Eu fui ver esse link que o César publicou acima e o texto apenas confirma o que eu disse: que os centros de pesquisa não efetuam trabalhos sobre as fantasias. O que existe são iniciativas isoladas, como a desse psicanalista inglês que fez uma pesquisa pela Internet e em seu consultório e publicou um livro. Sempre quando é assim, eu também fico preocupado com a qualidade do que foi publicado, pois como se sabe, muitos escrevem livros como forma de se projetarem comercialmente no mercado e conseguirem pacientes, não sei dizer se é o caso. Pode ser que o livro tenha boa qualidade, mas ele não é referenciado por quem gosta desse assunto.
Foi nesse livro aqui que eu li que os centros de pesquisa não fazem trabalhos sobre a sexualidade na velhice, como eu não acabei de ler, pude constatar que existem poucas informações também sobre as fantasias.
http://www.amazon.fr/gp/product/8499922 ... UTF8&psc=1
Um dos melhores livros sobre terapia sexual é esse aqui:
http://sandraleiblum.com/ ; é o livro Princípios e Prática... e ele também nada traz sobre fantasias, ela apenas explica em algumas passagens que são coisas inofensivas e que devem ser tratadas com naturalidade, nada também de BDSM e é um livro de leitura obrigatória para as pessoas que vão trabalhar na área.
Então, o meio acadêmico não pesquisa essas coisas. Um sociólogo espanhol que pesquisa a prostituição afirmou que os trabalhos são boicotados no meio acadêmico. Se sobre prostituição há boicote, imagine com a fantasia. No Brasil, existem estudos dos meios acadêmicos, principalmente da área de enfermagem, que tratam a sexualidade de forma dogmática, repetindo as besteiras que as igrejas e as religiões falam sobre o assunto, tudo irreal.
BDSM é um assunto que eu conheço apenas superficialmente, mas lendo alguma coisa, não me recordo onde, encontrei a afirmação que as universidades querem distância do BDSM, muito embora existam diversos livros de pesquisadores individuais. Apenas que o pesquisador individual pode ser muito bom, mas não é a mesma coisa quando se publica um artigo em revista científica, quando diversas pessoas ao redor do mundo passam a se interessar sobre o assunto.
Sobre o casal Padilha, objeto deste tópico, tem algumas coisas interessantes no tema heteronormatividade; alguns pesquisadores afirmam que a tentativa de padronizar o comportamento humano em dois grandes blocos (homem/mulher) com seus papéis respectivos é falsa e que o normal é aceitar as diferentes formas de sexualidade e fantasias. Nisso entrariam, por exemplo, a inversão de papéis e outras análogas.
