar no passado, daí o fato deste item demorar a apresentar resultados frente a pequena melhora que apresentou a educação nos últimos anos. Melhora essa decorrente do fato de hoje o número de pessoas matriculadas em curso superior ter aumentado bastante bem como alguns índices de evasão escolar terem melhorado.
Mais um conjunto de textos sobre o BF:
http://www.pnud.org.br/educacao/reporta ... 41&lay=ecu
Bolsa Família amplia matrícula e aprovação
Programa de renda tem impacto positivo também na educação, mostra estudo; situação de pretos, pardos e índios melhora mais
MARCELO OSAKABE
da PrimaPagina
A implantação do Bolsa Escola e, posteriormente, do Bolsa Família, programas que condicionam a transferência de renda à permanência das crianças na escola, elevou o número de matrículas, reduziu o abandono e aumentou a aprovação em escolas públicas do ensino fundamental, aponta um estudo divulgado pelo CIP-CI (Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo), um órgão do PNUD em parceria com o governo brasileiro.
A pesquisa, resumida em um artigo intitulado Qual o impacto do programa Bolsa Família na educação?, indica que as políticas de transferência de renda combatem os dois principais tipos de barreira para o acesso à escola: os custos diretos (como uniforme, livros e mensalidades) e a perda da possibilidade de as crianças estarem trabalhando.
O trabalho analisou dados de 1998, quando ainda vigorava o Bolsa Escola, a 2005 sobre estudantes da primeira fase do ensino fundamental (1ª a 4ª séries, antigo primário) e da segunda (5ª a 8ª, antigo ginásio). Os autores, Ana Lúcia Kassouf, do departamento de Economia da Esalq (USP), e Paul Glewwe, da Universidade de Minnesota, concluem que, nas escolas públicas em que havia alunos beneficiados pelos programas, a taxa de matrícula subiu 5,5 pontos percentuais na faixa de 1ª a 4ª série e 6,5 na faixa de 5ª a 8ª. A taxa de abandono recuou 0,5 ponto percentual entre a 1ª e a 4ª série e 0,4 para o outros grupo. A taxa de aprovações cresceu, respectivamente, 0,9 e 0,3 ponto percentual.
O estudo também detectou um efeito redutor da desigualdade: “Os resultados mostram que o Bolsa Família é mais eficiente no aumento da matrícula de crianças pretas, pardas e indígenas do que para as brancas, e portanto parece estar equalizando a matrícula do ponto de vista racial”, afirma o artigo.
Após um ano de programa, o aumento das matrículas é de 2,8 pontos percentuais na média das escolas, mas chega a 13 pontos nos estabelecimentos em que todos os alunos são pretos. O impacto nas escolas onde todos os alunos são pardos ou indígenas é, respectivamente, 4 e 15 pontos. "Os aumentos são maiores porque as taxas de matrículas desses grupos são menores. Assim têm mais margem para melhorias", afirma a professora Ana Lúcia Kassouf.
Quando se levam em conta apenas os beneficiários dos programas de renda, os efeitos se mostram mais expressivos. Como apenas um terço das crianças recebe a bolsa, os pesquisadores acreditam que os números médios podem ser triplicados para mostrar o impacto real sobre a parcela que participa do programa. Assim, no grupo das famílias que recebem o benefício (a parcela mais pobre da população brasileira) haveria um crescimento de 18 pontos percentuais na taxa de matrículas e de 2 pontos na taxas de aprovação, e uma redução de 1,5 ponto na evasão escolar. Esses resultados são tomados com base nos efeitos cumulativos do programa, que atingem seu pico após três anos de benefícios.
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... a-familia/
A análise do Bolsa Família
Por Guilherme Silva Araújo
Caro Nassif,
Tenho lido muitos artigos e metodologias sobre os efeitos do programa bolsa-família. Vejo alguns problemas na metodologia utilizada por Kassouf:
1. Ao utilizar os dados do censo de 1998 a 2006, a pesquisa põe dois programas diferentes no mesmo balaio. Apesar de semelhantes, o programa bolsa-família têm condicionalidades diferentes do programa bolsa-escola. Além disso, não ficou claro se, no estudo, Kassouf eliminou os beneficiários do PETI, programa que existe desde 1996 – uma das condicionalidades do programa é a jornada escolar integral.
2. Na metodologia, Kassouf usou variáveis de tendência por estado e efeitos fixos para controlar os fatores não observáveis (melhores recursos familiares, motivação da equipe pedagógica etc.) e melhorar os resultados dos programas. No entanto, não estou certo que considerar efeitos fixos e tendenciais seja suficiente para resolver um problema muito comum na avaliação de políticas públicas, o viés de seleção (como as famílias que participam do programa são pobres, é muito mais comum entre elas a evasão escolar e o trabalho infanto-juvenil; por isto, não devemos comparar diretamente as famílias que participam do programa e as famílias que não participam).
3. Kassouf analisou três impactos do programa (matrículas, evasão e aprovação) sobre as escolas beneficiadas. Quanto às matrículas, as escolas com alunos recebendo benefícios do programa bolsa escola ou bolsa família apresentaram crescimento de 2,8% na taxa de matrícula; a evasão cai 30,9% em média e a taxa de aprovação aumenta 53,3% em média. Os dois primeiros resultados são conhecidos, pois vários estudos apontam nesta direção (maior oferta de vagas no ensino fundamental, por exemplo, é uma das causas deste problema; além disso, as crianças e adolescentes não abandonam mais a escola, mas também não deixam de trabalhar – há resultados positivos, mas também negativos). A elevação das taxas de aprovação é que destoa dos resultados frequentemente encontrados, pois li alguns trabalhos recentes que mostram (baseadas em metodologias mais robustas e melhores bancos de dados) que o programa bolsa-família não teve efeitos significativos sobre o desempenho escolar.
É neste sentido que julgo não ser definitivo os resultados de Kassouf, dadas as dificuldades apontadas pela mesma. O mais adequado é esperar que outros estudos confirmem ou refutem estes resultados. Até o momento, sei que o IPEA conduz estudos semelhantes cruzando dados do cadastro único com dados do IDEB. Abcs.
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... o-escolar/
Bolsa Família tem impacto positivo sobre evasão escolar dos adolescentes
Do Valor de hoje
Alunos cujas famílias recebem dinheiro do Bolsa Família apresentam melhores índices de aprovação e abandono escolar que os estudantes regulares da rede pública brasileira. Esse é o principal resultado do cruzamento de informações entre o Educacenso e o Sistema Presença, ferramenta do Ministério da Educação (MEC) que verifica se os filhos dos beneficiados do principal programa social do governo federal estão indo à escola.
De acordo com dados cedidos ao Valor pelo MEC, dos 500 mil alunos do ensino médio de 16 e 17 anos que recebem o Bolsa Família 81,1% passam de ano, enquanto a taxa de aprovação média dos mais de 7 milhões de jovens do censo escolar de 2008 no antigo colegial é de 72,6%. O índice de abandono da escola nesse ciclo educacional chega a 7,2% entre os beneficiários de transferência de renda do governo e 14,3% entre o total geral de estudantes contabilizados pelo Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão de estatísticas do MEC.
No ensino fundamental, que concentra mais de 30 milhões de crianças matriculadas da 1ª à 8ª séries, a taxa de evasão dos mais de 9 milhões de alunos beneficiários do Bolsa Família é de 3,6%. O restante dos estudantes dessa etapa apresenta índice de 4,8% de abandono da escola. Em termos de aprovação, os alunos do ensino fundamental que não recebem apoio social têm melhor desempenho, com taxa de 82,3%, ante média de 80,5% daquelas crianças cujos pais recebem recursos federais.
Segundo Daniel Ximenes, diretor de estudos e acompanhamento das vulnerabilidades educacionais do MEC, a diferença de desempenho – em termos de frequência e rendimento – está diretamente relacionado com os benefícios do Bolsa Família recebidos pelas famílias pobres.
“A transferência de renda condicionada provoca alerta e cobrança por parte dos pais e reforça o desafio de fazer as crianças permanecerem na escola com maior regularidade. No longo prazo, isso ajuda a corrigir trajetória ruim no processo educacional brasileiro entre crianças e jovens da turma da pobreza”, afirma Ximenes.
O diretor do MEC aproveitou para divulgar resultado do mais recente monitoramento de frequência escolar do Bolsa Família, referente aos meses de fevereiro e março. O balanço mostra que 95% dos 14,117 milhões de crianças e jovens beneficiários com identificação escolar cumprem a regra de frequência exigida pelo programa. O acompanhamento revela que 276,9 mil alunos estão abaixo da exigência e 322,9 mil sequer têm um registro de frequência, totalizando quase 600 mil crianças em situação irregular.
Nesse caso, os beneficiários podem ser punidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social, que coordena o programa. Para receber o benefício do Bolsa Família em dia, uma das condicionalidades é que os pais matriculem os filhos na escola. Os alunos de até 15 anos precisam manter participação de, no mínimo, 85% das aulas a cada mês. A determinação para adolescentes de 16 e 17 anos é de frequência a pelo menos 75% das aulas
http://www.pernambuco.com/ultimas/nota. ... e=Economia
Aumento de renda faz 2,2 milhões de famílias saírem do Programa Bolsa Família
Gilberto Costa, AGÊNCIA BRASIL
Brasília - Dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) informam que até janeiro deste ano mais de 4,1 milhões de famílias tiveram o benefício do Programa Bolsa Família cancelado. O principal motivo do corte é a renda per capita familiar superior à renda mínima estabelecida pelo programa. Mais de 2,2 milhões de famílias (54% dos casos) abriram mão do benefício ou tiveram o auxílio suspenso pela elevação da renda.
Toda família com renda mensal por integrante de até R$ 140 tem direito ao benefício. O valor varia conforme o tamanho da família, o número de crianças e adolescentes na escola. O auxílio vai de R$ 22 a R$ 200 por mês.
O motorista Eduardo Rodrigues, que mora em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, e é pai de uma menina, abriu mão de R$ 40 mensais porque passou em um concurso público. "Não era justo continuarmos recebendo". Também suspendeu o benefício Sônia de Morais Mendes, moradora de Belo Horizonte. Mãe de três filhos, recebia R$ 112 por mês. Ela aumentou a renda familiar porque voltou com o ex-marido e conseguiu trabalho. "Eu hoje não preciso mais desse dinheiro, por isso fui à prefeitura e dei baixa", contou.
O vendedor da Feira Livre de Marília (SP) Osvaldo Dutra de Oliveira Primo, pai de dois filhos, precisou do benefício do programa por cerca de três anos. "Foi uma época que estava desempregado, com problema de saúde. Eu praticamente alimentava minha família com esse dinheiro", lembra. Depois de voltar a trabalhar não sacou mais o auxílio. "Eu usei na extrema necessidade. Assim que tive condições, procurei dar baixa para que outras famílias pudessem ter o benefício".
Para o governo, os pedidos de cancelamento mostram que o programa tem porta de saída. "Sempre teve", comentou secretária nacional de Renda e Cidadania, Lúcia Modesto, quando o ministério divulgou o perfil das famílias beneficiadas pelo programa em 31 de maio. A professora Célia de Andrade Lessa Kerstenetzky, do Centro de Estudos Sociais Aplicados, Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) pondera que é "incontestável" que há uma saída, mas "o significado dela é menos claro". Ela "especula" que a razão principal para a saída do programa deva estar relacionada com a melhoria no mercado de trabalho, "essa hipótese parece forte, dadas as evidências de crescimento da renda e do emprego".
Na avaliação do economista Serguei Soares, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a porta de saída do programa é o crescimento econômico. "Ótimo que essas pessoas conseguiram sair, espero que outras consigam também, mas não vai ser o fato de que alguns conseguiram sair que a gente pode ter um acento ejetor ou vá responsabilizar o MDS pelas saídas. Essas dependeram do crescimento econômico", comentou.
O Bolsa Família também foi tema de uma tese de doutorado defendida recentemente no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). Para a autora da tese, Ana Lúcia Figueiró, o programa tem méritos, mas "abandonou a perspectiva inclusiva e fez opção pela gestão da pobreza". De acordo com ela, o programa previa além da transferência de auxílio, assistência social, geração de emprego e renda, e a participação política. Ela avalia que essas ideias iniciais, já estabelecidas nas ações da cidadania contra a fome e nas discussões do Conselho Nacional de Segurança Alimentar foram abandonadas. "A transferência de renda é vista como um fim em si mesmo. Isso não deveria retirar o foco de uma política emancipatória", assinala.
Atualmente, 12,6 milhões de famílias recebem um total de R$ 1,1 bilhão do programa. A meta do governo é chegar a 12,9 milhões de famílias até o final do ano e atingir grupos vulneráveis ainda não alcançados como os moradores de rua.
http://www.tijolaco.com/?p=18808
Como acabar com o Bolsa-Família
Sônia de Morais Mendes, moradora de Belo Horizonte. Mãe de três filhos, recebia R$ 112 por mês. Ela aumentou a renda familiar porque voltou com o ex-marido e conseguiu trabalho. “Eu hoje não preciso mais desse dinheiro, por isso fui na prefeitura e dei baixa”.
O vendedor da Feira Livre de Marília (SP) Osvaldo Dutra de Oliveira Primo, pai de dois filhos, precisou do benefício do programa por cerca de três anos. “Foi uma época que estava desempregado, com problema de saúde. Eu praticamente alimentava minha família com esse dinheiro”, lembra. Depois de voltar a trabalhar não sacou mais o auxílio. “Eu usei na extrema necessidade. Assim que tive condições, procurei dar baixa para que outras famílias pudessem ter o benefício”.
As famílias de Sônia e Oswaldo são duas das 2,2 milhões que perderam o benefício do Bolsa-Família porque abriram mão espontaneamente ou tiveram uma elevação de renda. Estas famílias representam mais da metade (54%) das 4 milhões que deixaram de receber o benefício até janeiro deste ano.
A matéria está publicada no Diário de Pernambuco, ainda não a vi nos grandes jornais do país preferem apontar um ou outro caso para tentar fazer crer que o nosso povo é uma
gente indolente e desonesta, que prefere não ter carteira assinada para não deixar de receber o benefício.
Obrigado ao leitor Nabil, de Aquidauana, pela dica.
http://www.cartacapital.com.br/app/colu ... 2=5&i=7368
A paternidade do Bolsa Família
27/07/2010 11:03:40
Marcos Coimbra
Para a opinião pública, o programa só tem um pai: Lula. Sem ele, seria local, menor, destinado
a grupos muito especiais. Não teria se transformado no que é hoje. Serra não pode ficar longe
do programa, mas há coisas contra as quais é impossível lutar
Diz a sabedoria popular que filho feio não tem pai. Que ninguém assume a paternidade de algo de que as pessoas não gostam, seja lá por qual motivo for.
Da expressão se deduz o inverso, que todos querem ser pais dos filhos bonitos. Não há quem não pose de responsável por eles.
O Bolsa Família é um programa federal de que uma vasta maioria da população gosta. Na verdade, adora.
Ainda no ano passado, longe, portanto, do cenário de disputa eleitoral, o Vox Populi fez várias pesquisas sobre a sua imagem. Os resultados foram parecidos aos de outros institutos, em trabalhos feitos na mesma época.
Em novembro, 67% dos entrevistados no conjunto do País o avaliaram como “ótimo” ou “bom”, 25% disseram que era “regular” e apenas 8% consideram que era “ruim” ou “péssimo”.
Por isso, não foram surpreendentes as respostas sobre o que esperavam (desejavam) que o próximo presidente fizesse: 70% dos entrevistados gostariam que fosse mantido integralmente ou que “continuassem muitas coisas e mudassem algumas” na sua operação. Os que achavam que devia ser mudado em profundidade representavam 8% do total (provavelmente os mesmos que o reprovavam).
Como devem se comportar os candidatos em relação a um programa assim, com uma avaliação tão favorável? O que devem fazer e dizer, incluindo aqueles que discordam dele e que, no íntimo, gostariam de interrompê-lo (ou de alterá-lo tão drasticamente que ninguém mais o reconheceria)?
O bê a bá dos marqueteiros tem uma recomendação clara em situações semelhantes: chegar-se perto do programa, mostrar-se seu defensor, garantir que seria mantido e “melhorado” se vencesse. Mas o ideal seria reivindicar sua paternidade. Convencer as pessoas de que aquilo de que elas gostam é obra sua. Haveria garantia maior de continuidade que a palavra do pai verdadeiro?
O PSDB tem, com o Bolsa Família, uma relação cheia de tensões e ambiguidades. No fundo, seus principais intelectuais sempre tiveram dúvidas sobre iniciativas como esta. Certos ou errados, achavam que era um tipo de programa que precisava existir, em situações bem específicas de extrema pobreza e completa incapacidade, mas que, por isso mesmo, deveria ser limitado e altamente focalizado.
Não é acaso que a administração tucana que é hoje apresentada como matriz do Bolsa Família fosse municipal. Teria sido em 1994, em Campinas, quando José Roberto Magalhães Teixeira era prefeito, que o programa nasceu. Sem discutir se os que mais direito têm de pleitear o título de seus inspiradores são Cristovam Buarque (na época em que era o governador petista do Distrito Federal) ou Antonio Palocci (quando prefeito de Ribeirão Preto), o interessante é que não foi um governador ou, muito menos, Fernando Henrique, seu inventor na historiografia do PSDB.
Na verdade, a questão não é de arqueologia. Se foi fulano ou beltrano quem, pela primeira vez, imaginou que algo assim era necessário. Para a opinião pública brasileira, o programa só tem um pai: Lula. Sem ele, seria local, menor, destinado a grupos muito especiais da população. Nunca teria se transformado no que é hoje.
Para Serra, o delicado, ao falar do Bolsa Família e avocar sua paternidade, é lidar com seus eleitores mais genuínos. Não é só o PSDB que tem dificuldades com o programa, mas os segmentos de opinião que mais perto estão dele. O eleitor tucano costuma ter ojeriza a ele, tendendo a vê-lo como o instrumento pelo qual seu desafeto (Lula) chegou onde está. São os que acreditam que os pobres só gostam do presidente por que foram comprados com uns tostõezinhos por mês.
Serra não pode ficar longe do programa, ainda que isso contrarie algumas de suas convicções e incomode seus seguidores fiéis. Mas há coisas contra as quais é impossível lutar. Por mais que tente, o Bolsa Família continuará umbilicalmente ligado a Lula.