marylow escreveu:Sei lá ...
Nem sempre oq vc tem no meio das pernas te leva até o lugar mais alto , ou te dá as melhores oportunidades ...
Tá , ser gp é uma profissao como outra qlqr ...Mas aquela velha história de abrir as pernas p. conseguir oq se quer acho meio ridicula nos dias de hj onde a mulher conquistou seu espaço ...
Mas enfim ... homem curte é isso mesmo .... que abram as pernas e fim .
Talvez com o passar dos anos, quando você amadurecer - isto é, se as coisas caminharem bem nesse sentido e você não ficar simplesmente mais velha -, irá se dar conta de quão ridícula, na verdade, é essa idéia de que a mulher conquistou o seu espaço.
Na verdade Marylow - por favor, não veja minha intervenção como um desafio a ser respondido, apenas medite a seu respeito -, a mulher sempre teve o seu espaço, nunca deixou de tê-lo, nem ele alguma vez foi menor do que o espaço do homem. Se você parar pra pensar na história da humanidade, o tempo em que, supostamente, o homem tinha poder sobre a mulher, é o mesmo tempo em que era o homem que ia pra guerra, se aventurava em descobrir outros territórios ou perdia tempo em intermináveis discussões em saguões de governo, enquanto a criação dos filhos e a gerência da casa - melhor dizendo, da economia doméstica - ficava a cargo da mulher.
Pras mulheres, é bem provável que isso pareça pouca coisa, mas se você for examinar melhor, a evolução da sociedade civil depende quase que exclusivamente da forma como se dá a criação dos filhos e a gerência da economia doméstica. Filhos mal-criados resultam em problemas como drogas, crime, violência, fraqueza emocional, angústia, ignorância, retrocesso educacional, etc. Falta de gerência na economia doméstica gera dívidas, falta de moradia, efeito de prejuízo ou estagnação profissional, desintegração da família, desespero na solução de questões materiais essenciais, etc.
Agora, se você não se apercebeu, eu leh conto: essa frase "a mulher já conquistou seu espaço" diz respeito à suposição de que a mulher moderna tenha, de fato, conquistado um espaço no campo profissional que antes era reservado ao homem, mas é uma inverdade. A mulher não conquistou um espaço que deveria ser dela por direito. Pela razoável experiência que tenho nesse campo - trabalho desde os 12 anos de idade - tenho percebido que a mulher, muito mais do que provar que pode ser tão capaz quanto o homem, almeja sobrepujá-lo, nem que pra isso tenha de pisar no seu pescoço e usar das mais despudoradas fórmulas de tramóias e de imposição de humilhação aos seus supostos adversários.
Pra ilustrar melhor minha tese, regrido mais um pouco, aos meus anos de ensino fundamental - na verdade, sou do tempo em esse período se chamava "primário". Comparativamente, me recordo perfeitamente de que os meninos eram sistematicamente humilhados e agredidos fisica e verbalmente pelas "tias" ou "fessoras". Só ficavam livres dessa violência, pelo que minha afortunada memória diz, as meninas (nunca vi nenhuma apanhar) e os mentecaptos. Não bastava ser bom aluno. Eu, particularmente, já lia bem aos 5 anos e, dizia-se, tinha dom pra desenho. Aos 8 anos, lia sobre as teorias da evolução de Darwin e Lamarck e, acreditem, as entendia. Minhas outras distrações eram biologia, geografia e história. Mas as professoras encontravam um raio de um defeito qualquer na minha "perfomance escolar", por assim dizer. Hoje me dou conta de isso era apenas uma forma de contornarem a sua própria incapacidade como professoras. Essa é uma visão que, longe de ser machista, decorre do fato de que a função de professor primário era reservada às mulheres - geralmente velhas e feias -, pois só fui ter professores homens na 7ª e 8ª séries (1 para cada 6 professoras) e no colegial (2 para cada 7 professoras). É exatamente esse desequilíbrio que, inevitavelmente, me leva a meditar sobre ter algo a ver com a qualidade do ensino que tive, a meu ver absolutamente insuficiente. Fui constatar isso, fatalmente, à época do vestibular. Me pergunto hoje se acaso tivesse tido mais professores, focados em serem severos e exigentes com o ensino em si, ao invés de senhoras preocupadas com a limpeza das minhas roupas ao retornar do recreio, se meu destino não teria sido outro.
Nem vou discorrer longamente sobre a minha impressão a respeito das mulheres nas profissões que, na suposição apenas delas, eram antes reservadas aos homens. A agressividade, confundida em geral com "competitividade", é natural sintoma de que o que estão fazendo não lhes é natural, mas artificial, como válvula de escape para alguma outra frustação. Fim de tarde deste, eu estava tomando um café com um amigo, amigo este, aliás, de notável gabarito e sobre o qual falarei adiante. Pois bem, nossa conversa tranqüila foi interrompida ou atrapalhada por um grupo de quatro estagiárias ou advogadas, não sei bem, que adentraram no local reclamando da Justiça, do juiz, dos servidores, dos outros advogados do escritório, de D'us e o mundo. Esse meu amigo me chamou a atenção para o fato de que nós, homens, quando nos deparamos com uma situação adversa na profissão, procuramos desopilar, seja tomando uma cerveja, seja assistindo a um jogo de futebol, seja comendo uma puta do cardápio do GPGuia. Já as mulheres, agem como já sabemos.
Abro parênteses aqui, num breve comentários sobre esse meu amigo. Nessa mesma conversa ele se queixava das reclamações que ouvia da esposa contantemente quando resolvia, buscando desafios ou quebra de rotina, mudar de emprego. Melhor explicando, ele é professor universitário à noite, de maneira que as mudanças a que me refiro são do seu trabalho diurno. Então, se me faço entender, o sujeito trabalha em torno de umas 16 horas por dia, expediente somente interrompido pelas necessiidades fisológicas do comer, cagar, dormir e trepar. Tudo com o intuito de prover o lar com conforto material que o dinheiro proporciona. Bastando apenas essa imagem para vocês, poderiam me responder, então, do que essa esposa reclama, se nem estragar as unhas com as prendas do lar ela vai, porque ele paga uma diarista pra fazer a faxina? Fechem-se os parênteses.
No meu cotidiano de trabalho, nunca tive a oportunidade de presenciar uma mulher desempenhando uma função melhor do que um homem. É bem verdade que há por aí uma manada de imbecis bem ruinzinhos disfarçados de profissionais, mas a quantidade de mulheres no mesmo patamar de competência é equivalente.
Mas não posso deixar de apontar - se é que não foi dito de forma escancarado pelo Nosferatu - para o fato indiscutível de que muitas mulheres usam, sim, a buceta para alcançar os seus propósitos profissionais - é óbvio que não estou falando das GPs. Tendo isso em mente, como conseguem as mulheres levantar como bandeira essa frase repetida pela Marylow e por uma centena de milhar de mulheres que mal parou para refletir sobre o que é esse "tal espaço" que foi supostamente conquistado?
Não sei se estou errado, mas me parece que frases como essa tem tanto ou menos significado real ou material do que expressões toscas que vemos no dia-a-dia na boca de especialistas em tudo.
Será que a gestão da Marta Suplicy na cidade de São Paulo ou da filha do Sarney (nem me lembro do nome) no Estado do Maranhão foi tão diferente dos demais governos geridos por homens? Ou não passaram de reproduções capengas da tradição destes últimos?
Por que será que é difícil ou impossível ver um mulher motorista ser gentil em dar passagem para outro carro ou para um pedestre?