Ontem fui conhecer o “esquema” do Hotel Liberdade.
Não me lembro ao certo que horas cheguei ali, só sei que quando cheguei, eu era o único cueca, consumidor da casa. Sentei ao lado de um grupinho de quengas que conversava animadamente, contando os casos dos clientes uma para outra. Haviam cerca de 5 ou 6 putas no lugar, não mais que isso.
“Ahh, Fulano gosta de fio terra!!!, fio não, cabo”, “Ontem Ciclano estava com a macaca!!!”, “Beltrano e’ pão-duro queira me pagar so’ $$$, por essa mixaria não passo a noite com ninguém”, e assim elas iam animadamente.
Eu rindo com cara de palhaço e tentando parecer simpático. Nessa toada tomei 3 Bohemias long neck e puxei a Érika, para conversar.
Érika, loirinha baixinha, diz ter 1,60m, o que duvido, deve ter menos. Faz musculação, tem o corpo meio marombadinho, rosto entre o médio e o feio, corpo que parecia bonito. Como ela sentava na minha frente, fazia questão que a calca jeans dela abaixasse para deixar a calcinha marrom à mostra e ficava “toda se querendo”, dizendo pra mim a todo instante, num sorriso meio débil: “Ahahahah, olha só, minha calcinha esta aparecendo!!”, e puxava a calca na tentativa inútil de esconder a dita cuja.
Sentei com ela nos estofados que tem no fundo do tal scotch bar, onde um cara tocava piano. Perguntei o de praxe, onde mora, o que faz, blábláblá, ate’ chegar nas duas perguntas mais importantes para um putanheiro: quanto custa e o que faz
Resposta da quenga: “...não faço nada sem camisinha e nem anal...meu cachê e’ $250 por 1 hora, 1 hora e meia”. Eu disse que tinha $200 e perguntei se ela topava. Ela disse que não, que era pegar ou largar. Tentei dar uma ximbada nela, ela disse que ali não podia. Perguntei se no quarto rolava, ela disse que também não. Cai na risada e quando digo que cai na risada, foi porque cai mesmo. Disse que ela não precisava nem pensar na minha proposta de $200. Ela se levantou meio “assim” e voltou para o seu grupinho de colegas.
$250 por 1 hora e talvez 1 hora e meia, se a puta for boazinha
, pensei comigo. A puta não era gatinha, mas se achava, tinha um corpo legalzinho, verdade, mas nada que valesse o “cachê” pedido. Fiquei atordoado e imaginando que talvez eu estivesse num hotel lotado de turistas, mas não era o caso. Todos sabem a terra arrasada que fica BH em vésperas de feriado. Haviam poucos homens no lugar e a maioria parecia ser clientes velhos e ximbadores, que só vão ali para biritar e conversar fiado. E quem sabe, se o pau der sinal de vida, eles fazem programa.
Depois que ela viu que eu não era palhaço, sentou de costas prum grupinho de tios que estava de frente à mesa fazendo a mesma coisa que fazia pra mim, deixando a calcinha ‘a mostra e dizendo a mesma bobagem para eles, “ahhhh, gente, minha calcinha esta aparecendo”, e ria, dizendo aquilo como se fosse a coisa mais espetacular do mundo.
Eu sou direto nessas horas e não fico de conversa fiada. Eu saio de casa pra meter, mesmo. Mas percebo que no fundo, as putas gostam e’ daquele ximbador que fica tomando whisky a noite inteira, segurando ela, contando causos idiotas, prometendo mundos e fundos e no final, solta o petardo do tipo “to sem grana, meu amor”, “minha esposa esta preocupada”, “se quiser vamos por $100”, e as idiotas se fodem. No fundo os caras estão certos, estão fazendo o jogo que eu deveria fazer. Acontece que eu não tenho muita paciência de ficar a noite inteira naquela toada de uma nota só, enchendo o rabo de cachaça.
Me despedi do grupinho de putas, e me fui. Com certeza que a Érika iria topar os meus $200. Mas teria de ter paciência e esperar ela se fuder com alguns caras que estavam lá, o que iria demorar.
Como sempre me fodo porque só apareço nesses esquemas em época de feriado, quando quase não tem puta na cidade. Mas valeu a experiência, gostei do lugar.
Fiquei ali umas duas horas e depois caminhei ate’ a Crystal.