A magia de descobrir a entrega, esse doce mistério de pretender viver alguma coisa diferente.
O encontro, um oi sincero, quiçá do ser humano, quiçá assumindo de vez o rol correspondente, o olhar que intenta estudar atitudes, impor o lugar que a cada um corresponde.
O inevitável diálogo corporal que acompanha às primeiras palavras, estudos mútuos do corpo, das reações e sensações.
Ação que começa com carícias que dão confiança, misturadas com ações que nos definem, que dão a entender ao outro o que gostamos, por mais que tivéssemos falado de antemão, é diferente, de a pouco a razão deixa passo à ação, o corpo começa a responder, as tensões, a ceder.
O corpo que se descobre, mãos que apalpam procurando suas partes sensíveis, olhando reações, submetendo lentamente, ordens, olhares que abaixam, silêncios impostos, escuridão repentina, perca de sensações que regressam esporadicamente, por uma chicotada ou pelo uso de algum elemento.
Feminina umidade que indica gozo, aumento da temperatura, loucura, sexo intenso que de repente deixa passo novamente ao mistério do nada, regressa e some, ao igual que a dor, que ao ser submetida.
Aceitação dos tempos, das pausas, quiçá um descanso, outro diálogo, a necessária demonstração da entrega, a imposta demonstração de ser quem submete, aceitação mútua, dentro dos limites tudo vale.
Final selvagem, palavras que afagam em lugar de ofender, os corpos mais rápidos que os pensamentos, nem entrega nem submissão, só prazer, pleno prazer...
Maestro Alex